segunda-feira, 7 de abril de 2008

Vida e Morte Segundo a Concepção Rosacruz - Parte 2

e Morte Segundo a Concepção Rosacruz - Parte 2
abril 5, 2008 · No Comments
Continuemos com os conceitos rosacruzes. Agora o texto fala sobre a Morte.
A MorteDepois de um tempo mais ou menos longo, chega na vida de cada indivíduo o momento no qual as experiências que o Espírito pode adquirir em seu ambiente atual ficam esgotadas e a vida termina com a morte.Essa morte pode ocorrer de repente, sem ser esperada, como por exemplo, devido a um terremoto, no campo de batalha ou por um acidente, como costumamos dizer mas, na realidade, a morte nunca é acidental ou imprevista pelas Forças Superiores. Nem um pássaro cai ao solo sem que se manifeste a Vontade Divina. Durante a vida podem aparecer desvios no caminho: a linha principal da vida continua para a frente e o desvio do caminho leva ao que podemos chamar um beco sem saída. Se o homem tomar este caminho desviado, sua vida em breve terminará com a morte. Estamos nesta vida com a finalidade de obter experiências, e cada vida tem algum fruto para ser colhido. Se organizarmos nossa vida de modo tal que possamos ganhar todo o conhecimento que nos foi determinado, continuaremos vivendo e constantemente chegar-nos-ão oportunidades de varias espécies. Mas se as desprezarmos e nos deixarmos levar por caminhos que não forem coerentes com o nosso desenvolvimento individual, seria um desperdício de tempo mantermo-nos em semelhante ambiente. Portanto, os Grandes e Sábios Seres, que estão por trás do cenário da evolução, fazem com que a nossa vida termine para que possamos ter um novo começo numa esfera diferente de influência. A Lei da Conservação da Energia não está limitada ao Mundo Físico, mas também nos planos espirituais. Não há na vida coisa alguma que não tenha um propósito definido. Fazemos mal em nos rebelar contra as circunstâncias, não importa quão desagradáveis sejam.Pelo contrário, deveríamos nos esforçar por aprender as lições nelas contidas, para que possamos viver uma vida longa e útil. Alguém poderá objetar: “Você é inconseqüente nos seus ensinos. Diz que realmente a morte não existe, que passamos a uma existência mais brilhante e que temos de aprender outras lições lá, numa esfera diferente de utilidade! Por que, então, devemos nos esforçar para viver aqui uma vida mais longa?”É certo que podemos fazer tais afirmações, e elas são perfeitamente coerentes com tudo o que dissemos. Mas há lições que devem ser aprendidas aqui, que não podem ser aprendidas nos outros mundos e temos de educar nosso corpo físico através dos anos inábeis da infância e do período ardente e impulsivo da juventude, até chegar à maturidade, antes que este veículo se tome verdadeiramente útil para o uso espiritual. Por essa razão, quanto mais tempo vivamos depois de alcançar a maturidade, quando começamos a considerar o lado sério da vida e começamos realmente a aprender as lições que determinarão o crescimento da nossa alma, quanto mais experiências consigamos juntar, mais rica e proveitosa será a nossa colheita. Depois, numa existência posterior, estaremos muito mais avançados e capazes de empreender tarefas que seriam impossíveis com uma vida mais curta e de atividades mais reduzidas. Além disso, é muito doloroso para o homem morrer na juventude, com esposa e filhos jovens, a quem ele ama, com ambições de grandeza por satisfazer, com uma porção de amigos à sua volta e com o interesse todo concentrado no plano material da existência. É muito triste para uma mulher com o coração apegado ao lar e aos filhinhos, a quem ela deu à luz, abandoná-los, em que haja alguém que possa cuidar deles. Saber que terão de lutar sozinhos durante os anos da infância, quando são tão necessários os seus ternos cuidados, ou até mesmo vê-los sofrer abusos sentindo-se incapaz de intervir, apesar de o seu coração continuar sangrando de dor tão abundantemente como se estivesse na vida terrestre. Todas estas coisas são tristes e farão o espírito apegar-se à terra por um tempo maior do que o comum, impossibilitando-o, assim, de colher as experiências que deveriam ser alcançadas fora do plano físico; e tudo isto, acrescido as outras razões já mencionadas, faz desejável viver uma vida longa antes de passar para o além.A diferença entre os que passam para o além em idade avançada e amadurecidos e os que abandonam esta Terra na primavera da vida pode ser ilustrada pela forma como o caroço de uma fruta adere à polpa enquanto está verde. É preciso um grande esforço para extrair o caroço de um pêssego verde; a intensidade com que ele adere à fruta é tal que pedaços da polpa ficam presos ao caroço quando ele é extraído à força. Assim também o espírito se aferra à carne na metade da vida e parte do seu interesse material permanece e o prende à terra depois da morte. De outro modo, quando a vida foi intensamente vivida, quando o espírito teve tempo de satisfazer suas ambições ou comprovar sua futilidade, quando os deveres da vida foram cumpridos e a satisfação se estampa na fisionomia de um homem ou de uma mulher em idade avançada, ou quando a vida foi desperdiçada e os remorsos da consciência surtiram seu efeito, indicando-lhe os erros cometidos; quando o espírito aprendeu realmente as lições da vida, como deve acontecer ao se chegar à velhice, então pode ser comparado à semente da fruta madura que salta fora, sem um vestígio de polpa aderido nela, no momento em que é aberta. Assim, repetimos que, embora esteja reservada uma existência mais brilhante para aqueles que viveram bem, é sempre melhor viver uma vida longa e da maneira mais intensa que possível.Sustentamos que, não importa quais sejam as circunstâncias da morte de uma pessoa, ela nunca é acidental: ou foi causada por suas próprias negligências em aproveitar as ocasiões de desenvolvimento ou, pelo contrário, porque a vida foi aproveitada até seu limite possível. Há uma exceção a essa regra devido ao fato de que o homem exerce sua divina prerrogativa de interferência. Se vivermos de acordo com o esquema que nos foi traçado, se assimilamos todas as experiências que nos foram designadas pelas Forças Criadoras para o nosso desenvolvimento, viveremos até o limite final. Mas, geralmente, nós mesmos encurtamos a nossa vida por não aproveitarmos as oportunidades, ocorrendo também que outros homens podem encurtar nossa existência e fazê-la terminar de repente no momento em que se produz o que chamamos acidente, e os Agentes Divinos, valendo-se disso, terminam nossa vida aqui. Em outras palavras, os assassinatos ou acidentes fatais originados pela imprudência humana são, na realidade, os únicos finais de vida que não foram planejados pelos Guias Invisíveis da humanidade. Ninguém é impelido a assassinar, ou fazer qualquer mal, pois, se assim fosse, não viria a ele uma retribuição justa dos seus atos. Cristo dizia que o mal deveria acontecer, mas infeliz daquele pelo qual se produzisse; para harmonizar isto com a Lei da Justiça Divina, acrescentamos: “Aquilo que o homem semear, isso mesmo colherá”, pois deve haver finalmente absoluto livre-arbítrio a respeito aos maus atos.Também há casos em que uma pessoa vive de maneira tão boa e proveitosa para si e para os outros, que verá seus dias aumentados além do limite estabelecido, da mesma forma como poderão ser reduzidos pelas negligências; mas tais casos são raros, constituindo-se verdadeiras exceções.Quando a morte não é repentina, como no caso dos acidentes, mas ocorre em casa como conseqüência de uma enfermidade, silenciosa e pacificamente, as pessoas moribundas sentem geralmente que cai sobre elas um véu de grande obscuridade momentos antes do término da vida.Muitos saem do corpo nestas condições e não voltam a ver a luz até que entrem nos planos suprafísicos. Mas, existem outros casos nos quais as trevas se desfazem antes da saída definitiva do corpo. Então a pessoa moribunda vê ambos os mundos ao mesmo tempo, estando consciente da presença dos amigos, tanto mortos como vivos. Em tais condições, acontece freqüentemente que uma mãe vê alguns dos seus filhos que faleceram antes, e pode exclamar alegremente: “Oh, aqui está Joãozinho aos pés da cama; mas não é que ele cresceu!” Os familiares vivos podem ficar admirados ou embaraçados, pensando que a mãe está sofrendo de alucinações, quando na realidade ela tem uma visão mais clara do que eles. Ela está vendo aqueles que passaram além do véu, e que vieram para lhe dar as boas-vindas e ajudá-la a dar os primeiros passos no novo mundo em que está penetrando.Cada ser humano é um indivíduo separado de todos os demais, e como as experiências da vida de cada um diferem das dos outros no intervalo que vai do berço ao túmulo, assim podemos logicamente concluir que as experiências de cada espírito diferem das de qualquer outro quando cruza as portas do nascimento ou da morte. A seguir, relatamos a comunicação dada como mensagem espiritual pelo famoso professor James de Harvard, no templo Espírita de Boston, na qual descreve as sensações que experimentou ao passar pelas portas da morte. Não podemos atestar sua autenticidade, já que não investigamos o assunto pessoalmente. O professor James havia prometido comunicar-se com seus amigos depois da morte, e todos os investigadores psíquicos estavam e ainda estão alertas, esperando receber uma comunicação dele. Diversos médiuns disseram que o professor James se comunicara por intermédio deles, mas a mais notável comunicação foi a apresentada pelo templo Espírita de Boston, e foi a seguinte:“Se isso é a morte, somente cair adormecido, para despertar na manhã seguinte, e ver que tudo vai bem, eu não estou morto, apenas ressuscitei!”
