segunda-feira, 14 de junho de 2010
Hades
Na mitologia grega, Hades (em grego antigo: Άδης, transl. Hádēs) é o deus do submundo e das riquezas dos mortos. O nome Hades era usado freqüentemente para designar tanto o deus quanto o reino que governa, nos subterrâneos da Terra. Ele é também conhecido por ter raptado a deusa Perséfone filha de Deméter. É interessante observar que, ao contrário de seus irmãos Zeus e Posídon, que tiveram dezenas de filhos, Hades teve apenas uma filha, Macária, sendo poucas as tradições nas quais ele teve mais filhos.
Índice
1 Hades, o deus do mundo dos mortos
1.1 Características
2 O mundo dos mortos
3 Filhos
4 Ver também
Hades, o deus do mundo dos mortos
A jornada de Eneias ao Hades pela entrada em Cumas, mapeada por Andrea de Jorio, 1825
Hades e Cérbero, em Meyers Konversationslexikon, 1888Hades (Άδης em grego), filho de Cronos e de Réia, irmão de Zeus e Posídon. Segundo a lenda, o poder de Hades, Zeus e Posídon era equivalente. Hades era um deus de poucas palavras e seu nome inspirava tanto medo que as pessoas procuravam não o pronunciar. Era descrito como austero e impiedoso, insensível a preces ou sacrifícios, intimidativo e distante. Invocava-se Hades geralmente por meio de eufemismos, como Clímeno (o Ilustre) ou Eubuleu (o que dá bons conselhos). Seu nome significa, em grego, o Invisível, e era geralmente representado com o elmo mágico que lhe dava essa habilidade, que ele ganhou dos ciclopes quando participou da titanomaquia contra os titãs. No fim da luta contra os titãs, vencidos os adversários, Zeus, Posídon e Hades partilharam entre si o universo, Zeus ficou com o céu, e a terra, Posídon ficou com os mares e Hades tornou-se o deus do submundo e das riquezas. Como reinava sobre os mortos, Hades era ajudado por outras divindades, que serão mais tarde citadas. O nome Plutão "o rico" (pois era dono das riquezas do subsolo) ou "o distribuidor de riqueza", que se tornou corrente na religião romana, era também empregado pelos gregos, e apresentava um lado bom, pois era ele quem propiciava o desenvolvimento das sementes e favorecia a produtividade dos campos. Como divindade agrícola, seu nome estava ligado a Deméter e junto com ela era celebrado nos Mistérios de Elêusis que eram os ritos comemorativos da fertilidade, das colheitas e das estações. Hades teve uma amante cujo nome era Mente, que foi transformada por Perséfone em uma planta, hoje chamada de menta. Teve também outra amante, Leuce, porém antes do rapto de sua esposa.
Era também conhecido como o Hospitaleiro, pois sempre havia lugar para mais uma alma no seu reino. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, Hades não é o deus da morte, mas sim do pós-morte. Apenas Ares e Cronos estão relacionados com a prática da morte. Assim, Hades não é inimigo da humanidade, como o são Ares e Cronos. O deus raramente deixava seu mundo e não se envolvia em assuntos terrestres ou olímpicos. Deixou o seu reino apenas duas vezes; uma para raptar Perséfone, a quem tomou como esposa e outra para curar-se, no Olimpo, de uma ferida provocada por Héracles.
Características
Para Hades, eram consagrados o narciso e o cipreste. O deus é representado de diversas maneiras:
bonito de aparência jovem, corpo atlético;
cenho franzido, cabelos e barbas em desalinho, vestindo túnica e mantos vermelhos, sentado no trono e tendo ao seu lado o cão Cérbero;
como deus da vegetação, com traços mais suaves;
portador de uma cornucópia ou com uma coroa de ébano na cabeça, chaves na mão e sobre um coche puxado por cavalos negros.
O mundo dos mortos
Ver artigo principal: Mundo inferior (mitologia grega)
Na mitologia grega o Mundo dos mortos, chamado apenas de Hades, é o local no subterrâneo para onde vão as almas das pessoas mortas (sejam elas boas ou más), guiadas por Hermes, o emissário dos deuses, para lá tornarem-se sombras. É um local de tristeza.
No fim da luta dos deuses olímpicos contra os Titãs (a Titanomaquia), os deuses olímpicos saíram vitoriosos. Então Zeus, Posídon e Hades partilharam entre si o universo: Zeus ficou com os céus e as terras, Posídon ficou com os oceanos e Hades ficou com o mundo dos mortos. Os titãs pediram socorro a Érebo do mundo inferior; Zeus, então, lançou Érebo para lá também, assim tornou-se a noite eterna do Hades (Érebo também é outra designação do mundo inferior). Das Idades do Homem e suas raças, a raça de bronze, raça dos heróis, e a raça de ferro vão para o Hades após a morte.
Filhos
Da mesma forma que Zeus, Hades tinha inúmeras aventuras amorosas, gerando uma grande quantidade de filhos, que, como os filhos de Posídon, eram violentos e malévolos. São poucas as lendas que falam sobre os filhos de Hades. Entre eles, os mais conhecidos eram:
Macária, irmã de Celestas, deusa da destruição, e Diaras, deusa dos campos. Ambas habitavam os Campos Elíseos e aparecem na mitologia delatando à sua mãe Perséfone o caso de Hades com a ninfa Mentes.
Também se destacava Oberon, fruto do romance de Hades com a ninfa Amantéia. Oberon era um deus de prodigiosa beleza. Inspirou fortes amores em Ênio a mensageira de Hades, filha de Ares. Oberon ficou conhecido como um deus sublime, o deus da escuridão. Teve confronto direto com Adônis, no qual acabou sendo aprisionado pelo deus. Havia também Fégia, filho de Hades e Calíope, que guardava a entrada para os Elíseos.
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