terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Joguinho para amenisar o estresse

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REFLEXÕES SOBRE A CÂMARA DE REFLEXÕES






I - INTRODUÇÃO:

A Câmara de Reflexões é a verdadeira chave da iniciação do neófito na Ordem Maçônica, tendo ela uma enorme importância para o Maçom futuramente, pois é justamente nesse momento que o neófito reflete sobre toda a sua vida profana e como deverá segui-la após adentrar na Maçonaria.
Em se tratando realmente do verdadeiro ponto crítico da Iniciação, espera-se inspirar ao Candidato, dentro da Câmara de Reflexões, sentimentos de profundo respeito que hão de levá-lo a entregar-se a uma meditação profunda, através da qual o seu espírito purificado será levado a compreender o valor das coisas terrenas e o valor inestimável dos bens espirituais. Sem essa meditação em lugar tão apropriado, a verdadeira iniciação torna-se irrealizável.
Encontramos também um ambiente sombrio, adornado de emblemas fúnebres, destacando frases marcantes, no qual o profano faz o seu testamento, a fim de lembrar ao Candidato a sua morte para o mundo profano e que, purificado e regenerado, deverá começar uma nova vida. Esse cenário decifra para muitos profanos, como também para numerosos Maçons, que a Câmara de Reflexões pode ter o objetivo de amedrontar o iniciante, provocando nele terror físico, disso resultando, muitas vezes, situações constrangedoras e não iniciáticas. Esta situação se agrava ainda mais quando o profano não é devidamente instruído pelo Ir:. Experto.
No entanto, devemos nos apegar ao fato da Câmara de Reflexões possuir toda essa carregada simbologia, mas no intuito de despertar a reflexão profunda ao profano.
Ao entrar no prédio da loja, com os olhos vendados, o candidato é recolhido à Câmara, e essa simbologia corresponde a Terra, a qual, por sua vez, representa a materialidade.




II - FUNDAMENTOS DA CÂMARA

A Câmara de Reflexões é também o símbolo manifesto de um estado de conseqüência equivalente, mas seu simbolismo não para aí. É considerada como uma descida aos infernos, ou seja, aos lugares inferiores, visto que, na Câmara de Reflexões o neófito é obrigado a descer em si mesmo, entregando-se a uma introspecção muito importante.
Trata-se, portanto de um recuo, de um retrocesso ou reflexão em si mesmo. Isso levou o simbolista francês Presigout a preferir dar a esse local a denominação de Câmara de Reflexão, porque, diz ele, o profano não se entrega a reflexões, mas opera sobre si mesmo uma reflexão, no sentido de “inversão”, para poder nascer de novo.
E de fato, ao fazer passar o profano pela Câmara de Reflexão, espera-se que o isolamento que ele vai se encontrar, a atmosfera que nela existe e os objetos que nela se encontram, hão de concorrer para levá-lo a novas descobertas e a proporcionar-lhe ensinamentos novos. Isso, sem dúvida, há de ajuda-lo a realizar esse recuo sobre si mesmo, assim como um corpo muda de direção depois de chocar-se com outro.
O choque de espírito contra a superfície refletora da Câmara há de leva-lo a examinar as suas idéias, a compará-las e, desse processo, há de resultar certamente um pensamento novo.
Existe também a idéia de que esse simbolismo significa a posição de feto no ventre e constitui o tempo da gestação que precede o novo nascimento. Esse ventre é comparado à Câmara de reflexão, aonde o embrião se desenvolve. E pelo aspecto fúnebre entende-se como o significado da morte do neófito na vida profana.
Pode-se entender, ainda, o aspecto de uma gruta ou de uma caverna sombria, por simbolizar o centro da Terra, o seio da natureza material, de onde vimos e para onde voltaremos, com o nosso físico dissolvido e transformado em pó, o que é lembrado ao iniciante pelos despojos humanos nela contidos.
Por seu isolamento e suas paredes negras, a Câmara de reflexões representa um período de escuridão e maturação silenciosa da alma, por meio da meditação e da concentração em si mesmo, período que prepara o verdadeiro progresso, efetivo e consciente, que se manifestará posteriormente à luz do dia.
A finalidade da Câmara de reflexões não é infundir terror físico aos iniciantes, como infelizmente ainda alguns supõem. Ao contrário, pretende-se criar um estado de espírito indispensável à compreensão dos ensinamentos decorrentes do simbolismo e do esoterismo da Iniciação Maçônica. A incompreensão dos elevados objetivos da Iniciação por parte de muitos iniciadores faz, muitas vezes, abortar essa necessária predisposição espiritual.
Ao fazer passar pela Câmara de reflexões o profano, pretende-se mostrar que tinha chegado o momento de morrer para o vicio, as paixões, os preconceitos e os maus costumes; para fazer-lhe compreender que diante da morte desaparecem o orgulho e a ambição humana, e que de nada valem o poder e as riquezas do mundo.
A permanência do iniciante na Câmara de reflexões representa o período de gestação do Maçom, pois, ao morrer para o mundo profano, ele prepara a sua mente e o seu espírito para o nascimento de uma nova vida.
É necessário que se conceda ao profano tempo suficiente para meditação frente aos símbolos que se encontram na Câmara de reflexões, tendo-se o cuidado para que nada venha perturbá-lo durante aquele período. Deve-se evitar a todo custo fazer entrar dois profanos ao mesmo tempo na Câmara, sob o pretexto anti iniciático de se ganhar tempo. Os profanos devem ser convidados a comparecerem com antecedência suficiente para que cada um possa permanecer pelo menos meia hora dentro da Câmara.

III - DESCRIÇÃO DA CÂMARA
A Câmara de Reflexões é um cubículo que não deve receber luz do exterior, sendo iluminada apenas por uma vela ou uma lamparina. As paredes, forradas e pintadas de preto, ostentam várias inscrições e emblemas fúnebres formando um conjunto. Em seu interior encontram-se uma mesa e um banco pequenos, um esqueleto humano ou um crânio e ossos, enxofre, e outra sal e mercúrio, um pedaço de pão, uma bilha d’água, uma campainha, papel e caneta.
Muitas Lojas mais modestas, porém mais interessadas no estudo da doutrina e do simbolismo maçônicos, representam tais objetos sobre um simples painel. Sobre ele acham-se pintados vários emblemas: no alto, a palavra V.I.T.R.I.O.L. (Visita Interiora Terrae, Retificandoque, Invenies Occultum Lapidem), que significa: “Visita o interior da terra e, retificando, encontrarás a Pedra Oculta”. Logo abaixo, um galo, uma bandeirola, na qual estão inscritas as palavras Vigilância e Perseverança. No meio do quadro vêem-se uma ampulheta, uma foice, um crânio com duas tíbias cruzadas. De cada lado, duas taças com os símbolos do enxofre e do sal marinho. O do enxofre é um triângulo com vértice para cima e uma pequena cruz grega embaixo; o do sal é um circulo atravessado por uma diagonal horizontal. O galo representa o Mercúrio e estarão pintados, por baixo de duas taças, de um lado a bilha d’água e, do outro, o pão.

IV - AS CITAÇÕES DA CÂMARA DE REFLEXÕES
Sobre as paredes da Câmara de Reflexões há inscrições, descritas abaixo, com a finalidade de levar o profano a encarar o ato a que vai ser submetido, com a honestidade a que deve fazer jús.

· SE A CURIOSIDADE AQUI TE CONDUZ, RETIRA-TE
A Maçonaria não pode servir de campo experimental para satisfação de uma simples curiosidade. Inteiramente dedicada ao estudo de problemas fundamentais e de grandes ensinamentos, todo elemento possuído por uma simples curiosidade, longe de lhe ser útil, seria um perigo. Sendo manifesto o desejo da Maçonaria de participar ao mundo a sua utilidade por meio de sábios e discretos ensinamentos e por elevados exemplos, ela reprime a louca afeição ao superficial, ao fútil, engrandecendo no homem o desejo de instruir-se através de estudos sadios, sérios e proveitosos.

· SE TENS RECEIO DE QUE SE DESCUBRAM OS TEUS DEFEITOS, NÃO ESTARÁS BEM ENTRE NÓS
O ensinamento que essa frase encerra é fundamentalmente proveitoso. O homem não pode alcançar um grau de elevada perfeição, senão pelo constante estudo de si mesmo e com o conhecimento mais amplo de seus próprios defeitos, e, dessa forma, a Maçonaria exige de seus adeptos uma recíproca advertência sobre si mesmos. O Maçom, para seguir o seu caminho de constante aprendizado, precisa transparecer, sem receios, todos os seus defeitos, por mais amargo que isso venha a ser, pois é através desta exteriorização que se pode lapidar a verdadeira pedra bruta.

· SE FORES DISSIMULADO, SERÁS DESCOBERTO
A hipocrisia é uma das causas principais que fazem progredir o mal no mundo, devendo o Maçom fazer sempre o possível para desmascará-la, combatendo-a por toda a parte onde ela se encontre. Todo aquele que finge, aquele que oculta, cedo ou tarde será desmascarado e seus vícios expostos à luz do sol, à luz da verdade.

· SE ÉS APEGADO ÀS DISTINÇÕES MUNDANAS, RETIRA-TE; NÓS AQUI, NÃO AS CONHECEMOS
A Maçonaria respeita as hierarquias do mundo profano e as distinções sociais exigidas pela ordem social. No entanto, dentro de seus templos, isso é desprezado pelo princípio da igualdade que deve reinar entre todos os seres, sem mais distinções que as merecidas pela virtude, nobreza e talento; da mesma forma em que os trabalhos dos Aprendizes Maçons iniciam-se ao meio dia, fazendo com que os irmãos trabalhem sem fazer sombra uns aos outros.
Esse sentimento de igualdade tráz, por conseguinte, uma evolução em conjunto muito mais forte e duradoura, fazendo com que o sentimento de desprezo ou o próprio individualismo não sejam bem quistos na Ordem Maçônica.

· SE TENS MEDO, NÃO VÁS ADIANTE
Embora a Maçonaria não pretenda despertar o terror ao iniciante, essa inscrição existe para indicar que no momento de perigo, o homem carente de fé e de valor, que se deixa dominar pelo terror e a superstição, não consegue exteriorizar a sua pedra bruta.
O sentimento de medo faz com que o homem bloqueie seu caminho a ser triunfado, inibindo a sua coragem, perseverança, auto-estima, valor e fé, que é justamente o que o iniciante está precisando exteriorizar nesse momento.

· SE QUERES BEM EMPREGAR A TUA VIDA, PENSA NA MORTE
Sendo a morte o fim de tudo, a sua aproximação será o castigo ou a recompensa da vida, de acordo com o emprego que lhe foi dado e a direção que lhe foi impressa. O homem deve refletir sobre a morte para assim valorizar e lapidar a sua vida. Sendo assim, o Maçom deve fazer de sua vida um caminho laborioso, superando obstáculos, com a máxima valorização intrínseca de si mesmo.
Pode-se entender, ainda, a morte, como sendo o fim da vida profana e o nascimento na vida maçônica, na qual o iniciado começa a glorificar a verdade e a justiça, levantando templos à virtude e cavando masmorras ao vício.

V - O SIMBOLISMO DOS ELEMENTOS DA CÂMARA

A VELA
A Câmara de reflexões é iluminada apenas pela luz de uma vela ou de uma lamparina. Há várias interpretações sobre este símbolo. Pode ser a primeira luz da Maçonaria que o profano recebe, de início fraca, para que o profano, através dos pensamentos que o ambiente lhe sugere, possa acostumar a sua visão espiritual à luz deslumbrante das verdades que lhe serão reveladas.
A luz dessa vela é o reflexo e a representação da divindade no plano terrestre. É ela o único asilo seguro contra as paixões e perigos do mundo e que proporciona o repouso, o discernimento e a luz da inspiração, quando a Ela se recorre.
Esse clarão simboliza então a lâmpada da razão, iluminando a Câmara que não é outra coisa senão o interior do homem, dando lhe assim a esperança de um mundo novo e diferente, que se abre a sua frente, mundo do qual ele não pode fazer uma idéia precisa, mas que na iniciação haverá de descobrir.