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Vida e Morte Segundo a Concepção Rosacruz - Parte 1
março 31, 2008 · No Comments
Conceitos Rosacruzes sobre a vida e a morte sempre foram um ponto que fascinaram por sua complexidade. O trecho a seguir corresponde ao capítulo V do livro Os Mistérios Rosacruzes, de Max Heidel.
Auxiliares Invisíveis e MédiunsHá duas classes de pessoas no mundo. Numa classe, o corpo denso e o corpo vital se acham tão fortemente unidos que os éteres não podem ser extraídos em circunstância alguma, permanecendo sempre o corpo vital com o corpo denso em todas as condições, desde o nascimento até a morte. Tais pessoas são insensíveis a qualquer manifestação supra-sensível da visão ou da audição e, por isso, são céticas, não acreditando que exista algo além daquilo que elas podem perceber.Há outra classe de pessoas nas quais a conexão entre os corpos denso e vital é mais ou menos frouxa, de forma que o éter dos seus corpos vitais vibra com maior intensidade do que nas pessoas da classe anterior. As pessoas desta segunda classe são então sensíveis, em maior ou menor grau, ao mundo espiritual. Podemos dividir novamente esta classe de sensitivos. Alguns são caracteres débeis, dominados pela vontade de outros de uma forma negativa, tais como os médiuns quando são presas de espíritos desencarnados desejosos de obter um corpo físico, depois que perderam o seu próprio corpo.A outra classe de sensitivos é a de personalidades fortes, positivas, agem unicamente por seu foro íntimo, de acordo com a própria vontade. Essas personalidades podem desenvolver-se em clarividentes positivos e serem os seus próprios senhores, em vez de escravos de um espírito desencarnado. De alguns sensitivos de ambas as classes é possível extrair parte do éter que forma o corpo vital. Quando um espírito desencarnado controla um indivíduo dessa natureza, desenvolve-o como médium materializador. O homem que é capaz de extrair o seu próprio corpo vital, por um ato de vontade, converte-se num cidadão de dois mundos, independente e livre. Estes são os chamados Auxiliares Invisíveis. Há outras condições anormais nas quais o corpo vital é separado, total ou parcialmente, do corpo denso, como por exemplo quando colocamos uma perna em posição incomoda, de modo a impedir a circulação do sangue. Então podemos ver a perna etérica pendurada por baixo da perna física, como uma meia. Quando a circulação se restabelece e a perna etérica procura entrar em seu lugar, notamos uma intensa sensação de formigamento, devido ao fato de que as pequenas correntes de força, que todos os átomos irradiam através do éter, tentam interpenetrar as moléculas da perna e estimulá-las novamente à vibração. Quando uma pessoa está se afogando, o corpo vital também se separa do corpo denso, e a dolorosa e intensa sensação de formigamento causada pela revivificação também é devida à mesma causa.Enquanto estamos em estado de vigília, continuando o nosso trabalho no Mundo Físico, o corpo de desejo e a mente interpenetram tanto o corpo denso como o corpo vital, estabelecendo-se uma luta constante entre a natureza de desejo e o corpo vital. Este último está continuamente ocupado na construção do organismo humano, enquanto os impulsos do corpo de desejo tendem a cansar e a desgastar os tecidos físicos. No decorrer do dia, o corpo vital vai perdendo gradualmente terreno ante as investidas do corpo de desejo; pouco a pouco, acumulam-se os venenos da deteriorização e o fluxo da força vital torna-se cada vez mais débil, até que, finalmente, é incapaz de mover os músculos. Então o corpo se sente pesado e exausto. Por fim, o corpo vital sofre um colapso, por assim dizer; os diminutos raios de força que penetram cada átomo parece que se contraem e o Ego é impelido a abandonar o corpo às forças restauradoras do sono. Quando um edifício danificado tem de ser restaurado e reparado, moradores devem mudar-se para permitir que os operários tenham livre o campo de ação. O mesmo ocorre quando o veículo de um espírito se tornou inútil para o seu uso ulterior: portanto, o espírito deve retirar-se dele. Como foi o corpo de desejo que produziu os danos, é lógico concluir-se que ele também deve se retirar. Todas as noites, quando o nosso corpo fica cansado, os veículos superiores se retiram, permanecendo na cama unicamente o corpo físico e o corpo vital.Começa então o processo de restauração, que dura mais ou menos tempo, de acordo com as circunstâncias.Às vezes, porém, o predomínio do corpo de desejo sobre os veículos mais densos é tão forte que ele se recusa a abandoná-los. Ficou tão interessado nos acontecimentos do dia que continua ruminando sobre eles depois do colapso do corpo físico, retirando-se só parcialmente do veículo. Nesse caso, ele pode transmitir visões e sons do mundo do desejo ao cérebro. Mas, como as ligações nessas condições estão naturalmente desajustadas, resultam daí os sonhos mais confusos. Além disso, como o corpo de desejo compele à ação, o corpo físico mostra-se disposto a se mover e a se agitar, quando o corpo de desejo não se retirou completamente, resultando daí os sonos inquietos que geralmente acompanham os sonhos de natureza confusa.É verdade que em certas ocasiões os sonhos são proféticos e se realizam; mas tais sonhos surgem somente depois de uma completa retirada do corpo de desejo. Nas circunstâncias em que o espírito talvez tenha visto algum perigo que se possa realizar, este fato se imprime no cérebro no momento de despertar.Também pode suceder que o espírito dê um vôo de alma e se esqueça de realizar o trabalho de restauração; então o corpo não estará em condições de ser reocupado pela manhã e, assim, continuará adormecido. O espírito pode ficar próximo durante vários dias e até semanas, antes de penetrar novamente no seu corpo físico e se enquadrar na rotina normal na alternância entre a vigília e o sono. Essa condição é chamada de transe, e o espírito, ao regressar, pode se lembrar de tudo quanto viu e ouviu nos planos suprafísicos, ou esquecê-lo, conforme o seu estado de desenvolvimento e a profundidade da condição de transe. Quando o transe é muito leve, o espírito geralmente está presente no quarto onde o corpo descansa durante todo esse tempo e ao retornar ao seu corpo pode contar a seus familiares tudo o que eles disseram e fizeram enquanto seu corpo permanecia inconsciente. Quando o transe é mais profundo, o espírito que retorna não terá consciência do que ocorreu com o seu corpo mas, em compensação, pode se lembrar de experiências no mundo invisível.Faz alguns anos, uma menina chamada Florence Bennett, de Kankakes, Estado de Illinois, caiu num transe semelhante. A menina voltava ao seu corpo depois de alguns dias, porém permanecia nele apenas por algumas horas de cada vez e o transe total durou cerca de três semanas. Durante as voltas ao corpo, ela dizia aos parentes que em sua ausência parecia que ela estava num lugar habitado por todas as pessoas que haviam morrido. Mas firmava que nenhuma delas falava em ter morrido e nenhuma parecia estar ciente da própria morte. Entre as pessoas que via estava um maquinista de trem que morrera num acidente. Seu corpo havia sido mutilado no acidente e lhe causou a morte. A menina via-o sem os braços e com lesões na cabeça. Tudo isto está de acordo com os fatos observados pelos investigadores místicos. As pessoas mortas em acidentes ficam no estado em que saíram deles, até que aprendam que poderão obter um novo braço ou perna, com um simples desejo de tornarem a ter corpo perfeito, pois a matéria de desejo é modelada fácil e rapidamente pelo pensamento.
