sexta-feira, 11 de abril de 2008

O Enigma dos Rosacruzes



O Enigma dos Rosacruzes
Abrindo o Túmulo de Christian Rosenkrutz, Pintura de JAKnnap.
Por um Estudante dos Ensinamentos Rosacruzes
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Quem são os Rosacruzes? Eram eles uma organização de pensadores
profundos rebelando-se contra as limitações filosóficas e o sistema
religioso inquisitivo de sua época ou eram , então,isolados
transcendentalistas unidos apenas pela semelhança de seus pontos de
vista e deduções? Onde ficava a "Casa do Espírito Santo", na qual,
segundo os seus manifestos, encontravam-se uma vez por ano para
planejar as futuras atividades da Ordem? Quem era a misteriosa pessoa
referida como "nosso Ilustre Pai e Irmão C.R.C."? Representavam
realmente aquelas três letras as palavras "Christian Rosen Kreutz"? Foi
Christian Rosenkreutz, o suposto autor das Bodas Químicas, a mesma
pessoa que com outros três fundaram "A Sociedade da Rosa Cruz"?
Que relação existia entre o Rosacrucianismo e a Franco-maçonaria
medieval? Por que os destinos destas duas organizações estavam tão
intimamente relacionados? Era a "Irmandade da Rosa Cruz" o vínculo
há muito procurado que conectava a Maçonaria da Idade Média com o
simbolismo e o misticismo da antiguidade, e cujos segredos estão sendo
perpetuados pela Maçonaria moderna? A Ordem Rosacruz original teria
se desintegrado na última parte do século dezoito, ou a Sociedade ainda
existe como uma organização, mantendo o mesmo segredo pelo qual a
"Irmandade da Rosa Cruz" foi formada? Eram os Rosacruzes uma
Irmandade filosófica e religiosa, como proclamavam ser, ou eram seus
alegados princípios um artifício para ocultar o verdadeiro objetivo da
Fraternidade, que possivelmente seria o controle político da Europa?
Com este enorme leque de questões Manly P. Hall inicia , "A Fraternidade da Rosa
Cruz", Capítulo CXXXVII de sua Enciclopédia Ilustrada de Filosofia Maçônica,
Hermética e Rosa-cruz -"Os Ensinamentos Secretos de Todas as Eras". Tais indagações
continuam inesgotáveis e têm motivados muitas pesquisas acadêmicas no campo da
História e da Filosofia, onde o Rosacrucianismo é investigado como um possível link na
história do Iluminismo, - entre o neo-platonismo e os modernos racionalismo e
empirismo. Em Letras, tem sido estudado a materialidade de suas produções escritas
através da interpretação de seu conteúdo simbólico. Não tenho como objetivo apresentar
uma nova tese original, as questões já levantadas podem motivar inúmeras teses
acadêmicas, nem esgotar tais perguntas, mas simplesmente fornecer um pequeno sumário
de algumas teorias, a meu ver não excludentes, que se procuram dar conta do enigma dos
rosacruzes.
A primeira década do Século XVII trouxe inúmeras reformas e mudanças no cenário
filosófico e político. O Racionalismo de Descartes, na França, e o Empirismo de Bacon, na
Inglaterra, fundavam novos princípios de pensamento filosófico e método científico,
atacando as antigas instituições.
Na Itália surge Trajano Boccalini, arquiteto e escritor, celebrizado por suas sátiras
criticando os políticos corruptos de sua época. Boccalini acabou sendo assassinado em
1613. Seu livro mais importante é sem dúvida a sátira "Ragguagli di Parnasso" (Anúncios
do Parnasso), publicada em 1612. Tal obra é dividida em várias partes. Sua septuagésimasétima
parte se intitulada "Generall Riforma dell' Universo"( Reforma Geral do Universo ).
Não oferecia nenhuma solução aos problemas que afligiam à humanidade, mas afirmava
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que uma grande reforma seria necessária antes que os segredos divinos da natureza
pudessem ser revelados para a condução dos seres humanos.
É justamente em sua edição alemã de 1614, publicada em Cassel, que aparece pela
primeira vez e na forma de apêndice à "Reforma Geral do Universo", a Fama
Fraternitatis, o primeiro e anônimo manifesto público da misteriosa Irmandade da Rosa
Cruz, com o longo título de Allegeme Und General Reformation der Fame
Fraternitatis des Loblichen Orders des Rosencreuzes.
A Fama teve grande repercussão e foi logo publicada separadamente. In 1615 surge o
Confessio Fraternitatis, editado com a Fama . Ambos manifestos foram sucessivamente
reeditados enquanto o ensaio de Boccalini desaparecia.
As Bodas Químicas de Christian Rosenkreutz, Ano 1459, publicado in 1616, é
um livro posterior na cronologia e introduz pela primeira vez o nome Christian
Rosenkreutz que permaneceu inominado exceto pelas três letras iniciais nos primeiros
manifestos ( Fama & Confessio Fraternitatis ).
A questão da autoria destes trabalhos também é um assunto controvertido. A
maioria trabalhos dos autores convergem que teriam sido escritos pelo filósofo e teólogo
alemão Johan Valentin Andreae (1586-1654), ainda que não haja provas conclusivas a este
respeito. Ele foi um eminente, respeitável e conservador teólogo, representado com longas
barbas brancas e muito honrado no seio da congregação luterana. Também escreveu
diversos trabalhos de cunho pedagógico. Sua utopia "Cristianópolis" apresenta certa
semelhança com a obra baconiana "Nova Atlantis".
