sábado, 2 de fevereiro de 2008

Os Preconceitos e Dogmas Maçônicos



PRANCHA 'OS PRECONCEITOS E DOGMAS MAÇÔNICOS':
Ao completar, no dia 7 de agosto de 2006, 10 anos de maçonaria e, portanto, na busca de me tornar um livre pensador, eu gostaria de apresentar uma breve reflexão. Na minha iniciação, ao abrir os olhos para a luz, eu me vi diante de um mundo totalmente novo: o maçônico. Com base na curiosidade pela ciência e pela verdade, aquele momento me encheu a consciência de perguntas. E para respondê-las, eu comecei a ler, pesquisar e meditar sobre os meus próprios questionamentos.Vários autores maçônicos e não-maçônicos, pouco a pouco, me esclareceram sobre a real maçonaria. Então, a luz, embora ainda tênue, foi vista de forma um pouco mais clara por este aprendiz. No entanto, a minha maior surpresa foi encontrar tanta ortodoxia e tanta vaidade numa instituição dita libertária, adogmática e fraterna.Segundo o filósofo e místico indiano Krishnamurti: “Sentindo medo, inventamos deuses, inventamos teorias, intelectualmente, teologicamente e religiosamente. Temos idéias, fórmulas relativas do que devemos ser”.De acordo com o Ir.’. Breno Trautwein, em seu livro Dogmas e Preconceitos Maçônicos, escrito em 1997: “Os homens atuais são de uma cadeia infinita de seres, cujo progresso é resultante do trabalho e do pensamento de outros homens dedicados à verdade, não importando a intolerância dos ignorantes, dos fanáticos e dos poderosos”.Seria a maçonaria fruto de dogmas ou da experiência apoiando a razão? A Maçonaria é fruto do pensamento humano, do desejo do ser humano pela religião natural. Entretanto, ao examinarmos alguns de seus ensinamentos, surpresos notamos a sua decadência filosófica, caindo para um dogmatismo absurdo, além de inúmeros falsos preconceitos.Mas o que é preconceito? Preconceito é um juízo pré-formulado, ou seja, uma opinião que se expressa antes de uma reflexão mais profunda, sobre a sua veracidade. Isso é fruto da ignorância, alicerçada na suposta autoridade de um indivíduo ou de um pequeno grupo, impondo a todo um conjunto social, de forma arbitrária. É do preconceito que nasce o dogma, ponto básico considerado indiscutível de uma crença religiosa, filosófica ou mesmo científica. Dogmas são princípios aceitos como indiscutíveis ou ditos como inalteráveis. O dogmatista diz-se de pessoa com idéias autoritárias. Segundo Albert Einstein: “É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”.Na verdade, uma boa parte de minha indignação refere-se a Albert Makey, autor de uma versão de 25 landmarks, assim como seu fã clube no Brasil, cuja definição que tem como autor o Ir.’.Castellani. Albert Pike, elaborador da versão de apenas 5 landmarks, fruto de um amplo estudo e de uma arrasadora e erudita crítica contra o emaranhado de falsos limites, apresentados pelos autores da época, incluído, aí, o seu discípulo Albert Mackey.Poderíamos então dizer que esses não são dogmas; que são leis; que são princípios básicos! Mas mesmo tendo sido impostos, sem uma aprovação pela maioria, sem a análise da validade e dos benefícios para a coletividade atingida; e, por esse motivo, caracteriza o Dogma. Neste particular refiro-me a alguns landmarks ultrapassados pelos usos e costumes do mundo de hoje e ditos como imutáveis. E aí eu pergunto: como uma lei, feita por homens, pode ser considerada imutável, se as leis naturais se auto-ajustam para manter o universo em equilíbrio? Não posso concordar que haja conhecedores absolutos de todo o saber maçônico. O primeiro landmark ou princípio, como queiram chamá-lo, que precisaria estar em todas as versões, a meu ver, é "Ser Livre e de Bons Costumes", o que resultaria no uso do bom senso, para a boa aplicação dos demais princípios necessários a nossa instituição. Mas também não importa se um landmark, dito imutável, foi aprovado pela maioria ou não: dogma é dogma e, por isso, é anti-filosófico, anti-progressista e, portanto, contrário a Maçonaria.O dogmatismo, na Idade Média, foi religioso e teológico, baseando-se na censura do pensamento, na condenação à morte dos hereges queimados em praça pública e para escarneamento dos fiéis. Se olharmos a história da Inquisição, concluímos que nela figurou o dogmatismo levado às suas últimas conseqüências, até a morte, por aqueles que julgavam ter o monopólio da verdade e realmente detinham, circunstancialmente, o monopólio do poder. Atualmente, o dogmatismo tem assumido um caráter ideológico e político, embora não inclua dogmas religiosos, cuja aceitação depende da fé, inclui teses de conteúdo econômico, social e político, discutíveis como quaisquer teses, levados à institucionalização pela intolerância e pela violência.Fruto das idéias predominantes em nosso mundo atual, a ordem maçônica não pode fugir do seu destino de liberdade de pensamento e de opinião. Segundo Descartes, em “Discurso do Método”, livro escrito em 1637, ele diz que: “O conhecimento e a ciência exigem trabalho, questionamentos sistemáticos e método. O dogmatismo é o pior companheiro da filosofia.” Mas os maçons criaram vários dogmas fundamentados, ora nas proposições de potências maçônicas imperialistas, ora em suas arbitrárias e profanas legislações, que é fruto da ignorância da verdadeira maçonaria.Segundo Validivar: “Nenhum homem é livre se a sua mente não é como uma porta de vai-e-vem, abrindo-se para fora a fim de liberar suas próprias idéias e para dentro a fim de captar as boas idéias dos outros”. Sendo a Maçonaria fruto do pensamento humano, isto é, de livres pensadores no campo das idéias, os maçons especulativos não podem dar a outrem o direito de pensar e decidir por eles; jamais podem deixar de buscar, incessantemente, a Verdade.Bibliografia:"Dogmas e Preconceitos Maçônicos", de Breno Trautwein, Editora A Trolha."Discurso do Método", de René Descartes, Editora L&PM PocketPEDRO JUCHEMM.'.M.'., Loja Venâncio Aires II, nº 2369 – G.'.O.'.B.'. / RS, Brasil