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Adolf Schicklgruber e a Sociedade Thule
março 26, 2008 · 1 Comment
Por mais que a gente diga que não há como saber mais sobre o assunto, não se pode megar que tem gente querendo mais. Por isos posto aqui o capítulo 8 do livro As Sociedades Secretas e Seu Poder no Século XX, de Jan Van Helsig, que fala sobre a Thule.
Para dar melhor esclarecimento sobre o “terceiro Reich” envolto em mistério e sobre o papel desempenhado por Adolf Hitler, devo voltar um pouco mais longe no tempo. Como alemães, estamos sem cessar associados ao terceiro Reich por toda a parte no mundo e particularmente após os últimos ataques contra os focos dos que pedem asilo político. Entretanto, poucas pessoas conhecem os verdadeiros motivos de então. Ouve-se por toda parte falar da “doutrina de raça da elite ariana e das câmaras de gás para os judeus”, mas ninguém conhece a origem desses fatos. Nos livros escolares, fala-se aos alunos do malvado Adolf Hitler, que sustentado por uma propaganda bem organizada e pela hipnose das massas, é segundo todas as aparências o único responsável por esses acontecimentos. Mas ninguém fala de quem ele obteve sua ideologia, nem quem o colocou nessa posição e principalmente por quem ele era financiado. Os livros que poderiam desvendar essas coisas foram voluntariamente tirados pelos Aliados e foi até mesmo proibido lê-los. Isso contribuiu também para manter até nossos dias uma sombra de misticismo sobre o passado dos alemães. Por isso penso que é muito necessário esclarecer o que ficou oculto, mesmo se as teses dos SS possam parecer para muitos como inacreditáveis. Encontrareis aqui “verdadeiro material” para ser discutido.Entre 1880 e 1890, muitas personalidades e, entre elas, algumas das cabeças mais eminentes da Inglaterra, encontraram-se para formar “A Ordem Hermética da Aurora Dourada” (The Hermetic Order of the Golden Dawn). Os membros da Golden Dawn eram recrutados, em primeiro lugar, na Grande loja da Franco-maçonaria inglesa (loja-mãe) e na Ordem dos Rosa-cruzes. A Golden Dawn era, de qualquer forma o ponto alto da franco-maçonaria esotérica inglesa dessa época e constituía seu núcleo mais íntimo e o mais secreto. Entre outros membros encontrava-se:Florence Farr; W. B. Yeats, prêmio Nobel de literatura: Bram Stoker (autor do Drácula); Gustav Meyrink (autor dos livros “O Golem” e “O Rosto Verde”); Aleister Crowley (o mago mais conhecido nestes últimos 100 anos, que passou, mais tarde, para a magia negra, fundador da Igreja Thelema e franco-maçom do 33.º grau do Rito Escocês); Rudolf Steiner (escritor e filósofo, fundador da antropossofia - “que constitui uma cisão da teosofia”) , franco-maçom do 33.º grau do Rito Escocês, dirigente da “Sociedade Teosófica” na Alemanha, grão-mestre da ordem dos Iluminados, Ordo Templi Orientis (OTO) e grão-mestre do ramo Mysteria Mystica Eterna. Ele saiu, entretanto, mais tarde da Golden Dawn por divergências de pontos de vista. Steiner recusou aceitar no Golden Dawn o ocultista Trebisch-Lincoln; isso foi-lhe cobrado mais tarde.Em 1917, as seguintes pessoas encontraram-se em Viena: o ocultista barão Rudolf von Sebottendorf, o discípulo de Gurdjieff, Karl Haushofer, o aviador de combate Lothar Waiz, o prelado Gernot da Sociedade dos Herdeiros dos Templários Societas Templi Marcioni e Maria Orsitsch (Orsic), uma médium de Zagreb. Essas pessoas tinham estudado muito as doutrinas e os rituais do Golden Dawn e estavam particularmente bem informadas das lojas secretas asiáticas. Sebottendorf e Haushofer, em particular, eram viajantes experimentados da Índia e do Tibete, muito aprofundados nas doutrinas e mitos desses países. Haushofer manteve contatos durante a Primeira Guerra com uma das mais influentes sociedades secretas da Ásia, a dos “Barretes Amarelos”. Essa foi fundada em 1409 pelo reformador budista Tsongkhapa. Haushofer lá foi iniciado e jurou suicidar-se se sua “missão” malograsse. Em seguida a esses contatos, comunidades tibetanas formaram-se na Alemanha dos anos 20.Durante as reuniões em Viena, os quatro jovens esperavam aprender alguma coisa sobre os textos de revelações secretas dos templários como também sobre a confraria secreta “Os Mestres da Pedra Negra”. O prelado Gernot pertencia à Sociedade dos Herdeiros dos Templários, que no meu conhecimento, é a única verdadeira sociedade templária. Tratava-se dos sucessores dos templários de 1307 que transmitiram seus segredos de pai para filho - até hoje. O prelado Gernot falou-lhes sobre a vinda de uma nova era, da passagem da era de Peixes para a era de Aquário. Lá se falava sobre o fato de nosso ano solar, correspondendo com as doze revoluções da lua, está dividido em doze meses, assim como a revolução do nosso sol ao redor do grande sol central (o sol negro do qual falam os antigos mitos) está dividido em doze partes. É tudo isso, sem esquecer a precessão do movimento cônico da Terra sobre si mesma devido à inclinação de seu eixo, que determina as eras.Segundo esses dados, um “mês cósmico” dura 2.155 anos, um “ano cósmico” dura perto de 25.860 anos. Pelo dito dos templários, nós estamos não somente nas portas de uma nova era (como é o caso a cada 2.155 anos), mas também no fim de um ano cósmico e nas portas de outro. Tendo completado seus 25.860 anos, a Terra recebe os últimos fracos raios da era de Peixes antes de entrar na era de Aquário sob fortes radiações. Ela deixa, segundo a definição indo-ariana, a época do Kali-Yuga, a era do pecado. Todas as mudanças de eras conduziram a turbulências políticas, religiosas, sociais e mesmo geológicas de grande amplitude. Essa fase de transformação da antiga para a nova idade é designada na doutrina da Mesopotâmia de “três passos duplos de Marduk”. É um lapso de 168 anos no meio do qual é esperado na Terra a chegada do raio Ilu, do raio divino.Após sábios cálculos, os templários designaram o dia 4 de fevereiro de 1962 como data do aparecimento desse raio. Foi assim que foi conhecida a data correspondente à metade deste período de transformação de 168 anos e que os acontecimentos particularmente importantes foram previstos para os anos 1934 e 1990.Podemos supor que o assunto principal da conversa entre as pessoas acima mencionadas se referia o subentendido em uma passagem do Novo Testamento de Mateus 21:43, onde Jesus se dirige aos judeus: “o reino de Deus vos será retirado e dado a outro povo que produzirá frutos”.O texto original completo a esse respeito que se encontra nos arquivos da Societas Templi Marcioni fala disso de uma maneira bem mais clara: De fato, Jesus disse concretamente de qual “outro povo” se trata, pois ele fala aos germânicos que serviam numa legião romana e lhes disse que esse será o seu povo. Foi isso que Sebottendorf e seus amigos quiseram definitivamente saber: o povo germânico, portanto, alemão, teria a missão de criar um reino de luz sobre a Terra. Anunciaram que o raio penetraria a Terra no monte Untersberg, perto de Salzburgo.No final de setembro de 1917, Sebottendorf encontrou-se com os membros da sociedade “Os Mestres da Pedra Negra” no monte Untersberg para receber o poder da pedra violeta-negra nome no qual a sociedade secreta se inspirou.