Apesar da maioria das pesquisas acadêmicas postularem Johan Valentin Andreae
como o verdadeiro autor dos primeiros manifestos Rosacruzes alguns autores postulam
que pelo menos a Fama e o Confessio foram realmente escritas pelo Lord Verulam , Sir
Francis Bacon, conhecido como o Chanceler de Parnassus, o alegórico Monte dos
Poetas.
A Fama Fraternitatis nos conta a vida e as aventuras de Christian Rosenkreutz, um
personagem simbólico , que é o fundador da Fraternidade dos Rosacruzes.
Segundo a Lenda, C.R.C. teria nascido em 1378 no seio de uma pobre, porém nobre,
família. Tendo perdido seus pais ainda criança, é criado em um convento desde os cinco
anos de idade. Lá aprende Latim e Grego e conhece o Irmão P. , um monge com o qual
viaja em peregrinação à Terra Santa, para visitar o Santo Sepulcro. Seu companheiro de
viagem acaba falecendo ao chegarem à Ilha de Cyprus, mas C.R.C. continua a sua jornada
em direção à Damascus. Em Damascus gozando de pobres condições de saúde,
permanece por mais algum tempo, estudando com médicos e astrólogos. Ouvindo, por
acaso, haver em Dancar um grupo de sábios, parte para esta cidade , lá chegando aos
dezesseis anos de idade. (Apesar de ter sido traduzida algumas vezes como Damascus, não
conseguiu-se averiguar a localização desta cidade, que não poderia estar muito longe de
Jerusalém, mas que não corresponde nem a Damascus nem a nenhuma das demais
cidades cujo nome poderia sugerir. Seria um alegórico estado de consciência?).Em
Damcar é recebido pelos sábios como alguém longamente esperado e permanece entre eles
cerca de três anos, devotando-se ao estudo das Ciências Ocultas , aprendendo a língua
árabe e traduzindo o misterioso livro "M" para o Latim. Depois parte para o Egito, onde
continua seus estudos. Atravessando o Mediterrâneo chega a Fez, cidade santa de
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Marrocos, que foi durante a Idade Média um dos centros mais destacados das artes
alquímicas. Os sábios de Fez estavam em contato com os Iniciados de outros países
islâmicos e conheciam as Ciências Ocultas que compartilham com C.R.C. Nesta cidade é
instruído acerca dos misteriosos seres elementais da Natureza. Logo após o jovem Iniciado
segue para a Espanha, carregando consigo muitos exemplares de remédios raros, animais
curiosos e maravilhosos livros. Visita, então, os iluminados letrados de Madrid, que não
lhe dão crédito, pois acatar seu conhecimento revelaria o quanto ignoravam.Então,
profundamente decepcionado, retorna à Alemanha, onde formaria o primeiro núcleo da
Confraria da Rosa Cruz. Constrói uma casa no topo de uma pequena e misteriosa colina,
onde devota-se ao estudo e a experimentos.
Após um silêncio de cinco anos, C.R.C. reúne em torno de si três dos leais amigos
do antigo convento no qual havia sido educado, e juntos começam a agrupar e sistematizar
o grande conhecimento que possuía. Foi assim que surgiu, em 1413, segundo a Fama, o
primeiro núcleo da Fraternidade Rosacruz. Depois foram aceitos mais quatro membros e
mais tarde a Ordem passou a se constituir segundo o arquétipo apostólico de doze
membros reunidos em torno de um décimo terceiro.
Os Irmãos se dedicavam às artes de cura, tratando os enfermos gratuitamente. O
número de pacientes crescia tanto que interferia em outros trabalhos, como a construção
do secreto Templo do Espírito Santo e a sistematização do conhecimento universal.
Quando o Templo foi concluído, os Irmãos , já Iniciados nos Mistérios e nas Ciências,
resolveram separar-se para realizarem certas missões, como a de instruírem as
mentalidades avançadas em diferentes partes do mundo. Alguns irmãos permaneciam no
Templo, enquanto outros viajavam, devendo retornar ao final de cada ano, ou no caso de
algum impedimento, deveriam justificar sua ausência através de uma mensagem.
A Sociedade, então formada, estava regida por um conjunto de regras. Tal código
estabelecia : (1)cura gratuita aos enfermos;(2) observância aos costumes e acatamento às
leis do país no qual o Irmão Rosacruz residisse; (3) assistência a uma assembléia anual(em
caso de impedimento deveriam enviar uma carta justificando sua ausência);(4) cada Irmão
Rosacruz deveria formar um digno sucessor; (5) as iniciais "R.C.." constituiria o selo, a
marca e a clave da Fraternidade dos Rosacruzes. (6)a identidade da Sociedade deveria
permanecer secreta por um período de cem anos.
Quando o primeiro Irmão da Ordem desencarnou, na Inglaterra, o Pai C.R.C.
resolveu preparar sua própria tumba, uma perfeita reprodução em miniatura do Universo.
