QUARTA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2010
EX-MAÇOM GRAU 33, PR. SAAD, FALA DA MAÇONARIA
TESTEMUNHO DE UM EX-MAÇOM POR FLÁVIO FRANKLIM
Foi há mais de quarenta anos. No decorrer de rituais, jurei que estaria
disposto a ser degolado (grau de Aprendiz Maçom), a ter meu coração
arrancado (grau de Companheiro) e minhas entranhas rasgadas (Mestre
Maçom), se não cumprisse pela vida a fora o compromisso assumido de ser
fiel à Fraternidade e guardar seus segredos.
Jesus disse que não devemos jurar nem pelo céu, nem pela terra, nem por
nossa cabeça, mas que seja nosso não, não, e sim, sim (Mt 5.34-37; cf. Tg
5.12).
Com vinte e sete anos, entrei na Maçonaria por curiosidade, para conhecer
verdades espirituais e filosóficas; aumentar meu círculo de amigos e me
sentir mais seguro.
Talvez tenha sido a primeira vez que li o Salmo 133: “Oh! Quão bom e quão
suave é que os irmãos vivam em união”. É o que é lido na abertura dos
trabalhos. “Sobre o `altar sagrado´ dos maçons é colocada uma “Bíblia”, um
“Alcorão”, ou outro livro santo chamados de “Volume da Lei Sagrada”. Mas
se os membros da Loja forem todos judeus, a Bíblia conterá apenas o
Antigo Testamento. Na Maçonaria, a Bíblia é mais um apetrecho dentre
outros símbolos, como o esquadro e o ramo de acácia.
Aqui começam as divergências entre Maçonaria e Cristianismo. De que
irmãos a Palavra está falando? De irmãos maçônicos ou irmãos em Cristo?
Na minha ignorância, entendia que a Bíblia me recomendava viver em união
com os demais maçons. Depois compreendi que os verdadeiros irmãos são
os que comungam da mesma fé cristã (Jo 1.12). Portanto, sob juramente,
eu estava em estreita comunhão com pecadores confessos. Jurei defendêlos
em qualquer circunstância.
A Maçonaria não faz restrições a quem queira ingressar nos seus quadros,
desde que não seja ateu. Ela exige a crença na existência de um Ser
Supremo, a quem o homem tem de prestar contas e de quem depende.
Portanto, espíritas e feiticeiros podem ser maçons. Basta que acredite no
“Grande Arquiteto do Universo”, o deus maçônico. Na minha cidade havia
um influente maçom feiticeiro quer acreditava no Ser Supremo. Estive
pessoalmente no seu terreiro, nos meus tempos de ignorância.
Os pactos feitos nos graus de aprendiz, companheiro e mestre – os únicos
por que passei - talvez pareçam para alguns maçons um ritual simbólico,
sem muita importância. Mas não é. A boca fala do que está cheio o coração
(Lc 6.45). Há implicações e ressonâncias no mundo espiritual. Não cabe
querer comparar a Maçonaria a uma empresa privada, em favor da qual se
tenha que guardar alguns segredos profissionais. Não. A Maçonaria é uma
religião. Tem seu deus, seus ritos, seus símbolos, códigos secretos e credo.
E o cristão não pode servir a dois senhores, ter duas religiões.
No dia marcado para minha iniciação, fui visitado por dois maçons. Ao
entrar no veículo, colocaram-me uma venda nos olhos. Antes de entrar na
Loja, circulei alguns minutos pelas ruas da cidade. Permaneci assim, na
escuridão, por mais ou menos duas horas. A venda foi retirada apenas por
alguns momentos, para que eu assinasse alguns papéis e reafirmasse o
desejo de ser maçom.
Chegou o momento. Entrei no salão. Conduziram-me pela mão para que eu
circulasse de um lado para outro, passando por caminhos estreitos,
tropeçando nas cadeiras. Quando tiraram a venda, dezenas de maçons
apontavam para mim com suas espadas. O simbolismo traduzia que eu
passara das trevas para a luz, e que os novos irmãos estariam prontos a me
defender em qualquer situação.
A luz maçônica não melhorou em nada a minha vida espiritual. Encontrei a
Luz verdadeira trinta anos depois, quando fiz uma confissão pública de
entrega da minha vida ao Senhor Jesus. Devo esclarecer que antes mesmo
da minha conversão, deixei de freqüentar a Maçonaria. Fiquei nela não mais
do que uns dois anos. De fato, saí das trevas em que me encontrava. Com
a mesma a boca com que jurei fidelidade à Maçonaria, confessei a Jesus
Cristo, aceitando-O como meu Senhor e Salvador pessoal (Rm 10.9). Os
pactos anteriores foram quebrados. Nasci de novo.
A prática maçônica - ritos, simbolos e doutrina – é incompatível com a
prática cristã. É o que me proponho a examinar.
A Maçonaria é conceituada como uma religião: “Todos (maçons) concordam
em declarar que ela é um sistema ético, mediante cuja prática os seus
membros podem progredir em seu interesse espiritual, subindo a escada
teológica da Loja na terra para a Loja no céu” (01). Vejam: “Seguir a escada
teológica da Loja” para entrar no céu. O Caminho do cristão é outro (Jo
14.6). Não há como servir à Loja e servir a Cristo ao mesmo tempo. O
cristão precisa permanecer fiel a Jesus (Jo 15.4-5).
