segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Organização de uma Oficina (LOJA)

ADMINISTRAÇÃO
Uma Oficina tem como um de seus pontos primordiais para um funcionamento justo e perfeito a troca de vibrações harmônicas entre os OObr.’.. Quanto mais se conhece a administração de uma Loja, mais competente torna-se o Maçom para exercer cada um dos cargos. É essencial que o Maçom tenha pleno conhecimento dos cargos em Loja, bem como conheça as atribuições de cada um de seus ocupantes. O número e a denominação dos cargos variam de Rito para Rito, sendo alguns cargos, no entanto, integrantes de todos Ritos. Dentre os Ritos adotados em nosso País, o RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO, adotado por esta Augusta e Respeitável Loja Simbólica, organiza-se desta forma: Ven.’.M.’., 1º Vig.’., 2º Vig.’., Orad.’., Secret.’., Tesour.’., Chanc.’., Hospit.’., M.’.de CCerim.’., 1º Diac.’., 2º Diac.’., 1º Exp.’., 2º Exp.’., Porta-Band.’., Porta- Estand.’., Porta-Esp.’., Cobr.’.Int.’., Cobr.’.Ext.’., M.’.de Banq.’., M.’.de Harm.’.M.’.Bibliotecário e M.’.Arq.’. Vale deixar claro que, tanto a definição de cargos, como a localização física dos ocupantes em Loja ainda é motivo de divergência entre os estudiosos. Adotamos aqui o entendimento dos especialistas Francisco de Assis Carvalho, Walter Pacheco Junior e José Castellani. Essa visão pode ser diferente daquela de outros Maçons. Os cargos em Loja são carregados de simbolismo, a essência maçônica. Temos a mais firme convicção disso. Entretanto, neste modesto e despretensioso trabalho, procuramos agrupar os cargos em Loja em função da condução administrativa de uma Oficina. Nunca é demais enfatizar que, mesmo com esse enfoque burocrático- -administrativo, não podemos nem devemos esquecer o sentido esotérico que cada Dignidade e Oficial devem imprimir a sua função. Afinal, somos uma Loja, e não uma repartição pública. Fique bem claro que não é pretensão nossa dissecar de forma definitiva os atributos de cada cargo e todas as inúmeras obrigações das dignidades e Oficiais de Loja. Existe uma extensa literatura, de competentes autores, nacionais e estrangeiros, tratando desse assunto. A nossa ideia é definir parâmetros que permitam montar uma estrutura na qual os processos administrativos possua fluir sem solução de continuidade. Pode-se visualisar essa estrutura como um conjunto de células de ação agrupadas em torno de um eixo coordenador central. Note-se que, nas células definidas a seguir, um ocupante de determinado cargo pode atuar em mais de uma área. Essa flexibilidade é particularmente bem-vinda em Lojas cujo pequeno Quadro de OObr.’. não permite que todos os cargos sejam efetivamente ocupados. Uma estrutura a adotar seria a seguinte: COORDENAÇÃO GERAL É muito comum considerar-se que a administração de uma Loja cabe inteiramente a seu Venerável. Data vênia, não concordamos com essa premissa. Entendemos a Loja como um corpo com diversos órgãos que, embora tenham funcionamento distinto, interagem uns com os outros, todos sob o controle do cérebro – o Ven.’.M.’. – que tudo coordena. Ou seja, indiscutivelmente, o Ven.’.M.’.deve imprimir sua marca pessoal em todas as áreas, mas jamais procurar tolher ou inibir os ocupantes dos cargos. Atuantes Ven.’.M.’. 1º Vig.’. 2º Vig.’. Venerável Mestre Uma Oficina é reconhecida pela atuação de seu Venerável e ele deve obter de forma espontânea o reconhecimento de seus pares, realizando-se, assim, todas as Reuniões em comunhão fraternal. Não é a rigidez na condução da Loja que a faz crescer, mas sim uma perfeita distribuição de atividades, sempre supervisionadas pelo Ven.’.M.’.. Dessa forma, sendo atividades como as de Controle, Orientação, Coordenação e Planejamento, inerentes ao cargo do Venerável, deve essa dignidade exercer esse munus definindo atividades para todos os Oobr.’., seja designando-os para Comissões, seja solicitando-lhes trabalhos maçônicos. Um Ven.’.M.’. não deve permitir o ócio entre seus Oobr.’.. pugnando para que todos sem exceção, do Ap.’.M.’. ao M.’. M.’., enfronhem-se nas atividades da Oficina. Primeiro e Segundo Vigilantes Sendo os substitutos do Ven.’.M.’., devem os VVig.’.estar sempre a par do modelo administrativo posto em prática pelo Venerável de sua Loja, para que nos impedimentos desse, aqueles possam dar seguimento, sem rupturas, à administração da Loja, consoante o estilo que vinha sendo adotado. Os VVig.’.devem dividir com o Venerável a tarefa de Instrução e cobrança de trabalhos dos OObr.’.da Loja. SETOR ADMINISTATIVO Atuantes Sec.’. Orad.’. Chanc.’. Arquit.’. O Sec.’. atua na escrituração e conservação dos Livros e Arquivos da Loja, assim como coordena o fluxo de correspondência e expedição de certidões. Ao Orad.’.cabe receber do Irm.’.Sec.’. Decretos e Leis expedidos pelos Grãos- Mestrados, para serem lidos em Loja; fiscalizar a leitura da cédula de eleição, conferir a coleta do Tronc.’.de Benef. O Irm.’.Chanc.’.Guarda Fiel do Timbre e do Selo da Loja tem a seu cargo Manutenção do Livro de Frequência. É bom lembrar que os Livros de Frequência devem ser dois, um para OObr.’. do Quadro da Loja, e outro para registro dos visitantes; emissão de Certificados de Presenças de Visitantes; elaboração de Mapa Mensal de Freqüência para definição daqueles IIr.’. que podem exercer o direito de voto nas eleições; mantêm sob sua vigilância os Livros Amarelo e Negro. O primeiro onde são lançados os nomes daqueles profanos que tiveram seu ingresso na Ordem recusado, por motivos transitórios, e o segundo onde anotam-se os nomes dos profanos que foram recusados por motivos de ordem moral ou algum outro mote insanável. O Arq.’. controla o material de expediente; em Livro de Carga inventário das alfaias, móveis e utensílios do T.’.zelando por sua conservação. SETOR FINANCEIRO Todo o trânsito de metais na Loja é controlado pelos Oficiais dessa célula. Atuantes Tes.’. Hospit.’. Ao Tes.’.cabe elaborar balanços e balancetes, arrecadar as taxas devidas pelos OObr.’. pagar despesas, desde que autorizadas pelo Venerável. O Ir.’.Hospit.’. vela para que os metais arrecadados pelo Tronc.’.de Benef.’. sejam utilizados de acordo com as normas maçônicas. SETOR SOCIAL A área Social tem ingerência tanto sobre as relações internas da Loja – frequência, participação, evolução maçônica dos OObr.’.- como as relações externas da Loja, suas coirmãs, e com a comunidade onde se insere. Atuantes Chanc.’. Hospit.’. M.’.de Banq.’. O Ir.’.Chanc.’.mantém o fichário de OObr.’. contendo datas as mais gratas aos IIr.’. inclusive de seus parentes mais chegados; programa visitas a Lojas coirmãs e de outras Obediências; incentiva o congraçamento feminino, promovendo a união de mães, esposas, filhas, etc. dos IIr.’.do quadro; atualiza o Quadro de IIr.’. da Loja para repassar a cada Sessão, ao Ir.’. Hosp.’. os nomes dos IIr.’. faltosos. O Irm.’. Hospit.’. deverá ser um Ir.’. que goze da simpatia de todos os outros OObr.’.. Isso porque o trabalho do Hospit.’.dentro do T.’. é relativamente fácil, pois ali cabe-lhe fazer girar o Tronc.’. de Benf.’.. A sua missão, fora do T.’., é muito preciosa , pois deve agir como se fosse um parente chegado de cada Obr.’. visitando periodicamente lares e tomando conhecimento de seus problemas, de saúde, conjugais ou financeiros. Ao Hospit.’. cabe levar ao Ven.’.M.’. os problemas dos demais IIr.’. para que juntos possam definir uma solução. Em caso de falecimento de um Ir.’. do Quadro cabe ao Hospit.’. comunicar o desenlace a todas as outras Lojas de seu Oriente, assinando as PPranc.’. com o Ven.’. M.’. e o Ir.’. Sec.’. com o Irm.’. Tes.’. cabe-lhe velar para que os metais arrecadados pelo Tronc.’. de Benef.’. sejam utilizados de acordo com as normas maçônicas. O Ir.’.M.’. de Banq.’. tem a seu cargo a logística da preparação de Banquetes e Festas, ritualísticas ou não. SETOR CULTURAL Cultura maçônica não é passatempo nem exibicionismo. É obrigação! É comum que livros, revistas, jornais, boletins, discos, fitas, e outras peças que possam trazer mais conhecimento maçônico, passem à guarda pessoal do Venerável da Loja ou de seu Secretário. Isso é intolerável porque todo esse material é destinado à Loja e não a um de seus Membros. Atuantes Orad.’., M.’. de Harm.’. , Bibliotec.’., Orad.’. Manutenção de fichário atualizado de palestrantes de outras Lojas. M.’. de Harm.’. mantém o controle, por meio de Livro de Carga, de discos, fitas e aparelhos reprodutores destinados a abrilhantar as Sessões e Banquetes. Bibliotec.’. Guarda acervo literário da Loja. Na falta de Bibliotec.’. o acervo literário da Loja deve ser controlado pelo Irm.’. Orad.’. e posto à disposição dos OObr.’. da Loja. SETOR LITÚRGICO Os cargos agrupados nesse setor são de primordial importância para a Loja e já foram gastos rios de tinta em livros tratando deles. Como estamos tratando de estrutura administrativa a abordagem desses cargos será “en passant”, nunca, no entanto, olvidando-se o seu imenso valor e fenomenal conteúdo maçônico. Atuantes Orad.’., M.’. Cer.’., DDiac.’., EExp.’., CCob.’. O Ir.’. Orad.’. é o Guarda da Lei e como tal obra por cumprir e fazer cumprir os deveres maçônicos. Quanto ao M.’. Cer.’. para ilustrar sua importância, basta transcrevermos o Ir.’. Castellani: “Nota-se … que o M.’.Cer.’. é um Oficial importantíssimo, devendo ser um perfeito conhecedor da Ritualística. Ele é tão importante que tem o direito de, estando Entre Colunas, pedir a Palavra diretamente ao Ven.’.M.’. através de uma simples pancada com as palmas das mãos.” Há ainda os DDiac.’., que transmitem as ordens em Loja, o 1º Diac.’. levando a palavra do Ven.’.M.’. ao 1º Vig.’. e o 2º Diac.’., do 1º Vig.’. ao 2º Vig.’. às CCl.’. Os Ir.’. responsáveis pelo acompanhamento dos iniciados em suas viagens templárias. Embora seja do conhecimento de poucos, é o Ir.’.1º Exp.’. que arbitra os conflitos maçônicos entre o Ven.’.M.’. e seus VVig.’.. A célula abriga também os CCob.’. , nossos guardiões do T.’., interna e externamente de espada em punho guardando nosso Sagrado Local, de impertinentes e curiosos. As ações litúrgicas especiais pedem também presença dos Porta-Estandartes e Porta- Bandeiras. Já o Porta-Espada exerce seus deveres nas Sessões Magnas de Iniciação, Elevação e Exaltação. É bom lembrar que o cargo de Porta-Espada não existe nos Ritos Brasileiros, Francês (ou Moderno), de York e Schroeder. É utilizado nos Ritos, Escocês Antigo e Aceito, e Adonhiramita. E, assim findamos nossa exposição de uma estrutura administrativa em Loja. Para que não pairem dúvidas confessamos nossa mais absoluta fé na ortodoxia dos cânones maçônicos. Esse trabalho sugere tão somente que há reais possibilidades de se aliar ao formalismo dos regulamentos e rituais, a flexibilidade de técnicas modernas de administração. Tudo para promover o crescimento intelectual, aperfeiçoar o perfil moral e promover o insumo social na Augusta e Respeitável Loja a que pertencemos. Autor Enviado pelo Ir.’. Moisés Ramos Pimentel M.’.M.’. ARLS Vigilância e Justiça 2132 • GOB/CE • Fortaleza • CE O Hospitaleiro é o elemento da Loja que tem o ofício, a tarefa, de detectar as situações de necessidade e de prover o alívio dessas situações, quer agindo pessoalmente, quer convocando o auxílio de outros maçons ou, mesmo, de toda a Loja, quer, se a situação o justificar ou impuser, solicitando, por meio da Grande Loja e do Grande Oficial com esse específico encargo, o Grande Hospitaleiro ou Grande Esmoler, a ajuda das demais Lojas e dos respectivos membros. Um dos traços distintivos da Maçonaria, uma das características que constituem a sua essência de Fraternidade, é a existência, o cultivo e a prática de uma profunda e sentida solidariedade entre os seus membros. Solidariedade que não significa cumplicidade em ações ilícitas ou imorais, ou encobrimento de quem as pratica, ainda que Ir.’., ou auxílio ou facilitação à impunidade de quem viole as leis do Estado ou as regras da Moral. O maçon deve ser sempre um homem livre e de bons costumes. De bons costumes, não violando as leis nem as regras da Moral e da Decência. Livre, porque autodeterminado e, portanto, responsável pelos seus atos, bons e maus. Perante a Sociedade e perante os seus IIr.’.. A solidariedade dos maçons existe e pratica– se e sente-se em relação às situações de necessidade, aos infortúnios que a qualquer um podem acometer, às doenças que, tarde ou cedo, a todos afetam, às perdas de entes queridos que inevitavelmente a todos sucedem. Sempre que surgir ou for detectada uma situação de necessidade de auxílio, de conforto moral ou de simples presença amiga, os maçons acorrem e unem-se em torno daquele que, nesse momento, precisa do calor de seus IIr.’.. Esse auxílio, esse conforto, essa presença, são coordenados pelo Hospitaleiro. Note-se que a palavra utilizada é “coordenados”, não “efetuados” ou “realizados”. O Hospitaleiro não é o Oficial que efetua as ações de solidariedade, desobrigando os demais elementos da Loja dessas ações. O Hospitaleiro é aquele elemento a quem é cometida a função de organizar, dirigir, tornar eficientes, úteis, os esforços de TODOS em prol daquele que necessita. É claro que, por vezes, muitas vezes até, a pretendida utilidade do auxílio ou apoio ou presença determina que seja só o Hospitaleiro a efetuar a tarefa, ou delegá-la a outro Ir.’. que seja mais conveniente que a efetue. Pense-se, por exemplo, na situação, que aliás inevitavelmente ocorre com alguma frequência, de um Irmão que é acometido de uma doença aguda, que necessita de uma intervenção cirúrgica ou que precisa estar por tempo apreciável hospitalizado, acamado ou em convalescença. Se todos os elementos da Loja se precipitassem para o visitar, isso já não seria solidariedade, seria romaria, isso já não seria auxílio, seria perturbação. O Hospitaleiro assume, assim, em primeira linha, a tarefa de se informar do estado do Ir.’., de o auxiliar e confortar e de organizar os termos em que as visitas dos demais Ir.’. se devam processar, de forma a que, nem o IIr.’