“Os Mestres da Pedra Negra”, procedentes em 1221 da sociedade dos templários marcionistas e dirigidos por Hubertus Koch, tinham por meta combater o mal neste mundo e de participar da construção do reino de luz de Cristo. Essa força sombria que era preciso combater havia se manifestado no pretendido “Antigo Testamento” da Bíblia como sendo “Deus”, através de Moisés e de outros médiuns. Yahvé se dirige assim a Abrahão com as palavras hebraicas Ani ha El Shaddai traduzido por Eu sou El Schaddai - “o grande anjo caído” (Schaddai El) - o Satã (ver a tradução original da Bíblia, Gênesis 17:1).Sebottendorf havia encontrado resposta para sua pergunta: El Schaddai, o Deus do Antigo Testamento, foi o corruptor, o adversário de Deus. Seus adeptos participavam portanto da destruição da terra, da natureza, dos seres humanos. Eram os hebreus - o povo judeu. Jesus o explica sem rodeios no Evangelho de João 8:30-45, quando ele disse aos judeus:
Responderam-lhe (os judeus): “Nosso pai é Abraão”. Disse-lhes Jesus: Se sois filho de Abraão, praticai as obras de Abraão. Vós, porém, procurais matar-me, a mim, que vos disse a verdade que ouvi de Deus. Isso, Abraão não fez! Vós fazeis as obras de vosso pai. Disseram-lhe então: “Não nascemos da prostituição; temos só um pai: Deus”.
Disse-lhes Jesus: “Se Deus fosse vosso pai, vós me amaríeis, porque saí de Deus e venho dele; não venho por mim mesmo, mas foi ele que me enviou. Por que não reconheceis minha linguagem? É porque não podeis ouvir minha palavra. Tendes por pai o Diabo, e quereis realizar os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não permaneceu na verdade, porque nele não há verdade: quando ele mente, fala do seu próprio imo, porque é mentiroso e pai da mentira. Mas, porque digo a verdade, não credes em mim.
Muitos perguntam sempre ingenuamente: Por que Hitler atacou precisamente os judeus? Espero que as linhas escritas acima esclareceram o leitor. Segundo a Sociedade Thule, de onde se originaram, mais tarde, o DAP, o NSDAP, os SS, etc., o povo judeu com a missão recebida pelo Deus Yahve do Antigo Testamento para “criar o inferno na terra” era a causa das guerras e das discórdias na terra. As pessoas de Thule sabiam pertinentemente o que eram os sistemas bancários judeus, quer dizer, de Rothschild e companhia, assim como dos Protocolos dos Sábios de Sião. Eles sentiam-se como enviados, de acordo com a revelação de Sajaha, para combater esse povo e particularmente o sistema de lojas judias e de seus bancos a fim de criar o reino de luz na terra. (N.A.: como podeis verificá-lo, esses homens eram tão incapazes de combater as causas como seu mestre Jesus Cristo lhes havia ensinado, e de transformar o mundo por amor a si mesmo, à criação e de seu próximo (e o próximo pode pertencer a outra raça ou religião). Eles rejeitaram sua própria responsabilidade e a descarregaram sobre um culpado, Satã. Seu ódio tornou-os tão cegos que eles nem perceberam que estavam utilizando as mesmas armas que o pretendido Deus satânico Yahve que eles queriam combater. Essas pessoas deveriam, portanto, saber que a paz não se obtém fazendo a guerra.)Ao redor do barão Rudolf von Sebottendorf formou-se um círculo que passou da “ordem germânica” para a “Sociedade Thule” em 1918 em Bad Aihling. Além das práticas da Golden Dawn tais como o tantrismo, ioga e as meditações orientais, eles se entregavam à magia, à astrologia, ao ocultismo, decifravam o saber dos templários e procuravam estabelecer uma ligação entre esses domínios e a política.A Sociedade Thule acreditava - segundo a revelação de Isaías - na vinda de um Messias, “o terceiro Sargon”, que deveria trazer a glória e uma nova cultura ariana para a Alemanha. Os membros, mais importantes, nomeados por Dietrich Bronder em seu livro Bevor Hitler kam (Antes da vinda de Hitler) e por E. R. Carmin em “Gurú Hitler” (idem) são os seguintes:
1. Barão Rudolf von Sebottendorf, grão-mestre da ordem;2. Guido von List, mestre de ordem;3. Jörg Lanz von Liebenfels, mestre de ordem;4. Adolf Hitler, Führer, chanceler do Reich e chefe supremo da SS;5. Rudolf Hess, adjunto do Führer;6. Hermann Göring, marechal do Reich e chefe supremo da SS;7. Heinrich Himmler, chefe da SS do Reich e ministro do Reich;8. Alfred Rosemberg, ministro do Reich e dirigente dos nacionais-socialistas;9. Dr. Hans Frank, dirigente dos nacionais-socialistas e governador geral da Polônia;10. Julius Streicher, chefe supremo das SS e dirigente da região Francónia;11. Dr. Karl Haushofer, general de brigada na reserva;12. Dr. Goufried Feder, secretário de Estado aposentado;13. Dietrich Eckart, chefe-redator do “Völkischer Beobachter”;14. Berhard Stempfle, o confessor de Hitler e amigo íntimo;15. Theo Morell, médico pessoal de Hitler;16. Franz Gürtner, chefe da polícia de Munique;17. Rudolf Steiner, fundador da doutrina antroposófica;18. W. O. Schumann, doutor e professor da Faculdade de Ciências de Munique;19. Trebisch-Lincoln, ocultista e viajante do Himalaia;20. Condessa Westrap;e demais outros …
A Sociedade Thule dividiu-se, mais tarde, em dois ramos, o ramo esotérico (Do grego esoteros, que significa interior.), do qual Rudolf Steiner fazia parte, e o ramo exotérico (Do grego exoteros, que significa exterior.), do qual Hitler tomou, mais tarde, a direção. Alguns autores afirmam que os exoteristas tinham, entre outros, travado debates judiciários e condenado seres humanos à morte. Em todo o caso, Hitler perseguiu, mais tarde Steiner e seus discípulos e condenou à morte aqueles que ele pode pegar.
