domingo, 10 de fevereiro de 2008

Esoterismo – Ordem Rosacruz - Por Marco Anconi


Desde o princípio dos anos vinte do século passado, vimos proliferar várias escolas iniciáticas que se dizem representantes diretas da “Ordem Rosacruz”, dentre as quais encontramos: a “Fraternidade Rosacruz”; a “Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis (AMORC)”; a “Fraternitas Rosae Crucis (FRC)”; a “Fraternitas Rosicruciana Antiqua (FRA)”; a “Lectorium Rosicrucianum (ou Escola Internacional da Rosacruz Áurea)” e a “Confraternidade da Rosa+Cruz (CR+C). Todas estas ordens afirmam possuírem os “documentos primordiais” e que são a verdadeira e única “Ordem Rosacruz”. Divergências à parte verificamos que, se não todas, ao menos a grande maioria, difunde entre seus membros conhecimento esotérico de alto teor iniciático, pois “beberam nas mesmas fontes de saber” dos primeiros praticantes ocidentais. Tradicionalmente, os Rosacruzes se dizem herdeiros de tradições antigas que remontam à alquimia medieval, ao Gnosticismo, ao Ocultismo, ao Hermetismo no antigo Egito, à Kabala e ao Neoplatonismo. No ocidente temos como verdadeira a instituição da “Ordem Rosacruz” na Europa do século XVII, por volta de 1611 e 1614 na Alemanha de Martin Lutero (fundador do protestantismo) e que usava os mesmos símbolos (rosa e cruz) como insígnias pessoais. Foi pela primeira vez publicamente conhecida através de três manifestos e insere-se na tradição esotérica ocidental. Esta Ordem hermética é vista por muitos Rosacrucianistas antigos e modernos como um "Colégio de Invisíveis" nos mundos internos, formado por grandes Adeptos, com o intuito de prestar auxílio à evolução espiritual da humanidade. Dentre os ilustres iniciadores da ordem encontram-se personagens conhecidos da Maçonaria, da Gnose, da Kabala, do Cristianismo-esotérico e de várias outras escolas iniciáticas. Assim como outras escolas de sabedoria, a Ordem Rosacruz tem vários níveis de conhecimento que variam do vulgo (para os leigos) ao esotérico (para os iniciados). A Ordem Rosacruz vulga difunde entre seus membros um conhecimento que podemos considerar sigiloso mas não hermético, pois contem certo grau de sabedoria que já impulsiona seus praticantes no processo evolutivo. Já a Ordem Rosacruz esotérica (iniciática), da qual participam pouquíssimos , pois passaram pelos estágios iniciais e medianos de estudo da ordem, disponibiliza um conhecimento profundo e verdadeiramente hermético. Este conhecimento foi primordialmente compilado e estruturado pelos sábios alquimistas da corte do Faraó Amenófis IV (também conhecido como Akhenaton) da XVIII Dinastia egípcia que governou este país por volta de 1500 a.C. e que instituiu o monoteísmo em oposição ao politeísmo vigente até então. Akhenaton não era para ser o Faraó, pois este posto seria de seu irmão mais velho, o príncipe Tutmés, que morreu cedo. Akhenaton tinha sido educado para ser sacerdote do templo de Heliópolis, cidade do Baixo Egito que era o centro do culto do deus solar Rá. Quando o seu irmão faleceu é possível que também tenha herdado o cargo de sumo-sacerdote de Ptah, deus associado aos artistas. Casou-se com a rainha Nefertiti com quem governou o Egito por dezessete anos.