. se sinta negligenciado, nem abandonado, nem, por outro lado, fique assoberbado com invasões fraternais ou constantemente assediado pelos contatos dos demais, prejudicando a sua recuperação e o seu descanso, maçando-o, mais do que confortando-o. Também na expressão da solidariedade o equilíbrio é fundamental… A solidariedade maçônica pode traduzir-se em atos (visitas, execução de tarefas em substituição ou auxílio, busca, localização e obtenção de meios adequados para acorrer à necessidade existente), em palavras de conforto, conselho ou incentivo (quantas vezes uma palavra amiga no momento certo ilumina o que parece escuro, orienta o que está perdido, restabelece confiança no inseguro), no simples ato de estar presente ou disponível para o que for necessário (a segurança que se sente sabendo-se que se não precisa, mas, se precisar, tem-se um apoio disponível…) ou na obtenção e disponibilização de fundos ou meios materiais (se uma situação necessita ou impõe dispêndio de verbas, não são as palavras ou a companhia que ajudam a resolvê-la: é aquilo com que se compram os melões…). A escolha, a combinação, o acionamento das formas de solidariedade aconselháveis em cada caso cabe ao Hospitaleiro. Porque a ajuda organizada normalmente dá melhores resultados do que os atos generosos, mas anárquicos e descoordenados… O Hospitaleiro deve estar atento ao surgimento de situações de necessidade, graves ou ligeiras, prolongadas ou passageiras, e atuar em conformidade. Mas não é omnisciente. Portanto, qualquer maçon que detecte ou conheça uma dessas situações deve comunicá-la ao Hospitaleiro da sua Loja. E depois deixá-lo avaliar, analisar, atuar, coordenar, e colaborar na medida e pela forma que for solicitado que o faça. Porque, parafraseando o princípio dos Mosqueteiros de Alexandre Dumas, a ideia é que sejam “todos por um”, não “cada um pelo outro, todos ao molho e fé em Deus”… A solidariedade maçônica é assegurada, em primeira linha, entre IIr.’.. Mas também, com igual acuidade, existe em relação às viúvas e aos filhos menores de maçons já falecidos. Porque a solidariedade não se extingue com a vida, cada maçon, auxiliando a família daqueles que já partiram, sabe que, quando chegar a sua vez de partir, deixará uma rede de solidariedade em favor dos seus que dela necessitem verdadeiramente! E a solidariedade é algo que não se esgota em circuito fechado. Para o maçon, a beneficência é um simples cumprimento de um dever. As ações de solidariedade ou beneficência em relação a quem – maçon ou profano – necessita, em auxílio das organizações ou ações que benevolamente ajudam quem precisa são, em relação à Loja, coordenadas pelo Hospitaleiro. O ofício de Hospitaleiro é, obviamente, um ofício muito importante em qualquer Loja maçônica. Deve, por isso, ser desempenhado por um maçon experiente, se possível um ex-Venerável. O símbolo do Hospitaleiro é uma bolsa ou um saco, ou ainda uma mão segurando um saco. Bolsa em que o Hospitaleiro deve guardar os meios de auxílio. Bolsa que deve figurativamente sempre carregar consigo, pois nunca sabe quando necessitará de prestar auxílio, material ou moral. Saco como aquele em que, em cada sessão, se recolhe os donativos que cada maçon dá para o Tronco da Viúva. Mão segurando o saco, no modo e gesto como, tradicionalmente, após a recolha dos óbolos para o Tronco da Viúva, o Hospitaleiro exibe o saco contendo esses óbolos perante a Loja, demonstrando estar à disposição de quem dele necessite. Mas o ofício de Hospitaleiro, a função que assegura, vão muito vão além do auxílio material. Muitas vezes, o mais importante auxílio que é prestado não implica a necessidade de recorrer ao metal, que só é vil se não o soubermos nobilitar pelo seu adequado e útil uso. A propósito de solidariedade: já se decidiu se contribui, na medida do que puder e quiser, para auxiliar a Inês? Se sim, não guarde para amanhã o que pode fazer hoje. Relembre aqui como pode ajudar e… trate disso! Já! Não se deixe vencer pela inércia! Autor Rui Bandeira O primeiro dever dos dirigentes de uma Loja Maçônica é o PLANEJAMENTO. A curto prazo, esse planejamento consiste na simples e criteriosa elaboração da Ordem do Dia. A diretoria deve, com antecedência, estabelecer os pontos de interesse da Oficina que serão apreciados na reunião. Ninguém deve ser pego de surpresa, com as calças na mão. A médio e longo prazos, o planejamento compõe-se da DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS DA LOJA: 1. para que estamos aqui? 2. em que ponto estamos? 3. para onde vamos? 4. que estratégias usar? 5. quem cuidará de quê? 6. metas de crescimento coletivo e/ou desenvolvimento pessoal 7. auxílio aos Irmãos que, por acaso, tenham dificuldades para acompanhar o processo de concretização dos objetivos da Oficina. Esses sete pontos perfeitos, aplicáveis ao justo progresso de qualquer empreendimento, pressupõem pessoas incumbidas de um OFÍCIO, envolvidas entusiasticamente numa ocupação. Essa ocupação pressupõe certo grau de habilidade e a aceitação dos riscos e dificuldades que envolvam os encargos. Só então, surge a transcendência do que chamamos Missão. Por isso, os que possuem esse grau de habilidade são chamados OFICIAIS. Tradicionalmente, em todos os países, a estrutura dos cargos oficiais em Loja é o mesmo e seus nomes derivam do idioma e do antigo sistema parlamentar inglês. São os seguintes os principais cargos dessa dinâmica OFICIAL e cujos títulos coloco, inicialmente, em inglês a exemplo das Lojas criadoras dos ritos. Em francês não é muito diferente: Worshipful Master é o mesmo que Venerável Mestre [le vénérable, em francês], cargo existente e obrigatório em TODOS os tipos de Loja – sejam simbólicas, especiais, de estudo, de pesquisas, autorizadas, ocasionais ou outras. Isso porque, segundo o Landmark X, “o Governo da Fraternidade, quando congregada em Loja é exercido por um Venerável e dois Vigilantes. Qualquer reunião de maçons congregados sob qualquer outra direção, como, por exemplo, um presidente e dois vicepresidentes, não seria reconhecida como Loja.” Worshipful significa, para os ingleses, digno, honrado e respeitável. É assim que dever ser, ora essa… Os dois vigilantes são chamados Senior Warden, ou Primeiro Vigilante [premier surveillant em francês] que, entre outras coisas, CUIDA DA INSTRUÇÃO DOS APRENDIZES; e o Junior Warden [deuxième surveillant]. O Segundo vigilante, entre outros encargos. além de bater malhete, CUIDA DA INSTRUÇÃO DOS COMPANHEIROS. A palavra warden, em inglês, significa gerente ou pessoa encarregada da observância de certas condutas; em francês, surveillant é aquele que mantém a ordem no local de trabalho, diferente do vigilant/vigilante que, nesses idiomas, tem o sentido de vigiar, que não é o nosso caso. Vejam bem a quantas andaram nossas traduções! Acontece que muitos dos tradutores dos antigos rituais não conheciam a filologia nem a linguística, nem a morfologia do inglês ou do francês dos Séculos XVII e XVIII. Resultado: caíram nos falsos cognatos: Assim, “latir” espanhol gera o falso cognato latir – voz do cachorro – enquanto que significa bater, pulsar; apellido é sobrenome; exquisita é o mesmo que “deliciosa”; data em inglês significa dados, informações; injury, significa ferimento… Continuando Cargos & Deveres Numa Loja – O Marshal, Conductor ou Master of Ceremonies, [maître des cérémonies] é o Mestre de Cerimônias. Aqui a tradução está correta. DELE É O DEVER DE CONDUZIR OS RITUAIS. É o Diretor Ritualístico da Loja. Se a Oficina trabalha com ordem e perfeição, se os rituais são feitos com correção e sem atropelos, o mérito é do Conductor Mestre de Cerimônias. Nesse particular, aconselho os Mestres de Cerimônias a não aceitarem ingerências em suas funções, tampouco estalidos de dedos da plateia. O Chaplain é o CAPELÃO da Ordem, reminiscência da função desempenhada pelos capelães nas antigas Ordens de Cavalaria: capelania castrense, ordinariato militar e capelania militar com atribuições religiosas, judiciais e de aconselhamento. É o responsável pela GUARDA DA LEI, pelo exato cumprimento da Legislação Maçônica e dos Landmarks. É, digamos assim, o ministério público da Oficina devendo, portanto, ser exímio conhecedor da Constituição e Regulamento da Potência a que pertença a Loja, de todas as leis, decretos e responsável pelo trâmite processual da documentação inerente à regularidade da Loja. No Brasil, traduzimos o título a partir do françês l’orateur e Chaplain virou ORADOR. Pronto: alguns oficiais que ocupam esse posto julgaram seu dever estribado na elaboração de entediantes DISCURSOS. Tornam-se tribunos sem toga e, muitas vezes, invadindo a seara dos Vigilantes ou do Mestre de Cerimônias, chamando a si o direito de conduzir rituais e dar instruções. E dálhe discurso! (Ruy Barbosa, maçom brilhante, jurista, diplomata, escritor, filólogo, e ORADOR DE VERDADE, levantaria do túmulo, ostentando nas mãos sua obra Anistia Inversa – Casa De Teratologia Jurídica, e gritaria um BASTA!) O tesoureiro é o Treasurer dos ingleses ou guardião dos tesouros da Ordem, conforme o uso dos antigos Templários e ordens de cavalaria. O tesoureiro é o guarda do tronco e responsável pelo justo andamento das finanças e economia da Oficina. Noutras palavras: é o administrador de patrimônio da Loja. (Lembro-me que, nos meus dias de Aprendiz, um instrutor ensinava que o tronco de solidariedade tinha seu nome devido aos Templários que escondiam seus tesouros e moedas sob grossos troncos das árvores na floresta de Ardennes! Uau, acreditem se quiserem! pois “le tronc de bienfaisance” ou simplesmente TRONC significa, no caso, o cofre onde são depositadas as oferendas e esmolas. Vale lembrar que beneficência quer dizer filantropia e caridade; a isso se destina o tronco). Secretary – secretário – é o chefe de gabinete do Venerável Mestre. Forma o principal elo de administração com o Tesoureiro e o Orador, cuidando para que a Oficina não se depare com problemas de ordem administrativa, legal e financeira. Dirigida por três, composta por cinco e completada por sete, longe de interpretações exotéricas, o sucesso das Lojas está no planejamento democrático, DISCUTIDO E AVALIADO COM CADA IRMÃO, na elaboração criteriosa da Ordem do Dia. Os demais Oficiais não citados nesse artigo (Chanceler, Hospitaleiro, Diáconos, Expertos, Guarda e Cobridore, Mestres de Harmonia, de Banquetes, Arquiteto, Bibliotecário, Porta- Espadas e Bandeira, etc.) atuam entre as engrenagens do Venerável, Vigilantes, Orador, Secretário e Mestre de Cerimônias. Ninguém pode (nem deve) MONOPOLIZAR as sessões da Loja ou tornar-se alvo constante das atenções. Na Maçonaria buscamos uma ESCOLA e não professores. Todos querem participar, muitos querem ser auxiliados em seu progresso na Maçonaria. A Oficina, como um todo, quer saber quais as metas de crescimento coletivo e pessoal, querem saber PARA QUE estão ali, que ponto chegamos e para onde vamos. Era mais ou menos isso que os marinheiros perguntavam a Cristovam Colombo: – “Maestro, dónde vamos?!” Autor Enviado pelo Ir.’. José Maurício Guimarães Este artigo não representa a palavra oficial de nenhuma Loja, Potência ou Corpo Maçônico. Trata-se, apenas, da opinião pessoal do autor. Acesse meu Blog Meus Caros Irmãos, Minhas Cordiais Saudações… As Ordens de Aperfeiçoamento Maçônico, compostas das seguintes Ordens estabelecidas, REGULARES E RECONHECIDAS no MUNDO Inteiro, estão em pleno desenvolvimento no Brasil, e são elas: · Grande Loja de Mestres Maçons da Marca do Brasil; · Antiga e Honrosa Fraternidade de Nautas da Arca Real do Brasil; · Supremo Grande Capítulo de Maçons do Arco Real do Brasil; · Grande Priorado do Brasil · Ordem dos Cavaleiros Templários, · Ordem dos Cavaleiros de Malta. · O texto abaixo foi retirado das palestras realizadas por Wagner Veneziani Costa. >> Primórdios da Maçonaria: É improvável que o atual sistema da Maçonaria tenha tido qualquer relação com a construção do templo de Salomão. Aquele monumento de arquitetura foi aceito pela Maçonaria como um símbolo e as muitas referências a ele são puramente simbólicas. Lembre-se de que o objetivo da Maçonaria não é ensinar história, mas sim verdades morais. Ninguém sabe quando ou onde se originou a Maçonaria. Não existem registros para mostrar os primórdios da fraternidade. Muitos elementos contribuíram para seu crescimento e desenvolvimento. Deus plantou no coração do homem um desejo de buscar a sociedade de seus companheiros e este anseio por companheirismo foi um grande fator contribuinte nas origens da Maçonaria. Por necessidade de construir uma forma de abrigo da inclemência do tempo, veio à arte da construção ou da arquitetura, e isso formou o plano ou o material com o qual a Maçonaria foi desenvolvida. Em diversas partes do velho mundo serão encontradas ruínas de construções colossais que foram erigidas por associações de homens mostrando que foram unidos para levar a cabo seus planos. Na Idade Média, havia grupos de trabalhadores especializados trabalhando pela Europa, e envolvidos na construção de grandes catedrais. Entre esses trabalhadores especializados, a Maçonaria assumiu uma forma bruta de fraternidade e, a partir desse humilde começo, através de um longo processo de desenvolvimento temos a Maçonaria de hoje. Existem muitas provas de que o atual sistema da maçonaria especulativa teve seus inícios nas antigas guildas de trabalho dos franco-maçons viajantes. Essas diversas sociedades tiveram um forte crescimento até o início do século XVII, quando eles tiveram dificuldade de se manter por causa da falta de operações de construções. No ano 1717 eles mudaram suas regras para admitir homens de todas as profissões e isso marca o início do atual sistema da Franco-Maçonaria filosófica ou especulativa. Alguns homens muito sábios tomaram os diversos materiais e implementos da arte operativa e através de um sistema ímpar de símbolos e alegoria desenvolveram a Maçonaria da qual desfrutamos. Nenhuma organização de tão alta importância é tão pouco compreendida como a Maçonaria. Não é uma ordem no sentido em que aquele termo é aplicado às sociedades secretas do período, mas sim uma Sociedade, Fraternidade, Irmandade ou Instituição. Não é um clube, pois ela não diverte. Não é um sistema de sinais e apertos de mãos para um uso conveniente, pois ela não oferece nada no sentido de benefícios para doenças e morte, há não ser um devido preparo mental e filosófico. Na cerimônia pela qual você passou lhe foram dadas muitas definições sobre a Maçonaria. Algumas delas, talvez, foram mais ou menos entendidas. Disseram a você que é um sistema de antiga instrução moral hieroglífica ensinada por tipos, emblemas e figuras alegóricas, a forma antiga e primitiva de ensinar aos homens. Reduzir isto a uma linguagem mais simples seria dizer que a Maçonaria é um sistema de moralidade disfarçado de alegoria. Mas definir a Maçonaria na linguagem mais simples possível seria dizer que é a ciência e a arte de viver corretamente. Como ciência, ela tem a ver com a descoberta e classificação desses princípios que visam à conduta moral correta; a arte diz respeito a viver esses princípios antes do mundo. Tudo indica que os homens que formularam a Maçonaria tinham em mente a idéia de uma fraternidade cuja moralidade satisfaria sua concepção de uma vida religiosa e que seria mais bem exemplificada em suas relações diárias com o mundo e uns com os outros. Na Maçonaria podemos encontrar uma mistura das melhores filosofias de todo o mundo. Isso não significa que aqueles velhos filósofos que vocalizaram essas verdades eram Maçons, mas significa que os homens que formularam a Maçonaria colecionaram as melhores vocalizações dos bons e sábios homens do passado e as cimentaram em um belo mosaico e o chamaram de Maçonaria. >>> Um