Algumas das doutrinas capitais que marcaram fortemente a Sociedade Thule foram a religião germano-ariana Wihinai, elaborada pelo filósofo Guido von List, a glaciologia do mundo de Hans Horbiger e o cristianismo original dos adeptos de Marcion que se opôs ao Antigo Testamento. O círculo mais íntimo, em todo o caso, tinha-se ligado contra os judeus do mundo inteiro e contra a franco-maçonaria e suas lojas.Alguns autores pretendem, entretanto, que a Sociedade Thule, havia tido, além do mais, outra ideologia. Não quero tirá-la do leitor, mesmo que não se trate forçosamente de uma realidade inabalável. Que o leitor julgue!
A História de “Thule” em poucas palavras:“Última Thule”, tinha sido a capital do primeiro continente colonizado pelos arianos. Este chamava-se Hiperbórea e teria sido mais antigo que a Lemúria e a Atlântida (continentes submersos, habitados antigamente por grandes civilizações). Na Escandinávia, existe uma lenda a respeito de “Última Thule” esse país maravilhoso no grande norte onde jamais havia o pôr do sol, e onde viviam os ancestrais da raça ariana.O continente “hiperbóreo” estaria situado no Mar do Norte e teria afundado por ocasião de uma época glacial. Supõe-se que seus habitantes vieram do sistema solar de Aldebaran, que é o astro principal da constelação de Touro; eles mediam perto de quatro metros de altura, tinham a pele branca e eram loiros de olhos azuis.Não conheciam guerras e eram vegetarianos (Hitler também, aliás). Pelos textos conhecidos a respeito de Thule, os hiperboreanos estavam bem mais adiantados em tecnologia e ter-se-iam servido dos Vril-ya, engenhos voadores que designamos hoje pelo nome de “OVNIs”. Graças a existência de dois campos magnéticos inversamente rotatórios, esses discos voadores eram capazes de levitar, atingiam velocidades enormes e realizavam manobras de vôo, desempenho que observamos também nos OVNIs. Teriam utilizado a força Vril como potencial energético, quer dizer, como combustível (Vril = éter, ou prana, chi, força cósmica, orgon… Mas esse nome é derivado também do vri-ll do acadiano que significa “semelhante a mais alta divindade” ou “igual a Deus”.). Eles subtraíram pois a energia (que não custava nada) do campo magnético terrestre, como o faz o conversor a taquions do comandante Hans Coler ou o motor a “espaço quanta” desenvolvido por Olive Crane.Quando o continente hiperbóreo começou a afundar, os habitantes começaram a cavar túneis gigantescos na crosta terrestre com grandes máquinas e ter-se-iam estabelecido sob a região do Himalaia. Esse reino subterrâneo tem o nome de Agartha ou Agarthi, e sua capital denomina-se Shamballah. Os persas denominaram esse reino subterrâneo “Ariana” ou “Arianne”, o país de origem dos arianos. Notamos aqui que Karl Haushofer afirmou que Thule era, de fato a Atlântida e ele dizia, contrariamente a todos os outros pesquisadores do Tibete e da Índia, que os sobreviventes da Thule-Atlântida se dividiram em dois grupos, um bom e um mau. Os bons, que, devido ao seu oráculo, tomaram o nome de Agarthi, instalaram-se na região do Himalaia; os maus, que se denominavam, de acordo com Haushofer, os Shamballah e que queriam reduzir os seres humanos à escravidão, dirigiram-se para o Ocidente. Haushofer afirmava que um combate já existia há milhares de anos entre os de Agarthi e os de Shamballah, combate que teve continuidade com a Sociedade de Thule, com o terceiro Reich, representando os Agarthi, contra os de Shamballah, os franco-maçons e os sionistas. Esta era provavelmente também a missão de Haushofer.O soberano desse reino seria “Rigden Iyepo”, o rei do mundo, e seu representante na terra seria o Dalai-lama. Hushofer estava persuadido que esse reino subterrâneo sob o Himalaia era o lugar de origem da raça ariana. Ele teria tido a prova disso, dizem, por ocasião de suas numerosas viagens ao Tibete e à Índia.A insígnia marcante de Thule teria sido a suástica com os braços virados a esquerda. Segundo os dizeres dos lamas tibetanos e do Dalai-lama em pessoa, as pessoas de Agarthi existem ainda hoje. O reino subterrâneo, que está bem arraigado em quase todos os ensinamentos orientais, teria se expandido ao longo de milênios sob toda a superfície da terra com centros imensos sob o Saara, sob Yucatan no México, sob as montanhas do Mato Grosso e sob as montanhas de Santa Catarina no Brasil, sob o monte Shasta na Califórnia, na Inglaterra, no Egito e na Checoslováquia…Hitler empenhou-se particularmente para encontrar as entradas do reino subterrâneo de Agartha e de poder entrar em contacto com os descendentes dos “homens-deuses” arianos de Aldebaran-Hiperbórea. Nas lendas e tradições desse reino subterrâneo, relata-se entre outras coisas, que haverá em nosso globo uma maldosa gerra mundial (a terceira) que terminará devido a tremores de terra e de outras catástrofes naturais, entre outras a inversão dos pólos, que causarão a morte de dois terços da humanidade.
Após esta “última” guerra, as diferentes raças do interior da terra reunir-se-ão de novo com os sobreviventes da superfície do globo e introduzirão a “Idade de Ouro” milenar (era de Aquário). Hitler quis criar uma “Agartha” ou a “Ariana” sobre a terra com a raça dos mestres arianos, e esse lugar devia ser a Alemanha. Durante o “Terceiro Reich”, houve duas grandes expedições do SS ao Himalaia para encontrar as entradas do reino subterrâneo. Outras expedições aconteceram para os Andes, nas montanhas do Mato Grosso e de Santa Catarina no Brasil, na Checoslováquia e na Inglaterra.E também, alguns autores afirmam que as pessoas de Thule acreditavam que independentemente do sistema de túneis e de cidades subterrâneas, a terra era oca, com duas grandes entradas, uma no pólo Norte e outra no pólo Sul. Referiam-se às leis da natureza: “tal o microcosmo, tal o macrocosmo”. Que se trate de uma célula do sangue, de uma célula do corpo ou de um óvulo, de um cometa ou de um átomo, todos eles têm um núcleo e uma cavidade envolta por uma cobertura, a corona radiata, a própria vida ocorre, pois, no interior. As pessoas de Thule haviam concluído que a terra devia ser constituída segundo o mesmo princípio. Até os drusos também confirmavam este fato, pois são as cavidades rochosas que tem vida própria em seu interior, quer dizer, nos minerais e cristais.Por conseqüência, a terra deverá também ser oca - o que corresponde, aliás, com as afirmações dos lamas tibetanos e do Dalai-lama - e ela deveria ter um núcleo, quer dizer, um sol central que confere ao seu interior um clima regular e uma luz solar permanente.A verdadeira vida do nosso planeta passar-se-ia no interior dele, a raça dos mestres viveria dentro, e os mutantes, na superfície. Esta seria a razão que explica por que não podemos descobrir vida sobre os outros planetas do nosso sistema solar, pois os habitantes lá viveriam também no seu interior. As entradas principais seriam no pólo Norte e no pólo Sul, pólos atravessados pela luz do sol central, que cria as “auroras boreais”, as pretensas luzes dos pólos.A massa sólida ocuparia maior volume no interior do nosso planeta do que a massa das águas. Segundo o explorador dos pólos Olaf Jausen e outros exploradores, a água no interior seria água doce, o que explicaria que o gelo do Ártico e do Antártico não é constituído de água salgada e sim de água doce. Essa tese sobre a constituição de nossa terra está apoiada pelos testemunhos de exploradores dos pólos, Cook, Peary, Amundsen, Nansen, Kane e também pelo almirante E. Byrd. Eles todos tiveram as mesmas experiências estranhas que não concordavam com as teorias “científicas” estabelecidas.Todos verificaram que o vento se aquecia acima de 76º de latitude, que as aves voavam acima do gelo em direção do Norte e que os animais, tais como as raposas, se dirigiam para a mesma direção, que encontraram neve colorida e cinzenta que derretendo-se, soltava um pólen de flores multicolorido ou então cinza vulcânica. A questão é a seguinte: de onde vem o pólen das flores que encontramos no pólo Norte? De onde vem o pó vulcânico, pois nenhum vulção está assinalado nas cartas geográficas oficiais disponíveis? Além do mais, aconteceu de que alguns pesquisadores se encontraram às vezes sobre um mar de água doce, e todos relataram ter percebido dois sóis num dado momento da viagem. E também, eles encontraram mamutes com a carne ainda fresca e em cujo estômago continha algumas vezes, erva fresca. (Se o leitor desejar saber mais a respeito da terra oca e se as diferentes experiências dos exploradores dos pólos lhe interessarem, ele encontrará alguns livros a esse respeito na literatura complementar, p. 482).