Ninguém da Ordem sabia quando seu fundador passaria ao além, porém com idade
avançada C.R.C. deixou seu corpo físico, sendo sepultado pelos Irmãos que permaneceram
consigo. Porém o local de seu funeral permaneceu secreto durante cento e vinte anos, até
ser descoberto acidentalmente pelos Irmãos que perpetuaram secretamente a Ordem.Ao
tentarem remover uma taboa memorial, com o nome dos antigos membros da Ordem,
para um local mais seguro, descobriram sua tumba secreta iluminada por uma lamparina
suspensa no teto, simulando um sol artificial. O cômodo tinha sete lados, e no centro havia
uma pedra circular sob a qual encontraram o corpo de seu fundador em perfeita
conservação, portando em suas mãos um misterioso pergaminho contendo os arcanos da
Ordem.
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Quando o primeiro Irmão da Ordem desencarnou, na Inglaterra, foi decidido que os
túmulos dos membros deveriam ser secretos. Logo após o Pai C.R.C. reuniu os seis
Irmãos remanescentes, e supõe-se que ele então preparou sua própria tumba simbólica,
uma perfeita reprodução em miniatura do universo. A Fama lembra que nenhum dos
Irmãos vivos na época de seus escritos sabiam quando o Pai C.R.C. havia morrido ou
onde estava seu corpo sepultado. Seu corpo foi acidentalmente descoberto 120 anos após a
sua morte quando um dos Irmãos decidiram fazer algumas alterações na "Casa do
Espírito Santo". Enquanto fazia suas alterações, o Irmão descobriu uma placa memorial
sobre a qual estava inscrito os nomes dos primeiros membros da Ordem.
A placa memorial era de bronze, e estava afixada a parede por um grande prego ,
bastante forte, de modo que ao ser arrancado com força, trouxera com ele o proveniente
da parede fina, uma pedra não muito grande ou rebote de porta escondida; e assim,
inesperadamente descobriu-se o túmulo do Pai C.R.C. , derrubando o resto da parede e
desobstruindo a porta , sobre a qual estava escrito:
POST CXX ANNOS PATERO
[ Após 120 anos Eu Reaparecerei ], com o ano do Senhor indicado embaixo.
Aguardando a alvorada do novo dia, eles exploraram o Túmulo.
"Na manhã seguinte abrimos a porta, e aos nossos olhos surgiu uma galeria abobadada de sete
lados e cantos, cada um deles medindo, aproximadamente, 1,5 m de largura por 2,5 metros de altura.
Embora o sol jamais brilhasse dentro dela, estava iluminada com um outra luz solar, a qual aprendera a
fazê-lo com o próprio sol, e estava situada na parte superior e no centro do teto. No meio, e em vez de
lápide, havia um altar redondo coberto por uma chapa de bronze, tendo nela gravado: A.C.R.C. Hoc
universi compendium unius mihi sepulchrum feci ( Este compêndio do universo, fi-lo
durante minha existência para ser meu túmulo)."
"Á volta do primeiro círculo, ou borda, constava:JESUS MIHU OMNIA (Jesus é para
mim todas as coisas) No centro viam-se quatro figuras encerradas em círculos, cujas inscrições eram as
seguintes:(1)Nequaquam vaccum.( Em nenhuma parte existe um vácuo)(2)Legis Jugum.(O
Jugo da Lei)(3)Libertas Evangelli.(A Liberdade do Evangelho) (4) Dei gloria intacta. ( A
glória íntegra de Deus)."
Tudo era visível e resplandecente, então reunidos, ajoelharam-se e renderam graças
ao único, sábio e poderoso Deus Eterno, o qual os ensinara mais do que todas as
faculdades mentais humanas poderiam ter descoberto. Dividiram a galeria em três partes: a
superior ou teto, a parede ou o lado e o piso ou chão.O teto estava dividido de acordo
com os sete lados a volta do triângulo. Cada lado da parede dividia-se em dez figuras, cada
uma das quais com as suas várias estampas e frases, reveladas no Concentratum da Fama.
O fundo era dividido num triângulo e descrevia o poder e o regulamento dos governantes
inferiores. Cada lado ou parede tinha uma porta ou cofre, que continham diversas relíquias,
como o vocabulário de Theoph: Par. Ho. (Theophrastus Paracelsus ab Hohenheim) e
outros livros preciosos e não adulterados, como o Itinerarium e Vitam do Pai C.R.C.,
fonte da maior parte da narrativa da Fama, segundo a mesma. Num outro cofre havia
espelhos, as diversas virtudes, e ainda num outro local, pequenas sinetas, lamparinas e
principalmente cânticos maravilhosos dissimulados, e geralmente forjados com este
objetivo, isto é, caso viesse a acontecer que após muitas centenas de anos, a Ordem ou
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Fraternidade resultasse em nada, só pudessem ser reconstruídos unicamente através desta
galeria abobadada.