Pouco dessas estruturas: Grande Loja de MestreMaçom da Marca do Brasil – GOB Conhecida também como o Grau da Amizade. A Sessão é dividida em duas partes: O candidato passa pelo cerimonial onde é reconhecido como Homem da Marca e posteriormente é Avançado como Mestre Maçom da Marca. O Grau da Marca era um complemento do grau de companheiro. Nessa ocasião era costume, um companheiro de pedreiro, escolher uma marca que fosse diferente de todas usadas por quaisquer outro naquela Loja. A Lenda do grau é singularmente instrutiva e bem fundamentada nas declarações das Sagradas Escrituras. Seu maior ensinamento é que “a educação é o prêmio do trabalho que contém uma mensagem dramática – de que a fraude nunca poderá ser bem-sucedida.” A sua estrutura e qualificação é assim: · Venerável Mestre; · Primeiro Vigilante; · Segundo Vigilante; · Mestre Supervisor; · Primeiro Supervisor; · Segundo Supervisor; · Capelão; · Tesoureiro; · Fiel de Registro; · Secretário; Diretor de Cerimônias; · Primeiro Diácono; · Segundo Diácono; · Guarda Interno e · Guarda Externo. Antiga e Honrosa Fraternidade de Nautas da Arca Real do Brasil – GOB Esse grau é um dos mais lindos e ricos em instruções, talvez por isso, estimulou a Grande Loja de Mestres Maçons da Marca a tomar a ação decisiva de colocar esse Grau/Ordem sob sua proteção. A Elevação, nesse grau comemora a providência e misericórdia de Deus e relata a lenda do dilúvio. Referência tomada diretamente do volume das Sagradas Escrituras. Se por um lado o grau da Marca é conhecido como o Grau da Amizade, Nautas da Arca Real é sem sombra de dúvida, o Grau do Amor Fraternal. Para você ser elevado nesse Grau é necessário ter sido Avançado no Grau da Marca. Os principais oficiais dessa Loja representam Noé e seus dois filhos, Sem e Jafé. A sua estrutura e qualificação é assim: · Venerável Comandante (Noé); · Primeiro Vigilante (Jafé); · Segundo Vigilante (Sem); · Capelão; · Tesoureiro; · Escriba; · Diretor de Cerimônias; · Primeiro Diácono; · Segundo Diácono; · Esmoler; · Guarda Externo e · Guarda Interno. Supremo Grande Capítulo dos Maçons do Arco Real do Brasil – GOB Por muitos anos o Arco Real foi praticado como suplemento do Terceiro Grau. Era considerado pelos Antigos como um quarto grau. Mas os modernos possuíam uma postura totalmente nova para esse grau. É descrito por muitos historiadores como sendo, “a mais sagrada parte da Maçonaria, sendo sua raiz, coração e essência.” Também é considerado como a conclusão do sistema da Maçonaria Simbólica. Para ser Exaltado nessa Ordem, você precisa ser Mestre Maçom de uma Loja Regular e Reconhecida pelo GOB. A cerimônia se desenvolve em uma época muito posterior ao término do glorioso reinado do Rei Salomão. O Templo de Jerusalém tinha sido destruído, o reino da Judéia fora divido e os membros de suas tribos, rendidos… A Babilônia finalmente caiu sob o comando de Ciro, o Grande, tornando-se parte do poderoso Império Persa, e esse dirigente extraordinariamente humano liberou os judeus do cativeiro e os convidou a retornar a Jerusalém para começar a reconstrução do Templo. O restauro dos segredos genuínos de um Mestre Maçom é fornecido pela lenda com a contribuição de uma descoberta momentosa feita por trabalhadores, e desse fato produz uma das mais interessantes e instrutivas explicações da natureza de Deus. O reconhecimento do Arco Real era essencial para a Unificação das Duas Grandes Lojas dos Antigos e dos Modernos. Isto foi alcançado pela ambigüidade do texto da declaração preliminar do Livro das Constituições, que afirma que a pura e antiga Maçonaria consiste de três graus e não mais, ou seja, Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom, incluindo a Suprema Ordem do Santo Arco Real. As lições contidas no ritual nos fazem lembrar a retomar o caminho do encontro com Deus, tal qual no Livro das Sagradas Escrituras, de onde vêm as nossas palavras, lembrando-nos da misericórdia e do perdão de Deus. Devemos sempre ter em mente que a Maçonaria é um sistema peculiar de moralidade velada em alegorias e ilustrada por símbolos. E também que os nossos rituais são baseados em lendas e não em fatos. Por isso devemos cada um de nós, interpretar que realmente foi “perdido e depois encontrado…” Devemos interpretar as palavras no sentido metafísico… Como se a palavra encontrada fosse algo como: Descobrindo alguma coisa como se pela primeira vez… Pensar metafisicamente é pensar, sem arbitrariedade, em dogmatismo… A sua estrutura e qualificação é assim: · Primeiro Principal – Zorobabel; · Segundo Principal – Ageu; · Terceiro Principal – Josué; · Escriba Esdras – Secretário; · Escriba Neemias; · Tesoureiro; · Diretor de Cerimônias; · Esmoler; · Principal Forasteiro; · Primeiro Assistente de Forasteiro; · Segundo Assistente de Forasteiro e · Guardião. Grande Priorado do Brasil – Grande Priorado das Ordens Unidas – Religiosas Militares e Maçônicas – do Templo e de São João de Jerusalém, Palestina, Rodes e Malta do Brasil. Essa Ordem é dividida em dois graus, por assim dizer. Os Cavaleiros Templários e os Cavaleiros de Malta. Ambas são dirigidas pelo Grande Priorado do Brasil – GOB. Para ter ingresso e ser Instalado (armado) nessa Ordem é necessário você ter sido Exaltado como Companheiro no Arco Real e professar a fé na Santíssima Trindade. Temos notícias que em 1791 houve a união de sete acampamentos independentes, foi realizado o primeiro Conclave da ordem, como a conhecemos hoje. As assembléias onde os Cavaleiros Templários se reúnem são conhecidas como Preceptórios e quem a dirige é o Preceptor. As assembléias de Cavaleiros de Malta são conhecidas como Priorado e quem a dirige é o Prior. A Cerimônia é realizada num Templo que representa uma capela. A estrutura e qualificação dos Cavaleiros Templários são assim: · Eminente Preceptor; · Capelão; · Primeiro Guardião; · Segundo Guardião; · Tesoureiro; · Escrivão; · Marechal; · Esmoler; · Principal Arauto; · Segundo Arauto; · Capitão da Guarda; · Primeiro Porta Estandarte; · Capitão da Guarda e · Guarda. Para ter ingresso na Ordem dos Cavaleiros de Malta, o Irmão tem que ter ser Mestre Maçom, Exaltado a Companheiro no Arco Real e Instalado Cavaleiro Templário. Essa Ordem foi originalmente fundada em Jerusalém, durante a primeira cruzada, aproximadamente no ano de N.S. 1099, para dar alívio aos peregrinos que se dirigiam ao Santo Sepulcro. Aqui também a cerimônia é representada pela passagem pelos graus de Cavaleiro de São João, incluindo o Passe Mediterrâneo. E dividida em duas Câmaras, uma representando a Casa do Capítulo ou Sala do Conselho do Priorado. A outra representa a Casa da Guarda. A cerimônia é uma forma simbólica, onde é realizada a antiga viagem que São Paulo fez indo de leste para oeste. Ocasião onde os irmãos serão instalados como Cavaleiros de São João de Jerusalém, Palestina, Rodes e Malta. Chegando posteriormente a Terra Prometida… Estrutura e qualificação dos Cavaleiros de Malta são assim: · Eminente Prior; · Capitão Geral; · Tenente Geral; · Primeiro Tenente; · Segundo Tenente; · Capelão; · Marechal; · Marechal Adjunto; · Hospitaleiro; · Almirante; · Conservador; · Intendente; · Depositário; · Tesoureiro; · Chanceler; · Capitão da Guarda e · Guarda De todas elas possuímos a devida Carta Patente, dando-nos o total e amplo direito de funcionamento em nosso PAÍS. São dezessete as Ordens praticadas e devidamente Reconhecidas na Inglaterra e estamos trabalhando para trazê-las, aos poucos para o Brasil. Muitas já estão em vias de fato. Colocamo-nos a inteira disposição dos Irmãos… Peço aos Irmãos que divulguem. Fraternalmente, Wagner Veneziani Costa Autor Ir.’.Wagner Veneziani Costa Membro Efetivo do Supremo Conselho do Grau 33 para o REAA; Grão-Mestre da Grande Loja de Mestres Maçons da Marca; M.A.D.E. Grande Senescal do Grande Priorado do Brasil, ARLS Madras, N0 3359 e Sublime Imprensa Maçônica, N0 3999.

TÍTULOS E JOÍAS NOS CARGOS DA ADMINISTRAÇÃO DA LOJA DE APRENDIZ

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GRANDE ORIENTE DE SÃO PAULO - GOSP Federado ao Grande Oriente do Brasil - GOB Trabalho do Gr:. de Aprendiz TÍTULOS E JOÍAS NOS CARGOS DA ADMINISTRAÇÃO DA LOJA DE APRENDIZ _____________________________________________________________________ “omnia sunt per allegorian dicta” (Aureliur Augustinus) (Tudo é dito através da alegoria, mas, para entendê-la, é preciso vê-la pelos olhos do espírito – In Guimarães, João Nery - A Maçonaria e a Liturgia: uma Poliantéia Maçônica - Londrina/PR, Ed. A Trolha, 1998, 2ºv. p32) I. PREÂMBULO A Maçonaria trata dos Títulos dos cargos da Administração da Loja e das Jóias, de forma indissociável. Cada Título se vincula a uma Jóia que o representa, e a união de ambos origina uma unidade simbólica, através da qual a Loja Maçônica se organiza administrativamente e transmite os princípios que perfilha. Ao Presidente da Loja Maçônica é conferido o único Título Especial: o de Venerável-Mestre. Este, juntamente com o 1o. e 2o. Vigilantes, respectivamente o 1º. e 2º. Vice-Presidentes, constituem as Luzes da Loja que, ao lado do Orador, do Secretário e do Chanceler, compõem as Dignidades da Loja, representativas de cargos eletivos, conforme o artigo 88, parágrafo 2o., do Regulamento Geral da Federação – RGF. Além das Dignidades, compõem o corpo administrativo das Lojas os assim titulados, OFICIAIS, nomeados pelo Venerável-Mestre, aos quais é reservada a missão, ou o ofício (daí o nome de Oficial), de auxiliar nos trabalhos de qualquer Sessão. Em seu artigo 101, o Regulamento Geral da Federação discrimina os Oficiais que poderão ser indicados pela Loja e nomeados pelo Venerável, a saber: o Mestre de Cerimônias, o Hospitaleiro, o Arquiteto, o Mestre de Harmonia, os Cobridores (2) e os Expertos (2). Porém, esse mesmo dispositivo deixa claro que o rol de Oficiais não é taxativo, porquanto, além daqueles expressamente previstos, também devem ser considerados outros previstos no Rito respectivo. O Rito Escocês Antigo e Aceito estabelece 22 cargos na Administração, sendo possível a indicação de Adjuntos para cada um deles, exceto para as Luzes da Loja, sendo que alguns desses Oficiais trabalham somente em Sessões especiais. Além das Dignidades da Loja e dos demais Oficiais acima, o Rito Escocês Antigo e Aceito fixa os cargos de: Diáconos (2), Porta-Bandeira, Porta-Espada, Porta-Estandarte, Mestre de Banquetes e Bibliotecário. As Jóias distintivas dos cargos, estampadas em metal, encontram-se presas à extremidade dos Colares ou Fitas que se adaptam ao pescoço das Dignidades e Oficiais. As Jóias das Luzes da Loja são conhecidas como superiores e móveis, porquanto são entregues aos sucessores no dia de posse da nova administração. Existem ainda as Jóias fixas, que são a Pedra Bruta, a Pedra Cúbica e a Prancheta, que representam respectivamente os graus de Aprendiz, de Companheiro e de Mestre. Essas Jóias dos graus não serão abordadas neste trabalho, já que, nesta oportunidade, a dedicação concentrar-seá em traçar breves considerações acerca dos Títulos dos Cargos e suas respectivas Jóias, mormente no Grau de Aprendiz. II. TÍTULOS DOS CARGOS E SUAS RESPECTIVAS JÓIAS 1a. Dignidade: Venerável-Mestre – Esquadro com ramos desiguais O Venerável-Mestre é a autoridade máxima no Templo, detentora do único Título Especial. Ele representa a Natureza em todas as suas manifestações. Deve, pois, presidir os trabalhos com absoluta justiça e retidão, agindo de acordo com a Lei e de forma imparcial. Assim, deve traduzir a expressão dos sentidos de justiça, equidade e igualdade, ao abrir e presidir os trabalhos em Loja. Sentado no eixo da Loja, o Venerável-Mestre é neutro, mas ativo no sentido de promover a sociabilidade. Afinal, ele sabe que somente com o Esquadro é que se consegue controlar a talha das pedras que se ajustarão entre si na construção da Grande Obra. Nessa tarefa, cabe a verdade sob o controle da autoridade conquistada pelas virtudes, coragem e competência, bases de sua Sabedoria. A Jóia confiada ao Venerável-Mestre é o Esquadro com ramos desiguais. Este artefato é formado pela junção da horizontal com a vertical formando um ângulo de 90o. graus, que representa a quarta parte do círculo. Apresenta dois lados desiguais, como os dois lados do triângulo retângulo dos pitagóricos. É utilizado para traçar ângulos retos ou perpendiculares. Sobre o peito do Venerável-Mestre, o ramo mais longo fica do lado direito. O Esquadro constitui em emblema dos mais expressivos em defesa da inteligência e melhoramento moral da raça humana. Representa a retidão de ação e de caráter. Determina a moralidade da conduta humana, demonstrando que é a linha e a régua maçônicas que indicam o caminho da virtude a que devemos trilhar na vida (profana ou maçônica), por meio de retos e harmoniosos pensamentos, ações e palavras que nos tornarão dignos do Ser Supremo. Esse poder de representação abarca dois sentidos, pois, de um lado, incide sobre a ação do Homem sobre a Matéria e, de outro, sobre a ação do Homem sobre si mesmo. Porém, inclina-se para um único objetivo: vontade de praticar o bem. Constitui um artefato de capital importância para o processo de transformação da Pedra Bruta em Pedra Cúbica. Por tal motivo, deve ser confiado aquele que tem a missão de criar Maçons perfeitos – o Venerável-Mestre, que tem a obrigação de ser o Maçom mais reto e justo da Loja por ele presidida. . 2a. Dignidade: 1o. Vigilante - Nível O 1o. Vigilante é o assessor direto do Venerável-Mestre, a quem solicita a palavra diretamente por um golpe de malhete e a recebe de igual modo. Tem o dever de dirigir e orientar a Coluna dos Companheiros, cabendo ao 2º. Vigilante a orientação dos Aprendizes. Essa ordem, porém, por razões ainda, segundo os autores, não plenamente compreendida e que talvez mereçam um estudo apartado, não é seguida por todas as Lojas, sendo que muitas delas a invertem. A Jóia reservada ao 1o. Vigilante é o Nível. Essa ferramenta é formada por um esquadro justo, com ângulo no ápice de 90o, utilizada tanto para traçar linhas paralelas na horizontal, como para se verificar a horizontalidade de um plano É um instrumento menos completo que o Esquadro, porém mais que o Prumo, e por tal razão é conferido ao 1o Vigilante, aquele que naturalmente pode assumir o lugar do Venerável- Mestre, em caso de sua ausência. Objetivamente o Nível é o instrumento destinado a determinar a horizontalidade de um plano. Ao inserí-lo na ordem simbólica, provoca a reflexão acerca da igualdade, base do direito natural. Não permite aos Maçons deixar esquecer que todos somos irmãos – filhos da mesma Natureza –, e que devemos nos interagir com igualdade fraterna. Todos são dignos de igual respeito e carinho, seja aquele que ocupa o mais elevado grau da Ordem, seja o que se acha iniciando sua vida maçônica. O Nível lembra que ninguém deve dominar os outros. A exemplo da morte – que é a maior e inevitável niveladora de todas as efêmeras grandezas humanas, reduzindo todos ao mesmo estado –, o Nível nos faz lembrar que a fraternidade deve ser praticada entre os irmãos com igualdade, sem distinções, ainda que estas existam dentro da organização hierárquica da Ordem. 