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

origens da maçonaria:



ORIGENS DA MAÇONARIA:
Sobre as origens da Maçonaria têm-se gasto rios de tinta e escrito as mais fantasiosas histórias:. Desde os mistérios de Elêusis ao rei Salomão e à Ordem do Templo, tudo tem servido a maçons, desejosos de exaltar a antiguidade da Ordem, e a profanos não menos desejosos de denegrir essa mesma Ordem, para escreverem patranhas e balelas, confrangedoras pela ingenuidade e ignorância que revelam:.Ligação directa com o passado, só a encontramos no que respeita ao corporativismo obreiro:. Como diz o historiador da Maçonaria Paul Naudon, numa frase concisa e perfeita, "a franco-maçonaria apresenta-se como a continuação e a transformação da organização dos mesteres da Idade Média e do Renascimento, na qual o elemento especulativo tomou o lugar do elemento operativo":.As corporações dos mesteres conheciam, é claro, para além do seu carácter puramente profissional, preocupações de outra natureza: religiosa, iniciática, caritativa, cultural até:. Tinham seus patronos próprios, suas festas rituais - muitas vezes remontando à Antiguidade, mas com "disfarce" cristão -, seus mistérios, sua intensa solidariedade:. A corporação dos pedreiros, ligados à nobre arte da arquitectura, incluía-se entre as mais importantes, respeitadas e ricas em simbologia e em segredos:. Nela se fundiam princípios, práticas e tradições de construção que remontavam aos Egípcios, aos Hebreus, aos Caldeus, aos Fenícios, aos Gregos, aos Romanos e aos Bizantinos, em suma, a todo o corpus da civilização europeia:. Neste medida, e só nela, se pode ligar a Maçonaria a uma remota Antiguidade:.É certo que não deixa de impressionar, na cristalização maçónica de hoje, a existência de todo um conjunto de elementos que lembram a organização das ordens da cavalaria e, sobretudo, o ideário dos Templários:. Grande parte do vocabulário maçónico está ligado, por sua vez, ao judaísmo bíblico:. Parece, todavia, que esta associação se deve mais à influência que os Templários exerceram na construção civil e religiosa e nas próprias corporações dos pedreiros do que a uma ligação directa entre Ordem do Templo e Ordem Maçónica:. Não convém esquecer que boa parte dos rituais, ditos escocês e francês, com sua complexa emblemática, foi "inventada" no século XVIII nas cortes e salões aristocráticos da Alemanha, França e Inglaterra:.As corporações dos pedreiros, como muitas outras, podiam aceitar no seu seio determinadas pessoas que, em rigor, lhes estariam à margem:. Era o caso de estrangeiros, de clérigos, de agregados à profissão, de personalidades desejosas de se integrarem ou de utilidade à corporação:.Já desde o século XV, por exemplo, que as corporações maçónicas escocesas tinham impetrado do rei o privilégio de terem à sua frente, como "grande mestre", um nobre de boa linhagem, hereditário:. No século XVII, muitas lojas de pedreiros britânicas foram reorganizadas segundo o modelo das academias italianas:. Estes maçons aceites tornaram-se, com o andar dos tempos, tão numerosos que imprimiram à corporação de que faziam parte um facies completamente diverso do anterior:. Nas corporações onde tal começou a acontecer, o elemento operativo foi cedendo o lugar ao elemento especulativo:.Uma transformação deste tipo levou centenas de anos a completar-se:.E só na Grã-Bretanha, onde a tradição corporativa - como tantas outras tradições - se manteve sem desfalecimento até ao século XVIII, foi possível às antigas lojas de pedreiros operativos converterem-se, por completo, em lojas de pedreiros especulativos, mantendo, não obstante, o prestígio e o relevo social do passado:. Só na Grã-Bretanha também, se conservaram o simbolismo e o ritual de tempos remotos, enriquecidos - e, não poucas vezes, deturpados - pela continuidade secular da sua prática:.* Fonte: Grémio Fénix


ORGANIZAÇÃO MAÇÓNICA:
A Maçonaria, que é também conhecida como Franco-maçonaria (nome que tem origem nos mestres de obras das catedrais medievais, conhecidos na Inglaterra como Free-stone mason), é, antes de tudo, uma associação voluntária de homens livres, cuja origem se perde na Idade Média, se considerarmos as suas origens Operativas ou de Ofício:. Modernamente, fundada em 24 de junho de 1717, com o advento da Grande Loja de Londres, agrupa mais de onze milhões de membros em todo o mundo:. É o mais belo sistema de conduta moral, que pretende fazer com que o Iniciado seja capaz de vencer suas paixões, dominar seus vícios, as ambições, o ódio, os desejos de vingança, e tudo que oprime a alma do homem, tornando-se exemplo de fraternidade, de igualdade, de liberdade absoluta de pensamento e de tolerância:.Em função disso, os objectivos perseguidos pela Maçonaria são: ajudar os homens a reforçarem o seu carácter, melhorar sua bagagem moral e espiritual e aumentar seus horizontes culturais:. É uma sociedade fraternal, que admite a todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça religião, ideário político ou posição social:. Suas únicas exigências são que o candidato possua um espírito filantrópico e o firme propósito de tratar sempre de ir em busca da perfeição:. Simbolicamente, o Maçom vê-se a si mesmo como uma