O GALO
O galo representa o Mercúrio, principio da Inteligência e da Sabedoria. Essa ave é, também, um símbolo de Pureza.
O Galo é um gerador da esperança, o anunciador da ressurreição, pois seu canto marca a hora sagrada do alvorecer, ou seja, a do triunfo da Luz sobre as Trevas. A sua presença na Câmara de Reflexões simboliza o alvorecer de uma nova existência, visto que o iniciante vai morrer para a vida profana e renascer para a vida maçônica, sendo ele o signo esotérico da Luz que o Profano vai receber.
Também simboliza a Vigilância que o iniciado deve manter relativamente ao papel que desempenha na sociedade. Também simbolizado por forças adormecidas que a Iniciação pretende realizar, esotericamente simbolizado pela “força moral”, indestrutível, guiando os passos do Maçom dentro e fora do Templo.

A BANDEIROLA
Colocada por baixo do Galo traz inscritas as palavras Vigilância e Perseverança. Consideradas do ponto de vista etimológico, essas palavras podem significar “vigiar severamente”. Indicam ao Futuro Maçom que deve, a partir daquele momento, prestar toda a atenção e investigar os vários sentidos que podem oferecer os símbolos, os quais, só conseguirá entender completamente através de uma paciente Perseverança. Assim como o dever moral, que o Maçom deve colocar em prática dedicando-se a uma Vigilância constante. É também a difícil tarefa de desbastar a Pedra Bruta que só alcança algum sucesso, quando realizada com a mais firme Perseverança.

O CRÂNIO
A presença de um Crânio pode despertar no profano alguns pensamentos, através dos quais ele poderá imaginar a representação, pela caixa óssea, da inteligência e Sabedoria, da qual ela é símbolo. A Sabedoria é tão importante para o nosso cotidiano como o conjunto de nossa existência e para as grandes decisões. Pode ser vista como a Razão governando a prática pela teoria.
Assim como na Câmara, os ossos são um mero complemento do Crânio como símbolos da Morte.

A AMPULHETA
Como é um instrumento para medir o tempo, é considerado na Maçonaria, um símbolo que mostra, pelo escoamento da areia, o rápido transcorrer do tempo, e recorda ao profano a brevidade da existência humana, aonde têm um significado esotérico com diversas interpretações.
O tempo passa e voa, e a vida sobre a terra é semelhante ao cair da areia. Por isso é preciso saber aproveitá-la em coisas úteis e proveitosas para si próprio e também para a humanidade. Pois uma vida dedicada ao acumulo de riquezas e ao gozo dos prazeres sensuais não contribui para a felicidade de ninguém, é uma vida desperdiçada. O iniciante deve lembrar que as pequenas porções do tempo juntam-se umas as outras e terminam no seio da Eternidade.

A FOICE
Símbolo muitas vezes não utilizado, mas que representa o símbolo da destruição e da morte, que em dado momento perturba a vida de qualquer pessoa, sem distinção de classe social. Pode ser interpretada como também, um símbolo do tempo, mostrando-nos a curta duração de nossa existência terrena e despertando-nos o medo.

O PÃO E A ÁGUA
Tende a assemelhar a Câmara de Reflexões a uma masmorra, onde o profano deve ser recolhido. Mas o Pão simboliza o laço de fraternidade entre os irmãos e a Água é o símbolo da purificação. São emblemas da simplicidade que deverá reger a vida do futuro iniciado, assim como alimentos do corpo e do espirito, os quais são indispensáveis, mas que não devem ser o único objetivo da vida.
Sendo assim, é o elemento indispensável à vida, e o pão, provindo do trigo, simboliza a força moral e o alimento espiritual.

O SAL
É o símbolo da mão estendida, representando a hospitalidade. Os antigos Greco-Romanos o simbolizavam pela amizade, finura e limpeza da alma e da alegria. Seria como se fosse algum dizer de boas vindas ao iniciante, mostrando-lhe que ele será acolhido alegremente, com todo o coração, e que ele há de se sentir em “sua casa”. Assim, o profano, com o espirito livre, se entregará inteiramente à conquista das verdades prometidas.

O MERCÚRIO
Representado pelo Galo, é um símbolo não apenas de Vigilância e Coragem, como também de Pureza. Princípio fêmea, na alquimia, é considerado Hermeticamente como o princípio da Inteligência e Sabedoria.

ENXOFRE
É considerado o princípio macho, na alquimia. É o símbolo do espírito e por isso simboliza o ardor.
“ A pedra Filosofal é um Sal perfeitamente purificado, que coagula o Mercúrio afim de fixá-lo em um Enxofre extremamente ativo. Esta fórmula sintética resume a Grande Obra em três Operações que são: a purificação do Sal, a coagulação do Mercúrio e a fixação do Enxofre”. (In “O Simbolismo Hermético” de Oswald Wirth)

TESTAMENTO
É o ato que geralmente, na vida Profana, é praticado a aqueles que se encontram à beira da morte. Mas na Maçonaria é considerado como um testamento “filosófico”, e não um testamento “civil”, como o dos profanos. No testamento o iniciado irá “testemunhar” por escrito as suas intenções filosóficas, assumindo, dessa forma, uma obrigação prévia.
Sua verdadeira finalidade não é somente responder as perguntas, mas sim, fazer com que o iniciado expresse sua opinião sobre elas e escreva as suas últimas vontades, como se fosse mesmo morrer, no seu Testamento. O profano expressará seus últimos pensamentos e suas últimas disposições, pois é sob influência da Câmara de Reflexões que ele dirá a verdade.
Assim, por esse documento, em que a sua mente só dirá a verdade, a Loja terá um conhecimento quase perfeito dos verdadeiros sentimentos do Profano.

VI - CONCLUSÃO
Resumidamente, a Câmara de Reflexões nada mais é do que a transição da vida profana para a vida Maçônica, que usa de seus elementos e simbolismos para preparar o iniciante para essa nova e frutífera vida.
A Câmara de reflexões leva o neófito ao mundo da introspecção. Mais tarde, pelo V.’.M.’. fica sabendo: "Os símbolos que ali existem vos levaram, certamente, a refletir sobre a instabilidade da vida, lição trivial sempre ensinada, e sempre desprezada".
Assim, constatamos que a Câmara de Reflexões tem como fundamento maior fazer com que o iniciante consiga exteriorizar, expor a sua pedra bruta, para que assim, a mesma possa ser permanentemente lapidada, intuito este, inerente à Maçonaria.
É neste local que o iniciante consegue se preparar para se tornar um verdadeiro Aprendiz Maçom, resgatando o seu verdadeiro eu interior e desprezando a sua parte infrutífera, catalisando assim todos os elementos necessários para o início dos trabalhos Maçônicos.
Essa fundamental preparação realizada pela Câmara no candidato, torna-se claramente necessária ao entender-se que tal profano já está prestes a iniciar-se na Ordem. A garimpagem de um irmão Maçom, o achado dessa nova pedra bruta (o iniciante), já fez com que se trouxesse uma grande expectativa de mais um irmão abrilhantando os trabalhos em Loja. Mas sem dúvida esse momento de garimpagem do próprio candidato, dentro da Câmara de reflexões, é vital para sua completa preparação.

VII - Bibliografia

Ritual do Primeiro Grau – Aprendiz – GOB;

ASLAN, Nicola, Comentários ao Ritual de Aprendiz – VADE MÉCUM INICIÁTICO, Editora MAÇÔNICA, Rio de Janeiro;

WIRTH, Oswald – O Simbolismo Hermético -

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Sombras Astrais








By Roscélio Pereira Silva
Uma sombra ocupa todo o espaço que está atrás de um objeto com uma
fonte de luz em sua frente. A imagem projetada pela silhueta bidimensional
é uma projeção invertida do objeto que bloqueia a luz.
O pensamento pode percorrer o espaço, irradiar-se de nós e pode ser
transmitido, o pensamento se manifesta como um fluxo de energia que parte
da mente do ser humano, os pensamentos geram energia mental e podem ser
positivos ou negativos. Somos o resultado dos nossos pensamentos.
A imaginação é uma força espiritual com poder criativo, a força do
pensamento combinado com a fé pode fazer qualquer coisa.
Sombra em psicologia analítica refere-se ao arquétipo que é nosso ego mais
sombrio. É a parte mais primitiva da personalidade humana. Para Jung,
esse arquétipo foi herdado das formas inferiores de vida através da longa
evolução que levou ao ser humano.
A sombra contém todas aquelas atividades e desejos que podem ser
considerados imorais e violentos, aqueles que a sociedade, e até nós mesmos,
não podemos aceitar.
Ela nos leva a nos comportarmos de uma forma que normalmente não nos
permitiríamos. Mas a sombra exerce também um outro papel, possui um
aspecto positivo, uma vez que é responsável pela espontaneidade, pela
criatividade , pelo insight e pela emoção profunda,características necessárias
ao pleno desenvolvimento humano. Devemos tornar a nossa sombra mais
clara possível.Procurando um trabalho partindo do interior para o exterior.
“Inferno é a eterna repetição” (Stephen King)
Todo pensamento negativo produz uma forma, um objeto definido, distinto,
que é dotado de energia e vitalidade de determinada espécie, e que em muitos
casos mais ou menos se movimenta como uma criatura viva (sombra).
Cada pensamento produz uma forma. Quando visa uma outra pessoa, viaja
em direção a essa .Se é um pensamento pessoal, permanece na vizinhança do
pensador.Se não pertence nem a uma, nem a outra categoria ,anda errante
por um certo tempo e pouco a pouco se descarrega, desfazendo-se no éter.
Cada um de nós deixa atrás de si por toda a parte onde caminha, uma série
de formas pensamento.
Em geral pode-se dizer que cada pensamento produz uma nova formapensamento.
Porém, sob o império de certas circunstâncias e a repetição
constante de um mesmo pensamento, em lugar de produzir uma nova forma,
funde-se com a primeira forma-pensamento e a fortifica.
De sorte que o assunto através da continuada meditação gera, muitas vezes,
uma forma-pensamento de um poder formidável. Quando é má, pode se
tornar mais maléfico e durar muitos anos. Forma-pensamento deste tipo
possuem a aparência e os poderes de uma entidade realmente viva. Podem
ser facilmente confundidas com outras entidades astrais, pois possuem uma
forma e um movimento que lembra um ser vivo.

Extraído de (The Raven 1845) Edgar Allan Poe (http://www.win2pdf.com)
Trabalho de pesquisa (rosa cruz e maçonaria) para esclarecimento sobre Sombras astrais.


terça-feira, 29 de abril de 2008

O PODER FARAÔNICO






Por Rodrigo BontorinLicenciado em História e Responsável pelo Museu Egípcio e Rosacruz.