3a. Dignidade: 2o. Vigilante - Prumo O 2o. Vigilante é a Dignidade responsável pela direção e orientação da Coluna de Aprendiz, assim como é encarregado de substituir o 1o. Vigilante em sua ausência e de transmitir as ordens do Venerável-Mestre em sua Coluna por intermedição do 1o. Vigilante. Cabem aqui as advertências já feitas a respeito das inversões de ordem feitas por muitas Lojas quanto ao papel dos Vigilantes na direção e orientação de Aprendizes e Companheiros e que, por cento, merecem um estudo à parte. A Jóia confiada ao 2o. Vigilante é o Prumo. Este instrumento é composto de um peso, geralmente de chumbo, suspenso por um barbante que forma a perpendicular. Serve para se verificar a verticalidade de objetos. Na Maçonaria, é fixado no centro de um arco de abóbada. Este artefato simboliza a profundidade do Conhecimento e da retidão da conduta humana, segundo o critério da moral e da verdade. Incita o espírito a subir e a descer, já que leva à introspecção que nos permite descobrir nossos próprios defeitos, e nos eleva acima do caráter ordinário. Com isso, ensina-nos a marchar com firmeza, sem desviar da estrada da virtude, condenando e não deixando se dominar pela avareza, injustiça, inveja e perversidade e valorizando a retidão do julgamento e a tolerância. É considerado como o emblema da estabilidade da Ordem. 4a. Dignidade: Orador – Livro aberto O Orador é investido no dever de zelar e fiscalizar o cumprimento rigoroso das Leis Maçônicas e dos Rituais. Daí ser a única Dignidade que, na ordem administrativa da Loja Maçônica, não compõe o Poder Executivo, sendo um Membro do Ministério Público (artigo 96 do RGF). A atribuição desse Título implica no conhecimento profundo das leis, regulamentos e dos particulares do ofício, e, como assessor do Venerável-Mestre, pode a este solicitar diretamente a palavra. Como Guarda da Lei e tendo como uma de suas atribuições trazer luzes para uma dúvida de ordem legal, não é sem razão que o Sol, simbolicamente, está do lado do Orador. O Livro Aberto é a sua Jóia, que nos faz lembrar de que nada estará escondido ou em dúvida. Simboliza o conhecedor da tradição do espírito maçônico, o guardião da Lei Magna Maçônica, dos Regulamentos e dos Ritos. 5a. Dignidade: Secretário – Duas penas cruzadas O Secretário, auxiliar direto do Venerável Mestre, é o responsável pelos registros dos trabalhos em Loja, para assegurar que serão passadas à posteridade todas as ocorrências; daí lhe ser confiado o dever de lavrar as atas das sessões da Loja nos respectivos livros, manter atualizados os arquivos, além de outras atribuições próprias do cargo, que são em grande número. Assim como a Lua, um símbolo desse cargo, deverá refletir o que ocorre em Loja. A Jóia do Secretário é representada por Duas Penas Cruzadas, sabendo todos da utilidade antiga da pena como instrumento de escrita e, sendo duas penas cruzadas, asseguram que haja a ligação do passado com o presente, a tradição que registrará a “memória” da Loja para a posteridade. 6a. Dignidade: Tesoureiro – Duas chaves cruzadas Cabe ao Tesoureiro praticar todos os atos inerentes à vida financeira e contábil da Loja, tais como: arrecadar toda a receita da Loja e pagar todas as despesas; cobrar contribuição em atraso, zelar pelo numerário pertencente à Loja, apresentar orçamento, balancetes e balanço geral da Loja, e organizar a escrituração contábil. A sua Jóia é representada por duas Chaves Cruzadas, símbolo maior da sua atribuição de zelar pelo numerário da Loja, obedecendo o que lhe disse seu Instalador quando de sua posse: “Essa Jóia deve lembrar-vos que vosso dever é zelar pela perfeita arrecadação das contribuições dos Obreiros e de outra receitas, bem como zelar pela exata execução das despesas da Loja.” 7a. Dignidade: Chanceler – Timbre da Loja Ao Chanceler é confiada a condição de depositário do Timbre e do Selo da Loja, motivo pelo qual assume a obrigação principal de timbrar e selar os papéis e documentos expedidos pela Loja, dentre outras atribuições, tais como: zelar pelo livro de presença da Loja, emitir certificados de presença a irmãos visitantes, manter em dia o controle de presenças da Loja, para fins de votações, guardar o Livro Negro e o Livro Amarelo e manter manutenção dos arquivos com os dados necessários à perfeita qualificação dos Membros e seus cônjuges e dependentes. A Jóia fixada em sua fita é o Timbre da Loja ou Chancela, a representar seu papel de Guarda-Selo da Loja. Este artefato não possui nenhum significado esotérico, representando apenas o símbolo alusivo ao título. Oficial: Mestre de Cerimônias - Régua O Mestre de Cerimônias deve ser o encarregado por todo cerimonial da Loja, devendo, portanto, ser um profundo conhecedor da ritualística. A perfeição dos trabalhos em Loja, tendo como consequência e Paz e a Harmonia, depende muito de uma boa atuação do Mestre de Cerimônias. É confiada a ele a Jóia representada por uma Régua Graduada, símbolo do aperfeiçoamento moral, da retidão, do método, da Lei e com uma gama de simbologia que bem merece um trabalho à parte sobre essa ferramenta. Vale lembrar também que o Mestre de Cerimônia empunha com a mão direita um Bastão (sucedâneo da Espada) encimado por um Triângulo que nos faz recordar do cajado dos primeiros pastores. Oficial: Hospitaleiro - Bolsa O Hospitaleiro recebe atribuições diretamente relacionadas à organização dos atos de beneficência e solidariedade maçônicas em defesa dos menos favorecidos, passando desde a obrigação de fazer circular o Tronco de Beneficência durante as sessões até presidir a Comissão de Beneficência. Concretiza o verdadeiro símbolo do mensageiro do amor fraterno, sendo-lhe confiada a Jóia representada por uma Bolsa, artefato que bem representa o ato de coleta dos óbolos da Beneficência. Oficiais: Diáconos (2) - Pomba A palavra Diácono deriva do grego e significa servidor. Os Diáconos, em número de dois no Rito Escocês Antigo e Aceito, exercem a função de verdadeiros mensageiros. O 1o. Diácono é encarregado de transmitir as ordens do Venerável-Mestre ao 1o. Vigilante e a todas as Dignidades e Oficiais, de sorte que os trabalhos se executem com ordem e perfeição; já o 2o. Diácono deve executar a mesma tarefa, sendo que as ordens partirão do 1o. Vigilante e serão transmitidas ao 2o. Vigilante, zelando para que os Irmãos se conservem nas Colunas com respeito, disciplina e ordem. A Jóia confiada aos Diáconos é a Pomba, uma alusão à simbologia de mensageira inerente a essa ave. Oficiais: Expertos (2) - Punhal Esses Oficiais são encarregados, dentre outras funções, de proceder ao Telhamento dos visitantes antes de ingressarem no Templo, e, como “Irmão Terrível”, de acompanhar e preparar os candidatos à Iniciação, inclusive durante as provas às quais são submetidos. Durante a Sessão, são substitutos eventuais dos vigilantes (artigo 109, do Regulamento Geral da Federação), em caso de ausência. O Punhal é a sua respectiva Jóia, e simboliza o castigo e o arrependimento reservados aos perjuros. Também representa uma arma a ser usada na defesa da liberdade de expressão, tendo, ao invés do tradicional significado de traição, uma simbologia ligada à fortaleza. Oficial: Porta-Bandeira - Bandeira O Porta-Bandeira abraça o dever de portar o Pavilhão Nacional segundo o protocolo de recepção da Loja, com o propósito precípuo de representar a Pátria, zelando pelo mais alto sentimento patriótico. Assim, como não poderia ser diferente, lhe é confiada a Jóia representada por uma Bandeira, que reproduz em forma diminuta o Pavilhão Nacional. . Oficial: Porta-Estandarte - Estandarte Compete ao Porta-Estandarte guardar e transportar o Estandarte da Loja e suas condecorações, fazendo-os presentes em eventos como convenções, solenidades, congressos, encontros e reuniões maçônicas. A Jóia a ele confiada é o Estandarte. Oficial: Porta-Espada - Espada O Porta-Espada tem, como Jóia, uma Espada, mais especificamente a Flamejante (de fogo) com suas doze ondulações ou curvas, tida como a espada dos guardiães angélicos. Com este desenho estilizado de raio, lembra a “Espada de fogo” dos “Querubins” (Gen. 2:24) – símbolo do poder criador ou da vida. É apresentada nas Sessões Magnas de Iniciação, pelo Porta-Espada ao Venerável-Mestre, quando da Sagração do neófito. Somente nessas ocasiões, e também nas Sessões Magnas de Elevação e Exaltação, é que este Oficial deixa seu assento no Oriente, à esquerda do Venerável-Mestre para exercer seu ofício. Como somente um Mestre Instalado pode tocar na Espada Flamejante, esse artefato é entregue ao Venerável sobre uma almofada, para que o Venerável possa pegá-la e empunha-la com a mão esquerda, para o ato de Consagração. Oficiais: Cobridores (2) - Duas espadas cruzadas (Cobridor Interno) Alfange (Cobridor Externo) Os Cobridores, tanto o Externo como o Interno, possuem obrigações bem específicas. O Cobridor Interno deve guardar e vigiar a entrada do Templo, zelando pela plena segurança dos trabalhos da Loja e controlando a entrada e a saída de Obreiros. É o responsável, portanto, direto pela proteção contra o mundo externo e pela regularidade ritualística no acesso ao Templo. Ele carrega em seu colar Duas Espadas Cruzadas, que é o símbolo do combate franco e leal e da vigilância. Em guarda para o combate, as duas espadas cruzadas nos ensinam a nos pormos em defesa contra os maus pensamentos e a ordenarmos moralmente nossas ações. São as armas da vigilância e de proteção contra o mundo profano. A seu turno, o Cobridor Externo é o contato entre o mundo externo e o interior da Loja, garantindo o rigoroso silêncio nas cercanias do Templo e zelando para que não haja evasão sonora durante a realização dos trabalhos em Loja. Assim, esse Oficial deve permanecer no vestíbulo do Templo, como seu Guardião, cobrindo-o, telhando-o (ou fazendo o Telhamento) para que não haja Goteira. A sua Jóia é a Alfanje, que consiste em um sabre de folha curta e larga. A literatura não tráz maiores explicações sobre esta Jóia, mas como o sabre é uma espécie de espada, permite-se deduzir que o seu sentido simbólico é semelhante ao da Jóia do Cobridor Interno, isto é, o de defesa, no caso externa, contra qualquer violação contra o templo. Esse cargo, infelizmente, está sendo relegado e abandonado pelas Lojas. Oficial: Mestre de Harmonia - Lira É conferido ao Mestre de Harmonia o dever de selecionar e executar belas peças musicais, pertinentes a cada sessão, em seqüência apropriada à luz do Ritual, bem como fazer soar, nos momentos oportunos, o Hino Maçônico, o Hino Nacional Brasileiro e o Hino à Bandeira Nacional. A Jóia que lhe é confiada é a Lira – instrumento musical dos mais antigos de que se tem notícia, considerado símbolo da música universal. Oficial: Arquiteto - Trolha Ao Arquiteto são conferidas as tarefas de garantir tudo quanto pertencer às decorações, ornatos e cerimoniais do Templo, segundo cada sessão, além de assumir a guarda e responsabilidade dos materiais usados e inventariá-los. A verificação das condições de uso dos utensílios e móveis, providenciando eventuais reparos e substituições, também é inerente à sua função do Arquiteto. Este Oficial carrega, como Jóia, uma Trolha, que simboliza a indulgência, o perdão, a tolerância, a equidade e a união. Trata-se de um artefato usual dos pedreiros, aqueles que manipulam a argamassa da União Fraterna, cimentando as pedras do Edifício na busca da Unidade. A Trolha tem a função de reunir, misturar e unificar, constituindo-se no símbolo do amor fraterno que deve unir todos os Maçons. Oficial: Mestre de Banquete - Cornucópia O Mestre de Banquete está incumbido de organizar os Banquetes, Coquetéis e Ágapes fraternais de sua Loja. Este Oficial usa como Jóia uma Cornucópia, que simboliza a abundância, a fartura, às vezes cercada por flores e frutas. Oficial: Bibliotecário – Livro fechado cruzado por uma caneta O Bibliotecário é o responsável pela Biblioteca da Loja. Cabe a ele organizar e coordenar a utilização dos livros pertencentes à Loja. A Jóia confiada a este Oficial é o Livro fechado cruzado por uma caneta, símbolo auto-explicativo para as atribuições desse cargo. III. CONCLUSÃO . A despeito de serem breves as considerações formuladas, há de se reconhecer sobeja importância dos Títulos dos cargos e suas respectivas Jóias no universo maçônico. Em primeiro plano, gozam de relevante papel na administração de uma Loja Maçônica, porquanto distinguem os cargos e elevam os seus ocupantes à honorificência, o que certamente contribui para a seriedade e disciplina dos trabalhos desenvolvidos no dia-adia. Já no plano litúrgico, os Títulos e Jóias também merecem deferência. A Maçonaria se expressa através de Símbolos. A ampla compreensão e o pleno exercício dos ideais e deveres maçônicos estão indissoluvelmente condicionados ao desafio de desvendar justamente as alusões do simbolismo maçônico. Afinal, já dizia A. MICHA (LE Temple de la Verité ou la Francmaçonnerie Dans la veritable doctrine, 2a. ed., Anvers, p. 63, In: Guimarães, João Nery. A Maçonaria e a Liturgia: Uma Poliantéia Maçônica. Londrina, Trolha, 1998, p. 29), “se a verdade sobre a natureza essencial do ser e da vida universal é tão alta e tão sublime que nenhuma ciência vulgar ou profana não pode chegar a descobrir, o simbolismo é, por sua vez, como uma espécie de revestimento, de meio de conservação ideal dessa verdade e uma linguagem ideográfica que a Iniciação entrega à nossa meditação, e que só os Iniciados podem traduzir sem deformar-lhe o sentido”. E, certamente, os Títulos e a Jóias constituem ricos e valiosos símbolos a serem cada vez mais refletidos, com vistas a libertar o pensamento universal, evoluir e se aproximar do Grande Arquiteto do Universo. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA: RITUAL DE APRENDIZ: Rito Escocês Antigo e Aceito – GOB – Edição 2001 ASLAN, Nicola. Comentários ao Ritual de Aprendiz: Vade-Mecum Iniciático. Londrina/PR, Ed. A Trolha, 1995, v.2. ASLAN, Nicola. Grande Dicionário de Maçonaria e Simbologia. Londrina/PR, Ed. A Trolha, 1996, 4v. BELTRÃO, Carlos Alberto Baleeiro. As Abreviaturas na Maçonaria. São Paulo/SP, Ed. Masdras, 1999, 166p. CARVALHO, Assis. Cargos em Loja. 7. ed., Londrina/PR, Ed. A Trolha, 1998, 201p. FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio de. Dicionário de Maçonaria: Seus Mistérios, Seus Ritos, sua Filosofia, sua História. São Paulo/SP, Ed. Pensamento, 2000, 550p. GUIMARÃES, João Nery. A Maçonaria e a Liturgia: Uma Poliantéia Maçônica. Londrina/PR, Ed. A Trolha, 1998, v. 1, p. 38-41 PACHECO Jr., Walter. Entre o Esquadro e o Compasso. 2 ed., Londrina/PR, Ed. A Trolha, 1997, 213p.