pedra bruta que tem de ser trabalhada, com instrumentos alegóricos adequados, para convertê-la em um cubo perfeito, capaz de se encaixar na estrutura do Templo do Gr:.Arch:.do Un:.Ela fundamenta-se na crença em um Ser Superior ou Deus, ao qual denominamos Grande Arquitecto do Universo, que é o princípio e causa de todas as coisas:. Parece rígida em seus princípios, mas é absolutamente tolerante com todas as pessoas, ensinado aos iniciados que é mister respeitar a opinião de todos, ainda que difiram de suas próprias, desafiando a todos à mais sincera Tolerância:. A Ordem não visa em hipótese alguma lucro ou benefício, pessoal ou colectivo:.Maçonaria e SociedadeA Maçonaria exige de seus membros, respeito às leis do pais em que cada Maçom vive e trabalha:. Os princípios Maçónicos não podem entrar em conflito com os deveres que como cidadãos têm os Maçons:. Na realidade estes princípios tendem a reforçar o cumprimento de suas responsabilidades públicas e privadas:.A Ordem induz seus membros a uma profunda e sincera reforma de si mesmos, ao contrário de ideologias que pretendem transformar a sociedade, com uma sincera esperança de que, o progresso individual contribuirá, necessariamente, para a posterior melhora e progresso da Humanidade:. E é por isso que os Maçons jamais participarão de conspirações contra o poder legítimo, escolhido pelos povos:. Para um Maçom as suas obrigações como cidadão e pai de uma família, devem, necessariamente, prevalecer sobre qualquer outra obrigação, e, portanto, não dará nenhuma protecção a quem agir desonestamente ou contra os princípios morais e legais da sociedade:.Nas suas Lojas são expressamente proibidos o proselitismo religioso e político, garantindo assim a mais absoluta liberdade de consciência, o que lhe permite permanecer progressista, sobrevivendo às mais diversas doutrinas e sistemas do mundo:. Curioso é perceber que sempre onde faltou a Liberdade, onde grassou a ignorância, foi aí que a Maçonaria foi mais contundentemente perseguida, tendo sido inclusive associada aos judeus durante o período de intenso anti-semitismo da Europa Ocidental, nos primeiro e segundo quartos deste século:.Aprendizado MaçónicoA transmissão dos preceitos Maçónicos se faz através de cerimónias ritualísticas, ricas em alegorias, que seguem antigas e aceites formas, usos e costumes, que remontam às guildas dos construtores de Catedrais da Idade Média, usando inclusive as mesmas ferramentas do Ofício de pedreiro:. Este aprendizado passa pela necessidade de todo iniciado controlar as suas paixões, de submeter a sua vontade às Leis e princípios morais, amar a sua família e à sua Nação, considerando o trabalho como um dever essencial do Ser Humano:. O sistema de aprendizado está assente sobre a busca, por parte de cada Irmão, no seu trabalho dentro da Ordem, e respectivo ao seu Grau, de um aperfeiçoamento interior, em busca da perfeição, para fazer-se um Homem bom, um Homem melhor:.
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A Maçonaria estimula a prática de princípios nobres, tais como: Gentileza - Honestidade - Decência - Amabilidade - Honradez - Compreensão - Afecto. Para os membros da Ordem todos os Homens, fazem parte da Grande Fraternidade Humana, portanto, todos são Irmãos, independentemente de Credo, Política, Cor, Raça ou qualquer outro parâmetro que possa servir para dividir os homens:. Os Três Grandes Princípios sobre os quais está fundamentada a busca do progresso e da auto-realização do Maçom são:O Amor Fraterno: O verdadeiro Maçom mostrará sempre a mais profunda tolerância e respeito pela opinião dos demais, portando-se sempre com compreensão:.Ajuda e Consolo: Não só entre os Maçons, mas com toda a Comunidade Humana:.Verdade: É o princípio norteador da vida do Maçom, mesmo porque faz-se necessária toda uma vida para chegar-se próximo de ser um bom Maçom:.Organização da MaçonariaDesde a fundação da Grande Loja de Londres, em 24 de junho de 1717, as Loja Maçónicas têm-se organizado em Obediências, sejam elas Grandes Lojas ou Grandes Orientes:. Os Maçons estão reunidos em Lojas, que se reúnem regularmente uma vez por semana, geralmente:. A verdadeira e antiga Maçonaria, divide-se em três Graus Simbólicos que compõem as Lojas Azuis:Aprendiz • Companheiro • Mestre
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Em regra as Grandes Lojas recebem reconhecimento da Grande Loja Unida da Inglaterra, que se arroga o direito de guardiã da ortodoxia maçónica, de evidente cunho teísta, enquanto que os Grandes Orientes, são reconhecidos pelo Grande Oriente da França, fiel ainda à constituição de Anderson de 1723, com evidente influência iluminista, e caracterizado por uma profunda tolerância:.Porém esta regra não é universal, até porque não existe uma autoridade internacional que confira regularidade Maçónica:.Regularidade em MaçonariaA regularidade Maçónica refere-se a um conjunto de deveres a que estão sujeitos os Maçons, suas Lojas e sua Obediência, os quais podemos resumir em três aspectos principais:Legitimidade de Origem: Um Grande Oriente ou Grande Loja necessita, para ser regular do reconhecimento e da transmissão da Tradição, por outro Grande Oriente ou Grande Loja previamente regular junto às outras Potências, tendo assim uma Regularidade de Origem:.Respeito às antigas regras: A principal regra a ser seguida é a Constituição de Anderson, de 1723, formulada por Anderson, Payne e Desaguilliers, para a recém-fundada Grande Loja de Londres:.Podemos, no entanto, levantar cinco pontos fundamentais para Regras que devem ser respeitadas:
1. Absoluto respeito aos antigos deveres, que estão reunidos em forma de Landmarks:.
2. Só é possível aceitar homens livres, respeitáveis e de bons costumes que se comprometam a por em prática um ideal de Liberdade, Igualdade e Fraternidade:.
3. Ter sempre como objectivo o aperfeiçoamento do Homem, e como consequência, de toda a Humanidade:.
4. A Maçonaria exige de todos os seus membros a prática escrupulosa dos Rituais, como modo acesso ao Conhecimento, através de práticas iniciáticas que lhe são próprias:.
5. A Maçonaria impõe a todos os seus membros o mais absoluto respeito às opiniões e crenças de cada um, proibindo categoricamente toda discussão, proselitismo ou controvérsia política ou religiosa em suas Lojas:.
"Nunca houve nem nunca haverá um Homem que tenha um conhecimento certo dos deuses e de tudo aquilo de que eu falo. Se, mesmo por acaso, lhe acontecesse dizer toda a verdade, nem disso se daria conta. Todos se apoiam na aparência." Xenófanes de Cólofon (570-528 anE)

o que é a rosa cruz ?

O ROSACRUCISMO:
A FRATERNIDADE ROSACRUZNo mosteiro dos Albijenses, o filho mais novo do nobre Germelshausen, sem o ambiente castelão em que nasceu, privado dos carinhos da sua família que foi destroçada, no meio e homens de vida extremamente austera, não teve a infância de todas as crianças. Por isso a sua mente excepcional teve de centrar-se nas ideias que os monges tinham e viviam! No mosteiro aprendeu grego e latim. Muito jovem tinha formado com quatro monges um grupo que se dedicou ao estudo das ciências que se cultivavam no mosteiro e justificavam a sua existência. Mas era necessário ir às fontes dos conhecimentos que ali se estudavam e viviam.Quando o jovem tinha quinze anos, o grupo deixou o mosteiro e iniciou sua marcha em direcção à Terra Santa. Para evitar suspeitas dos discípulos de S. Domingos não viajaram juntos. Em Chipre faleceu o velho monge que ia com Germelshausen. O jovem, porém, não desanimou e prosseguiu a viagem afrontando todos os inconvenientes e perigos. Em Damasco encontrou um Centro de Iniciação e aí ficou. Era o que pretendia: viver entre sábios. Poucos anos depois tinha atingido a graduação necessária e resolveu partir. De Damasco passou ao Egipto e deste país foi viajando pelo mediterrâneo até Fez. Daqui resolver passar a Espanha e juntar-se aos Alumbrados, que o receberam mas acharam os seus pontos de vista demasiado avançados, não o aceitando! A partir de Espanha, Germelshausen adoptou o nome simbólico de Cristão Rosacruz (Christian Rosencreuz).Nesse tempo a "Santa Inquisição", fundada por S. Domingos para reduzir a cinzas todo aquele que ousasse perfilhar ideias diferentes das que eram impostas pelo Catolicismo, obrigou Cristão Rosacruz a abreviar a estadia em Espanha e França e a dirigir-se para a Turíngia, na Alemanha, sua pátria, regressando ao mosteiro albijense em que fora criado. Até hoje não foi possível determinar em que ponto de Espanha era a sede dos Alumbrados, que tiveram uma existência de séculos, tendo sido exterminados pela "Santa Inquisição", durante o século XVI.Na Turíngia, Cristão Rosacruz foi encontrar os três antigos companheiros e com eles, mosteiro, estabeleceu a Fraternidade Rosacruz. Mais tarde foram admitidos novos membros ficando a Fraternidade com oito membros. Anos depois a Fraternidade Rosacruz tinha treze membros e não podia ultrapassar esse número. Estava estabelecida no estilo usado por Jesus: doze membros, simbolizando os doze signos do Zodíaco e o Sol, que formava o 13º.Crê-se que os Iluminados (ou Alumbrados) se estabeleceram em Espanha durante invasão dos árabes. Admitimos, porém, que a sua existência é anterior, pois os Iluminados eram cristãos e os árabes não aceitavam organizações cristãs. E ao Catolicismo até o colectavam, em pé de igualdade com os estabelecimentos do comércio. O que dissemos a respeito dos cristãos primitivos, na crónica anterior, revela a existência de núcleos de nazarenos na Hispânia, muito particularmente na orla marítima, pois a Galiza foi colonizada pelos Fenícios e Gregos, entre os quais viriam nazarenos. daí as referências de S. Paulo à Espanha.Convém não esquecer que os povos célticos, antigos povoadores de grande parte da península Hispânica, tinham usos e costumes tão semelhantes aos dos cristãos, que ao ser-lhes imposto o cristianismo, pelos Romanos, receberam-no sem resistência.