No Antigo Egito o sistema de governo que vigorava era a teocracia. Todo poder centralizava-se no faraó, um soberano investido de uma natureza divina para tornar aceito o seu ato de governar. Tinha assim autonomia para tratar de questões políticas, econômicas, sociais e religiosas.Segundo a mitologia egípcia, a região ao longo do Nilo onde se desenvolveu toda a Civilização teria sido habitada, em um passado mítico, por diversos deuses. E os faraós seriam, assim, descendentes das próprias divindades egípcias que governaram aquela localidade. Estava em Hórus, deus que herdou o trono do Egito, a legitimação religiosa para essa liderança política do soberano. O desenrolar da trama mitológica explicava para os egípcios toda a realidade existente para os antigos habitantes do Egito, inclusive a origem do poder que cabia aos faraós.O período do poder faraônico no Egito teve seu início por volta de 3100 a.C., quando as várias sociedades fragmentadas que viviam ao longo do rio Nilo, se agruparam em dois principais núcleos: um ao norte (Baixo Egito) e outro ao sul (Alto Egito). O governante do sul, conhecido como Narmer, fez uma investida militar em direção ao norte, objetivando ampliar seu território e dominar a população da região. Este episódio da história da Civilização Egípcia ficou conhecido como Batalha da Unificação, pois foi através desta que Narmer passou a atuar como um líder político de todo o território egípcio, unindo as duas terras antes separadas. Com isso, foi dado início ao período das dinastias, e o “cargo” de faraó passou a ser hereditário, pois o poder deveria ser mantido dentro de uma mesma família, mantendo o sangue real.Havia para os egípcios uma notável divisão do Egito em dois mundos: o mundo dos deuses e o mundo dos homens. O faraó era o governante do mundo dos homens, porém fazia a ligação com o mundo dos deuses. Por isso, era uma pessoa bastante reservada, aparecendo pouco em público, pois havia a crença de que o rei era um próprio deus encarnado. Aparecia em público apenas em certas festividades ou em cerimônias especiais, usava vestimentas que evidenciasse o seu poder. Portava coroas, barbas postiças, jóias, além de insígnias de poder e adornos que garantiam o seu destaque social e sua proteção divina. Havia no Antigo Egito as cerimônias Sed, festas organizadas para os faraós que completassem 30 anos de reinado. Depois desse período, comemorava-se o Sed de dois em dois anos. Consistia em preparar a morte simbólica do faraó na noite anterior para que, no dia seguinte, ele renascesse com todo vigor físico. Nesse sentido, a maioria das representações artísticas de faraós eram idealizadas, mostrando-os sempre jovens e saudáveis, mesmo se estes fossem corcundas, portadores de artroses, enfermos ou idosos. O sistema de governo estava centralizado no faraó, contudo as questões administrativas eram descentralizadas por existirem núcleos regionais de administração do Estado Egípcio. Como o soberano não poderia estar em vários lugares ao mesmo tempo, delegava funções, nomeando vizires (chefes da administração – geralmente eram nomeados 2, um para o Alto e outro para o Baixo Egito), sacerdotes, escribas, oficiais do exército, entre outros. Formava assim, durante seu reinado, um corpo de funcionários responsáveis pela administração, economia, assuntos religiosos e exército.Entre as preocupações deste monarca estava a de construir templos destinados aos diversos deuses do politeísmo egípcio, para prestar cultos e homenagens. Era o único sacerdote por direito próprio que tinha autonomia dos assuntos religiosos. Os faraós buscavam ampliar os territórios geográficos do Egito, visando também explorar recursos naturais de outras regiões. As guerras e as batalhas também geravam prisioneiros para o trabalho no Egito, além de colocar em posição de dominação os povos estrangeiros. Por isso, o faraó também era um líder militar que assegurava a hegemonia do seu país, recebendo um significativo treinamento físico e intelectual. Os faraós geralmente faziam trabalhos simbólicos, para mostrar que tinham autonomia em todas as áreas da sociedade. Era ele quem colocava a primeira caixa de ferramentas na construção de um templo, tirava os primeiros torrões de terra para que fosse realizada uma benfeitoria no rio Nilo, saia à frente do exército por ocasião de alguma invasão inimiga, enfim, tornava público o poder que possuía. Assim, o faraó era considerado o “dono do Egito”, e todas as pessoas que lá habitassem deveriam favores e impostos. Os escribas reais, que trabalhavam para o Estado Egípcio contavam o rendimento do trabalho dos diversos profissionais para depois coletar os impostos.O fim da era faraônica ocorreu quando o Egito passava por instabilidade política, permitindo a entrada dos persas e, posteriormente, dos gregos e romanos. A instituição faraônica perdurou mesmo com a presença de governantes estrangeiros no poder, pois estes aceitavam a religião politeísta e adaptavam-se facilmente a este modo de governo. A queda da Civilização, e conseqüentemente o poder dos soberanos, deu-se com a invasão dos macedônicos e dos romanos. Quando morreu Cleópatra VII, a última governante do Egito, toda terra do Nilo foi anexada ao domínio do Império Romano.

sábado, 19 de abril de 2008

A Alquimia e a Teoria dos Quatro Elementos

A Alquimia e a Teoria dos Quatro Elementos
Parte 1 Parte 2 Parte 3 Parte 4 Parte 5 Parte 6 Parte 7 Parte 8 Parte 9 Partes 10,11 Partes 12 ao fim
alquimia os gregos Geber Paracelsus Platão/Bacon Boyle flogiston Priestley Lavoisier Proust Dalton Atomicidade Dumas Gay Lussac Avogadro Cannizzaro
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2. A Alquimia e a Teoria dos Quatro Elementos
Por mais esotéricos que fossem, os conhecimentos da quimeia passaram dos egípcios para os árabes, que os introduziram na Europa quando da invasão da Espanha em 711 d.C. Por essa época, os iniciados introduziram à palavra o artigo “o”, comum à língua, e a prática da metalurgia e tratamento de minerais tornou-se conhecida por al-quimia.
Os alquimistas encontraram a indústria européia muito fracionada, de caráter fortemente corporativista, com fórmulas e procedimentos passados de pais para filhos, e portanto, sem nenhuma necessidade de desenvolvimento de “conhecimento científico”. Além disso, a divisão da sociedade em feudos dificultava as comunicações e o comércio era escasso e difícil, e por isso as cidades européias só importavam artigos de luxo. Tal situação exigia uma unidade de intercâmbio, e o ouro passou a ser o metal mais cobiçado. Aí se encaixa perfeitamente a filosofia alquímica: o caráter religioso dos egípcios sobre a transmutação do cobre em ouro (vida terrena em vida terrena/celestial) e os textos islâmicos dos árabes, aonde saúde significava a perfeição do corpo: para os alquimistas o ouro era a perfeição dos metais, nobre, incorruptível. A filosofia alquímica pretendia pois remover imperfeições, adicionar perfeição. Portanto,a condição econômica da Europa e a filosofia alquímica ajudou os alquimistas na sua procura à procura da “pedra filosofal”, que transformaria tudo o que tocasse em ouro, e, por outro lado, traria saúde perfeita para o corpo (imortalidade).
A finalidade limitada da alquimia privava os alquimistas dos critérios obtidos com a prática alquímica: eles não comprovavam suas concepções teóricas com práticas elaboradas, suas explicações para as transformações observadas eram um misto de naturalismo e misticismo, e seus conhecimentos eram transmitidos em uma linguagem extremamente simbólica, de difícil acesso aos não iniciados.
Principalmente, os conceitos teóricos dos alquimistas eram gregos. A Grécia, com suas cidades-estado, não tinham grandes necessidades em termos de agricultura, e, diferentemente dos egípcios, não cultuavam os mortos. Os gregos não gostavam de ser práticos, mas tinham o ambiente e a sociedade propícia para o florescimento da maioria dos conceitos filosóficos da humanidade, inclusive sobre o universo e a matéria. A 600 a.C. Tales já apontava que a alteração das substâncias era a alteração do “aspecto” de uma substância fundamental, o “elemento”. Tales, Anaximenes e Heráclito acreditavam que todas as substâncias eram compostas de um elemento simples, mas não concordavam quanto à natureza desse elemento. Tales pensava que a “água” era o elemento que, quando evaporava e condensava, criava todas as substâncias. Anaximenes acreditava que o elemento deveria ser o “ar”, que poderia condensar-se em “água” e “terra”, ou rarefazer-se em “fogo”. Heráclito pensava que o “fogo” era o elemento fundamental da natureza. A cerca de 450 a.C. Empédocles criou a idéia de que a natureza era composta de átomos, partículas “incortáveis” dos quatro elementos terra, ar, fogo e água, filosofia que Aristóteles ajudou a tornar mais abrangente.
Segundo a filosofia aristoteliana, plenamente seguida pelos alquimistas até cerca de 1500 d.C., os princípios básicos da natureza eram abstratos: quente, seco, frio e úmido; nem todas as combinações desses princípios seriam possíveis, mas, quando combinados e aplicados à matéria primária, formariam os “elementos fundamentais” de Empédocles. Assim, secura e calor combinar-se-iam para formar o fogo, a humidade e o frio por sua vez criariam a água, o frio e a secura gerariam a terra, o calor e a secura formariam o ar. Entretanto, essas qualidades abstratas poderiam ainda se combinar para formar ou uma “exalação aquosa” (mercúrio) ou uma “exalação esfumacenta” (enxôfre) que, segundo os alquimistas, poderiam emergir da “terra” ou se combinar com a “terra” para gerar corpos físicos mais complexos: Ainda segundo essa filosofia, um metal (seco) seria formado de substância (terra) e teria brilho (fogo).
A esses “princípios” e “elementos”, os alquimistas árabes adicionaram ainda os “princípios fundamentais” da refractabilidade, ou “fixidez no fogo” (sal), da combustibilidade (exalação esfumacenta = enxôfre) e da liquidez (exalação aquosa = mercúrio). Portanto, segundo a filosofia alquímica, era possível de serem misturados os “princípios básicos” na proporção adequada para se obter a pedra filosofal, a pedra da filosofia de Arquimedes.
Em sua busca, os alquimistas prepararam muitos sais puros, ácidos e bases. Por exemplo, o ácido sulfúrico era obtido pelo aquecimento de um certo minério de ferro (sulfato ferroso hidratado); a ação do ácido sulfúrico sobre o salitre (nitrato de sódio) produzia o ácido nítrico após a destilação da mistura resultante. A cal, ou água de cal (hidróxido de cálcio) era obtida cozinhando-se o calcário (carbonato de cálcio) até a obtenção de cal virgem (óxido de cálcio), que era dissolvido em água. Outra base forte, a potassa (hidróxido de potássio) era obtida das cinzas de madeira (ainda hoje é costume no interior do Brasil fazer-se sabão cozinhando-se gorduras e partes não aproveitadas de animais mortos com cinzas). Os alquimistas descobriram ainda o metal zinco, e os elementos químicos do grupo do fósforo (fósforo, arsênio, antimônio e bismuto).
Durante essa época, pelo menos um alquimista ficou notório (embora possivelmente muitos trabalhos lhe foram atribuídos pelos que traduziram sua obra “Invenção da Verdade, ou Perfeição” do árabe para o latim), Jabir Ibn-Hayyan, ou Abu Musa Jabir ibn Hayyan, auto-denominado Geber, acreditava que o ouro pudesse ser obtido pela mistura de mercúrio (metal) e enxofre (por sua cor amarela), no qual foi seguido pelos seus estudantes gregos, que tentavam ainda adicionar à essa mistura o elemento esotérico “xerion”, seco. Em árabe, seco traduzia-se por al-iksir ou al-aksir, sendo essa a origem da palavra elixir. Muitos historiadores acreditam que Geber era na verdade Yeber-Abou-Moussah-Djafer Al-Sofi, morto em 777 d.C. A importância de Geber na história da química não pode ser renegada: a ele é atribuída, por exemplo, a descoberta do ácido sulfúrico, importante na preparação de numerosas substâncias, inclusive na do papel como o conhecemos hoje. Além do ouro também outros metais, ensinava Geber, eram constituídos de mercúrio e enxofre, e daí a importância desses dois elementos para os alquimistas que o sucederam. Em sua obra, Geber chegou a apontar o interessante fato de que os metais aumentavam de peso quando calcinados ao ar.
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Essa página é resultante da interação CCG-CEUAC com bolsistas PAE/Proex Criado e mantido por Stanlei I. Kleinstanlei@iq.unesp.br


Frases Sobre Filosofia


"Quem sofre com serenidade sofre pela metade; quem muito se desespera multiplica a dor" Austregésilo de Ataíde


"O Eu é o mestre do eu . Que outro mestre poderia existir ?Tudo existe , é um dos extremos.Nada existe é o outro extremo.Devemos sempre nos manter afastados desses dois extremos, e seguir o Caminho do Meio." Buda


"A única coisa errada com a imortalidade, é que ela nunca acaba." Herb Caene


"Falam coisas tão bonitas sobre as pessoas em seus funerais, que fico até chateado que vou perder o meu só por alguns dias" Garrison Keillor


"Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos" Eduardo Galeano


"Se você é um filósofo que não consegue enxergar o que existe de vivo além dos livros e dos pós das bibliotecas, viva mais a filosofia, talvez um dia quem sabe, ao invés das citações dos mortos, você seja capaz de citar também o que esta dentro de você". Beatriz Camelo


"Qualquer coisa que encoraje o crescimento de laços emocionais tem que servir contra as guerras." Sigmund Freud


Por que será que a gente vive chorando os amigos mortos e não agüenta os que continuam vivos?Mário Quintana


E melhor se poderia dizer dos poetas o que disse dos ventos Machado de Assis: "A dispersão não lhes tira a unidade, nem a inquietude a constância". Mário Quintana


Ser poeta não é dizer grandes coisas, mas ter uma voz reconhecível dentre todas as outras.Mário Quintana
A modéstia é a vaidade escondida atrás da porta.Mário Quintana


"Não há filosofia que chegue a desvendar a missão de um homem universal. Andando pela terra ou voltando ao pó, todos os homens estão ligados num só..."Autor Desconhecido


Durante algum tempo alguém pode ficar alegre consigo mesmo, mas a longo prazo a alegria deve ser compartilhada por duas pessoas. Ibsen


A ambição é o puro senso de dever pois a si só não produz frutos realmente importantes para a pessoa humana, pelo contrario os frutos verdadeiros derivam do amor e da dedicação para com as pessoas e as coisas. Albert Einstein


A alma humana é como a água: ela vem do Céu e volta para o Céu, e depois retorna à Terra, num eterno ir e virGoethe

Alquimia

Alquimia A palavra Khemia já era empregada no antigo Egito para designar a “arte ou ciência egípcias” e se referia às tentativas de transmutação do ouro e da prata.Posteriormente, o vocábulo passou ao grego como Khemia ou Khama e os árabes, já com a palavra sob a forma de al kimiya o levaram para a Península Ibérica, que na Espanha e em Portugal se transformou em alquimia.Tanto o vocábulo, quanto sua prática, que envolvia experiências laboratoriais, deram origem ao que hoje em dia denominamos como Química. Entretanto, a Alquimia não se reduzia apenas à atividades práticas:havia também o aspecto filosófico e o lado místico. O iniciado nas artes alquímicas precisava desenvolver uma paciência franciscana, envolver-se constantemente em orações, manter sigilo absoluto, ter conhecimentos de astrologia , entre outros atributos. As histórias que cercam a origem da alquimia são cercadas de mistérios, lendas e superstições.A mais famosa e a que marcou de forma mais contundente essa ciência, foi a descoberta, na Idade Média, da Tábua de Esmeralda (tabella smaragdina), atribuída a Hermes três vezes grande - Trimegisto -.É por isso que a alquimia é também conhecida como uma ciência hermética, pois era comum se lacrarem os frascos dos alquimistas com o selo de Hermes.É daí também que provém a expressão tão largamente empregada atualmente,“fechado hermeticamente”. A Tábua continha um dos mais sérios tratados a respeito dessa ciência e seu texto continha a máxima que é até hoje empregada na Lei das Correspondências, presente na Astrologia Moderna:O que está embaixo é como o que está em cima e o que está em cima é como o que está embaixo, e através dessas coisas realizam-se os milagres de uma só coisa. Foi no século XVI, que a Alquimia encontrou em Paracelso, médico suíço e um dos pais da Química, seu maior incentivador e sustentáculo.Ele acreditava no poder que o Homem podia alcançar através do conhecimento e propunha a busca da Panacéia, ou a Pedra Filosofal, capaz de curar e aliviar todas as dores a que o ser humano era sujeito. A alquimia buscava transformar metais vis, a matéria impura em metais nobres como ouro e prata e para isso realizavam quatro operações, também chamadas estágios da opus alquímica.O primeiro deles denomina-se Calcinatio, onde o iniciado submetia a prima materia aos efeitos purificadores do fogo.A operação seguinte, a Solutio, visava a dissolução através da qual a prima materia era colocada no alambique e dissolvida em água.Em seguida, na terceira etapa, a Coagulatio, onde os líquidos passavam novamente ao estado sólido e, finalmente o último estágio, Sublimatio, onde`surgia uma nova combinação, dessa vez mais pura. Simbolicamente, entretanto, a alquimia visava obter mais do que simplesmente a obtenção de ouro fácil, livre dos perigos dos trabalhos nas minas.A alquimia tinha como tema subjacente à sua arte, a possibilidade de aperfeiçoar a matéria rude da natureza humana.É por isso, que esses estágios alquímicos são também símbolos de um processo interior.Na calcinação são queimados os desejos até sua extinção para que então todas as diferenças possam ser aniquiladas;em seguida, a alma se dissolve, perdendo suas propriedades e enfrentando uma espécie de morte com a conseqüente transformação que todo renascimento sugere;na coagulação, ocorre a união dos opostos, que agora já podem coexistir pacificamente;por fim, na sublimação,a alma chega a seu objetivo que corresponde à plenitude do ser, o verdadeiro ouro alquímico
Copiado de http://www.gomorra.hpg.ig.com.br/ (retorne a http://solascriptura-tt.org/ Seitas/ retorne a http:// solascriptura-tt.org/ )

A verdade

Frase a Respeito da Verdade
"Se você diz a verdade, não precisa lembrar-se de nada." Mark Twain


"Se você tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades, teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando, falei muitas vezes como o palhaço, mas nunca desacreditei da seriedade da platéia que sorria." Charles Chaplin


(...) os grandes mitos são grandes porque representam e incorporam grandes verdades universais, mas o mito do amor romântico é uma terrível mentira. É possível que não se possa prescindir dessa mentira, pois é ela que assegura a sobrevivência da paixão que leva ao casamento. Mas, como psiquiatra, lamento - quase que diariamente - a terrível confusão e o sofrimento que este mito provoca. Milhões de pessoas desperdiçam uma imensa quantidade de energia tentando, desesperada e inutilmente, amoldar a sua vida real a esse mito irreal. M. Scott Peck

Protestantismo

Protestantismo
No século 16, um padre alemão chamado Martinho Lutero iniciou um movimento de reforma religiosa que culminaria num cisma, ou seja, numa divisão no seio da Igreja Católica. Foi assim que surgiram outras igrejas, igualmente cristãs, mas não ligadas ao Papado. L
utero e os outros reformistas desejavam que a Igreja Cristã voltasse ao que eles chamavam de "pureza primitiva". Tais idéias foram detalhadas em 95 teses, elaboradas por Lutero, porém resultantes de uma série de discussões que envolveu boa parte do clero alemão. Entre outras propostas, sugeria-se a supressão das indulgências - que consistiam na remissão das penas referentes a um pecado, a partir de certos atos de devoção e piedade e até mesmo da compra do perdão por meio das autoridades eclesiásticas. A mediação da Igreja e dos Santos também deixaria de existir, prevalecendo então a ligação direta entre Deus e a humanidade. É por isso que, nas igrejas protestantes, não vemos imagens de santos e nem temos o culto à Virgem Maria, mãe de Jesus.
Originalmente, Lutero e seus pares não pretendiam provocar um cisma na Igreja, mas apenas rediscutir algumas diretrizes e efetuar mudanças. Porém, em 1530, Lutero foi excomungado pelo Papa. Essa medida alterou radicalmente os rumos da fé cristã na Europa e no mundo.
O primeiro país a aderir ao luteranismo foi a Alemanha, berço de Lutero. Depois, a Reforma irradiou-se pela Europa. Em 1537, a Dinamarca, a Suécia, a Noruega e a Islândia já tinham aderido aos princípios luteranos. Na Suíça, foi um ex-padre, Huldreich Zwingli, quem difundiu o protestantismo e, na França, o propagador foi João Calvino (1509-1564). A Reforma Protestante também triunfou na Escócia e nos Países Baixos.
Igrejas Protestantes
O Calvinismo
A corrente protestante iniciada na França por João Calvino apóia-se em três pilares principais: a supremacia da palavra de Deus, exposta na Bíblia; a exaltação da fé; e a predestinação.
A predestinação ensina que Deus escolhe previamente aqueles que serão "salvos" - ou seja, os "eleitos". A busca da realização material (no setor profissional e nas finanças, por exemplo) também é valorizada por essa doutrina, que enaltece a importância do trabalho do homem, no sentido de "aperfeiçoar" a criação divina. Além disso, a prosperidade material pode ser entendida como um sinal de salvação, isto é, de predestinação positiva. Nesse ponto, o calvinismo apresentou uma abordagem muito mais confortável para a burguesia que florescia na Europa daquele período, em contraposição à idéia da pobreza como sinônimo de virtude, defendida por algumas correntes do catolicismo.
Hoje, o protestantismo ocorre em várias partes do mundo, sob diferentes formas de apresentação. Temos os cultos sóbrios e bem-comportados, como o Luterano, o Batista e o Presbiteriano, e também os rituais exuberantes e extáticos das mais recentes igrejas pentecostais.
Conheça algumas especificações sobre diferentes doutrinas cristãs não-católicas. Ressaltamos que não enumeramos aqui todas as igrejas cristãs protestantes, mas somente algumas delas.
Culto Batista
A proclamação do Evangelho é a essência da fé batista. Nas celebrações religiosas, os cânticos de louvor a Deus se alternam com as orações e leituras bíblicas. Os membros da igreja são incentivados a convidar outras pessoas a participarem das celebrações. Os fiéis também têm o dever de contribuir com o dízimo, de orar diariamente e de participar de algum trabalho dentro da Igreja.
Mensalmente, os batistas participam da "Santa Ceia", compartilhando pão e suco de uva (que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo). O Batismo é feito por submersão, ou seja, o fiel mergulha de corpo inteiro nas águas, diferentemente do uso católico.
Culto Luterano
Os luteranos defendem a idéia de que todas as igrejas que pregam o Evangelho são dignas e devem ser reconhecidas pelos demais cristãos. Isso os torna mais abertos e progressistas do que os adeptos de algumas outras denominações protestantes.
Em essência, o luteranismo ensina que a Igreja é uma espécie de "materialização" do próprio Cristo. Em suas celebrações, costuma-se proceder à leitura bíblica, às orações (de agradecimento, louvor e súplica), à meditação e à entoação de salmos e hinos.
Culto Metodista
A exemplo de outras correntes protestantes, a Igreja Metodista tem no culto dominical sua mais importante cerimônia periódica. Mas, no decorrer da semana, os fiéis costumam participar de outros encontros, formando grupos de oração, de estudos bíblicos, de trocas de informações e testemunhos etc. Eventualmente, são realizadas as chamadas "Festas de Amor", ou "Ágapes", em que os irmãos se reúnem para compartilhar o pão e a água e para discorrer sobre suas experiências na vida cristã.
A doutrina metodista estimula principalmente a prática devocional cotidiana, da qual fazem parte a meditação, a oração no lar, a leitura diária das Escrituras Sagradas e os cultos domésticos.
O principal ensinamento metodista é o de que Deus mostra os nossos pecados e nos perdoa, na proporção do nosso arrependimento. Em resposta, Ele espera receber a nossa gratidão, o nosso amor, a nossa obediência e, acima de tudo, a nossa fé.
Culto Presbiteriano
Para os presbiterianos, nada acontece sem a Vontade de Deus. Assim, é Ele quem busca aqueles que vão servi-Lo e lhes concede a oportunidade do arrependimento, do perdão e da redenção. Em Jesus Cristo, Deus expressa seu amor infinito pelos homens; o objetivo de todo fiel deve ser igualar-se a Jesus, para alcançar a plena comunhão com o Criador.
Além de participar dos cultos dominicais, dos estudos bíblicos e de outras reuniões semanais, o fiel é exortado a praticar outras atividades cristãs cotidianas: ele deve orar, ler a Bíblia e manter-se continuamente em sintonia com Deus.As festividades presbiterianas mais importantes são: o Advento (em que é relembrada a vinda de Jesus, com ênfase no seu próximo retorno); o Natal; a Epifania (comemoração da manifestação de Cristo a todos os povos); a Quaresma, que culmina na Páscoa (em que são relembradas a paixão, a morte e a ressurreição de Cristo); a Ascensão (celebração da elevação física de Jesus ao Reino de Deus); e o Pentecostes (que é a manifestação do Espírito Santo de Deus entre os homens).
As ofertas doadas pelos fiéis no decorrer dos cultos, bem como a entrega do dízimo, simbolizam a alegria da comunidade com as benesses concedidas pelo Criador.
As festividades presbiterianas mais importantes são: o Advento (em que é relembrada a vinda de Jesus, com ênfase no seu próximo retorno); o Natal; a Epifania (comemoração da manifestação de Cristo a todos os povos); a Quaresma, que culmina na Páscoa (em que são relembradas a paixão, a morte e a ressurreição de Cristo); a Ascensão (celebração da elevação física de Jesus ao Reino de Deus); e o Pentecostes (que é a manifestação do Espírito Santo de Deus entre os homens).
As ofertas doadas pelos fiéis no decorrer dos cultos, bem como a entrega do dízimo, simbolizam a alegria da comunidade com as benesses concedidas pelo Criador.
Culto Pentecostal
A aproximação entre Deus e o fiel é o pilar sobre o qual se apóiam os cultos pentecostais de um modo geral. Aliás, cabe ressaltar que esse ramo do protestantismo é o que mais cresce nos dias de hoje, não somente no Brasil, mas também em outros países.
A exaltação, a fé proclamada em altos brados e a crença no Batismo pelo Espírito Santo (Pentecostes) são as características principais das cerimônias realizadas por essas igrejas. O roteiro seguido no decorrer dos cultos é praticamente o mesmo adotado nas igrejas batistas, com a diferença de que as orações e os hinos são entoados com um entusiasmo e um fervor ainda maiores. Além disso, boa parte do culto é dedicada aos "testemunhos", em que os fiéis sobem ao púlpito para falar de alguma graça alcançada ou para dar um exemplo da manifestação de Deus em suas vidas.
O Batismo pelo Espírito Santo é identificado quando algum fiel se põe a falar em "línguas estranhas", o que normalmente ocorre durante as orações. Os rituais de exorcismo costumam ser mais freqüentes nestas do que em outras igrejas cristãs, e deles participam todos os fiéis, orando em uníssono, sob a liderança do oficiante do culto.
Os membros da Igreja participam da vida comunitária de muitas formas: pregando o Evangelho (todo fiel tem o dever de tentar ganhar novas almas para Jesus), participando de atividades internas (no coral, nos estudos bíblicos, nos grupos de jovens, na escola dominical etc.) e contribuindo com o dízimo.