RITUAL DE MESTRE

À G∴d∴G∴A∴d∴U∴ RITUAL DEMESTRE do Rito Escocês Antigo e Aceito
GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues GLLP / GLRP /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 2 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues ÍNDICE ÍNDICE......................................................................................................................................3 PRINCÍPIOS DE BASE PARA TODAS AS LOJAS REGULARES...........................................4 CERIMÓNIA..............................................................................................................................6 DECORAÇÃO DA LOJA..................................................................................................6 INSTRUÇÕES E NORMAS DE FUNCIONAMENTO EM LOJA.....................................6 COLUNA DE HARMONIA...............................................................................................6 RITUAL DOS TRABALHOS......................................................................................................7 ABERTURA DOS TRABALHOS......................................................................................7 LEITURA DA ACTA.........................................................................................................8 ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS...........................................................................9 CERIMÓNIA DE ELEVAÇÃO A MESTRE..............................................................................10 PREPARAÇÃO DA LOJA..............................................................................................10 COLUNA DE HARMONIA.............................................................................................12 RITUAL DE ELEVAÇÃO.........................................................................................................13 ORDEM DOS TRABALHOS..........................................................................................13 JURAMENTO................................................................................................................22 RECONHECIMENTO DO MESTRE..............................................................................26 CATECISMO...........................................................................................................................28 PREÂMBULO................................................................................................................28 INSTRUÇÕES...............................................................................................................28 /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 3 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues PRINCÍPIOS DE BASE PARA TODAS AS LOJAS REGULARES O Decreto nº 762 da Grande Loja Nacional Francesa emitido em Neuilly-Sur-Seine, a 29 de Julho de 1991, assinado pelo Grão Mestre André Roux, por Yves Trestournel, Grande Secretário e Vice Grão Mestre de Honra da Grande Loja Nacional de França, determina a criação da G L R P e estabelece que ela deverá observar todas ∴ ∴ ∴ ∴ as obrigações, usos e costumes estabelecidos pela Grande Loja Unidade de Inglaterra, bem como respeitar e fazer respeitar a Constituição e Regulamento Geral que merecem a aprovação da G∴L∴N∴F∴. Entre essas obrigações conta-se a aceitação dos Princípios de Base para todas as Grandes Lojas Regulares, cujo texto se divulga para conhecimento de todos os Irmãos. 1. Crença no Grande Arquitecto do Universo e na Sua vontade revelada Uma Grande Loja Regular deve admitir apenas os candidatos que professem claramente tais princípios. 2. Juramentos sobre o Livro da Lei Sagrada. Numa Grande Loja Regular exige-se que todos os Juramentos sejam feitos sobre o Livro da Lei Sagrada correspondente à crença Religiosa do membro que o pronuncia, de forma a iluminar espiritualmente a sua consciência. 3. Trabalhos na presença das três Grandes Luzes. Uma Grande Loja Regular e as Lojas colocadas sob a sua jurisdição, só poderão trabalhar Maçonicamente na presença de ou dos volumes da Lei Sagrada, do Esquadro e do Compasso. 4. Discussões Políticas e Religiosas Uma Grande Loja Regular deve proibir formal e rigorosamente discussões deste tipo no decurso dos trabalhos maçónicos das Lojas da sua jurisdição. 5. Masculinidade Uma Grande Loja Regular e as Lojas colocadas sob sua Jurisdição apenas podem receber ou admitir indivíduos do sexo masculino. Nenhuma Loja pode ter relações maçónicas com Lojas Mistas ou outros organismos que admitam a adesão de mulheres. 6. Soberania Uma Grande Loja Regular tem Jurisdição Soberana sobre todas as Lojas colocadas sob o seu controlo. A Grande Loja é um Organismo responsável, independente e autónomo e é o único qualificado para dirigir a Ordem e os Graus Simbólicos de sua Obediência (Aprendiz, /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 4 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues Companheiro e Mestre). Uma Grande Loja nunca pode ser subordinada a um Supremo Conselho ou qualquer outra Potência Litúrgica que reivindique qualquer espécie de autoridade sobre os três primeiros Graus nem pode partilhar a sua autoridade com qualquer organismo desse tipo. 7. Tradicionalismo Uma Grande Loja Regular deve fazer respeitar estritamente, na sua Obediência, os Landmarks, os Antigos Regulamentos os Usos e Costumes da Maçonaria Tradicional que permanecem em vigor. 8. Regularidade de Origem Uma Grande Loja Regular tem que ser fundada por uma Grande Loja, Regular desde a sua existência, ou por um mínimo de três Grandes Lojas Regularmente Consagradas. /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 5 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues CERIMÓNIA DECORAÇÃO DA LOJA É semelhante aos dois graus anteriores, com excepção da posição das colunetas que são colocados junto dos três altares (do Venerável e dos Vigilantes). O quadro do grau será colocado pelo Experto no pavimento de mosaico, na abertura dos trabalhos. Sobre o altar coloca-se o Volume da Lei Sagrada e por cima deste um esquadro sobre o qual estará um compasso aberto de forma que as duas pontas fiquem sobre os dois lados do Esquadro. INSTRUÇÕES E NORMAS DE FUNCIONAMENTO EM LOJA No Rito Escocês Antigo e Aceite é normal atribuir, em Câmara do Meio, o titulo de Venerável Mestre a todos os irmãos que deverão usar, obrigatoriamente, um chapéu negro. COLUNA DE HARMONIA 1. Abertura da Loja 7s a 3m27s Gluck - Dança de Orfeu (PAUSA 10s) 2. Entrada do Grão Mestre e Grandes Oficiais 10s a 1m28s Respighi - O Sonho de Salomão (PAUSA l0s) /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 6 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues RITUAL DOS TRABALHOS ABERTURA DOS TRABALHOS Os Mestres não têm o chapéu posto. M V M - Golpe de malhete Venerável Mestre Primeiro Vigilante, que idade tens? 1º V - 5 anos, Muito Venerável Mestre. M V M - Dá-me a palavra de passe de companheiro. Pondo-se de pé e à ordem de Companheiro 1º V - SCH ... M V M - Podes ir mais longe? 1º V - Experimenta-me. M V M - És Mestre? 1º V - A acácia é minha conhecida. M V M - Golpe de malhete Venerável Mestre Segundo Vigilante, qual é o dever dos Vigilantes em Câmara do Meio ? 2º V - É certificar-se de que todos os Irmãos que decoram as Colunas são Mestres Maçons. M V M - Certifiquem-se disso, Veneráveis Mestres Primeiro e Segundo Vigilantes, cada um na respectiva Coluna e comuniquem-me o resultado. Golpe de malhete De pé, meus Irmãos, frente ao Oriente à ordem do Companheiro. O Primeiro e o Segundo Vigilantes, levando o respectivo malhete, dão a volta ao Templo, o primeiro sinistrorsum e o segundo dextrorsum. Cada Irmão põe-se à Ordem de Mestre à passagem daqueles. Os dois Oficiais voltam aos respectivos lugares. 2º V - Golpe de malhete Venerável Mestre Primeiro Vigilante, todos os Irmãos que decoram a Coluna do Norte são Mestres Maçons. 1º V - Golpe de malhete /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 7 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues Muito Venerável Mestre, todos os Irmãos que decoram as Colunas do Norte e do Sul são Mestres Maçons. Então, os Irmãos que se acham no Oriente põem-se à ordem do Mestre. Pondo o chapéu e colocando-se à Ordem de Mestre: M V M - O mesmo se verifica no Oriente. Então todos os Irmãos põem o chapéu. M V M - Golpe de malhete Veneráveis Mestres Experto e Mestre de Cerimónias, peço o vosso auxílio. Um antigo Venerável, ou, na sua falta, o Experto aproxima-se do Altar dos Juramentos e dispõe ritualmente o Compasso sobre o Esquadro, ficando os dois utensílios sobre o Volume da Lei Sagrada - o Experto coloca o quadro de Mestre sobre o pavimento mosaico, em cima do de Companheiro. O Mestre de Cerimónias apaga as estrelas que se acham nos pilares de Força e Beleza. M V M - Dá três vezes, três golpes de malhete Os Vigilantes repetem sucessivamente, aquelas baterias. O Experto e Mestre de Cerimónias, cruzam a espada e o bastão acima das três Grandes Luzes. M V M - À Glória do Grande Arquitecto do Universo, em nome da Maçonaria Universal e sob os auspícios da Grande Loja Regular de Portugal, em virtude dos poderes que me foram conferidos, declaro ritualmente aberta em Câmara do Meio esta R L de São João, constituída a ∴ ∴ Oriente de Cascais sob o nº 5 e o nome de M∴ A∴ D∴. A mim, Veneráveis Mestres. Pelo sinal penal, pela bateria e pela aclamação escocesa O–O-O O-O-O O-O-O HUZZA! HUZZA! HUZZA! M V M - Golpe de malhete Sentem-se, meus Irmãos. LEITURA DA ACTA Venerável Mestre Secretário, lê a prancha traçada dos nossos últimos trabalhos em Câmara do Meio. O Venerável Mestre Secretário procede à leitura /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 8 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues M. V. M. - Golpe de malhete Veneráveis Mestres, têm alguma observação a fazer sobre a redacção da prancha traçada que acabam de ouvir ? (Se não existirem observações) 1º V - Golpe de malhete Muito Venerável mestre, reina silêncio em ambas as colunas. M V M - Convido o Venerável Mestre Orador a apresentar as suas conclusões. O - Visto que nenhum dos Veneráveis Mestres aqui presentes fez qualquer observação sobre a prancha traçada, proponho a sua aprovação. M V M - Aqueles que aprovam as conclusões do Venerável Mestre Orador façam o sinal de assentimento ao meu Golpe de malhete. Golpe de malhete . Alguma opinião contrária? Golpe de malhete. A prancha traçada dos nossos últimos trabalhos está aprovada. Disso será feita menção na prancha de hoje. ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS M V M - Golpe de malhete Veneráveis Mestres, têm alguma proposta a apresentar no interesse da Ordem em geral ou desta Câmara do Meio, em particular? 1º V - Golpe de malhete Muito Venerável Mestre, reina silêncio em ambas as colunas. PAUSA M V M - Venerável Mestre Primeiro Vigilante, que idade tens? 1º V - Sete anos e mais, Muito Venerável Mestre. M V M - Venerável Mestre Segundo Vigilante, a que horas costumam os Mestres Maçons encerrar os trabalhos? 2º V - À meia-noite, Muito Venerável Mestre. M V M - Venerável Mestre Primeiro Vigilante, que horas são ? 1º V - Meia-noite em ponto, Muito Venerável Mestre. /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 9 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues M V M - Visto que são horas, vamos encerrar os nossos Trabalhos em Câmara do Meio. De pé e à Ordem, Veneráveis Mestres; Veneráveis Mestres Experto e Mestre de Cerimónias, peço o vosso auxilio. O M.V.M. dá três vezes, três golpes de malhete, no que é seguido pelos Vigilantes, sucessivamente. O Experto e o Mestre de Cerimónias cruzam a espada e o bastão acima das três Grandes Luzes. M V M - À Glória do Grande Arquitecto do Universo, em nome da Maçonaria Universal e sob os auspícios da Grande Loja Regular de Portugal, declaro encerrados os Trabalhos em Câmara do Meio desta R∴ L∴ de S. João, constituída a Oriente de Cascais sob o nº 5 e o nome de M∴ A∴ D∴. A mim, Veneráveis Mestres, pelo sinal penal, pela bateria e pela aclamação escocesa: O-O-O O-O-O O-O-O HUZZA! HUZZA! HUZZA! M V M - Golpe de malhete Sentem-se, meus Irmãos Tira o chapéu no que é seguido por todos os Irmãos. O Experto entrelaça o Compasso e o Esquadro sobre o volume da Lei Sagrada. O Experto retira o quadro do terceiro grau, arruma-o, deixando aparecer o quadro do segundo grau. O Mestre de Cerimónias reacende as estrelas das colunetas de Força e Beleza e coloca-os, juntamente com a da sabedoria nos seus lugares. Segue-se o encerramento dos trabalhos no Segundo Grau e depois o Encerramento da Loja no Primeiro Grau utilizando-se os respectivos rituais. CERIMÓNIA DE ELEVAÇÃO A MESTRE PREPARAÇÃO DA LOJA A Loja será revestida de negro. Uma cortina negra, espessa, será colocada à altura dos degraus do Oriente, de modo a isolar, no momento oportuno, o Debir (Oriente) do Hekal (o resto do Templo). /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 10 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues O DELTA, que se acha no Oriente, ficará aceso durante toda a cerimónia, mas a cortina deverá ser bastante opaca para manter o resto do Templo na obscuridade. O candelabro sobre a mesa do Muito Venerável Mestre manter-se-á sempre aceso. A Estrela Flamejante será colocada no Ocidente, entre as Colunas, se possível acima da porta e será fracamente iluminada. A coluneta Jónica (Venerável Mestre) será colocada ao pé do Oriente, junto da pedra cúbica. As outras duas colunetas serão colocadas junto das mesas dos Vigilantes, a fim de deixar vago o centro do Templo, mas estarão apagadas. Com a mesma finalidade, e em caso de necessidade, (Templo de pequenas dimensões) o Altar dos Juramentos será deslocado para cima dos degraus do Oriente, diante da cortina e sobre ele ficará o volume da Lei Sagrada, aberto, e sobre este coloca-se o Esquadro e por cima deste o Compasso. Ao pé dos degraus do Oriente, no ângulo nordeste, ficará uma mesa