A salvação na Maçonaria dá-se pelas obras: “O Olho-que-Tudo-Vê (Deus)...
contempla os recessos mais íntimos do coração humano, e irá
recompensar-nos conforme as nossas obras”. As obras são necessárias à
vida eterna na “Loja Celestial” (02).
A doutrina maçônica nega a salvação pela graciosa provisão de Deus
através de Jesus Cristo (Ef 1.2-9).
A teologia maçônica “ensina claramente durante o grau do Arco Real (Rito
de York), quando diz a cada candidato que o nome perdido de Deus será
agora revelado a ele. O nome dado é Jabulom. Este é um termo composto,
juntando Jeová com dois deuses pagãos – Baal, a entidade maligna dos
cananeus (Jr 19.5; Jz 3.7; 10.6), e o deus egípcio Osíris” (03).
“Autoridades maçônicas como Coil e o Ritual e Monitor Maçônico Padrão
admitem que “Bul” ou “Bel” se refere à divindade cananéia ou assíria Baal, e
que “On” se reporta à divindade egípcia Osíris. Wagner revela o objetivo
maçônico nessa trindade pagã:
“Neste nome composto é feita uma tentativa de mostrar, mediante uma
coordenação de nomes divinos... a unidade, identidade e harmonia das
idéias hebraicas, assírias e egípcias sobre deus, e a harmonia da religião do
Arco Real com essas religiões antigas. Esta “unidade de Deus” maçônica é
peculiar. A doutrina ensina que os nomes diferentes dos deuses, como
Brahma, Jeová, Baal, Bel, Om, On, etc. denotam o princípio gerador, e que
todas as religiões são essencialmente as mesmas em sujas idéias do
divino” (04).
A Bíblia diz: “Não terás outros deuses diante de mim... Não as adorarás,
nem lhes darás culto...” (Ex 20.3,5). Leiam a advertência bíblica:
“Desprezaram todos os mandamentos do Senhor... e serviram a Baal” (2 Rs
17.16). A unidade do Deus bíblico está no Pai, e no Filho e no Espírito
Santo.
A doutrina maçônica diz que o candidato passou “este longo tempo na
escuridão e agora busca ser levado para a luz”. Está no Ritual do primeiro
grau. Como um filho de Deus, nova criatura em Cristo Jesus, pode aceitar
tal doutrina? Somos “a luz do mundo e o sal da terra” (Mt 5.13-14). Vejam:
“Pois outrora éreis trevas, porém agora sois luz no Senhor; andai como
filhos da luz” (Ef 5.8). Ao se tornar maçom, o cristão declara que estava nas
trevas.
Prossegue a teologia maçônica:
“A maçonaria aceita e ensina que com tudo e acima de tudo está Deus, mas
não essencialmente um Deus cristão trino. O maçom pode chamá-lo (Deus)
como quiser, pensar nEle segundo o seu desejo; considera-lo uma lei
impessoal ou pessoal e antropomórfica, a maçonaria não se importa com
isso... Deus, Grande Arquiteto do Universo, Grande Artífice, Grão-Mestre da
Grande Loja do Céu, Jeová, Alá, Buda, Brahma, Vishnu, Siva, ou Grande
Geômetra...” (05)
A Maçonaria, como vimos, nega a divindade de Jesus Cristo e do Espírito
Santo. Aliás, o Senhor Jesus nem sequer é mencionado nos rituais. O
importante Ritual Maçônico chamado de Ritual da Quinta-Feira Santa do
capítulo Rosa-Cruzes declara oficialmente: “Nos reunimos neste dia para
celebrar a morte de Jesus, não como inspirado ou divino, pois não nos cabe
decidir sobre isso” (06). Bastaria isso para que o verdadeiro crente levante a
sua voz desassombrada e diga “NÃO, não aceito. Se os senhores não
decidem, eu já decidi servir ao Deus verdadeiro, não a uma composição de
deuses pagãos”. Por isso, Cristianismo e Maçonaria são irreconciliáveis.
O que representa a Bíblia para os maçons? “A opinião maçônica
predominante é que a Bíblia não passa de um símbolo da Vontade, Lei ou
Revelação divina, e não que o seu conteúdo seja a Lei Divina, inspirada ou
revelada. Até agora, nenhuma autoridade responsável afirmou que o
maçom deve crer na Bíblia ou em qualquer parte dela” (06). E mais: “Os
livros sagrados de outras crenças são igualmente válidas para o maçom”
(07).
O apóstolo Paulo disse que “toda Escritura é divinamente inspirada, e
proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em
justiça” (2 Tm 3.16).
Muitos, como eu, se tornam maçons antes de conhecer a Cristo. Agora,
como cristãos, precisam renunciar à fé maçônica e quebrar o juramento
feito. Vejam:
“Quando alguma pessoa jurar, pronunciando temerariamente com os seus
lábios, para fazer o mal, ou parta fazer o bem, em tudo o que o homem
pronuncia temerariamente com juramente, e lhe for oculto, e o souber
depois, culpado será numa destas coisas. Será, pois, que, culpado sendo
numa destas coisas, confessará aquilo em que pecou” (Lv 5.4-5; cf. Pv
28.13; Tg 5.16; 1 Jo 1.9).
3 comentários:
A todos que lerem estetexto peço que deixem suas opniões do escrito aqui. Pois na minha acho queser cristão não quer dizer ter que abrir a boca para dizer asneiras sobre uma sociedade tão antiga. Desde menino aprendi que temos que honrar nossa palavra...!!!!
Esse rapaz que foi EX- Maçom , foi assassinado depois de ter saído ?
Abraços!
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