Até então os Irmãos não haviam descoberto o túmulo do Pai C.R.C., mas ao
erguerem a chapa de bronze, encontraram um corpo formoso e digno, em perfeito estado
de conservação, com todas as suas vestimentas e atavios. Segurava um livro de
pergaminho, chamado I; o qual após a Bíblia é o maior tesouro dos Rosacruzes. No final
do mesmo havia o seguinte Elogium:
"Uma semente foi plantada no peito de Jesus. C. Ros. C.originou-se na nobre e afamada família
alemã da R.C.; um homem admitido nos mistérios e segredos do céu e da terra através das revelações
divinas, cogitações sutis e da incansável labuta de sua vida. Em suas viagens pela Arábia e África,
arrecadou um tesouro superando o dos Reis e Imperadores; não o achando, porém, adequado para a sua
época, conservou-o guardado para ser descoberto pela posterioridade, e nomeou os herdeiros leais e fiéis de
suas artes, e também de seu nome. Construiu um microcosmo correspondendo em todos os movimentos ao
macrocosmo, e finalmente redigiu este compêndio das coisas passadas, presentes e futuras. Em seguida,
tendo já ultrapassado um centenário, embora não atribulado por nenhuma enfermidade, que jamais sofrera
em seu próprio corpo e tampouco permitira que outros a sofressem, mas chamado pelo Espírito de Deus,
entre os últimos amplexos de seus irmãos, entregou sua alma iluminada a Deus seu Criador. Um pai
amado, um Irmão afetuoso, um Mestre leal, um Amigo sincero, aqui permaneceu oculto por seus discípulos
durante 120 anos."
A data presumida da descoberta de seu túmulo é 1604. Segundo a Confessio Fraternitatis, o Irmão
R.C. nasceu em 1378 e viveu durante 106 anos, portanto teria desencarnado em 1484, sendo descoberto
seu túmulo 120 anos após, ou seja 1604.
Várias teorias tem sido dadas para resolver o enigma dos Rosacruzes. Tais Teorias
não são excludentes e se completam de certa forma.
A Primeira Teoria sustenta que a Fraternidade Rosa Cruz existe
historicamente de acordo com a descrição de sua fundação e subseqüentes
atividades publicadas em seus manifestos originais, a Fama e a Confessio
Fraternitatis.
Certas discrepâncias tem sido descobertas nesta história. É dito que escritos de
Paracelsus foram descobertos no túmulo de C.R.C. porém se ele desencarnou com 106
anos de idade e o túmulo foi selado nesta época e jamais aberto até a sua descoberta 1,
nós topamos com uma contradição histórica porque quando o túmulo foi selado
Paracelsus tinha apenas um ano de idade.
Uma curiosa pesquisa relacionada à identidade de C.R.C. é apresentada por Maurice
Magre em seu livro Magicians, Seers And Mystics . Ele sustenta que Christian Rosenkreutz
foi o último descendente dos Germelschausen, uma família alemã que floresceu no século
XIII . Seu Castelo se localizava na Floresta de Thuringian .Sua família teria se convertido
às doutrinas Albigenses , combinando ritos pagãos com crenças cristãs. Toda a sua
família foi assassinada por Landgrave Conrad da Thuringia, exceto o filho mais jovem
,que tinha apenas cinco anos de idade. Ele foi levado secretamente por um monge, que era
um adepto Albigense para Languedoc. A criança foi colocada em um mosteiro, que ainda
estava sensível à influencia dos Albigenses, onde ele foi educado e mais tarde com a ajuda
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de quatro outros Irmãos formaram a Fraternidade Rosa Cruz. Este relato deriva da
tradição oral.
A Segunda Teoria supõe que a Fraternidade Rosa Cruz foi fundada cerca do
ano 1610 pelo teólogo luterano alemão , Johan Valentin Andreae. Alguns
acrescentam que suas raízes teriam emergido na Idade Média com o desenvolvimento das
pesquisas alquímicas. Para Robert Macoy, Johan Valentin Andreae teria estabelecido a
Rosa Cruz a partir da transformação e ampliação de uma antiga associação criada por
Henry Cornelius Agrippa.Em sua obra Secret Symbols of the Rosicrucians, o Dr. Franz
Hartmann descreve a Fraternidade como "Uma sociedade secreta de homens
possuidores de poderes super-humanos, senão sobrenaturais; eles eram capazes de
prever os eventos futuros, de penetrar nos mais profundos mistérios da natureza ,
de transformar Ferro, Cobre, Chumbo, ou Mercúrio em Ouro, de preparar um
Elixir da Vida,ou a Panacea Universal, pelo uso do qual eles poderiam preservar
sua juventude; e ainda acredita-se que eram capazes de comandar os Espíritos da
Natureza, e conheciam o segredo da Pedra Filosofal,uma substancia que facultava
ao seu possuidor todos os poderes, imortalidade, e suprema sabedoria". Ele
também sustenta que Rosacruz é uma pessoa que pelo processo do despertar espiritual
adquiriu um conhecimento pratico do Segredo da Rosa e da Cruz.
A Terceira Teoria defende que o Rosacrucianismo foi a primeira invasão
do Budismo e do Bramanismo na Europa, sendo seu simbolismo análogo ao
florescimento do lótus.
A Quarta Teoria proclama que a Fraternidade da Rosa Cruz emergiu no
Egito durante a supremacia filosófica da Escola de Heliópolis naquele império,
tendo como marco mais proeminente o inesquecível Akenathen, o Faraó do Sol.
Também sustenta que o Rosacrucianismo preservou os Mistérios da antiga Pérsia
e Caldeia . Quando nós falamos do Rosicrucianismo como uma sociedade de homens
funcionando sob as leis e regulamentos de uma sociedade física , organizada sob o nome
Rosa Cruz, nos limitamos ao início do Século XVII, porém se o consideramos como uma
tradição mística, devemos retroceder na história à herança Atlante e ao Egito.