pequena, negra ou revestida de negro, e uma cadeira para o Muito Venerável Mestre que a ocupará depois da abertura dos trabalhos, no momento em que se iniciará a cerimónia de recepção. Sobre esta mesa e sobre as mesas dos Vigilantes, coloca-se uma luz cuidadosamente dissimulada que permita a leitura do Ritual, sem contudo espalhar a claridade ao redor. No centro da Loja coloca-se um caixão, cabeça para o Ocidente e pés para o Oriente ou, na falta de caixão, um lençol preto estendido no chão. A Ocidente, junto à cabeça do caixão, coloca-se um ESQUADRO, aberto para Ocidente e um ramo de Acácia; e a Oriente, junto aos pés do caixão, um COMPASSO aberto para o caixão. Dos lados do caixão, coloca-se uma régua a Norte e uma alavanca a Sul. A base dos malhetes será estofada de negro, para que o som seja surdo. O átrio manter-se-á devidamente iluminado. Durante estes preparativos, o recipiendário terá sido colocado na Câmara de Reflexões; ele estará revestido do seu avental de Companheiro e sem luvas. Abertos os trabalhos, o Muito Venerável Mestre deixa a sua mesa e coloca-se por detrás da pequena coluneta colocada ao pé dos degraus. Os Veneráveis Mestres Orador, Secretário e os outros Veneráveis Mestres que se acham no Oriente seguem aquele e vão sentar-se nas Colunas. Todos os Veneráveis Mestres ficam sentados e conservarão o chapéu na cabeça, observando profundo silêncio. O Venerável Mestre Experto, assistido por um segundo Experto ou pelo Venerável Mestre de Cerimónias, ambos armados de uma espada, saem da Loja e vão ao encontro do recipiendário e sem lhe dirigirem palavra tomam-no, cada um por um braço e levam-no à porta do Templo. /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 11 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues N. B. - O Venerável Mestre de Cerimónias pode fazer a vez de segundo Experto. O Venerável Mestre convida o último Mestre recebido ou, na sua falta, um Mestre designado para o efeito, a deitar-se silenciosamente no caixão, os pés para Oriente e colocará sobre a cara um lenço branco manchado de vermelho. Os dois Expertos conduzindo o, ou os recipiendários, batem como Companheiro (cinco pancadas) à porta do Templo. Terão o cuidado de manter o recipiendário de costas voltadas para a porta da Loja. Recomenda-se vivamente à Loja que proceda ao ensaio da cerimónia antes de a iniciar. É bastante difícil, para não dizer impossível realizá-la convenientemente sem ensaio prévio. Não pode ser improvisada à última hora, deve ser previamente preparada. O trabalho exigido a qualquer candidato para passar do 1º ao 2º grau, ou para a sua elevação à mestria, deverá ser sempre acompanhado dum interrogatório sobre o catecismo, elemento essencial do ritual e do reconhecimento. No fim da cerimónia, o novo Mestre terá de adquirir um ritual do grau. No Ritual dos Mestres Luzes do Altar do Venerável No grau de Mestre, nas cerimónias de iniciação há apenas uma luz. As três luzes acendem-se apenas na altura em que a cortina preta do Oriente é aberta e a Loja consagra o novo Mestre. COLUNA DE HARMONIA 1. Abertura da Loja 7s a 3m27s Gluck - Dança de Orfeu (PAUSA 10s) 2. Entrada do Grão Mestre e Grandes Oficiais l0s a 1m 28s Respighi - O Sonho de Salomão (PAUSA 10s) /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 12 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues RITUAL DE ELEVAÇÃO ORDEM DOS TRABALHOS Recepção do Companheiro no Templo I C - Venerável Mestre Segundo Vigilante, um companheiro bate à porta do Templo. 2º V - Venerável Mestre Primeiro Vigilante, um companheiro bate à porta do Templo. 1º V - Muito Venerável Mestre, um companheiro bate à porta do Templo. M V M - Quem é o Companheiro que ousa tentar penetrar nestes lugares? Quererá ele insultar a nossa dor? Venerável Mestre Primeiro Vigilante, vê quem é o Companheiro e o que pretende. 1º V - Venerável Mestre Segundo Vigilante, vê quem é o Companheiro que bate e pergunta-lhe o que pretende! 2º V - Venerável Mestre Cobridor, vê quem é o Companheiro que se apresenta e informa- nos do que pretende! Entreabrindo a porta I C - Quem vem lá? Respondendo do exterior I E - Trazemos um Companheiro que encontrámos por aqui e que parecia estar em meditação. M V M - Qual é o nome desse Companheiro? Como ousou aproximar-se deste lugar? O que é que ele procura? I E - É o Companheiro ... (nome) que subiu uma escada em caracol composta por três e cinco degraus, separados por um patamar. Encorajado pelos testemunhos de satisfação que recebeu dos seus Mestres e como recompensa pelo seu trabalho, ele tem esperança de ser admitido na Câmara do Meio. M V M - Golpe de malhete Sendo assim, dá entrada ao Companheiro. /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 13 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues Faz-se entrar o recipiendário, andando aos recuos com as costas sempre voltadas para o Oriente. Ele é retido entre as duas colunas pelos Expertos que o manterão cada um por um braço. Fecha-se a porta da Loja e tudo fica no mais profundo silêncio durante um longo intervalo. Todos os Irmãos estarão numa atitude de tristeza. Venerável Mestre rompendo o silêncio dirige-se ao recipiendário que continuará voltado para o Ocidente M V M - Companheiro! Meditaste bem na audácia do teu procedimento? Tens as mãos bem puras? A tua consciência está totalmente tranquila? Recip - Sim, Venerável Mestre. Elevação ao Grau de Mestre M V M - Meu Irmão, uma grande calamidade caiu sobre a maçonaria e é por culpa dos seus próprios filhos que ela está neste estado. São precisamente aqueles a quem ela prodigalizou os seus favores que a traíram indignamente. Serás tu um desses ingratos? Continuas bem ciente dos deveres que ela te impôs quando da iniciação e cumpriste-os fielmente? Sê sincero! Será melhor para ti confessar os erros que lamentaremos contigo, do que procurar enganar-nos! A verdade, que é sempre descoberta, poderá vir ao de cima e teríamos então, que punir dois crimes ao mesmo tempo. Toma, pois, cuidado com as tuas palavras! Crês ter cumprido todos os teus deveres de homem honrado e de Maçon? Recip - Esforcei-me sempre em fazê-lo, Venerável Mestre. M V M - Venerável Mestre Experto! Revista as mãos do Companheiro! Mostrame o seu avental, a fim de verificar se tudo está bem puro! O Irmão Experto toma as mãos do recipiendário, uma após a outra, e examina-as. Desaperta o avental do Companheiro e leva-o ao Venerável Mestre. I E - As mãos do Companheiro parecem-me puras. Eis o seu avental no qual não vejo qualquer mancha. M V M - Venerável Mestre Experto! Manda o Companheiro virar-se para o Oriente! A ordem é executada e, pela sua nova posição, o recipiendário pode ver o Irmão que está deitado no caixão. Aguarda-se algum tempo para que ele possa observar o aspecto da Loja. O Irmão Mestre de Cerimónias apaga a Estrela Flamejante. /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 14 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues M V M - Companheiro, estás perante a causa do nosso luto e a razão da desconfiança que te mostrámos! A luz que nos alumiava desapareceu! O melhor dos nossos Irmãos caiu sob os golpes de infames assassinos e nós temos a infeliz certeza que tais bandidos são da classe dos Companheiros ... Tens porventura algum conhecimento do conluio formado contra a nossa Ordem e contra os seus membros? Recip - Não, Venerável Mestre. M V M - Pois bem! Se estás inocente deste crime, podes prová-lo desde já. Aproxima-te deste cadáver que acaba de esfriar; se não és um dos seus assassinos, nem um dos cúmplices, não temerás que as feridas voltem a abrir e que o seu sangue corra de novo para te acusar. Venerável Mestre Experto, mostra ao Companheiro como deve proceder. Os Expertos fazem o Companheiro avançar com os passos de Companheiro, de modo que, na última passada ele fica à cabeça do Irmão deitado, do lado esquerdo. Então, ele passa sobre o caixão com três passadas partindo do pé direito, de forma que, ao terceiro passo, o recipiendário estará com os calcanhares juntos, ao pé do caixão, voltado para o Oriente. Nessa posição já não poderá ver o Irmão que estava deitado e que se levanta imediatamente sem ruído, retomando o seu lugar nas Colunas. Tendo o recipiendário chegado ao Oriente, diz o M V M : M V M - Irmão Primeiro Vigilante! Notaste algum movimento, apesar das feridas que sofreu o nosso infeliz Irmão? 1º V - Não, Venerável Mestre. M V M - Companheiro, visto que esta primeira prova te foi favorável, a nossa confiança começa a renascer. Dentro em pouco vamos revelar-te as circunstâncias do grave crime que foi cometido; antes porém, deves dar-nos a garantia de que mesmo que não sejas admitido entre nós, não revelarás nada daquilo que venhas a saber, quer a profanos, quer a Aprendizes ou mesmo aos Companheiros teus Irmãos. Já deves agora compreender a importância que este segredo tem para, nós, visto que se trata de descobrir os autores do assassínio. Comprometes-te a guardar segredo com a tua palavra de Maçon? Recip - Sim, comprometo-me a guardar segredo pela minha palavra de Maçon. M V M - Pois bem, meu Irmão, registamos o teu compromisso. PAUSA /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 15 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues Os Expertos deixam o recipiendário. Os dois Vigilantes avançam e colocam-se um pouco atrás dele. O Primeiro Vigilante segura a alavanca, e o Segundo Vigilante a régua. M V M - O Maçon que nós choramos era quem iluminava os nossos trabalhos, que nos consolava nas nossas aflições e que mantinha a nossa coragem nas dificuldades. Ele desapareceu vítima de um detestável crime. O sábio Rei Salomão havia concebido o piedoso desígnio de erigir um templo ao GRANDE ARQUITECTO DO UNIVERSO, único lugar em que Ele receberia o incenso dos homens. HIRAM ABIF, filho de um Sírio e de uma mulher de Israel, conhecedor de todas as artes e especialmente da arquitectura e do trabalho dos metais, foi enviado a Salomão por HIRAM, Rei de Tiro, para levar a cabo esta nobre e vasta empreitada, e dirigir os obreiros de que foi nomeado chefe e superintendente. Para realizar tão grandes trabalhos, HIRAM escolheu diversos trabalhadores, que sobre as suas ordens foram agrupados em três classes. Os primeiros, sob o título de aprendizes, ocupavam-se de abater árvores no Monte Líbano e prepará-las, a arrancar pedras brutas e mármores e a desbastá- los. Os segundos, sob o título de companheiros, ocupavam-se de terminar as peças esboçadas pelos aprendizes e a colocá-las nos respectivos lugares sob a orientação dos operários da terceira classe; que eram denominados mestres. Estes, recebiam directamente as ordens de HIRAM num lugar secreto que se chamava Câmara do Meio, que mais tarde, tornar-se-ia o santuário do Templo. Diz-se que os trabalhadores utilizados na construção do Templo eram 183.600 (cento e oitenta e três mil e seiscentos). É fácil concluir que seria difícil governá-los sem uma ordem estabelecida por HIRAM ABIF. Cada classe de obreiros tinha um sinal e uma palavra secreta que o trabalhador deveria dar ao tesoureiro para poder receber o seu salário; desta forma, ninguém poderia receber salário diferente daquele atribuído à sua classe. Os aprendizes eram promovidos à classe dos companheiros após determinado tempo, quando eles mereciam uma tal recompensa pelo seu zelo, pela sua inteligência e pela sua assiduidade ao trabalho. Da mesma forma, os companheiros que o mereciam, eram elevados à categoria de Mestres. HIRAM tinha, felizmente, conduzido os trabalhos quase até à perfeição e, em breve, o edifício estaria concluído e consagrado à sua finalidade. Mas, o espírito das trevas que via o seu reino ameaçado por causa deste Templo, desencadeou todas as paixões para tentar arruinar esta bela obra antes da sua conclusão e criar perturbação entre os obreiros, privando-os subitamente do seu chefe. /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 16 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues Assim, instalou o veneno da inveja e do ciúme no espírito dos trabalhadores das categorias inferiores; inspirou-lhes a aversão pelo trabalho; fez nascer neles o desejo presunçoso de obterem salários mais elevados, sem a preocupação de os adquirirem pela assiduidade, pelo estudo e pela aplicação. Ele insinuou esse espírito de desordem mais particularmente entre os companheiros que, sendo já iniciados nos primeiros segredos da arte, consideravam- se vítimas da injustiça e da parcialidade, porque não tinham sido equiparados aos mestres. Contudo, o respeito que HIRAM sabia inspirar pela sua bondade, pelas suas virtudes, pela sua imparcialidade, continha ainda os espíritos revoltados e tudo iria talvez reentrar na ordem, quando três dos companheiros formaram o projecto de arrancar, a bem ou a mal, a palavra sagrada dos mestres, a fim de se introduzirem fraudulentamente na Câmara do Meio. Combinaram então entre si a forma de atacar de surpresa o nosso Mestre HIRAM. Eles resolveram que poderiam intimidar HIRAM com ameaças a fim de lhe arrancarem, pelo medo, o que não poderiam obter de livre vontade; mas, quer fossem bem sucedidos, quer não, estavam resolvidos a matá-lo, a fim de escaparem ao justo castigo desse comportamento. Contavam também poder ocultar aos outros trabalhadores o conhecimento da sua comparticipação no assassínio do Mestre. Inútil pretensão! As ferramentas que eles utilizariam para cometer o crime, revelariam também a categoria dos obreiros em que se inseriam os autores! Tendo assim combinado o seu crime e tomado as necessárias medidas, esperaram pelo momento, no fim do dia, em que os trabalhadores, terminadas as suas tarefas, deixariam a oficina; então, o Mestre que era sempre o último, ficaria sozinho e indefeso. PAUSA O Templo tinha três portas: uma a Oriente, que comunicava com a Câmara do Meio e que era reservada aos mestres; outra no Sul e uma terceira no Ocidente; esta era a entrada comum a todos os trabalhadores; era também por ela que HIRAM costumava