sábado, 19 de abril de 2008

Alquimia

Alquimia A palavra Khemia já era empregada no antigo Egito para designar a “arte ou ciência egípcias” e se referia às tentativas de transmutação do ouro e da prata.Posteriormente, o vocábulo passou ao grego como Khemia ou Khama e os árabes, já com a palavra sob a forma de al kimiya o levaram para a Península Ibérica, que na Espanha e em Portugal se transformou em alquimia.Tanto o vocábulo, quanto sua prática, que envolvia experiências laboratoriais, deram origem ao que hoje em dia denominamos como Química. Entretanto, a Alquimia não se reduzia apenas à atividades práticas:havia também o aspecto filosófico e o lado místico. O iniciado nas artes alquímicas precisava desenvolver uma paciência franciscana, envolver-se constantemente em orações, manter sigilo absoluto, ter conhecimentos de astrologia , entre outros atributos. As histórias que cercam a origem da alquimia são cercadas de mistérios, lendas e superstições.A mais famosa e a que marcou de forma mais contundente essa ciência, foi a descoberta, na Idade Média, da Tábua de Esmeralda (tabella smaragdina), atribuída a Hermes três vezes grande - Trimegisto -.É por isso que a alquimia é também conhecida como uma ciência hermética, pois era comum se lacrarem os frascos dos alquimistas com o selo de Hermes.É daí também que provém a expressão tão largamente empregada atualmente,“fechado hermeticamente”. A Tábua continha um dos mais sérios tratados a respeito dessa ciência e seu texto continha a máxima que é até hoje empregada na Lei das Correspondências, presente na Astrologia Moderna:O que está embaixo é como o que está em cima e o que está em cima é como o que está embaixo, e através dessas coisas realizam-se os milagres de uma só coisa. Foi no século XVI, que a Alquimia encontrou em Paracelso, médico suíço e um dos pais da Química, seu maior incentivador e sustentáculo.Ele acreditava no poder que o Homem podia alcançar através do conhecimento e propunha a busca da Panacéia, ou a Pedra Filosofal, capaz de curar e aliviar todas as dores a que o ser humano era sujeito. A alquimia buscava transformar metais vis, a matéria impura em metais nobres como ouro e prata e para isso realizavam quatro operações, também chamadas estágios da opus alquímica.O primeiro deles denomina-se Calcinatio, onde o iniciado submetia a prima materia aos efeitos purificadores do fogo.A operação seguinte, a Solutio, visava a dissolução através da qual a prima materia era colocada no alambique e dissolvida em água.Em seguida, na terceira etapa, a Coagulatio, onde os líquidos passavam novamente ao estado sólido e, finalmente o último estágio, Sublimatio, onde`surgia uma nova combinação, dessa vez mais pura. Simbolicamente, entretanto, a alquimia visava obter mais do que simplesmente a obtenção de ouro fácil, livre dos perigos dos trabalhos nas minas.A alquimia tinha como tema subjacente à sua arte, a possibilidade de aperfeiçoar a matéria rude da natureza humana.É por isso, que esses estágios alquímicos são também símbolos de um processo interior.Na calcinação são queimados os desejos até sua extinção para que então todas as diferenças possam ser aniquiladas;em seguida, a alma se dissolve, perdendo suas propriedades e enfrentando uma espécie de morte com a conseqüente transformação que todo renascimento sugere;na coagulação, ocorre a união dos opostos, que agora já podem coexistir pacificamente;por fim, na sublimação,a alma chega a seu objetivo que corresponde à plenitude do ser, o verdadeiro ouro alquímico
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