Nota do autor:1) Que a terra seja oca, não é somente uma teoria para o público em nossos dias, pois alguns exploradores dos pólos afirmam ter lá estado. O almirante E. Byrd até tirou numerosas fotos. É inegável que todos os exploradores tiveram experiências muito estranhas, que ficaram inexplicáveis até agora, o que comprova que acontecem coisas bem curiosas por detrás disso.E mesmo não passa de uma teoria afirmar que a terra possuiria um núcleo em fusão. Ao contrário, é um fato que existam sistemas de túneis e de cavernas subterrâneas construídos por seres humanos. Encontramo-los em quase todos os países da terra, testemunhando uma técnica altamente desenvolvida, de uma antiga cultura remontando a milhões de anos. Eles são, para a maioria, iluminados por uma fonte de luz (um clarão esverdeado que se clareia mais à medida que se penetra neles); eles têm as paredes talhadas e lisas e contém máquinas desconhecidas, tais como aquelas que foram retiradas do Boynton Canyon, em Sedona, no Arizona. (No fim do livro, encontram-se títulos de obras referindo-se a esse respeito.)Para as pessoas de Thule, esses mitos sobre “a terra oca” eram, manifestamente, muito abundantes para ser tomados a sério. Uma expedição, ao menos, aconteceu, durante a Segunda Guerra Mundial, no Antártico. (Mais detalhes em seguida.)
Para mostrar que a história dos hiperbóreos arianos não é sem fundamento, eis aqui dois exemplos: quando em 1532 os conquistadores espanhóis sob o comando de Pizarro chegaram à América do Sul, os indígenas chamaram-nos de vicarochas (mestres brancos). Em suas lendas, trata-se de uma raça de mestres gigantes de pele branca que, séculos antes, desciam do céu com “discos voadores”. Estes últimos haviam reinado muito tempo sobre uma parte de suas cidades e haviam em seguida desaparecido, após terem prometido que voltariam. Os indígenas acreditaram estar vendo o retorno dos vicarochas nos espanhóis de pele clara, e lhes deram, portanto, no início, seu ouro.Aconteceu a mesma coisa no Tibete e em outras regiões do Himalaia quando os primeiros viajantes brancos chegaram. Os tibetanos olharam-nos espantados, perguntando-lhes porque eles vinham de baixo (do sopé da montanha), pois eles chegavam habitualmente do alto.Vós, amigos leitores, nunca ouvistes falar algo a esse respeito? Não? É bem lastimável, pois a ideologia dos dirigentes alemães do Reich era, de fato, baseada sobre o tema de El Schaddai, que teve como conseqüência a perseguição dos judeus, sobre a revelação de Isaías, sobre o saber dos templários e talvez também sobre isso que acabo de relatar. Esses temas estavam subjacentes em todas as ações empreendidas, incluindo o desencadeamento da Segunda Guerra Mundial.Existem duas formas de conceber isso tudo:Ou pensais que toda a elite do terceiro Reich tinha a mente desequilibrada e se drogava, e ignorais tudo a esse respeito, ou vos dais ao trabalho de procurar se essas histórias contêm uma verdade.Não é, entretanto, na Alemanha que ireis encontrar os livros a esse respeito, pois toda a literatura que pudesse esclarecer algo foi radicalmente eliminada pelos Aliados.
2) Tendo em vista as atividades da extrema direita na RFA, foi certamente oportuno interditar alguns escritos que apelavam abertamente e às vezes também de uma forma muito primitiva para um racismo violento. Mas, se quisermos restituir fielmente os acontecimentos políticos e religiosos do passado e do presente, é preciso não omitir essa informação.Mas nós acabamos com esses mistérios. Como irei demonstrar-vos, é referindo-se a esses mitos que a elite alemã do Reich passou à ação.Em outubro de 1918, Sebottendorf deu a missão aos irmãos da loja Karl Harrer e Anton Drexler para formarem um círculo de trabalhadores. Este tornou-se, mais tarde, o Partido dos Trabalhadores Alemães, o Deutsche Arbeiterpartei, DAP. A revista da Sociedade Thule era o Völkischer Beobachter (O Observador do Povo). Ele foi diretamente retomado pela NSDAP que se formou a partir do DAP.Em outubro de 1918, o jovem ocultista e esoterista Adolf Hitler (que na realidade se chamava Adolf Schicklgruber: Hitler era o nome de solteira de sua mãe) entra para o DAP, o partido de Thule, e foi notado pelos seus talentos de orador.Trevor Ravenscroft descreveu no Der Speer des Schicksals (A Lança do Destino) o que também foi dito por um amigo de juventude de Hitler, Walter Johannes Stein, que se tornou mais tarde o conselheiro do franco-maçom Winston Churchill:
Hitler, já um grande adepto do misticismo com a idade de 20 anos, tentava alcançar os níveis de consciência elevados com o auxílio de drogas. Por intermédio do livreiro Pretzsche em Viena, adepto do misticismo germânico e da doutrina da raça dos mestres arianos que dela provinha, Hitler forjou as bases de sua visão futura do mundo e, com seu auxílio, ele usou o Peyotl (Mescalina), droga alucinógena para alcançar a iluminação mística. Nessa época, Hitler teve também conhecimento dos “Protocolos dos Sábios de Sião”, o que acentuou sua aversão pelos judeus.
Não é para se espantar que Hitler, já dependente das drogas quando jovem, tomasse fortes narcóticos durante toda sua vida. Conforme o diário de bordo de seu médico pessoal, Theodor Morell, Hitler recebeu durante os seis anos que durou a guerra, injeções de diferentes calmantes, de estriquinina, de cocaína, de derivados morfínicos e outras drogas.Hitler foi engajado pela DAP, o partido de Thule, como orador eleitoral e aprendeu, mais tarde, a ler e a escrever bem graças à Dietrich Eckart, anti-bolchevista e irmão da Sociedade Thule. Eckart fez dele a personalidade que conhecemos mais tarde. Ele o introduziu nos círculos de Munique e de Berlim, e Hitler adotou quase a totalidade das concepções da Sociedade Thule.Em 1924, quando Hitler se encontrava na prisão em Landsberg em conseqüência do Putsch que falhou, Haushofer passou várias horas por dia com ele para transmitir-lhe suas teorias e seus projetos. Ele lhe forneceu entre outros, o livro de Lord Bulwer-Lytton, The Coming Race (A Raça Vindoura). A descrição de Bulwer-Lytton de uma raça ariana altamente desenvolvida que vive debaixo da terra é quase idêntica àquela da qual falamos antes. Em seu livro, as naves em forma de pratos têm um papel especial. Teve também, ainda, a publicação do livro de Ferdinand Ossendowski, “Bestas, homens e deuses”, que desvendou as lendas de Agartha e de Shamballah.