retirar-se após ter verificado o trabalho do dia. Os conspiradores, que eram três, colocaram-se em cada uma daquelas, portas, a fim de que, caso o mestre escapasse a um, não poderia fugir aos outros. PAUSA Após alguns instantes de espera, HIRAM saiu da Câmara do Meio para visitar os trabalhos e, como de costume, certificar-se de que os seus planos haviam sido correctamente executados. O mestre viu um dos conjurados, arma- /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 17 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues do com uma pesada régua, perto da saída e perguntou-lhe a razão porque não tinha ido com os outros trabalhadores e o que pretendia de si. O companheiro respondeu-lhe descaradamente: "Mestre, há muito tempo que me manténs nas categorias inferiores; desejo finalmente avançar; admitime, pois, na classe dos mestres". - Eu não posso disse HIRAM com a sua habitual bondade - eu não posso decidir sozinho; é necessário consultar os meus irmãos; quando tiveres completado o teu tempo e estiveres devidamente instruído, será meu dever propor-te ao conselho dos mestres. "Estou bastante instruído e não te deixarei sem obter de ti a palavra dos mestres" - respondeu o companheiro. Estás louco? Não foi assim que eu a recebi e não é assim que ela pode ser pedida! Trabalha e serás recompensado" - prosseguiu HIRAM. O companheiro insistiu e passou à ameaça. HIRAM, sempre bondoso, mas firme, respondeu com calma que era inútil ele esperar obter, por essa via, o beneficio que solicitava. Fez o gesto com a mão para o levar a retirar-se; no mesmo instante, o bandido quis dar-lhe uma violenta pancada na cabeça com a régua que tinha na mão. Contudo, o golpe foi desviado por um gesto de HIRAM e a régua caiu sobre o ombro direito do mestre, paralisando-lhe os movimentos do braço e incapacitando-o de desarmar o adversário. O Segundo Vigilante bate com a sua régua, levemente, no ombro direito do recipiendário. HIRAM tenta sair precipitadamente pela porta do Sul. Mas ali, era esperado pelo segundo conjurado que, de uma forma ainda mais áspera, lhe pediu a palavra de mestre. HIRAM, que começou aperceber o perigo que corria, sobretudo se fosse perseguido pelo primeiro companheiro, correu para a porta do Ocidente, dando a mesma resposta que já havia dado ao primeiro conjurado. Mas não fugiu com a rapidez suficiente para evitar um golpe de alavanca que o miserável tentou dar-lhe na cabeça e que só o atingiu na nuca. O Primeiro Vigilante dá, com a sua alavanca, um leve golpe na nuca do recipiendário. Completamente atordoado com este golpe, o mestre dirigiu-se vacilante para a última saída do Templo, por onde tentou ainda escapar-se. Aí foi travado pelo terceiro conjurado que lhe repetiu o pedido de palavra de mestre, recusando- se uma vez mais, HIRAM, a trair o segredo mesmo que o matassem. Nesse instante, o terceiro companheiro, aplica-lhe violento Golpe de malhete na cara que o fez imediatamente cair de vez. Dizendo estas palavras, o Muito Venerável Mestre levanta-se, aproxima-se do recipiendário e simula o golpe com o malhete. /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 18 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues Imediatamente os dois Vigilantes derrubam o companheiro e deitam-no no caixão que está atrás dele, cobrem-no com um pano preto e tapam-lhe a cara com o seu avental. Colocam a seguir, um ramo de acácia sobre o corpo. O Muito Venerável Mestre regressa ao seu lugar. M V M - Assim caiu o homem justo, que permaneceu fiel ao seu dever até à morte. Os Vigilantes regressam aos respectivos lugares. Durante alguns momentos observa-se o mais rigoroso silêncio. Então: M V M - Meus Irmãos! Depois do trágico acontecimento que nos privou do Mestre, o mundo, para nós, ficou nas mais espessas trevas. Todos os trabalhos estão suspensos. Que poderemos fazer para recuperar a Luz? Meus Irmãos, que tristeza, que desalento. Se o homem duma tão eminente virtude teve de sucumbir, como poderemos nós esperar melhor sorte? Aliás, só ele possuía o segredo da obra começada; quem ousaria apresentar-se para o substituir? Meus Irmãos, não percamos a coragem. Após termos chorado o nosso Mestre, procuremos o seu corpo que os assassinos certamente esconderam, a fim de rendermos as honras devidas aos restos mortais. Talvez possamos recolher alguns indícios da sua sabedoria; talvez a luz possa ainda reaparecer! Meus Irmãos, pesquisem do Ocidente a Oriente, do Norte ao Sul, até que consigam descobrir o lugar sagrado em que esses indignos poderão ter escondido o corpo do nosso Respeitável Mestre. Os Veneráveis Mestres Experto e Mestre de Cerimónias, seguidos de sete Veneráveis Mestres dão volta à Loja, dextrorsum. Seguidamente param de forma que o Experto fique junto do ramo de acácia. Segundo Vigilante do seu lugar 2º V - Esse ramo funerário, essa acácia, indica uma sepultura. Não foi plantada à muito tempo; talvez esconda o túmulo do nosso Respeitável Mestre HIRAM.... Primeiro Vigilante do seu lugar 1º V - Sim! Foi dito que a sabedoria se acha à sombra da acácia! Este lugar deserto leva-me a crer que poderá ser, de facto, o túmulo do nosso Mestre. Mas, o que é isto? Já não tenho dúvidas, vejo um esquadro e um compasso que parecem ter, sido ali colocados propositadamente. Não toquemos nessa terra até avisarmos o Mestre! Três Irmãos ficam aqui, enquanto nós vamos relatar a nossa descoberta. /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 19 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues Três Mestres colocam-se ao lado do caixão, dois à cabeceira, à direita e à esquerda e o terceiro aos pés, de frente para o corpo. O Experto; o Mestre de Cerimónias e os outros Mestres voltam aos respectivos lugares. 1º V - Golpe de malhete M V M - Golpe de malhete Que tens a comunicar-me, meu Irmão? 1º V - Ao caminhar para o Oriente encontrámos à luz do crepúsculo uma acácia e à sua sombra, um túmulo cuja terra ainda está fresca; um esquadro e um compasso colocados por cima, fizeram-nos pensar que é ali que repousa o nosso Mestre HIRAM; mas não nos atrevemos a perturbar o repouso do seu cadáver e apressámo-nos a vir comunicar-te esta descoberta. Pedimos-te que venhas connosco verificar se as nossas suposições são correctas. Três dos nossos Irmãos ficaram a guardar aquele respeitável lugar. M V M - Meus Irmãos, não percamos tempo. Confirmemos as vossas suposições. Levem-me até ao local Golpe de malhete De pé e à ordem, meus Irmãos! O Venerável Mestre deixa o seu lugar precedido pelo Experto. Os dois Vigilantes vão juntarse a ele; os três dão a volta à Loja e regressam à cabeceira do caixão. Então, os três Mestres, que ficaram a guardar o túmulo, colocam-se junto daqueles. à sua aproximação, diz o 2º V - Reconheço os nossos Irmãos a quem confiamos a guarda do túmulo. Eis o sinal que chamou a nossa atenção. Eis a acácia! M V M - Aproximemo-nos. Dizendo isto, o Muito Venerável Mestre e os Veneráveis Mestres Vigilantes aproximam-se da cabeceira do caixão. O Muito Venerável Mestre retira o avental que tapa a cara do recipiendário e exclama: É HIRAM, o nosso Mestre! Elevando ambas as mãos, volvendo os olhos para cima e deixando cair as mãos para as coxas, acrescenta: Óh meu Deus! Seguidamente retira o lençol, descobrindo inteiramente o recipiendário e diz: Valha-me Deus! Pela maneira como ele está colocado e pelas ferramentas aqui abandonadas, não é difícil concluir qual a categoria dos trabalhadores em que devemos procurar os culpados! /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 20 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues Parece que ele ainda respira. A sua nobre face, respeitada pela morte, exprime a calma da consciência e a paz da alma, tão profundamente estavam em si gravados os traços da virtude. PAUSA Meus Irmãos, levemos para a oficina os restos mortais tão queridos e tão preciosos a fim de lhes dar-mos uma sepultura mais conveniente! O Venerável Mestre de Cerimónias retira o esquadro, o compasso e os outros utensílios colocados em volta do caixão. Os três Veneráveis Mestres que guardavam o túmulo voltam aos respectivos lugares. O Venerável Mestre e os dois Vigilantes vão colocar-se no Ocidente, junto do caixão, ficando o Primeiro Vigilante à direita e o Segundo Vigilante à esquerda do Venerável Mestre. PAUSA O Irmão Segundo Vigilante pega então no indicador da mão direita do recipiendário e diz fingindo que o dedo lhe escapa: 2º V - A carne solta-se dos ossos! O Irmão Primeiro Vigilante pega logo no dedo médio da mesma mão do recipiendário e diz: 1º V - “J ... N” Mas o dedo também se lhe escapa, e acrescenta: 1º V - Tudo se desune! M V M - Lembremo-nos, meus Irmãos, que nada conseguimos sem o auxílio dos outros. Ajudem-me! Então o Muito Venerável Mestre coloca-se junto do recipiendário, põe o seu pé direito contra os pés daquele, inclina-se e toma-lhe a mão direita com o toque de Mestre puxando-o para si ajudado pelos Vigilantes que amparam o recipiendário pelas axilas, erguendo-o duma vez. Seguidamente, o Muito Venerável Mestre coloca o seu joelho direito contra o joelho direito do recipiendário e pousa a sua mão esquerda no ombro daquele. Os Vigilantes colocam também a mão esquerda do recipiendário entre o ombro e o pescoço do Muito Venerável Mestre. Assim, o Muito Venerável Mestre recebe-o pelos Cinco Pontos Perfeitos da Mestria, dá-lhe o beijo fraterno e diz-lhe em voz baixa: "M ... N!" Deus seja louvado! O Mestre foi reencontrado e reaparece mais radioso que nunca! PAUSA /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 21 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues O Venerável Experto coloca-se ao lado do recipiendário. O Venerável Mestre de Cerimónias afasta prontamente a cortina que tapava o DEBIR e reacende todas as luzes de modo a tornar o Templo o mais iluminado possível. O Venerável Mestre retoma o seu lugar no Oriente. Os Vigilantes voltam aos respectivos lugares. M V M - Golpe de malhete Meus Irmãos, sentemo-nos. Venerável Mestre de Cerimónias peço o teu auxilio. O Venerável Mestre de Cerimónias, ajudado por quem determinar, faz desaparecer, sem ruído, o caixão bem como a pequena mesa e a cadeira que serviram ao Venerável Mestre e depois repõe, se for o caso, o Altar dos Juramentos no lugar habitual. Coloca no pavimento mosaico os quadros dos três graus, sobrepostos de forma a apresentar o do terceiro grau tendo por baixo o do segundo e depois o do terceiro que serão depois postos em evidência, sucessivamente, aquando do encerramento dos trabalhos. O Mestre de Cerimónias volta para junto do recipiendário. M V M - Golpe de malhete Meus Irmãos, celebremos por aclamações de alegria este dia feliz que devolve à nossa entristecida Loja a luz que julgávamos perdida para sempre! O nosso Mestre revive, ao renascer na pessoa do nosso muito querido Irmão (nome)! 1º V - Golpe de malhete Meus Irmãos, unamo-nos ao Muito Venerável Mestre para celebrarmos o regresso da Luz e da Verdade! 2º V - Golpe de malhete Meus Irmãos, unamo-nos ao Muito Venerável Mestre para celebrarmos o regresso da Luz e da Verdade! M V M - Golpe de malhete De pé e à Ordem, meus Irmãos! A mim, pelo sinal penal. Pela bateria e pela aclamação escocesa: O-O-O O-O-O O-O-O HUZZA! HUZZA! HUZZA! PAUSA JURAMENTO O Venerável Experto coloca-se ao lado do recipiendário. O Venerável Mestre de M.V.M. /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 22 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues M V M - Agora, meu Irmão ... (nome), vais prestar o solene juramento de Mestre Maçon, aceitas? Recip - Aceito, Venerável Mestre. M V M - Veneráveis Mestre Experto e Mestre de Cerimónias, peço o vosso auxílio. O Venerável Mestre de Cerimónias faz ajoelhar o recipiendário como na ocasião dos juramentos para o primeiro e segundo graus. Nesta posição, o recipiendário aguarda que o Venerável lhe dite a formula. Os Veneráveis Mestres Experto e Mestre de Cerimónias cruzam a espada e o bastão acima do recipiendário de modo a que eles formem um esquadro. O Venerável Mestre dá um Golpe de malhete, repetido pelo primeiro e segundo Vigilantes. M V M - Golpe de malhete De pé e à Ordem, meus Irmãos! Dirigindo-se ao recipiendário M V M - Meu muito querido Irmão (nome), repete comigo: Compromisso Eu, ... (nome) de minha livre vontade, na presença do GRANDE ARQUITECTO DO UNIVERSO e desta respeitável Assembleia de Mestres Maçons, juro e prometo solene e sinceramente, nunca revelar a qualquer profano, ou mesmo a qualquer Aprendiz ou Companheiro, os segredos do grau de Mestre. Juro e prometo cumprir fielmente e com zelo as obrigações que são impostas por este Sublime Grau. Renovo a promessa de amar os meus Irmãos, de socorrê-los e ir em seu auxilio. Se Alguma vez me tornar perjuro que, segundo o castigo tradicional, o meu corpo seja cortado em dois e que eu seja desonrado para sempre e que não fique de mim memória junto dos Maçons. Que o Grande Arquitecto me ajude e me livre duma tal infelicidade! Após este compromisso, o Venerável Mestre pega na espada com a mão esquerda, colocaa sobre a cabeça do recipiendário e diz: M V M -À glória do GRANDE ARQUITECTO DO UNIVERSO, em nome da Maçonaria Universal, sob os auspícios da Grande Loja Regular de Portugal, em virtude dos poderes que me foram conferidos, Irmão ... (nome) eu te recebo e constituo Mestre Maçon. Tens daqui em diante, o poder de comandar tanto os Companheiros como os Aprendizes. Fá-lo condignamente. /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 23 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues Seguidamente o Muito Venerável Mestre dá três golpes de malhete na lâmina da espada, coloca-os no lugar e ergue o recipiendário. M V M - Meu Irmão ... (nome), aproxima-te e recebe de mim o abraço fraterno em nome de todos os Mestres desta Respeitável Loja. Abraça o novo Mestre M V M - Golpe de malhete. Sentemo-nos, meus Irmãos. Meu Irmão, daqui em diante trabalharás na prancheta e receberás o teu salário na Câmara do Meio. Agora vou comunicar-te os segredos do grau de Mestre de Maçon. O novo Mestre executa as instruções guiado pelo Venerável Mestre Experto E - Meu Irmão, os segredos do grau de Mestre consistem em quatro sinais, um toque, duas palavras, os cinco pontos perfeitos e uma marcha. Sinal de Ordem Leva a mão direita horizontalmente ao flanco esquerdo, tendo os dedos estendidos e juntos, mas o polegar separado em esquadria. Sinal Penal Estando à ordem, desloca horizontalmente a mão direita, da esquerda para a direita, como se cortasse o corpo em duas partes; em seguida deixa cair a mão. Trata-se de uma alusão ao castigo tradicional referido no teu juramento. Sinal de Horror Ergue as mãos acima da cabeça, tendo os dedos estendidos e separados e diz: A∴ S∴ M∴ D∴! Após esta exclamação deixa cair as mãos sobre o avental, para marcar a surpresa e o abatimento. Executa este sinal ao entrares na Câmara do Meio, depois deteres feito o sinal penal. Sinal de Socorro Se alguma vez te encontrares em grave perigo, chama os Irmãos em teu socorro, com o seguinte sinal: atira o pé direito para trás, com o busto inclinado; ergue ambas as mãos acima da cabeça, tendo os dedos entrelaçados, as palmas viradas para cima e exclama: A∴M∴O∴F∴D∴V∴! /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 24 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues Toque Pressiona o polegar sobre a primeira falange do dedo médio do Irmão reconhecido. Trata-se do pedido da palavra de passe. Palavra de Passe T ... Os Cinco Pontos Perfeitos da Mestria 1. Toma-me a mão direita com a tua mão direita, formando uma garra. 