(Francisco Marques Rodrigues, Revista Rosacruz, nº 266, Outº-Dezº, 1977)
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NASCIMENTO DA ORDEM ROSACRUZAo começo da segunda década do século XVII, reuniram-se representantes de todas as organizações que congregavam Essénios ou Cátaros e os cristãos esotéricos (que são aqueles que continuaram a Escola Cristã fundada por Jesus) espalhados pelas várias cidades da Europa, com a finalidade de constituírem uma única associação que lhes permitissem maior apoio, disciplina no estudo dos mistérios e mais segurança na guarda e difusão do imenso tesouro espiritual que possuíam. Para escaparem à ferocidade da "Santa Inquisição" reuniram-se numa caverna existente nas montanhas do Tirol, entre Salzburgo e Munique. Depois de longos debates assentaram no estabelecimento de um estatuto único para regência de todos. Como no espaço sidério se congregavam os divinos seres a que chamamos Irmãos Maiores, por pertencerem a uma humanidade anterior à nossa e serem os condutores da evolução de todos os seres que existem na Terra, à nova organização foi dado o nome de Ordem Rosacruz.Entre estes grandes seres há humanos que já se elevaram acima da vulgaridade pela sua bondade e pureza de alma. Muitos são médicos que exercem a sua profissão como se fora um sacerdócio, no estado de vigília e no de sono, sempre no seu mister em favor da saúde e bem estar dos seres terrenos e assim merecem a amizade dos Irmãos Maiores, que os fizeram seus cooperadores permanentes. Foi por esta razão que os agrupamentos de estudantes de ocultismo deixaram de usar os seus títulos antigos e se constituíram em Ramos da Ordem Rosacruz, ministrando um ensino bem definido e igual. Os seres humanos que trabalham com os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, são os chamados Irmãos Leigos. Foram altamente qualificados pelos Irmãos Maiores, que pelas suas altas qualidades os colocaram ao seu serviço.Desta maneira os adeptos do grande filósofo, ocultista e místico que se chamou Paracelso - famoso como médico e alquimista, sábio cultor da astrologia - os Paracelsianos, bem como os Hermetistas, os Pictóricos, os Alquimistas e os Gnómicos, grupos de estudos esotéricos, parecem ter desaparecido. Na realidade apenas abandonaram as antigas designações para se integrarem na Ordem Rosacruz. Desde a sua existência, conhecida entre os hebreus, no tempo de Moisés (entre os Essénios), até ao fim do século XIX, a Ordem Rosacruz foi uma associação secreta, por os seus ensinamentos serem tão profundos que rareavam extraordinariamente as pessoas dignas de os receber! Se não foram a sua grande prudência no ministério da Sabedoria dos Rosacruzes, esta teria sido aplicada desonestamente, como acontece com a astrologia e outros ramos do saber oculto, na posse de pessoas sem as qualidades morais e intelectuais necessárias a tão elevados conhecimentos. Durante os séculos XVII e XIX a Ordem Rosacruz reunia grande número de pessoas escolhidas da Europa, e daqui irradiou os seus Ramos de estudo para a América do Norte.(Francisco Marques Rodrigues, Revista Rosacruz, nº 267, Janº-Marº, 1978)
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A FRATERNIDADE ROSACRUZNo final do século XIX a humanidade apresentava um notável avanço na senda da evolução, pelo que os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz (celeste) resolveram abrir as portas dos seus templos de sabedoria ao maior número possível de estudantes da sua filosofia. Porém, os dirigentes da Ordem Rosacruz (terrena) fieis ao princípio estabelecido no Estatuto da Ordem, não acediam às instruções vindas dos seus monitores divinos. Então, para vencerem a cristalização dos princípios estabelecidos desde a mais alta antiguidade, os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz (celeste), resolveram criar uma nova organização, aberta a todas as pessoas que sinceramente desejassem receber os seus ensinamentos. Eles ficariam guardando a pureza da doutrina, que só é comunicada quando se reconhece o mérito necessário.Depois e várias diligências de carácter iniciático foi escolhido Max Heindel, para fundar a nova organização. E foram-lhe conferidos os necessários meios para essa finalidade. E, deste modo, nasceu a Fraternidade Rosacruz, em inglês The Rosicrucian Fellowship, restaurando-se a antiga denominação que havia sido adoptada no século XIII, mas liberta de todos os preconceitos antigos, só interessada em actualizar o método Rosacruz, tornando-o actual, progressivo, de modo a mantê-lo sempre actualizado através dos tempos vindouros, completamente despido de arcaísmos inúteis, pertencentes ao passado.Foi no decurso do ano de 1909 que Max Heindel, inspirado pelos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz (celeste), deixou a Sociedade Teosófica da América do Norte (onde era vice-presidente de um Ramo) e começou a fazer conferências. Publicou o