Hitler estava, de fato, completamente absorvido pela busca do reino subterrâneo e pela doutrina da raça ariana própria dos membros da Sociedade Thule.Haushofer e Rudolf Hess tiveram o encargo da instrução política de Hitler. Em Landsberg, Hitler escreveu Mein Kampf, fazendo um amálgama das teorias de Haushofer, dos pensamentos de Rosenberg e da propaganda política. Rudolf Hess se ocupou da formulação exata e datilografou seu texto à máquina.A influência de Karl Haushofer, designado como o “grande mago do terceiro Reich”, mostra que papel desempenharam o misticismo e o ocultismo no Reich. Davam a Haushofer o “dom da profecia”, tal era a precisão de suas predições, que lhe beneficiavam de uma ascensão fulgurante nos meios influentes ocultos da época de antes da guerra na Alemanha.Jack Fisherman escreveu a esse respeito, no livro The Seven Men of Spandau, que Rudolf Hess, entre outros, estava completamente obscurecido pelas idéias e pelas teorias de Haushofer. Sua estranha viagem para a Inglaterra o comprova. Haushofer tinha, com efeito tido um sonho no qual “ele divisava Rudolf Hess atravessando os corredores dos castelos ingleses levando a paz às duas maiores nações nórdicas”. E como Hess estava persuadido da certeza das profecias de Haushofer, ele seguiu esse sonho ao pé da letra.Nós iremos compreender a que ponto os dirigentes do terceiro Reich tomaram conta do “equipamento” mágico da Sociedade Thule.A saudação de Thule, Heil und Sieg (Salvação e Vitória) foi retomada por Hitler que a transformou em Sieg Heil. Essa saudação, em ligação com o braço levantado, é um ritual mágico utilizado para a formação de voltas. Franz Bardon descreveu com detalhes as voltas mágicas e suas utillizações.Franz Bardon, denominado também Frabato, foi, para mim, o mais conhecido mago alemão (1909-1958). Hitler lhe propôs postos elevados no governo com a condição de que ele pusesse a sua disposição seus talentos de mago para ajudá-lo a ganhar a guerra. Além disso, Bardon devia revelar a Hitler os endereços das noventa e oito outras, das 99.ª lojas existentes na terra. Quando Bardon recusou-se a auxiliá-lo, foi submetido às piores torturas. (Frabato, Franz Bardon, p. 173)Mas os alemães não foram os únicos a utilizar os ritos mágicos para fins políticos. O sinal da vitória dos ingleses, sinal com os dedos afastados, não foi reconhecido até 1940 a não ser pelos maiores iniciados dos altos graus franco-maçônicos.Quando Winston Churchill, franco-maçom de grau elevado, temia em 1940 que a Inglaterra fosse enfeitiçada pelo sinal mágico de Hitler, que aparentemente tinha sucesso (a saudação de Hitler), seu mentor em magia, o satanista A. Crowley, aconselhou-o a contrapor esse perigo com o sinal mágico dos dedos afastados (sinal em v).As SS, denominadas também “A Ordem Negra”, não eram de forma alguma um regimento da polícia, mas uma verdadeira ordem religiosa com uma estrutura hierárquica. Quem poderia pois pensar que esse brutal partido nazista era uma ordem sagrada? Tal afirmação pode parecer ridícula, fora de época, mas essa não é a primeira vez na história que uma ordem sagrada é responsável por atos de atrocidades sem nome. Os jesuítas e também os dominicanos que dirigiam a Inquisição na Idade Média, são exemplos gritantes.A Ordem Negra era a manifestação concreta das concepções esotéricas e ocultas da Sociedade Thule. No interior das SS se encontrava outra sociedade secreta, a elite, o círculo, o mais íntimo das SS, a SS “Sol Negro”. Nosso sol giraria em volta do sol negro, quer dizer, de um grande sol central, o sol primordial, que é representado pela cruz com os braços isósceles. Essa cruz foi desenhada sobre os aviões e os carros do terceiro Reich. Os templários, os rosa-cruzes e muitas outras antigas lojas a empregavam ainda nessa mesma ótica.A Sociedade Thule e aqueles que iriam tornar-se, mais tarde, os SS “Sol Negro” trabalharam em estreita colaboração não somente com a colônia tibetana em Berlim, mas também com uma ordem de magia negra tibetana. Hitler estava em contato permanente com um monge tibetano com luvas verdes que era designado como o “guardião da chave” e que teria sabido onde se encontrava a entrada de Agartha (a Ariana).Em 25 de abril de 1945, os russos descobriram os cadáveres de seis tibetanos dispostos em círculo num subterrâneo berlinense, e no centro se encontrava aquele homem das luvas verdes. Diz-se que foi um suicídio coletivo. Em 2 de maio de 1945, após a entrada dos russos em Berlim, encontraram mais de 1.000 homens mortos que eram, sem a menor dúvida, originários das regiões do Himalaia e haviam combatido com os alemães. Que diabo faziam pois os tibetanos afastados, milhares de quilômetros de sua terra, com uniformes alemães?Numerosos jovens foram formados pelo “Sol Negro” durante o terceiro Reich; eles eram consagrados no castelo forte de Wewelsburg e enviados ao Tibete para lá continuar a sobreviver e preparar-se para afrontar o grande combate final deste fim de século.
Pelos relatos de Frank Bardon, Adolf Hitler era também membro de uma loja “FOGC” (ordem franco-maçônica da centúria de ouro), conhecida, de fato, como a 99.ª loja. No que concerne às lojas, existem noventa e nove lojas disseminadas pelo mundo e cada uma é composta de 99 membros. Cada loja está sob a dominação de um demônio, e cada membro tem um próprio “demônio” só para ele. O demônio ajuda a pessoa a adquirir dinheiro e poder, mas, em troca, a alma dessa pessoa é obrigada a servir esse demônio após sua morte. E também, cada ano, um membro é sacrificado ao demônio da loja, em virtude disso um novo membro é admitido. Os membros das 99.ª lojas são também dirigentes muito influentes na economia e nas finanças e estão mais presentes hoje do que nunca. As lojas FOGC, quer dizer, as 99.ª lojas, são, pelo meu conhecimento, o pior dos perigos; ao lado delas, o satanismo ao qual se refere a “igreja de Satã” de Anton La Vey, de quem se fala na mídia, é bem inofensivo!Franz Bardon confirmou que Hitler e a ordem Thule foram um instrumento entre as mãos de um grupo de magos negros tibetanos.Somente aquele que sabe isso está apto para compreender a frase de Hitler na ocasião de seu discurso em 30 de janeiro de 1945:
Não é a “Ásia Central” que sairá vitoriosa dessa guerra, mas a Europa e, à frente destas nações que, já há 1.500 anos, se revelou como o poder predominantemente capaz de representar a Europa contra o Oriente e que a representará também no futuro: falo do nosso grande Reich alemão, a nação alemã! (Discurso e proclamação de Hitler de 1932 a 1945 - de Max Domarus).