O Evangelho Segundo o Espiritismo

O Evangelho Segundo o Espiritismo
PREFÁCIO
Os Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos Céus, qual imenso exército que se movimenta ao receber as ordens do seu comando, espalham-se por toda a superfície da Terra e, semelhantes a estrelas cadentes, vêm iluminar os caminhos e abrir os olhos aos cegos.
Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas as coisas hão de ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos.
As grandes vozes do Céu ressoam como sons de trombetas, e os cânticos dos anjos se lhes associam. Nós vos convidamos, a vós homens, para o divino concerto. Tomai da lira, fazei uníssonas vossas vozes, e que, num hino sagrado, elas se estendam e repercutam de um extremo a outro do Universo.
Homens, irmãos a quem amamos, aqui estamos junto de vós. Amai-vos, também, uns aos outros e dizei do fundo do coração, fazendo as vontades do Pai, que está no Céu: Senhor! Senhor!... e podereis entrar no reino dos Céus.
O ESPÍRITO DE VERDADE
NOTA - A instrução acima, transmitida por via mediúnica, resume a um tempo o verdadeiro caráter do Espiritismo e a finalidade desta obra; por isso foi colocada aqui como prefácio.
INTRODUÇÃO
I - OBJETIVO DESTA OBRA
Podem dividir-se em cinco partes as matérias contidas nos Evangelhos: os atos comuns da vida do Cristo; os milagres; as predições; as palavras que foram tomadas pela Igreja para fundamento de seus dogmas; e o ensino moral. As quatro primeiras têm sido objeto de controvérsias; a última, porém, conservou-se constantemente inatacável. Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É terreno onde todos os cultos podem reunir-se, estandarte sob o qual podem todos colocar-se, quaisquer que sejam suas crenças, porquanto jamais ele constituiu matéria das disputas religiosas, que sempre e por toda a parte se originaram das questões dogmáticas. Aliás, se o discutissem, nele teriam as seitas encontrado sua própria condenação, visto que, na maioria, elas se agarram mais à parte mística do que à parte moral, que exige de cada um a reforma de si mesmo. Para os homens, em particular, constitui aquele código uma regra de proceder que abrange todas as circunstancias da vida privada e da vida pública, o principio básico de todas, as relações sociais que se fundam na mais rigorosa justiça. E, finalmente e acima de tudo, o roteiro infalível para a felicidade vindoura, o levantamento de uma ponta do véu que nos oculta a vida futura. Essa parte é a que será objeto exclusivo desta obra.
Toda a gente admira a moral evangélica; todos lhe proclamam a sublimidade e a necessidade; muitos, porém, assim se pronunciam por fé, confiados no que ouviram dizer, ou firmados em certas máximas que se tornaram proverbiais. Poucos, no entanto, a conhecem a fundo e menos ainda são os que a compreendem e lhe sabem deduzir as conseqüências. A razão está, por muito, na dificuldade que apresenta o entendimento do Evangelho que, para o maior número dos seus leitores, é ininteligível. A forma alegórica e o intencional misticismo da linguagem fazem que a maioria o leia por desencargo de consciência e por dever, como lêem as preces, sem as entender, isto é, sem proveito. Passam-lhes despercebidos os preceitos morais, disseminados aqui e ali, intercalados na massa das narrativas. Impossível, então, apanhar-se-lhes o conjunto e tomá-los para objeto de leitura e meditações especiais.
É certo que tratados já se hão escrito de moral evangélica; mas, o arranjo em moderno estilo literário lhe tira a primitiva simplicidade que, ao mesmo tempo, lhe constitui o encanto e a autenticidade. Outro tanto cabe dizer-se das máximas destacadas e reduzidas à sua mais simples expressão proverbial. Desde logo, já não passam de aforismos, privados de uma parte do seu valor e interesse, pela ausência dos acessórios e das circunstâncias em que foram enunciadas.
Para obviar a esses inconvenientes, reunimos, nesta obra, os artigos que podem compor, a bem dizer, um código de moral universal, sem distinção de culto. Nas citações, conservamos o que é útil ao desenvolvimento da idéia, pondo de lado unicamente o que se não prende ao assunto. Além disso, respeitamos escrupulosamente a tradução de Sacy, assim como a divisão em versículos. Em vez, porém, de nos atermos a uma ordem cronológica impossível e sem vantagem real para o caso, grupamos e classificamos metodicamente as máximas, segundo as respectivas naturezas, de modo que decorram umas das outras, tanto quanto possível. A indicação dos números de ordem dos capítulos e dos versículos permite se recorra à classificação vulgar, em sendo oportuno.
Esse, entretanto, seria um trabalho material que, por si só, apenas teria secundária utilidade. O essencial era pô-lo ao alcance de todos, mediante a explicação das passagens obscuras e o desdobramento de todas as conseqüências, tendo em vista a aplicação dos ensinos a todas as condições da vida. Foi o que tentamos fazer, com a ajuda dos bons Espíritos que nos assistem.
Muitos pontos dos Evangelhos, da Bíblia e dos autores sacros em geral só são ininteligíveis, parecendo alguns até irracionais, por falta da chave que faculte se lhes apreenda o verdadeiro sentido. Essa chave está completa no Espiritismo, como já o puderam reconhecer os que o têm estudado seriamente e como todos, mais tarde, ainda melhor o reconhecerão. O Espiritismo se nos depara por toda a parte na antigüidade e nas diferentes épocas da Humanidade. Por toda a parte se lhe descobrem os vestígios: nos escritos, nas crenças e nos monumentos. Essa a razão por que, ao mesmo tempo que rasga horizontes novos para o futuro, projeta luz não menos viva sobre os mistérios do passado.
Como complemento de cada preceito, acrescentamos algumas instruções escolhidas, dentre as que os Espíritos ditaram em vários países e por diferentes médiuns. Se elas fossem tiradas de uma fonte única, houveram talvez sofrido uma influência pessoal ou a do meio, enquanto a diversidade de origens prova que os Espíritos dão indistintamente seus ensinos e que ninguém a esse respeito goza de qualquer privilégio. (1)
(1) Houvéramos, sem dúvida, podido apresentar, sobre cada assunto, maior número de comunicações obtidas numa porção de outras cidades e centros, além das que citamos. Tivemos, porém, de evitar a monotonia das repetições inúteis e limitar a nossa escolha às que, tanto pelo fundo quanto pela forma, se enquadravam melhor no plano desta obra, reservando para publicações ulteriores as que não puderam caber aqui.
Quanto aos médiuns, abstivemo-nos de nomeá-los. Na maioria dos casos, não os designamos a pedido deles próprios e, assim sendo, não convinha fazer exceções. Ao demais, os nomes dos médiuns nenhum valor teriam acrescentado à obra dos Espíritos. Mencioná-los mais não fora, então, do que satisfazer ao amor próprio, coisa a que os médiuns verdadeiramente sérios nenhuma importância ligam. Compreendem eles, que, por ser meramente passivo o papel que lhes toca, o valor das comunicações em nada lhes exalça o mérito pessoal; e que seria pueril envaidecerem-se de um trabalho de inteligência ao qual é apenas mecânico o concurso que prestam.
Esta obra é para uso de todos. Dela podem todos haurir os meios de conformar com a moral do Cristo o respectivo proceder. Aos espíritas oferece aplicações que lhes concernem de modo especial. Graças às relações estabelecidas, doravante e permanentemente, entre os homens e o mundo invisível, a lei evangélica, que os próprios Espíritos ensinaram a todas as nações, já não será letra morta, porque cada um a compreenderá e se verá incessantemente compelido a pô-la em prática, a conselho de seus guias espirituais. As instruções que promanam dos Espíritos são verdadeiramente as vozes do céu que vêm esclarecer os homens e convidá-los à prática do Evangelho.
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Espiritismo