primeiro livro sobre filosofia Rosacruz, o Conceito Rosacruz do Cosmo, que lhe foi inspirado pelos Irmãos Maiores e fundou The Rosicrucian Fellowship - Fraternidade Rosacruz, que ficou estabelecida no monte sobranceiro à cidade de Oceanside, debruçada sobre o Ocenao Pacífico. A este monte, coroado pelo templo de doze faces, foi dado o nome de Monte da Igreja. Daqui irradiou Max Heindel a sua fecunda e salutar filosofia Rosacruz, que havia de levar a quantos a recebem com sinceridade e pureza de intenções a mais íntima satisfação.A Fraternidade Rosacruz tem os seus ramos estendidos por todo o mundo e admite no seu seio, gratuita e amorosamente, todos os que solicitam a sua admissão ao estudo das suas disciplinas. Quem entra nesta respeitável organização não fica com encargos de quotas, nem de jóias, nem outros que envolvam dinheiro. Tudo, aqui, se faz gratuitamente, em obediência ao preceito: "dái de graça o que de graça recebeste". Todas as suas despesas são custeadas com as dádivas voluntárias dos seus membros, que o possam e queiram fazer, e pelas daquelas pessoas que, não sendo membros, simpatizam com a Grande Obra e dela recebem, também, calor e protecção.Tudo quanto é Rosacruz não suporta o negócio nem o dinheiro! Também não se praticam aqui actos que possam induzir os seus membros em erro ou a caírem nos tenebrosos meandros do ocultismo prático. O que procuram os rosacrucianos é emancipar os seus membros de superstições e crendices, que só inferiorizam e enfraquecem. E, por isso, tudo fazem no sentido de ajudar o desenvolvimento harmonioso do ser humano.(Francisco Marques Rodrigues, Revista Rosacruz, nº 268, Abril-Junº, 1978)
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HISTÓRIA RECENTE EM PORTUGALEm 21 de Março de 1926, os rosacrucianos dispersos por todo o território nacional, metropolitano, insular e ultramarino, deliberaram apresentar-se publicamente e, entre as decisões tomadas, constava a de editar uma revista, que reunisse parte dos documentos que circulavam internamente entre os membros. E assim nasceu a Revista ROSACRUZ. Na década de 60 as actividades rosacrucianas, mesmo as que envolviam actos de solidariedade social, eram cuidadosamente vigiadas. As obras destinadas à instrução e pesquisa, importadas do estrangeiro, se não vinham registadas desapareciam; se vinham sob registo não nos eram entregues. Quando reclamadas pelos remetentes eram então devolvidas com a declaração, humilhante para o prestígio do país: CIRCULAÇÃO INTERDITA POR CONTER LITERATURA ROSACRUZ.Os rosacrucianos são encarados com respeito e admiração em todo o mundo, porque a sua actuação é benéfica para a disciplina e harmonia social. Por esse motivo são-lhes concedidas facilidades diversas, de natureza fiscal e outras. Em Portugal, até ao dia 24 de Abril de 1974 os rosacrucianos não se podiam apresentar como tais! No dia 17 de Junho de 1966, pelas 7 horas da manhã, foi a sede da Fraternidade Rosacruz de Portugal, simultaneamente residência do seu Presidente, assaltada por um grupo de treze agentes da PIDE. Revolveram tudo à sua vontade, passando as largas centenas de livros da biblioteca um a um, na ânsia de encontrarem matéria que lhes permitisse efectuar detenções. Terminaram a diligência a altas horas da noite. Levaram originais inéditos, mais de mil e duzentos estudos astrológicos de personalidade de destaque, vítimas de crimes ou doenças graves; livros, revistas, correspondência e até dinheiro! Iniciaram-se imediatamente diligências para obter explicações e a devolução dos documentos subtraídos. O inspector que dirigiu o assalto acabaria por informar que a busca tinha sido motivada por suspeita de reuniões Maçónicas. Ao ser-lhe inquirida a razão de ter despojado a residência pessoal do Presidente de tantos objectos limitou-se a dizer:- O despacho que recebemos foi para fazer o que se fez. Mas, como os objectos que trouxemos não possuem o menor interesse para esta polícia, vão-lhe ser entregues. Dirijam-se ao subdirector José Sachetti e peçam-lhe a entregas das coisas. Ele ordenará a devolução.Alguns dias depois regressou o Presidente da Fraternidade Rosacruz, devidamente mandatado, à sede da PIDE. Foi recebido pelo subdirector José Sachetti, que não só recusou a devolução de tudo que mandou subtrair, como proibiu a publicação da Revista ROSACRUZ. E fê-lo com a ameaça de prisão por publicação clandestina. Explicou-se ao subdirector J. Sachetti que a Revista se publicava há 40 anos, estava devidamente registada na Conservatória da Propriedade Literária, Científica e Artística, que nunca tinha sofrido qualquer sanção. E a resposta repetiu a ameaça inicial: "o Presidente da Fraternidade Rosacruz seria preso por publicação clandestina e iria responder no plenário". Depois de cerca de duas horas de explicações, sem nada conseguir, de nada valia argumentar mais. Perante as sucessivas ameaças de prisão, fez-se-lhe apenas