A Quinta Teoria seguindo as pistas fornecidas pelo próprio roteiro de viagem
de C.R.C., postula uma influência islâmica. Através dos Magos do Deserto teve
acesso à Magia e à Astrologia preservada e cultivada pelos sufistas. É claro que não se
trata aqui do islamismo ortodoxico, mas do esoterismo árabe, que tem elementos comuns
ao esoterismo de todos os povos.
A Sexta Teoria afirma que a Antiga Fraternidade Rosacruz foi
completamente um produto de imaginação. Alguns acadêmicos postulam que esta
história de Andreae foi simplesmente um romance. Outros acham que a teoria que
Andreae, ao tempo do aparecimento deste livro , era um adolescente cheio de entusiasmo
e ambição,que deparando-se com as insuficiências teológicas e científicas , sonhava em
ultrapassá-las, e para efetuar este projeto imaginou uma congregação de todos que como
ele admiravam a verdade e a virtude. Ainda outros acham que ele teria escrito este relato
do surgimento e progresso do Rosacrucianismo visando representar o avanço de suas
próprias visões peculiares da moral e da religião. Em Ipso Conscripta, trabalho que
permaneceu em forma manuscrita até 1849, só publicado após a sua morte, Andreae
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admite que escrevera a Fama da Sociedade Rosacruz quando tinha apenas 16 anos de
idade.Ele não possuía nenhum conhecimento de outros trabalhos, e é improvável que um
adolescente de 16 anos tivesse produzido qualquer dos manifestos sem a orientação de
alguém. Seja como for, esta assim chamada "ficção" tem persistido durante séculos, e
rapidamente foi aceita como verdade por multidões de pessoas.
A Sétima Teoria defende que a Fraternidade Rosacruz foi realmente fundada
cerca de 1604, provavelmente pelo filósofo inglês Francis Bacon, Lord Verulam,
bem conhecido como o Chanceler de Parnassus, o alegórico Monte dos Poetas.
Michael Maier, médico e alquimista alemão, autor de Silentium Post Clamores e Themis
Aurea, dedicados à Irmandade Rosacruz afirma que o lar dos Irmãos Rosacruzes se localizava
no Helicón ou Parnaso, onde Pegaso, o Cavalo Alado, faz surgir fontes, com simples golpes de suas patas
contra a terra. George Whither faz menção especial a Francis Bacon, Lord Verulam, como
o Chanceler do Parnaso, em sua obra The Great Assises Holden in Parnassus. Robert
Burton, doutor em Teologia do Século XVII relatou que na época em que escrevia
Anatomia da Melancolia, ainda estava vivo o fundador da Sociedade Rosacruz e
numa nota de rodapé , ao citar Johan Valentin Andreae, aceito como o autor dos primeiros
manifestos, Burton se refere a "Johan Valentin Andreae, Lorde Verulam", sugerindo
que "Andreae" era um pseudônimo usado por Francis Bacon. Tais referencias estão
dispersas na obra de Manly P. HalI, que dizia que Bacon teria tido uma abundante
correspondência com pessoas letradas do continente europeu, ocultando-se atrás da
máscara do respeitável Andreae para encobrir seus próprios fins. Bacon teria publicado a
Fama e o confessio muito longe de sua pátria para evitar complicações. Manly P. Hall
também sugeriu que "após os falsos funerais de Bacon, na Inglaterra, este viajou ao
continente Europeu, onde viveu mais de vinte anos na qualidade de lider da
Sociedade Secreta, que tinha como objetivo revitalizar as formas de
conhecimento(...) Promoveu reformas ,através da Franco-maçonaria; fundou a Royal
Society, para promover o conhecimento científico, e junto com um seleto grupo
trabalhou em sua obra mestra, a Instauratio Magna, sua Enciclopédia Universal,
um compêndio que reunia toda classe de informações necessárias e úteis."O que
isto nos evoca? Lembremos que a obra magna de C.R.C. consistia na preparação de uma
enciclopédia de conhecimento universal. Parte da Instauratio Magna foi editada com o
título de Novum Organum,que marcou época e se tornou a base da Ciência Moderna.
Tal Teoria não é compartilhada por Francis A.Yates, para quem o pensamento de Bacon se
contrasta com o Rosacrucianismo, que afinado com o pensamento alquímico postulava a
doutrina harmônica da analogia entre o Macro e o Microcosmos, que não estão presentes
no pensamento de Bacon. O programa do Império Filosófico , desenvolvido por Bacon
inspirado nos conceitos de Platão, teve continuidade em sua utopia Nova Atlantida, na
qual ressalta a necessidade da investigação dos mistérios da natureza relativos à matéria, ao
tempo e ao espaço, como condições da preservação e segurança humana.
A Oitava Teoria proclama que a Ordem Rosa Cruz não é meramente uma
sociedade secreta porém uma das Escolas de Mistérios, ainda que tenha
trabalhado com algumas sociedades secretas em diferentes períodos da história.
A Oitava Teoria sustenta que a Ordem Rosacruz é uma Escola de Mistérios, que os
Irmãos Maiores da Ordem são Hierofantes dos Mistérios Ocidentais e que possuem um
poder espiritual mais poderoso na vida do mundo ocidental que qualquer governo visível.