Espiritismo
O Espiritismo se baseia na crença de que as almas desencarnadas podem manter contato com o mundo dos vivos, transmitindo ensinamentos úteis ao aprimoramento moral e espiritual da humanidade. Para se comunicar com os vivos, os espíritos desencarnados utilizam-se do médium, que "empresta" seu corpo ou sua voz para esta finalidade.
Na verdade, as tentativas de se estabelecer contato com os mortos remontam aos primórdios da civilização humana, mas foi somente na segunda metade do século 19 que o Espiritismo se estruturou como uma doutrina.
O grande responsável pela codificação dessa crença foi Allan Kardec, autor de Livre des Esprits (O Livro dos Espíritos), lançado em 1853. O nome verdadeiro de Kardec era Léon Hippolyte Denizard Rivail (1804-1869). Juntamente com outros estudiosos do tema, dentre os quais se destacaram os teóricos Camille Flammarion, Frederick Myers, Andrew Jackson Davies e Charles Richet, ele elaborou os princípios fundamentais do Espiritismo, que são:
1. A existência de DeusDeus é a inteligência cósmica, criadora do Universo e responsável pelo seu equilíbrio.
2. A existência da AlmaA alma é imortal e está envolvida por um corpo espiritual, denominado perispírito. Após a morte, o perispírito conserva as lembranças das experiências terrenas.
3. A existência da ReencarnaçãoA Reencarnação é o processo pelo qual o espírito evolui moral e intelectualmente. Em vidas sucessivas, ocupando diferentes corpos materiais, ele se aprimora e se redime de seus erros.
4. Metempsicose [do grego: meta= mudança + en= em + psukê= alma]
I. Transmigração da alma de um corpo para outro. II. Doutrina filosófica de origem indiana, transportada para o Egito, de onde mais tarde Pitágoras a importou para a Grécia. Os discípulos desse filósofo ensinavam ser possível uma mesma alma, depois de uma período mais ou menos longo no império dos mortos, voltar a animar outros corpos de homens ou de animais, até que transcorra o tempo de sua purificação e possa retornar à fonte da vida. Como se constata, há uma diferença capital entre a metempsicose e a doutrina da reencarnação: em primeiro lugar, a metempsicose admite a transmigração da alma para o corpo de animais, o que seria uma degradação; em segundo lugar, esta transmigração não se opera senão na Terra. Os Espíritos lecionam o contrário, que a reencarnação é um progresso constante, que o homem é um ser cuja alma nada tem de comum com a dos animais, que as diferentes existências podem realizar-se, quer na Terra, quer, por uma lei progressiva, em mundos de ordem superior, até que se torne Espírito purificado.
5. A existência da Lei do CarmaÉ a lei da ação e da reação - ou seja, a cada ação corresponde uma reação. Assim, nossas atitudes presentes vão determinar os rumos futuros do nosso espírito, de modo que nós somos os responsáveis pelo nosso destino.
O ciclo evolutivo espírita preconiza que, ao atingir um determinado grau de aperfeiçoamento, o espírito não precisará mais reencarnar, podendo então gozar as delícias da vida eterna. A prática da caridade é muito incentivada pelos espíritas, pois eles acreditam que, por meio dela, semeamos carmas positivos e nos aproximamos da perfeição.
A primeira sessão espírita no Brasil aconteceu em 17 de setembro de 1865, em Salvador, capital da Bahia.
Os espíritos estão divididos em três grandes categorias, que por sua vez se subdividem em dez classes, a saber:
1. Espíritos ImperfeitosEssa categoria inclui os "espíritos impuros", os "espíritos levianos", os "espíritos pseudo-sábios" (que semeiam enganos), os "espíritos neutros" e os "espíritos perturbadores" (também chamados de "brincalhões").
2. Espíritos BonsAqui estão incluídos os "espíritos benévolos", os "espíritos sábios", os "espíritos de sabedoria" e os "espíritos superiores".
3. Espíritos PurosPertencem a uma categoria única. Desta classe, fazem parte os grandes mestres da Humanidade.
Conheça algumas expressões-chaves da Doutrina Espírita:
Ectoplasma: Substância de origem psíquica que emana do corpo do médium. Pode ser visível para quem tem o dom da vidência. É por meio dessa substância que os espíritos operam no mundo material.
Guias: No Espiritismo, existem os "guias" ou "espíritos de luz", que estão num estágio de aperfeiçoamento bastante avançado. Eles nos trazem conselhos e orientações de ordem material. Pertencem à classe dos "espíritos bons".Incorporação: Faculdade mediúnica em que o espírito desencarnado ocupa momentaneamente o corpo do médium, valendo-se desse recurso para desempenhar seu trabalho no mundo dos vivos.
Materialização: Corporificação, total ou parcial, do espírito desencarnado. Ocorre quando o ectoplasma se condensa. É o que acontece, por exemplo, quando o espírito de alguém que já faleceu torna-se momentaneamente visível.
Mediunidade: Faculdade latente em todos os indivíduos, que permite a uma pessoa servir de canal de comunicação ou manifestação para os espíritos desencarnados. A mediunidade se divide em duas principais categorias: a mediunidade física, da qual fazem parte a capacidade de materialização e a incorporação de espíritos de médicos, dentre outras manifestações; e a mediunidade intelectual, que inclui a Psicografia, por exemplo.
Psicografia: Faculdade manifestada por alguns médiuns, que escrevem mensagens enviadas pelos espíritos desencarnados. Durante o processo, o médium não tem consciência do que está escrevendo - em geral, ele permanece com os olhos fechados -, e as mensagens recebidas costumam apresentar teor elucidativo. É um dos trabalhos mais procurados nos centros espíritas, por pessoas que perderam entes queridos e que desejam saber como eles estão vivendo no outro plano. Também existem muitas obras psicografadas na literatura espírita, que foram "ditadas" pelos espíritos de luz.
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Judaísmo

Judaísmo
O Judaísmo é uma crença monoteísta que se apóia em três pilares: na Torá, nas Boas Ações e na Adoração. Por ser uma religião que supervaloriza a moralidade, grande parte de seus preceitos baseia-se na recomendação de costumes e comportamentos "retos".
O Deus apresentado pelo Judaísmo é uma entidade viva, vibrante, transcendente, onipotente e justa. Entre os homens, por sua vez, existem laços fraternos, e o dever do ser humano consiste em "praticar a justiça, amar a misericórdia e caminhar humildemente nas sendas divinas".
A prática da religião está presente no dia-a-dia do judeu. Ela se estende até sua alimentação, que deve ser kosher, ou seja, livre de comidas impuras (certas carnes, como a suína, entre outras substâncias, não são permitidas). Outro hábito arraigado é a observação do Shabat, o dia do descanso, que se estende do pôr-do-sol da sexta-feira até o pôr-do-sol do sábado, e que é celebrado com rezas, leituras e liturgias na Sinagoga, o templo judaico.
Em essência, o Judaísmo ensina que a vida é uma dádiva de Deus e, por isso, devemos nos esforçar para fazer dela o melhor possível, usando todos os talentos que o Criador nos concedeu.
As escrituras sagradas, as leis, as profecias e as tradições judaicas remontam a aproximadamente 3 500 anos de vida espiritual. A Torá, que também é conhecida como Pentateuco, corresponde aos cinco primeiros livros do Antigo Testamento bíblico (os outros dois são Salmos e Profecias). O Talmud é uma coleção de leis que inclui o Mishná, compilação em hebraico das leis orais, e o Gemará, comentários dessas leis, feitos pelos rabinos, em aramaico.
Subdivisões do Judaísmo
Judaísmo Conservador
Esta corrente defende a idéia de que o Judaísmo resulta do desenvolvimento da cultura de um povo que podia assimilar as influências de outras civilizações, sem, no entanto, perder suas características próprias. Assim, o Judaísmo Conservador não admite modificações profundas na essência de suas liturgias e crenças, mas permite a adaptação de alguns hábitos, conforme a necessidade do fiel.
Judaísmo Ortodoxo
Corrente que se caracteriza pela observação rigorosa dos costumes e rituais em sua forma mais tradicional, segundo as regras estabelecidas pelas leis escritas e na forma oral. É a mais radical das vertentes judaicas.
Judaísmo Reformista
O Movimento Reformista defende a introdução de novos conceitos e idéias nas práticas judaicas, com o objetivo de adaptá-las ao momento atual. Para esta corrente, a missão do judeu é espiritualizar o gênero humano - a partir deste ponto de vista, torna-se obsoleto qualquer preceito que vise separar o judeu de seu próximo, independentemente de crença ou nação.

saiba mais sobre o Islã


Islamismo
O Islamismo foi fundado por Maomé, que nasceu em Meca (Arábia Saudita), no ano de 570 d.C. Segundo a tradição muçulmana, Maomé recebeu os fundamentos do Islã diretamente do arcanjo Gabriel, enviado por Deus para instruir o Profeta acerca de diversos preceitos religiosos, dogmáticos e morais. Estes se acham reunidos num livro sagrado, o Corão. Reza a tradição islâmica que "Alá é o único Deus e Maomé é seu Profeta".
Apesar de sua origem ser explicada pela tese da revelação divina, o Islamismo agrupa e sintetiza elementos de diversas crenças. O uso da circuncisão, por exemplo, é herdado do Judaísmo, de onde provavelmente deriva também seu princípio monoteísta. A idéia de um Juízo Final é de caráter judaico-cristão. Ao mesmo tempo, o Islamismo admite o culto aos santos e a crença em espíritos, os djinn, que podem ser bons ou maus e que são originários de sistemas de crença mais primitivos.
Além de ser uma religião, o Islã (que, ao pé da letra, significa "submissão à vontade de Deus") é também um sistema moral e político. Baseia-se na adoração de um único Deus, chamado de Alá, e ensina que, após a morte, os justos serão recompensados com a vida eterna no Paraíso. Os maus, por sua vez, serão condenados a padecer no fogo do Inferno. Ao mesmo tempo, o Corão afirma que o destino de cada homem é previamente traçado por Alá: "Estava escrito" é uma máxima que explica bem o imaginário islâmico.
O muçulmano (como é designado o fiel do Islã) é obrigado a orar cinco vezes por dia, ajoelhado num tapete e voltado para Meca. Ele é proibido de cultuar imagens, pois isso é considerado como pecado de idolatria. E, pelo menos uma vez na vida, deve fazer uma peregrinação até Meca.
Não há uma hierarquia dentro da tradição islâmica, com sacerdotes, bispos etc. As preces públicas são de responsabilidade de um dirigente, denominado imã, e os teólogos eruditos são chamados de Ulemás.
Os templos muçulmanos são denominados mesquitas, e em seu interior somente os homens são admitidos. Essa tradição demonstra bem a postura islâmica com relação à mulher, que é conservada em posição inferior. Em países onde o Estado não proíbe a prática da poligamia, o muçulmano pode ter até quatro esposas, pois esse costume é permitido pelo Corão.
Os "Pilares da Fé" da Religião Islâmica são os seguintes:
Saber recitar corretamente a chlhada (a profissão de fé), em árabe e em voz alta.Rezar voltado para Meca cinco vezes por dia, em horários específicos e fazendo as genuflexões e prosternações corretas. Antes da oração, o fiel deve lavar o rosto, os pés, os braços e as mãos.
Comparecer à mesquita toda sexta-feira, para assistir ao ofício religioso.Pagar o zacat, que é uma espécie de "taxa da purificação", destinada aos pobres e necessitados.
Observar o jejum de Ramadã, que dura exatamente um mês. Nesse período, em que é comemorada a Revelação do Corão, só se permite tomar refeições à noite e a prática sexual fica proibida.
Visitar Meca pelo menos uma vez na vida.
Vale lembrar que, no Islamismo, são proibidos, em caráter permanente, o consumo de carne suína e de bebidas alcoólicas, o uso de substâncias tóxicas e os jogos de azar.
Guerra Santa, ou Jihad (um capítulo à parte)
O Islã ensina que o mundo está dividido em duas partes: dar al-islam (terra muçulmana) e dar al-harb (terra não-muçulmana).
Assim, haveria constante luta entre essas duas facções, e todo cidadão muçulmano fisicamente habilitado é incitado a participar da "guerra santa". Quem morre no "combate sagrado" entra diretamente no Paraíso.
Sunitas e Xiitas
O Islamismo está dividido em duas facções principais:os Sunitas e os Xiitas.Para entender essa divisão, precisamos ter em mente que a tradição islâmica mescla, desde sempre, a prática religiosa com a estrutura política.
Os Sunitas surgiram como grupo de oposição ao Califado, espécie de instituição hereditária que comanda a nação islâmica. Eles foram responsáveis pela grande expansão do Islamismo pelo mundo, tanto no passado quanto em tempos mais recentes.
Os Xiitas são originalmente os seguidores de Ali, um califa que pertencia à própria família de Maomé. Eles são maioria em países como o Paquistão, o Irã, o Iraque e até na Índia.
Em tempos recentes, os xiitas ganharam força quando o aiatolá Khomeini tomou o poder no Irã, em 1979, após derrubar o xá Reza Pahlevi, que era sunita. Mas Khomeini não permaneceu no poder por muito tempo e foi obrigado a exilar-se em Paris, de onde continuou comandando grupos aliados.
Ordens Sufistas
No século 8, formou-se um movimento místico no seio do Islamismo, denominado Movimento Sufi. A palavra suf deriva de uma roupa de lã que era muito usada pela população pobre e também pelos ascetas, que deram origem a essa facção.
O Sufismo não tem o caráter político das outras correntes islâmicas e prioriza o caráter religioso. Em seus preceitos, mesclam-se elementos do Budismo, do Hinduísmo e até da religião grega antiga e do Cristianismo.
Dentro do sufismo, existe a seita dos Dervixes, fraternidade de religiosos surgida entre os séculos 12 e 13. Seus rituais variam: em algumas ordens, limitam-se à repetição de frases sagradas, semelhantes a mantras, que podem ou não ser acompanhadas de música. Em outras, é usada uma espécie de dança - a chamada Dança dos Dervixes - que consiste em rodopios rápidos e violentos, em escala ascendente, que culminam num transe hipnótico, o qual permite um contato mais "direto" entre o fiel e a sabedoria de Alá.