um aviso: "Não lhe daríamos esse prazer. Como estamos a perder tempo, se V. Exª nos dá licença, retiramo-nos. Mas não assumimos a responsabilidade pelo que depois se disser no país e no estrangeiro pelos actos cometidos". Insensível J. Sachetti respondeu:- Sempre se disse mal de Portugal no estrangeiro. Por isso não importa. Se quiserem requerer a entrega das coisas apreendidas podem fazê-lo. Mas, se o requerimento vier às minhas mãos, mando-o somente juntar ao processo.Dias depois, embora sem esperanças, requereu-se, em forma legal, a devolução de todos os objectos e documentos. Não obtivemos mais do que o silêncio (Alguns livros foram readquiridos, anos mais tarde, em alfarrabistas). Quando o Dr. Marcelo Caetano assumiu a Presidência do Governo, crentes de que iria fazer o regresso do país à liberdade, expuzemos-lhe a situação. Recebemos um ofício da Presidência do Conselho comunicando que a exposição tinha sido enviada do Ministro do Interior, Dr. Gonçalves Rapazote. Dele também nada mais recebemos do que silêncio!Tanto do auto de declarações que nos levantou o inspector da PIDE Fernando Alves, como no de levantamento de selos, dinheiro e documentos diversos, nas secretárias e noutros móveis que estavam fechados, foi cautelosamente evitada a mais leve referência a livros impressos, manuscritos inéditos, objectos do espólio do Museu, correspondência da Fraternidade Rosacruz, Revista Rosacruz, ou simplesmente Rosacruz, com a "acariciante" promessa de tudo nos ser devolvido, por não ter o menor interesse para a PIDE.(Francisco Marques Rodrigues, Revista Rosacruz, nº 268, Julº-Setº, 1978)
Descubra mais informação nestes endereços:Fraternidade Rosacruz - http://www.rosacruz.ptThe Rosicrucian Fellowship - http://www.rosicrucian.comThe Rosicrucian Order AMORC - http://www.rosicrucian.org

O QUE É A MAÇONARIA?

Não possui a Maçonaria leis gerais nem livro santo que a definam ou obriguem todo o maçon através do Mundo; nao sendo uma religiao, nao tem dogmas:. Em cada país e ao longo dos séculos, estatutos numerosos se promulgaram e fizeram fé para comunidades diferentes no tempo e nos costumes:. Mas isso nao obsta a que a Maçonaria possua certo número de princípios básicos, aceites por todos os irmaos em todas as partes do globo:. É essa aceitaçao, aliás, que torna possível a fraternidade universal dos maçons e a sua condiçao de grande família no seio da Humanidade, sem que, no entanto, exista uma potencia maçónica à escala mundial nem um Grao-Mestre, tipo Papa, que centralize o pensamento e a acçao da Ordem:.CONSTRUÇÃOVejamos o seu nome Maçonaria vem provavelmente do frances "Maçonnerie", que significa uma construçao qualquer, feita por um pedreiro, o "maçon":. A Maçonaria terá assim, como objectivo essencial, a edificaçao de qualquer coisa:. O maçon, o pedreiro-livre em vernáculo portugues, será portanto o construtor, o que trabalha para erguer um edifício:.
JUSTIÇA SOCIALA Maçonaria admite, portanto, que o homem e a sociedade sao susceptíveis de melhoria, sao passíveis de aperfeiçoamento:. Por outras palavras, aceita e promove a transformaçao do ser humano e das sociedades em que vive:. Mas, para além da solidariedade e da justiça, nao define os meios rigorosos por que essa transformaçao se há-de fazer nem os modelos exactos em que ela possa desembocar:. Nada há, por exemplo, no seio da Maçonaria, que faça rejeitar uma sociedade de tipo socialista ou de tipo liberal:. O que lhe importa é um homem melhor dentro de uma sociedade melhor:.
ACLASSISMODos ideais de justiça e solidariedade humanas, levados até rs últimas consequencias, resulta naturalmente o ser a Maçonaria uma instituiçao aclassista e anticlassista, englobando representantes de todos os grupos sociais que, como maçons, devem tentar esquecer a sua integraçao de classe e comportar-se como iguais:. "A Maçonaria honra igualmente o trabalho intelectual e o trabalho manual", rezava o artigo 6s da Constituiçao de 1926:. E, nos requisitos para se ser maçon, exige-se apenas, para além de diversas condiçoes morais e intelectuais que mais adiante serao mencionadas, o exercer-se uma profissao honesta que assegure meios de subsistencia:. É verdade que a exigencia de se possuir a instruçao necessária para compreender os fins da Ordem exclui, desde logo, os analfabetos e grande parte das massas populares (em Portugal, entenda-se):. E é verdade também que a maioria dos maçons proveio e continua a provir dos grupos burgueses:. Mas isso deve-se apenas rs condiçoes históricas em que todas as sociedades tem vivido nos últimos 200 anos:. R medida que as classes trabalhadoras vao atingindo mais elevado nível social e cultural, assim o número de maçons delas oriundo tende a aumentar paralelamente:. Em Maçonarias de países como a Gra-Bretanha, a França ou a Holanda, o carácter aclassista da Ordem Maçónica nota-se com muito maior intensidade do que em Portugal ou na Espanha:.