2. Coloca o teu pé direito contra o meu pé direito pelo interior. 3. Coloca o teu joelho direito contra o meu joelho direito. 4. Cada um coloca a sua mão esquerda no ombro direito do outro, da parte de trás, para ficarmos mais apertados e abraçamo-nos. 5. É somente nesta posição que se comunica a palavra sagrada, silabandoa alternativamente de um ouvido ao outro. Palavra Sagrada No Rito Escocês Antigo e Aceite, a que nós pertencemos, a palavra é "M∴ B ". Outros Ritos empregam a palavra "M B " ∴ ∴ ∴ que é conveniente fixar também para reconhecimento eventual de Mestres pertencentes a esses Ritos. Marcha do Mestre Dão-se os três passos de Aprendiz; seguidamente pomo-nos de Ordem de Aprendiz e executa o sinal. Em seguida faz os dois passos de companheiro seguidos do sinal de grau. Finalmente, põe-se à Ordem de Mestre e dá um passo à direita, descrevendo um arco com o pé direito obliquamente para a frente e à direita e junta o pé esquerdo, em esquadria; seguidamente um passo à esquerda, descrevendo uma curva como se para transpor um caixão; depois passa o pé direito que vamos juntar ao esquerdo, também em esquadria; finalmente, coloca-se de novo na linha mediana, levando obliquamente para a frente e à direita, primeiro o pé direito e depois o pé esquerdo, unindo-os em esquadria. Esta marcha termina-se pelo sinal penal, seguido do sinal de horror e da exclamação ritual. Bateria É constituída por três batidas de palmas feitas três vezes. O-O-O O-O-O O-O-O /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 25 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues Isto é, são nove palmadas, com duas pequenas pausas depois de cada três batidas. Idade Sete anos e mais. PAUSA M V M - Golpe de malhete Venerável Mestre Experto e Mestre de Cerimónias, a acompanhem o novo Mestre junto do Venerável Primeiro Vigilante para que seja reconhecido por ele como Mestre Maçon. Os Irmãos executam a ordem recebida. O novo Mestre, à Ordem de Mestre, de frente para o Venerável Primeiro Vigilante executa o sinal penal e depois o sinal de horror. Seguidamente aproxima-se do Venerável Primeiro Vigilante e forma com este os "cinco pontos perfeitos da Mestria" e troca, em voz baixa., a palavra sagrada. Depois põe-se, de novo, à Ordem de Mestre. 1º V - Muito Venerável Mestre, o Irmão ... (nome) fez-se reconhecer por mim como Mestre Maçon. O Experto e o Mestre de Cerimónias voltam a colocar o novo Mestre entre as colunas, onde permanece à Ordem. M V M - Golpe de malhete Irmão Experto, peço-te que revistas o nosso novo Mestre com o avental e lhe devolvas as suas luvas. O Experto cumpre a ordem. Venerável Mestre ... (nome) é assim que, futuramente, deverás apresentar-te em Loja. PAUSA RECONHECIMENTO DO MESTRE M V M - Golpe de malhete De pé e à Ordem, Veneráveis Mestres. Convido-os a reconhecer daqui em diante, como Mestre Maçon, o Irmão (nome) que se acha entre colunas e a dispensar-lhe todos os direitos e prerrogativas inerentes ao terceiro grau da Maçonaria. Veneráveis Mestres Primeiro e segundo Vigilantes, peço-vos que convidem os Veneráveis Mestres que estão nas Colunas, como eu o faço aos /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 26 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues que estão no Oriente, a celebrar por uma bateria de alegria a feliz aquisição que acaba de fazer a Câmara do Meio, na pessoa do nosso Irmão (nome). 1º V - Golpe de malhete Venerável Mestre Segundo Vigilante e Veneráveis Mestres que decoram a Coluna do Sul, o Muito Venerável Mestre convida-os a celebrar por uma bateria de alegria a feliz aquisição que acaba de fazer a Câmara do Meio na pessoa do nosso Irmão (nome). 2º V - Golpe de malhete Veneráveis Mestres que decoram a Coluna do Norte, o Muito Venerável Mestre convida-os a celebrar por uma bateria de alegria, a feliz aquisição que acaba de fazer a Câmara do Meio, na pessoa do nosso Irmão (nome). 1º V - O anúncio está feito, Muito Venerável Mestre. M V M - Golpe de malhete A mim, Veneráveis Mestres, meus Irmãos, pelo sinal, pela bateria e pela aclamação escocesa. O-O-O O-O-O O-O-O HUZZA! HUZZA! HUZZA! /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 27 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues CATECISMO PREÂMBULO É indispensável realizar, pelo menos duas vezes por ano, uma sessão em Câmara do Meio, destinada à instrução de todos os Mestres no ritual do grau. No decurso dessa sessão, procede-se à leitura do texto que se segue e um irmão deverá apresentar uma peça, de arquitectura sobre o simbolismo do grau. Quando a referida instrução for dada em Câmara do Meio, o Primeiro Vigilante faz as perguntas e o Segundo Vigilante dará as respostas. As respostas que deverão ser dadas textualmente estão indicadas com letras maiúsculas. INSTRUÇÕES P. - És Maçon? R. - O meus Irmãos reconhecem-me como tal. P. - Qual é a finalidade da Maçonaria? R. - Esclarecer os homens para torná-los melhores. P. - Onde trabalhas? R. - Numa oficina denominada Câmara do Meio. P. - Que significa essa denominação? R. - Significa que o Maçon que atingiu tal grau de instrução ocupa se a traçar, dentro de si, os planos que devem ser seguidos pelos obreiros que se encontram sob a sua vigilância. P. - Quais são os obreiros colocados sob a tua vigilância? R. - São os Companheiros e os Aprendizes. P. - Por acaso és Mestre? R. - A acácia é minha conhecida. P. - Como te tornaste Mestre Maçon? R. - Passando do Esquadro ao Compasso sobre o túmulo do nosso Respeitável Mestre HIRAM. P. - Como chegaste à Câmara do Meio? /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 28 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues R. - Subindo uma escada dividida em três partes por três patamares: um lanço de três degraus, outro de cinco e o último de sete. P. - Que significam esses patamares e o número de degraus que subiste? R. - O primeiro patamar, ao qual se chega por três degraus, é a imagem da iniciação nos mistérios da Maçonaria; o segundo patamar, a que se chega por cinco degraus, é o emblema dos conhecimentos adquiridos no segundo grau, simbolizado pela Estrela Flamejante; e o terceiro patamar, que se atinge depois de sete degraus, representa as sete artes liberais cujo conhecimento me tornou digno de ser recebido no grau de Mestre. P. - Que instrução te foi dada no primeiro grau? R. - Fizeram-me conhecer a existência de Deus, Criador de tudo o que existe. P. - Que aprendeste no segundo grau? R. - Começaram por ensinar-me a conhecer-me a mim mesmo; dirigiram-me para o estudo das artes úteis à sociedade. P. - Que ensinamento tiraste desses primeiros conhecimentos? R. - Pelo estudo das faculdades intelectuais e dos segredos da natureza fui levado a aprofundar o conhecimento até ao Trono do Grande Arquitecto do Universo. P. - Que vens aqui fazer? R. - Buscar a palavra de Mestre que se havia perdido. P. - Como se perdeu a palavra de Mestre? R. - Por três grandes golpes. P. - Quais são esses três grandes golpes? R. - São os que recebeu o nosso Respeitável Mestre quando foi assassinado à porta do Templo por três Companheiros que pretenderam arrancar-lhe a palavra de Mestre ou a vida. P. - Tendo sido perdida a palavra, como foi possível recuperá-la? R. - Desconfiando do assassinato de HIRAM e receando que a palavra de Mestre lhe tivesse sido arrancada à custa de tortura, os Mestres acordaram entre si que a primeira palavra que fosse proferida quando o encontrassem, serviria para se reconhecerem futuramente. O mesmo se passou com o sinal e o toque. P. - Quantos Mestres foram enviados à procura de HIRAM? R. - Nove. P. - Onde foi encontrado o corpo do nosso Respeitável Mestre? /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 29 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues R. - Num montão de escombros de cerca de nove pés cúbicos sobre o qual havia sido plantado um ramo de acácia. P. - Para que serviria tal ramo? R. - Para os traidores reconhecerem o sítio onde haviam escondido o corpo de HIRAM que eles tencionavam transportar para lugar mais longínquo. P. - Que fizeram do corpo do nosso Respeitável Mestre? R. - Salomão mandou enterrá-lo muito próximo do santuário do Templo e mandou colocar sobre o túmulo uma medalha de ouro, triangular, sobre a qual estava gravada a antiga palavra de Mestre que significa Deus, em hebreu. P. - Que dimensão tinha o túmulo? R. - Tinha sete pés de comprimento, cinco de largura e três de profundidade. P. - De que forma foste recebido Mestre Maçon? R. - Pelos "Cinco Pontos Perfeitos da Mestria", pela "Palavra Sagrada substituía", M∴ B∴, que me foi comunicada pelo Venerável Mestre. P. - Que significa essa palavra? R. - Significa o Filho do Pai ou a Nova Vida. P. - Quais são os outros meios para reconhecimento dos Mestres? R. - O toque, a palavra de passe, o sinal de ordem, o sinal penal, o sinal de horror e o sinal de angústia. P. - Dá-me a palavra de passe. R. - T... P. - Que significa essa palavra? R. - É o nome do artista que, em primeiro lugar, conseguiu trabalhar os metais; ela significa "os bens deste mundo". P. - O que podem significar os passos da marcha do Mestre? R. - Enquanto os passos do Aprendiz e do Companheiro são dados rente ao chão, os passos do Mestre, passando sobre o corpo de HIRAM, descrevem uma curva que é traçada com um compasso; é, portanto, a passagem do Esquadro ao Compasso, do plano da matéria para o do espírito. Enfim, a passagem do Mestre por cima do túmulo alude ao maior dos mistérios, sobre o qual é conveniente meditar em silêncio, e pensar no fim terreno de todo o destino humano. P. - Que idade tens? /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 30 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues R. - Sete anos e mais. P. - Que significa isso? R. - Que, chegado à sabedoria, o Mestre Maçon está em condições de se aproximar do Conhecimento. P. - Executa a bateria do terceiro grau. R. - O-O-O O-O-O O-O-O P. - Qual é a aclamação? R. - HUZZA! HUZZA! HUZZA! P. - Qual é o significado? R. - Aquela palavra significa: "ESTA É A MINHA FORÇA": alusão ao G∴A∴D∴U∴. P. - Que farias, se estando em grande perigo, precisasses do socorro dos teus Irmãos? R. - Faria o "sinal de socorro", exclamando: A∴M∴O∴F∴D∴V∴! P. - Quais são os sustentáculos da Loja de Mestre? R. - São três colunetas chamadas Sabedoria, Força e Beleza. P. - Quem lhes deu esses nomes? R. - O Rei Salomão, Hiram, Rei de Tiro e HIRAM arquitecto do Templo. P. - Porque se atribui a Sabedoria a Salomão? R. - Porque ele recebeu esse dom de Deus e foi, de facto, o rei mais sábio do seu tempo. P. - Porque se atribui a Força ao rei de Tiro? R. - Porque ele forneceu a Salomão a madeira e os materiais necessários à construção do Templo. P. - Porque se atribui a Beleza a HIRAM? R. - Porque, como Arquitecto do Templo, ele criava todos os ornamentos que deveriam decorar aquele magnifico monumento. P. - Os três nomes das colunetas não encerram qualquer outro significado? R. - Sim, Venerável Mestre. As colunas simbolizam a divindade; a Sabedoria, a sua essência; a Força, a sua potência infinita; a Beleza exprime quão perfeitas são as obras de Deus. P. - Quais devem ser as qualidades de um Mestre Maçon? R. - Sabedoria, Força e Beleza. /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 31 GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues P. - Como pode ele reunir qualidades tão raras? R. - Sabedoria no seu comportamento, Força na união com os seus Irmãos e Beleza no seu carácter. P. - Como se chama um Mestre? R. - Gabaon, que é o nome do lugar onde os Israelitas depositaram a arca da aliança nos tempos difíceis. P. - Que significa isso? R. - Que o coração de um Maçon deve ser suficientemente puro para se constituir num Templo agradável ao G∴A∴D∴U∴. P. - Em que trabalham os Mestres? R. - Na prancheta para desenhar. P. - Onde recebem eles o salário? R. - Na Câmara do Meio. P. - Como viajam os Mestres? R. - Do Ocidente para o Oriente e sobre toda a superfície da terra. P. - Porquê? R. - Para ali espalharem a Luz e reunirem o que está disperso. P. - Se perderes um dos teus Irmãos, onde o encontrarás? R. - Entre o Esquadro e o Compasso. P. - Explica-me isso. R. - O Esquadro e o Compasso são os símbolos da Sabedoria e da Justiça: um bom Maçon nunca deverá afastar-se deles. Impresso Sábado, 6 de Maio de yyyy, ás 10:59 (versão 2) /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 32