O que é Ocultismo ?




O que é Ocultismo
Ocultismo (ou ciência oculta) é um conjunto de teorias e práticas cujo objetivo seria desvendar os segredos da natureza e do Homem, procurando descobrir seu aspecto espiritual e superior. Ele trata do que está além da esfera do conhecimento empírico, o que é secreto ou escondido. O ocultismo está relacionado aos fenômenos supostamente sobrenaturais. Ocultismo é um conjunto vasto, um corpo de doutrinas supostamente proveniente de uma tradição primordial que se encontraria na origem de todas as religiões e de todas as filosofias, mesmo as que, aparentemente, dele parecem afastar-se ou contradizê-lo.O Homem aqui retratado seria um supostamente completo e arquetípico, composto não apenas de corpo, mas também de emoção, razão e alma (como divide a cabala).Segundo algumas tradições ocultistas as religiões do mundo teriam sido inspiradas por uma única fonte sobre-natural. Portanto, ao estudar essa fonte chegar-se-ía a religião original.Muitas vezes um ocultista é referenciado como um mago. Alguns acreditam que estes antigos Magos já conheciam a maior parte das descobertas da ciência, tornando estas descobertas meros achados.
Definição e escopo
Na ciência oculta, a palavra oculto refere-se a um "conhecimento escondido" ou "conhecimento secreto", em oposição ao "conhecimento visível" ou "conhecimento mensurável" que é associado à ciência convencional.
Para as pessoas que seguem aprofundando seus estudos pessoais de filosofia ocultista, o conhecimento escondido ou oculto é algo comum e compreensivel em seus símbolos, significados e significantes. Este mesmo conhecimento "não revelado" ou "oculto" é assim designado, por estar em desuso ou permanecer no index das culturas atualmente, mas originalmente no século XIX era usado por ter sido uma tradição que teria se mantido ocultada da perseguição da Igreja, e da sociedade e por isso mesmo não pode ser percebido pela maioria das pessoas.
Mesmo que muitos dos símbolos do ocultismo, estejam sendo utilizados normalmente e façam parte da linguagem verbal ou escrita (p.e. a palavra abracadabra seria uma palavra de poder), permanecem assim, oculto o seu significado e seu verdadeiro sentido. Desta maneira, tudo aquilo que se chama de "ocultismo" seria uma sabedoria intocada, que poucas pessoas chegam a tomar conhecimento, pois está além (ou aquém) da visão objetiva da maioria, ou de seu interesse.
O ocultismo sempre foi concebido desde o início, como um saber acessível apenas a pessoas iniciadas (ou seja, para aquelas que passaram por uma "iniciação"; uma inserção num grupo separado do comum e do popular; ou mesmo uma espécie de batismo, onde as pessoas seriam escolhidas, então guiadas e orientadas a iniciar numa nova forma de compreender e pensar o já se conhece, supostamente transcendendo-o).
Contudo, sempre houve curiosos de várias época, que foram capazes de especular à respeito do Ocultismo, sem que este conhecimento se tornasse algo comum em suas vidas. Embora o Ocultismo sempre exigisse da pessoa que o estudava, uma posiçao e atitude pessoal diversa daquela que a maioria das pessoas assumia. Por isso mesmo, que os estudiosos desta filosofia não eram bem vistos (acusados de pagãos, bruxos(as), místicos, loucos, rebeldes), sendo excluídos, perseguidos e condenados.
Com certeza eram em sua maioria, muito mal compreendidos. O ocultismo tem como escopo de estudo o que seriam energias e forças psíquicas, suas fontes e seus efeitos, assim como os seus canais de atuação e seus efeitos produzidos na consciência do Homem. Segundo os ocultistas a ciência oculta estuda, ao contrário da ciência tradicional, a natureza em sua totalidade, assim como as relações entre a natureza e o Homem. Principalmente por professar uma dimensão espiritual, ou sobre-natural, algo que nunca foi empiricamente demonstrado e por tanto não reconhecido pela ciência.
Do ponto de vista de quem o professa a percepção do oculto consiste, não em acessar fatos concretos e mensuráveis, mas trabalhar com a mente "transcendendo-se" e o espírito. Ocultismo assim supostamente refere-se ao treinamento mental, psicológico e espiritual que permite um "despertar" de certas faculdades ocultas, ou, na visão da ciência tradicional, algum tipo de ilusão ou hipnose auto-induzida.
Origens, influências e tradições
O ocultismo está relacionado com o misticismo e o esoterismo e tem influências das religiões orientais (principalmente Yoga, Hinduísmo, Budismo, e Taoísmo).O ocultismo teria suas origens em tradições antigas, particularmente o hermetismo no antigo Egito, e envolve aspectos como magia, alquimia, e cabala.
História recente
As raízes mais antigas conhecidas do ocultismo são os mistérios do antigo Egito, relacionados com o deus Hermes ou Thoth. Por isto, frequentemente o ocultismo é referido como hermetismo.Na Idade Média, principalmente na Península Ibérica devido a presença de muçulmanos e judeus, floresceu a alquimia, ciência relacionada com a manipulação dos metais, que segundo alguns, seria na verdade uma metáfora para um processo mágico de desenvolvimento espiritual. Tanto a alquimia quanto o ocultismo receberam influência da cabala judaica, um movimento místico e esotérico pertencente ao judaísmo.Alguns destes ocultistas medievais acabaram sendo mortos na fogueira pela Inquisição da Igreja Católica, acusados de serem bruxos e terem feito pacto com o diabo.
O ocultismo ressurgiu no século XIX com os trabalhos de Eliphas Levi, Helena Petrovna Blavatsky, Papus e outros. Mas trabalhos relacionados a cabala relacionados durante toda Idade Média. E de alquimia na Baixa Idade Média.

A formação do Estado Egípcio (5000/3000 a.C.)




A formação do Estado Egípcio (5000/3000 a.C.)
O Egito está situado no nordeste da África, entre os desertos de Saara e da Núbia. É cortado pelo rio Nilo no sentido sul-norte, formando duas regiões distintas: o Vale, estreita faixa de terra cultivável, apertada entre desertos, denominada Alto Egito; o Delta, em forma de leque, com maior extensão de terras aráveis, pastos e pântanos, denominado Baixo Egito.Por volta do quinto milênio antes de Cristo, com o progressivo ressecamento do Saara, bandos de caçadores e coletores de alimentos se fixaram às margens do Nilo. Iniciaram o cultivo de plantas (trigo, cevada, linho) e a domesticação de animais (bois, porcos e carneiros), favorecidos pelas inundações notavelmente regulares e ricas em húmus do rio. Os grupos humanos constituíam-se em clãs, que adotavam um animal ou uma planta como entidade protetora o Tótem. A cerca de 4 000 a. C., as aldeias de agricultores passaram a se agrupar, visando a um melhor aproveitamento das águas do rio, formando os -nomos-, primeiras aglomerações urbanas. Desenvolveu-se um trabalho coletivo de construção de reservatórios de água, canais de irrigação e secamento de pântanos. A agricultura passou a gerar excedentes, utilizados nas trocas entre os nomos. Os egípcios aproveitavam também a riqueza mineral da região, extraindo granito, basalto e pedra calcárea das montanhas que margeiam o vale. Os nomos eram independentes entre si e dirigidos pelos nomarcas que exerciam ao mesmo tempo a função de rei, juiz e chefe militar. Gradualmente, os nomos foram se reunindo em dois reinos, um no Delta, Baixo Egito, e outro no Vale, Alto Egito, que mais tarde irão constituir um só Império. Nesse período anterior à unificação, os egípcios já haviam criado a escrita hierográfica e um calendário solar, baseado no aparecimento da estrela Sírius, dividido em 12 meses de 30 dias cada, mais cinco no final do ano. Os antigos habitantes atribuíam a unificação do país, que ocorreu por volta de 3 000 a.C., a um personagem lendário, Menés, rei do Baixo Egito, que teria conquistado o Alto Egito e formado um só reino com capital em Mênfis. Segundo a crença, o responsável pela unificação era considerado sobre-humano, verdadeiro deus a reinar sobre o Alto e o Baixo Egito e o primeiro -faraó- (rei-deus egípcios). Ora, isso não pode ser comprovado arqueologicamente. A unificação decorreu da necessidade de uma direção centralizada para o melhor controle das enchentes do rio, que tanto podiam trazer a fartura das colheitas, como a destruição das aldeias e das plantações. De todo modo, a crença serviu para divinizar os governantes que se utilizaram muito bem dela para se impor à população e manter um domínio direto sobre todas as terras do Egito. Recebendo impostos e serviços dos camponeses das aldeias, que cultivavam as terras, os faraós acumularam grande soma de poder e de riqueza.PERÍODO DINÁSTICO
Com a unificação dos nomos em um único Estado, iniciou-se o período dinástico da história do Egito, que se divide em três eras principais o Antigo Império, o Médio Império e o Novo Império -separados por períodos intermediários em que a autoridade faraônica decaiu, trazendo anarquia e descentralização. O Antigo Império, entre 2 700 e 2 200 a.C., foi a época em que o poder absoluto dos faraós atingiu o auge, principalmente durante a IV Dinastia, dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos, que mandaram construir as enormes pirâmides (sepulcros) da planície de Gizé, perto da capital, Mênfis. O Médio Império, com capital em Tebas, aproximadamente de 2 000 a. C., a 1 700 a.C., foi uma época de expansão territorial, de progressos técnicos nos canais de irrigação e de exploração de minérios na região do Sinai. A mando do faraó Amenemá I, da XII Dinastia, foi construída uma grande represa para armazenamento das águas, que ficou conhecida como lago Méris ou Faium. No período intermediário que se seguiu, houve aumento do poder dos -nomarcas - rebelião de camponeses e escravos e ocupação do Delta pelos hicsos, povo de origem asiática, iniciando um período que durou cerca de um século e meio. O Novo Império começa com a expulsão dos hicsos por volta de 1 580 a.C., e marcou o ponto culminante do país como potência política. Os faraós do Novo Império, destacando-se Tutmés II e Ramsés II, deram início a uma política externa expansionista, com a conquista da Núbia (ao sul), da Síria, da Fenícia e da Palestina, formando um Império que chegava até o Eufrates. Seguiu-se um período denominado Baixo Império, de sucessivas invasões por povos estrangeiros: assírios (671 a.c.), persas (525 a.C.), macedônios (332 a.C.) e romanos (30 a.C.) que liquidaram o Império Egípcios, uma civilização que perdurou por cerca de 35 séculos (3 500 anos). O RIO NILO E A ECONOMIA DO EGITO ANTIGO
O rio Nilo exerceu importância fundamental na economia do Egito, oferecendo água e terra cultivável a uma região situada em pleno deserto. Mas era preciso utilizar a inundação, distribuir a água eqüitativamente, aumentar a superfície irrigada e drenar pântanos. Isso foi feito a partir dos nomos, num trabalho coletivo que envolvia a população de várias aldeias. O grande rio fornecia a alimentação, a maior parte da riqueza e determinava a distribuição do trabalho das massas camponesas nas aldeias. Durante a Inundação (jul /out), com os campos alagados, os homens transportavam pedras para as obras de construção dos faraós, escavavam poços e trabalhavam nas atividades artesanais. Na Vazante (nov / fev), com o reaparecimento da terra cultivável, captavam as águas e semeavam. Com a Estiagem (mar / jun), colhiam e debulhavam os cereais. A alimentação era complementada pela pesca e pela caça realizada nos pântanos do delta do Nilo. A agricultura produzia cevada, trigo, legumes, frutas, uvas e linho. As atividades artesanais, de artigos destinados ao consumo da população, eram realizadas nas oficinas das aldeias. Desenvolviam-se em função das matérias primas e dos produtos agrícolas oferecidos pelo rio: tijolos e vasilhames fabricados com a argila úmida das margens; vinho, pão, cerveja e objetos de couro; fiação e tecelagem do linho; utilização do papiro para a produção de cordas, redes, papel e barcos. O Delta era o principal centro pecuário e vinícola. O artesanato de luxo, de consumo da aristocracia, de alta especialização e qualificação excepcional, ouriversaria, metalurgia, fabricação de vasos de pedra dura ou de alabastro, faiança, móveis, tecidos finos, concentrava-se em oficinas mais importantes, pertencentes ao faraó e ao templo. A cidade de Mênfis possuía a melhor metalurgia. Os funcionários do Faraó eram responsáveis pela circulação dos produtos entre as diversas regiões do país e pela organização do trabalho de mineração e das pedreiras, exploradas através de expedições ocasionais. O pequeno comércio local trocava produto por produto; em transações maiores usavam-se pesos de metal. O grande comércio externo, por terra ou por mar, era realizado com as ilhas de Creta e Chipre, com a Fenícia e com a costa da Somália, para a importação de madeira para a construção naval, prata, estanho, cerâmica de luxo, lápis-lazúli. Organizava-se através de grandes expedições ordenadas pelo Faraó, mobilizando mercadores, funcionários e soldados. O Faraó, através de seus funcionários, controlava diretamente todas as atividades econômicas, proprietário que era das terras do Egito: planejava as obras de irrigação, a construção de tempos, pirâmides e palácios; fiscalizava a produção agrícola e artesanal; organizava o comércio e a exploração das minas; distribuía o excedente; cobra os impostos dos camponeses, usados para sustentar o Estado. O Palácio e o tempo dos deuses eram o centro da acumulação da riqueza.