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APERFEIÇOAMENTO INTELECTUALO aperfeiçoamento do homem e da sociedade nao se poe apenas, para o maçon, em termos de melhoria económico-social:. Poe-se também, e sobretudo, em termos de melhoria intelectual, da afinamento das faculdades de pensar e de enriquecimento adquiridos:. Livre pensamento, para começar:. "A Maçonaria é livre-pensadora", dizia o artigo 3s da Constituiçao de 1926:. Mas livre pensamento nao coincide necessariamente com ateísmo:. Já um texto famoso e respeitado dos primórdios da instituiçao, as Constituiçoes de Anderson, de 1723, dizia que o maçon que entendesse bem de "Arte", "nunca será um ateu estúpido ou um libertino irreligioso:. Mas embora - continuava o texto - nos tempos antigos os maçons fossem obrigados, em cada país, a ser da religiao, fosse ela qual fosse, desse país ou dessa naçao, considera-se agora como mais a propósito obrigá-los apenas rquela religiao na qual todos os homens estao de acordo, deixando a cada um as suas convicçoes próprias(...)":. Hoje, talvez a maioria dos maçons professe um deísmo ou teísmo de conceitos vagos e alegóricos, embora nao faltem ateus nem crentes de variadas religioes, desde o cristao ao muçulmano:. O que todos rejeitam sao dogmatismos e exclusivismos confessionais:.
FRATERNIDADELevados às últimas consequências, os princípios atrás mencionados teriam de implicar uma fraternidade de tipo universal. Este é nao só um principio teórico, mas uma norma de prática quotidiana:. "A Maçonaria é uma instituiçao universal (...):. Todos os maçons constituem uma e a mesma família e dao-se o tratamento de irmaos, sendo iguais perante a lei", dizia o artigo 7º da Constituiçao de 1926:. " A Maçonaria estende a todos os homens os laços fraternais que unem os maçons sobre a superfície do globo" (artigo 5º do mesmo texto):. Através do ritual, que inclui vocabulário próprio e sinais de reconhecimento específicos, um maçon portugues pode contactar com um maçon japones e receber dele ou transmitir-lhe ajuda e apoio de qualquer género:. De facto, um dos deveres importantes do maçon, inserto nas Constituiçoes do mundo inteiro, consiste em reconhecer como irmaos todos os maçons, tratá-los como tais e prestar-lhes auxílio e protecçao, a suas viúvas e filhos menores:. A história da Maçonaria está cheia de casos que provam o geral cumprimento deste dever:.
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DEMOCRACIA, IGUALDADEDemocracia e igualdade encontram-se também entre os princípios básicos da instituiçao maçónica. Todo o poder reside no povo, como o atestava o artigo 18s da Constituiçao de 1926, ao dizer que "A Ordem Maçónica em Portugal só reconhece a soberania do povo maçónico":. Todos os maçons sao iguais, independentemente do grau a que pertençam:. "Durante as sessoes maçónicas - rezava o artigo 17º, § único - todos os obreiros, qualquer que seja o seu grau ou o seu rito, estao sujeitos r mais perfeita igualdade, prevalecendo a opiniao da maioria, quando nao seja contrária rs leis e regulamentos":. Por sua vez, as células de organizaçao e de trabalho da Ordem, as chamadas Oficinas, "sao todas iguais em direitos e honras, e independentes entre si" (artigo 12s da Constituiçao) :. Nas Maçonarias de todo o mundo, o Grao-Mestre e os Grao-Mestres adjuntos sao eleitos pela totalidade do povo maçónico, variando apenas a forma dessa eleiçao:. Em muitos países, qualquer maçon, aliás, desde que tenha atingido a condiçao de Mestre (ou seja, maçon perfeito) pode, em teoria, ser eleito Grao-Mestre:. Outro tanto se verifica nas eleiçoes para os múltiplos cargos de cada oficina:.
OFICINAS [Lojas]Cada Maçonaria nacional está estruturada em células autónomas, "todas iguais em direitos e honras, e independentes entre si", designadas por oficinas:. Existem dois tipos de oficinas, chamados lojas e triângulos:. A loja é composta por um mínimo de sete maçons perfeitos, nao conhecendo limite máximo de membros:. O triângulo é composto por tres maçons perfeitos, pelo menos, e por seis, no máximo, passando a loja quando um sétimo membro se lhe vem agregar:.
Uma loja completa possui dez funcionários, que sao:
> Venerável ou Presidente, que preside aos trabalhos e os orienta:.> Primeiro Vigilante, que dirige os trabalhos dos companheiros e vela pela disciplina geral:.> Segundo Vigilante, que tem por funçao a instruçao dos aprendizes:.> Orador, encarregado de fazer a síntese dos trabalhos e deles extrair as conclusoes; é ainda o representante da Lei maçónica:.> Secretário, que redige as actas das sessoes e se ocupa das relaçoes administrativas entre a loja e a Obediencia:.> Mestre de Cerimónias, que introduz na loja e conduz aos seus lugares os visitantes, e ajuda o Experto nas cerimónias de iniciaçao:.> Tesoureiro, que recebe as quotizaçoes e outros fundos da loja e vela pela sua organizaçao financeira:.Os cargos, do Venerável ao Secretário, sao chamados as luzes da oficina:.
* Fonte: Grémio Fénix

o que é a maçonaria

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"A Ordem Rosacruz, AMORC é uma organização internacional de caráter místico-filosófico, que tem por missão despertar o potencial interior do ser humano, auxiliando-o em seu desenvolvimento, em espírito de fraternidade, respeitando a liberdade individual, dentro da Tradição e da Cultura Rosacruz."