Também proclama que Cristian Rosenkreutz é o nome simbólico de uma entidade que
realmente esteve encarnada, que teria aparecido na Europa nos Séculos XIII e XIV para
iniciar seu trabalho. Afirma que ele trabalhou com os alquimistas e inspirou as
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investigações metafísicas e as práticas de cura de muitos servos de Deus e da
humanidade.Também proclamam que o Conde de St. Germain é o mais elevado Adepto
de sua Ordem e que Ele e Christian Rosenkreutz foram manifestações da mesma
entidade. Declaram-se a si mesmos como descendentes de Tubal- Caim e Hiram Abiff, e
que o propósito de sua existência era preservar a natureza espiritual do homem através de
eras de materialismo. Segundo Manly P. Hall, Max Heindel, o Mistico Cristão, descrevia o
Templo Rosacruz como uma estrutura etérea localizada na Europa. Manly P. Hall nos
informa que Max Heindel referia-se aos Iniciados Rosacruzes como seres tão avançados na
ciência da vida que a morte os esqueceu. ( The Secret Teachings of All Ages )
Segundo Corinne Heline, proeminente expositora da Teoria Transcendentalista,
"Desde o estabelecimento das Escolas de Iniciação na Antiga Lemúria após o link mental ter sido
desenvolvido pelos pioneiros da raça humana ( as massas não teriam recebido o link mental antes da
Época Atlante), têm havido duas grandes classes ou divisões nas Escolas, correspondendo,
comparativamente à graduação e pós-graduação. A forma com que chamamos estas Escolas podem variar
um pouco; porém seguindo a tradição grega, os ocultistas geralmente designam a Primeira Escola como
Mistérios Menores e a mais elevada, como os Grandes Mistérios.Existem nove graus nos Mistérios
Menores, chamados Iniciações - ou, em termos metafísicos, expansões de consciência , e há quatro
graus nos Mistérios Maiores.Estas Escolas não são físicas porém estruturas etéreas tais como a Nova
Jerusalém descrita por São João; e não devem ser confundidas com as sociedades secretas.Realmente, todas
elas tem alguma representação no plano material; se não tiverem, não poderiam alcançar a mentalidade
materialista humana e não teria nenhum discípulo para instruir nos Mistérios! Estas Escolas de Mistério,
com suas representações exotéricas, se transformam através das eras de forma a atender as necessidades das
pessoas entre as quais seu trabalho é feito."
"Todas estas Ordens de Mistérios estão formadas em linhas cósmicas; onde os Doze
Hierofantes correspondem às doze constelações e seu líder espiritual, o Décimo-Terceiro ao zodíaco; É
interessante especular que no zodíaco grego as Plêiades eram consideradas como a décima-terceira
constelação até os últimos tempos. O grande protótipo Cristão da Escola de Mistérios está representado
por Cristo e Seus Doze Apóstolos. A Ordem Rosacruz está também composta por Doze Irmãos e um
esotérico Décimo-Terceiro, o reverendíssimo Fundador, simbolicamente designado Christian Rose Cross
após o trabalho que ele veio fazer pelo mundo."
"As sete Escolas de Mistérios Menores e as cinco Escolas de Mistérios Maiores estão agrupadas sob
uma Inteligência central, chamada , segundo o costume grego, de o Liberador - título antigamente
conferido à Dionysus, porém nos tempos Cristãos relacionados a As ascensão de Cristo (ou ao décimo -
terceiro Hierofante numa Escola de Mistérios) O místico décimo-terceiro é sempre o líder de uma Ordem; e
os doze líderes estão em agrupados em torno do décimo-terceiro a quem os cristãos chamam Cristo, ainda
que Ele seja conhecido por outros nomes em outras terras entre outros povos."
Heline nos ensina que em acréscimo aos números sagrados doze e treze, observamos a recorrência
de sete e cinco, correspondendo aos cinco planetas, Sol, e Lua do sistema Ptolomaico. Em algumas Escolas
as Iniciações são dispostas diferentemente, tal que o processo de iluminação é coberto em sete graus em vez
de nove; porém o trabalho feito é substancialmente o mesmo. O aspirante geralmente aceito no Templo é um
noviço (Irmão Leigo) de uma das Escolas de Mistérios Menores, e um neófito nos vários primeiros graus
daquela Escola. Poucos tem avançado no trabalho espiritual além dos primeiros sete Ritos do Templo. Os
próximos dois graus ( no sistema de nove graus )desponta acima dos reinos deste plano mortal, facultando a
confraria com as hostes celestiais cujo discernimento e descrição transcende os sentidos comuns.
Por tudo isso compreendemos porque o número sete é sagrado para os ocultistas.
Tem sido dito que " qualquer um que passe além destes sete passos ou graus chega
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a um lugar maravilhoso onde contempla os mais profundos mistérios e se
concentra na transmutação de todas as coisas naturais". As Sete Escolas de Mistérios
Menores, e também os sete graus da sistema sétuplo, são alegoricamente descritos na
Bíblia como a mística escada na qual Jacob teve sua fantástica visão. Todo o esquema de
Iniciação está simbolizado na escadaria sinuosa do Templo de Salomão que conduz à
câmara interna onde o candidato vitorioso conquista a maestria.