Legado do 666



Legado do 666

Por Marcos Torrigohttp:// www.otobr.org
Todos já ouviram falar da Besta 666, o Anticristo, Lúcifer, o Demônio, e todo o mal vinculado a estas figuras. O que poucos pessoas sabem é que um homem se intitulou "A Besta 666". A primeira idéia que pode nos vir à mente é tratar-se de um louco, um facínora, um celerado da pior espécie.
Só que este homem se diz o maior amigo da humanidade, herdou uma imensa fortuna gasta em editar livros que divulgavam sua filosofia libertária, Thelema (que ele dizia vir diretamente dos dirigentes invisíveis da Terra, a Grande Fraternidade Branca), enquanto outra parte foi gasta na criação de um centro de estudos de Magia, na ensolarada Sicília.
O nome deste homem era Edward Alexander Crowley ou Aleister Crowley, como ficou mundialmente conhecido, nascido na Inglaterra, no seio de uma família de abastados cervejeiros. Teve uma educação esmerada em Cambridge e pretendia seguir a carreira diplomática por influência de seu tio. Todos os elementos para uma vida prosaica, tranqüila e feliz se faziam presentes. Mas Crowley, ou talvez a deusa Destino, sonhou algo totalmente diferente. Seus interesses dirigiram-se para o alpinismo e xadrez, mas acima de tudo para a Magia, que se tornou o grande objetivo de sua vida.
Aleister Crowley se dedicou de corpo e alma em desvendar os seus mistérios e segredos, indo a fundo na sua busca, não se limitando por nada, derrubando todas as barreiras, experimentando todas as facetas da alma humana, de todas as formas.
Crowley vivia na Inglaterra Vitoriana, repleta de hipocrisias e falso moralismo (não muito diferente do mundo de hoje em dia), e era natural que todo o empenho, força e dedicação de Crowley a sua meta acabaria por chocar-se com a sociedade da época. Ele foi taxado de pornográfico, depravado, drogado, satanista e mais uma infinidade de rótulos. E, o mais fantástico de tudo, estes rótulos ilustravam inúmeras atividades que de fato Crowley estava envolvido. Poderíamos encerrar o caso aqui, juntando nos as legiões que detratam a sua memória, mas antes disto cabe abrir um parêntese e falar sobre o que levou este homem a assumir este papel no mundo.
O ano de 1904 foi capital para Crowley, o mistério que iria persegui-lo por toda a vida estava por se revelar, como dádiva e maldição. Ele já era um Magista competente, iniciado na Aurora Dourada, uma das mais importantes Ordens mágicas de todos os tempos.
Nesta época, Crowley estava viajando o mundo. Em março e abril ele estava no Cairo, Egito, em companhia de sua esposa, Rose Kelly. O casal se entregava às alegrias da viagem de núpcias, mas nem por isso Crowley deixava de ser um Mago. Ele faz uma invocação de elementais do ar para sua jovem esposa, e qual não foi a sua surpresa, ao invés dos silfos a mulher começa a balbuciar: Hórus falava através dela. O deus prescreve então uma série de detalhes para um ritual de invocação, o resultado deste Ritual se da nos dias 8, 9 e 10 de abril, nos quais Crowley recebe o Livro da Lei, um poderoso Grimório de instruções mágicas, a Lei da era de Aquário. Crowley se choca com o conteúdo do Livro, mas a força das revelações lá contidas, influenciando eventos históricos de magnitude gigantesca (Primeira e Segunda guerras mundiais, por exemplo), deixou fora de dúvida a veracidade, beleza e poder do Livro da Lei.
Ditado por uma entidade de nome Aiwaz (que mais tarde Crowley associou a seu Eu superior). Nele, a Lei da nova era é sintetizada na frase Faze o que tu queres há de ser o todo da Lei, e tem como contraponto e complemento Amor é a lei, amor sob Vontade. Facilmente poderíamos imaginar um paraíso da libertinagem, mas a vasta obra de Crowley nos mostra que liberdade sim, mas com conhecimento, em suas próprias palavras:
O tolo bebe, e se embebeda: o covarde não bebe. O homem sábio, bravo e livre, bebe, e dá glórias ao Mais Alto Deus.
Sua filosofia mágica é sempre pautada pelo autoconhecimento, e fica claro que para nos tornarmos senhores de algo precisamos conhecê-lo, vivenciá-lo. O ser humano como divino é outro postulado Thelêmico, Todo homem e toda Mulher é uma estrela, ou seja, tem sua órbita e papel no universo e deve ser respeitado pelo simples ato de existir, mas não entendamos este respeito como piedade, mas sim como um ecossistema, onde cada parte cumpre a sua função.
Crowley, ao se colocar como a Besta do Apocalipse, está trazendo novamente a era dos homens deuses, onde a alegria a força se contrapõe à dor e fraqueza, Não seguimos ou adoramos um deus sofredor e morto numa cruz mais sim um homem deus que venceu a morte. O 666 é associado a Lúcifer e este, por sua vez, a Prometeu, que roubou o fogo dos deuses para que os seres humanos pudessem se tornar deuses.
Uma das definições de Crowley sobre o mal é esta: Primeiramente, por Mal queremos significar o que está em oposição com nossas próprias vontades; é então um termo relativo, e não absoluto. Pois tudo o que é o grande mal de um é o maior bem de outrem, assim como a dureza da madeira, que estafa o lenhador, é a segurança daquele que se aventura no mar num barco construído com aquela madeira.
To Mega Therion (A Grande Besta, nome mágico de Crowley) via a raça humana no começo desta era de Aquário como uma criança, então nada melhor que as suas palavras sobre como educar uma criança:
"Cada criança deve desenvolver sua própria individualidade, e Vontade, a despeito de ideais estranhos a si".
"Ela é confrontada com tais desafios como natação, escalada, trabalhos domésticos, e deixada livre para resolver de sua própria forma".
"Seu subconsciente é impressionado pela leitura de obras-primas, as quais se permite que se infiltrem em sua mente automaticamente sem pressão seletiva nem pedidos de compreensão consciente".
"Nada é ensinado a não ser pensar por si mesma".
"Ela é tratada como um ser responsável e independente, encorajada na autoconfiança, e respeitada pela auto-afirmação".
Crowley criou uma série de potentes Rituais para se autoconhecer e travar contato com inúmeras entidades, Deuses, Anjos e Demônios, sem falar em uma gama de símbolos de Poder e palavras de passe. Através destes Rituais, as pessoas entram em um novo universo (na verdade os abismos e alturas de seu próprio ser). Um bom exemplo é um Ritual chamado a Marca da Besta, uma alusão à marca recebida por Caim. Este ritual traz as energias do Novo Aeon ao praticante, quebrando uma série de condicionamentos e preenchendo-o com a energia dos quatro elementos encimados pelo Espírito. Um portal é aberto, um portal para a vida.
Os Rituais sexuais aprendidos na O. T. O. (Ordem dos Templários Orientais) muito influenciaram Crowley, (sem esquecer das contribuições de To Mega Therion a estes Rituais) e grande parte da Magia Thelêmica usa o sexo direta ou indiretamente. O Safira Estrela é um deles, e abaixo transcrevemos algumas de suas partes:
(Que o Adepto se arme com seu bastão Mágico e sua Rosa Mística).A referência aqui é clara: o Bastão é o falo, a Rosa Mística a vagina. O sexo oral é uma das etapas, e a absorção dos Sacramentos deve ser o ponto alto.
O leitor poderá lembrar do "Tantra Negro" mas não é o caso, e práticas como essas são usadas no Tantra do sul da Índia, para onde os Dravidianos foram expulsos.
O uso de práticas homossexuais também é licito e para tal remetemos o leitor ao trabalho de Karl Gustav Jung, onde a Anima (Animus) aparece em sonhos no sexo oposto ao da pessoa e o self justamente surge como uma representação do mesmo sexo.
A palavra de poder do novo Aeon é ABRAHADABRA. A palavra ABRAHADABRA soma 418, temos assim a letra hebraica Cheth, valor 8, Yod, valor 10 e Tau, 400, eles são as chaves para Grande Obra. Yod sendo o Bastão (falo) e Cheth (vagina) o Cálice, unidos em Tau. Ou ainda Yod, o espermatozóide, e Cheth, o óvulo, unidos em Tau. A Cruz também pode ser um símbolo do Lingam e da Yoni unidos. Basta imaginar a haste Horizontal, a Yoni e a vertical, o Lingam. É importante salientar mais uma vez que o Safira Estrela pode ser feito de forma simbólica e os resultados são também muito bons. Deve avançar a Leste, fazer o Hexagrama Sagrado, e dizer: PATER ET MATER UNUS DEUS ARARITA*. (quer dizer: "Pai e Mãe um deus Ararita").
A união sexual como uma forma de união ao divino, dois que se tornam um. Que ele retorne ao centro, o centro de tudo (Fazendo o símbolo da ROSA CRUZ como ele deve saber) dizendo: ARARITA ARARITA ARARITA. A Rosa Cruz é uma alusão direta a união falo-vagina. Que ele diga: OMNIA IN DUOS ("tudo em dois"): DUO IN UNUM ("dois em um"): UNUM IN NIHIL ("um em nada"): HAEC NEC QUATOR NEC OMNIA NEC DUC NEC UNUS NEC NIHIL SUNT ("não há quatro ou tudo ou dois nem um nem nada"). O sexo como elemento e pórtico para a transcendência. Então que repita os sinais de L.V.X., mas não os de N.O.X.: pela epifania que ocorreu como resultado dos sinais da Rosa Cruz. Ou seja, o orgasmo magicamente dirigido.
Este ensaio é pequeno demais para abranger o meio século de Crowley dedicado à magia, mas espero ter esclarecido um pouco sobre a sua vida e obra.
* Nota: Esta Palavra consiste das iniciais de uma sentença que quer dizer "Um é seu início. Uma é sua individualidade: Sua Permutação é Uma".