O que se segue é um pequeno resumo dos ensinamentos de Corinne Heline a este
respeito.
As cinco Escolas que ensinam os quatro Mistérios Maiores são quase que totalmente
desconhecidas, até para o mundo esotérico. Raramente alguma alma passa por seus
sagrados portais. Os Hierofantes através dos quais este sublime trabalho é administrado
são os poucos e mais elevados Iniciados Terrestres, e há também poucos discípulos.
Como um ser humano possui uma aura que circunda e interpenetra seu corpo físico,
assim também está o planeta Terra vestido com matérias sutis. A esfera física é familiar a
todos que nela evoluem , porém outras esferas são desconhecidas. E stas incluem a etérea, a
astral, a mental , a espiritual , e a mais elevada espiritual. Nos nove Mistérios Menores da
Rosa Cruz ( ou sete Mistérios de certas outras Escolas), o candidato ascende
sucessivamente através destes planos planetários por expansão de consciência. Ele
recapitula, conscientemente, toda a evolução da Terra e de sua humanidade,tanto
espiritual quanto física. Tal recapitulação provoca nele o despertar de todas as faculdades
e poderes adormecidos que a raça humana já possuiu em épocas passadas, tornando
disponível para si a soma total da experiência da raça humana. O que isto significa é visto
nos maravilhosos instintos dos animais e plantas, instintos que foram perdidos pelo
homem desde que adquiriu a razão porem que num Iniciado se torna um instrumento
conscientemente utilizável pelo intelecto.Ao lado de seus sentidos humanos ele possui um
super-instinto, uma inesgotável vitalidade pela qual o corpo é renovado em si mesmo.
Então seu corpo se torna tão indestrutível como um diamante ou rubi, por ter também
total controle das forças químicas. Todas estas coisas estão ao alcance de um Adepto, um
Iniciado, que se qualificou nas nove Iniciações dos Mistérios Menores e já atingiu a
primeira dos Mistérios Maiores, capacitando-se a penetrar no "coração da Terra" e
encontrar o Liberador face a face.
Todavia, é raríssimo encontra -se um Adepto na superfície da Terra. Nem mesmo os
Irmãos Leigos, Iniciados nos primeiros graus das Escolas de Mistérios Menores, são tão
numerosos. Os Irmãos Leigos estão envolvidos geralmente com as cinco primeiras
iniciações dos nove Mistérios Menores. Poucos Irmãos Leigos conseguem mais que uma
Iniciação numa encarnação.Quando algum candidato passa através de várias Iniciações
numa encarnação, podemos estar certos que são recapitulações de um trabalho feito em
várias vidas anteriores.
Durante a recapitulação embriológica, o quarto mês traz uma mudança decisiva no
desenvolvimento fetal; esotericamnte, dizemos que nesta época certos contatos com o
mundo interior são dissolvidos . O Ego se concentra definidamente no plano material e
trabalha na construção do veículo físico no qual está sendo encadeado.
Na Iniciação, o Quarto Grau é bem definido como o degrau para o plano celestial;
certos contatos físicos são rompidos , e as relações com o mundo interno se tornam mais
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íntimas.Doravante para o discípulo DEUS É TUDO E TUDO É DEUS. Ainda que seu
corpo habite o mundo exterior, ele não o deseja.
O quarto plano da aura da Terra é o plano mental; é a "inteligência planetária ou,
em termos metafísicos, é a inteligência de Deus expressando-se a si mesmo em relação à
Terra.
O mundo mental é o elo entre espírito e matéria. Imediatamente abaixo ao plano
mental está o mundo do desejo; acima está o mental superior, ou mente abstrata, o
plano das idéias universais. Neste está o mundo (consciência) da idéia germinal, sem a qual
a manifestação não poderia se processar pois ele é o celeiro do cosmos.O plano mental
marca um ponto crucial não apenas na involução (mergulho na matéria) para a raça
humana em sua totalidade, mas na evolução (ascensão ) ao espírito para o Iniciado.
Devemos notar que o mergulho do espírito virginal, centelha do espírito universal, na
forma durante a chamada involução foi um processo coletivo.A Iniciação, todavia, é um
processo individual, antecipando o futuro desenvolvimento da humanidade .
"Na Quarta Iniciação o Ego faz a decisão de prosseguir no Sendero Branco ou no Sendero Negro.
Tal decisão depende da instrumentação que dará aos poderes adquiridos.O forte e plenamente consciente
Iniciado não sucumbirá onde alguns fraquejam. As ambições da personalidade levam ao Sendero Negro,
enquanto o serviço amoroso e desinteressado conduz ao Sendero Branco".
O Quinto Grau, se alcançado, conduz à santidade. Neste majestoso Rito o Ego, tendo escolhido
definitivamente unir-se ao espírito (santo), é colocado face a face com seu verdadeiro self. No estase deste
elevado momento o discípulo vem a compreender o verdadeiro significado daquelas palavras inscritas acima
da entrada dos Temp los Gregos: "HOMEM CONHECE TE A TI MESMO".
"No Sexto e Sétimo Graus, a personalidade é aperfeiçoada como um canal através do qual o self
divino (algumas vezes chamado espírito virginal ou mônada espiritual) pode colocar seus poderes no
trabalho criador. ( em sentido figurado a personalidade torna-se o cálice do Graal) toda palavra e todo ato
é inspirado por uma sabedoria que é eterna. O Iniciado aspira o aroma da eternidade, por saber ser parte
daquilo que não tem princípio nem fim. Então o self pessoal é absorvido pelo mais elevado, self espiritual e
o discípulo alcança o limiar da divindade. Os dois últimos Graus são os portais do trabalho que faz dele
realmente um deus. A Fraternidade Rosacruz nos ensina que o candidato vitorioso do Sétimo Grau
desenvolve as Rosas Vermelhas e Branca que florescem em seu Roseiral. O Rosarium dos alquimistas
medievais era simplesmente o laboratório (estado de consciência) do aspirante que estava procurando a
divina realização ( consumatum est)."
Sobre a sua cabeça o candidato vitorioso usa uma "coroa de jóias cintilantes em ouro
vivo" A coroa real dos primeiros regentes tiveram sua origem na coroa espiritual dos
antigos Reis-Sacerdotes Iniciados a partir da Ordem de Melchizedek. A tríplice tiara papal
é outra representação simbólica desta coroa espiritualmente visível do Iniciado que
ascendeu através dos três planos localizados abaixo do mental superior às esferas divinas.
Também é o Rei e a Rainha descrito alegoricamente nas Bodas Alquímicas de
Christian Rosenkreutz.
Esperamos que as linhas gerais apresentadas neste despretensioso trabalho seja útil a
todos aqueles que buscam inspiração e realização espiritual através do Caminho de
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Alquimia Espiritual Rosacruz. Convém destacar que as diversas teorias apresentadas não
são necessariamente excludentes. A Lenda de C.R.C. possui um caráter essencialmente
simbólico, ocultando como os antigos mitos grandes relíquias espirituais.
"Que as Rosas Floresçam Sobre a Vossa Cruz",
A.D. , FRCMH
Obras e autores citados e(ou) consultados na redação deste trabalho:
ANDREAS, Johan Valentin Andreae -Fama Fraternitatis;Confessio
Fraternitatis;The Chymical Wedding of Christian Rosenkreutz, Anno 1459
HALL, Manly P-. The Adepts in The Esoteric Tradition; Codex Rosae Crucis;The
Secret Teachings of All Ages; Fundamentals of The Esoteric Sciences; The Riddle
of The Rosicrucians
HEINDEL, Max-The Rosicrucian Cosmo Conception
HELINE, Corinne - Occult Anatomy and the Bible.
GORCEIX, Bernard- A Biblia dos Rosa-Cruzes
HOTALING, Minnie-Exploring the Origins of Rosicrucianism in Rays From the
Rose Cross, Vol 90, #04
SALOMONSSEN, Arne- The Chymical Wedding of Christian Rosenkreutz Anno
1459, A Modern Poetic Version
13
STEINER, Rudol-Christian Rosenkreutz
WEBER, Charles- Early Rosicrucian and Occult Symbolism in Rays from the Rose
Cross,Vol.92,#03
YATES, Frances A-.O Iluminismo Rosa-Cruz
Fraternidade Rosacruz Max Heindel
A Fraternidade Rosacruz Max Heindel não é uma seita ou organização religiosa, mas sim
uma grande Escola de Pensamento. Sua finalidade precípua é divulgar a admirável filosofia
dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel, escolhido para
esse fim pelos Irmãos Maiores da Ordem Espiritual.
Seus ensinamentos projetam luz sobre o lado científico e o aspecto espiritual dos
problemas relacionados à origem e evolução do homem e do Universo. Tais ensinamentos,
contudo, não constituem um fim em si mesmo, mas um meio para o ser humano tornar-se
melhor em todos os sentidos, desenvolvendo assim o sentimento de altruísmo e do dever,
para o estabelecimento da Fraternidade Universal.
O fim a que se destina a Filosofia Rosacruz é despertar a humanidade para o
conhecimento das Leis Divinas, que conduzem toda a evolução do homem, e, ainda:
(I) explicar as fontes ocultas da vida. O homem, conhecendo as forças que trabalham
dentro de si mesmo, pode fazer melhor uso de suas qualidades;
(II) ensinar o objetivo da evolução, o que habilita o homem para trabalhar em harmonia
com o Plano Divino e desenvolver suas próprias possibilidades, ainda desconhecidas para
grande parte da humanidade;
(III) mostrar as razões pelas quais o Serviço amoroso e desinteressado ao próximo é o
caminho mais curto e mais seguro para a expansão da consciência espiritual.
A Fraternidade Rosacruz é fundamentalmente uma Escola de reforma interna para a
humanidade, uma Escola de desenvolvimento das faculdades espirituais.

2 comentários:

isc5-t8 disse...

Saudações fraternais,
Pelo que vejo, o caro Sr. deve ser um iniciado na Ordem Rosacruz Max Heindel. Minha única dúvida sobre esta Ordem é se ela também utiliza-se de palavras passe. Ficarei bastante grato pela possível resposta.
P'.'P'.'

isc5-t8 disse...

Saudações fraternais,
Pelo que vejo, o caro Sr. deve ser um iniciado na Ordem Rosacruz Max Heindel. Minha única dúvida sobre esta Ordem é se ela também utiliza-se de palavras passe. Ficarei bastante grato pela possível resposta.
P'.'P'.'