Em que Hitler se tornou, suscitou muitos mitos. Segundo os dizeres de Franz Bardon e Miguel Serranos (ex-embaixador chileno na Áustria), Hitler fugiu para a América do Sul com o auxílio da 99.ª loja. Até dizem que o cadáver encontrado e cuja dentadura foi identificada como sendo falsa pelo dentista de Hitler teria sido colocada lá pela 99.ª loja. Um jornal alemão de grande tiragem publicou em 5 de março de 1979 que foi encontrado o avião particular de Hitler na selva da América do Sul. Joseph Griner, autor de Das Ende des Hitler-Mythos (O fim do mito Hitler), afirma que Hitler decolou com seu avião em 30 de abril de 1945 do aeroporto de Tempelhof em Berlim.O que me parece, entretanto, o mais provável, no caso que ele tenha sobrevivido, é que ele se tenha servido dos discos voadores desenvolvidos pela “Sociedade Vril”, que serão descritos no capítulo seguinte, para deixar a Alemanha. Que Hitler morreu ou não naquela época, desde então, em todo caso, é certo!Karl Haushofer, depois de ter falhado em sua “missão” primeiro assassinou sua mulher em 14 de março de 1946 antes de fazer o Hara-Kiri assim como ele havia jurado aos “Barretes Amarelos”.Foi por instigação da Sociedade Thule que todo o arsenal teórico e prático do terceiro Reich foi construído. Os banqueiros internacionais forneceram seu dinheiro. A terra de onde tudo saiu é sempre fértil, pois os rebentos da Sociedade Thule estão sempre vivos.Houve também outra sociedade secreta que anunciou a vinda de um Messias ariano, a “Sociedade Edelweiss”. Hermann Göring, o responsável pelas finanças nazistas, era membro dela. Mas é inútil delongar-se sobre esse assunto.
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Renascimento o Livro no site Verdes Trigos
março 18, 2008 · No Comments
O livro Renascimento, meu terceiro romance, foi comentado no site da ONG Verdes Trigos, dedicada à divulgação da literatura nacional. Acesse http://www.verdestrigos.org/agora/blogger.asp e veja o comentário. Aproveite e procure o livro numa livraria próxima de você!
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Os Mistérios Rosacruzes - Parte 1: O Problema da Vida e a Sua Solução
março 14, 2008 · No Comments
O texto a seguir corresponde ao capítulo 2 da obra Os Mistérios Rosacruzes, de Max Heindel.
O problema da VidaEntre todas as vicissitudes da vida, embora a experiência humana varie muito de indivíduo para indivíduo, há um acontecimento que e inevitável para todos: a Morte! Não importa qual seja a nossa posição social; se a vida que vivemos foi louvável ou não; se nossa passagem entre os homens ficou marcada por grandes feitos; se vivemos uma vida saudável ou de enfermidades; se fomos famosos e rodeados de amigos ou obscuros e solitários, chegará um momento em que estaremos sós, diante do portal da Morte, e seremos forçados a dar um salto no escuro.O pensamento sobre esse salto e o que possa existir além, força toda criatura a pensar. Nos anos de juventude e saúde, quando o barco da nossa vida navega nos mares da prosperidade, quando tudo nos parece belo e brilhante, podemos por de lado tal pensamento; mas certamente chegará um dia na vida de toda pessoa sensata em que o problema da Vida e da Morte impor-se-á à sua consciência, recusando-se a ser posto de lado. Nem será de grande proveito aceitar uma solução preconcebida, forjada por qualquer um, sem reflexão e na base da fé cega, porque esse é um problema fundamental que cada pessoa deve resolver por si mesma, para ficar satisfeita.No limite oriental do Deserto do Saara está a mundialmente conhecida Esfinge, com sua face impenetrável voltada para o Leste, sempre saudando o Sol, quando seus primeiros raios anunciam um novo dia. Diz a mitologia grega que era habito desse monstro formular um enigma a todo viajante, devorando aqueles que não sabiam responder acertadamente. Mas quando Édipo resolveu o enigma, a Esfinge destruiu-se a si mesma.O enigma que a Esfinge propunha aos homens era o da Vida e o da Morte, uma questão que tinha tanta importância naquele tempo quanto hoje, e para o qual cada um deve encontrar uma resposta ou será devorado na mandíbula da morte. Mas, uma vez que a pessoa tenha encontrado a solução para o problema, tomar-se-á evidente que, na realidade, a Morte não existe e aquilo que se parece com ela não passa da mudança de um estado de existência para outro. Portanto, ao homem que encontra a verdadeira solução para o enigma da vida, a Esfinge da morte deixa de existir e ele pode elevar sua voz num grito triunfante: “Oh Morte, onde está o teu aguilhão? Oh tumulo, onde está a tua vitória?”.Várias teorias tem sido formuladas para se resolver esse problema da vida. Essas teorias podem ser divididas em duas classes fundamentais: a teoria monística, que sustenta que todos os fatos da vida podem ser explicados, tomando-se como base este mundo visível no qual vivemos, e a teoria dualista, que explica uma parte destes fatos por fenômenos da vida ocorridos em mundos que estão fora do alcance da nossa visão física.No seu famoso quadro “A Escola de Atenas”, Rafael apresentou de uma forma muito hábil as atitudes dessas duas escolas de pensamento. Vemos nesse maravilhoso quadro um átrio Grego, semelhante aqueles em que os filósofos outrora costumavam congregar-se. Sobre os diversos degraus que conduzem ao interior do edifício, vê-se um grande número de homens mergulhados em profunda conversação, mas, no centro, no cimo dos degraus, permanecem duas figuras que se supõe serem Platão e Aristóteles, um apontando para cima, o outro para a terra, encarando-se mudos, mas com profunda e concentrada determinação, cada um pretendendo convencer o outro de que sua opinião é a verdadeira, porque ambos estão convictos em seu coração. Um deles sustenta que é feito do barro da terra, que veio do pó, ao qual voltará; o outro advoga firmemente a idéia de que há algo superior que sempre existiu e continuará existindo, não importa o que possa acontecer ao corpo em que se vive agora.A questão de saber quem está certo ainda se acha sem solução para a grande maioria da humanidade. Milhões de toneladas de papel e muita tinta foram gastas em tentativas inúteis de chegar-se à resolução da questão com argumentos, mas permanecerá a interrogação para todos que não solucionaram o enigma por si mesmos, porque esta é uma questão fundamental, faz parte da experiência da vida de cada ser humano resolvê-la e, portanto, ninguém pode nos dar a solução final para a nossa satisfação. Aqueles que realmente solucionaram esse problema, tudo o que podem fazer é mostrar aos outros o caminho que os levou a encontrar a solução e, desse modo, conduzir o investigador para que também possa pelos próprios esforços chegar a uma conclusão.Esta é a finalidade deste pequeno livro. Não se pretende oferecer uma solução para o problema da vida, para que ela seja aceita cegamente, pela confiança na capacidade de investigação do autor. Os ensinamentos aqui expostos foram oferecidos por meio da Grande Escola Ocidental de Mistérios Ordem Rosacruz, e são o resultado dos testemunhos de grande número de videntes exercitados, e que foram comunicados ao autor e suplementados por sua investigação pessoal dos planos atravessados pelo Espírito na sua jornada cíclica, desde o mundo invisível até este plano de existência e o seu retomo.Não obstante, adverte·se o estudante de que o autor pode ter entendido de modo errado alguns dos ensinamentos e de que, apesar do maior cuidado que teve, pode ter tomado algum ângulo errôneo daquilo que acredita ter visto no mundo invisível, no qual as possibilidades de se equivocar são múltiplas. Aqui, no mundo que nos cerca, as formas são fixas, não mudam facilmente; mas no mundo ao nosso redor, perceptível somente à visão espiritual, podemos dizer que não existe realmente a forma e que tudo ali e vida. Para ser mais exato, as formas são tão mutáveis que as metamorfoses descritas nos contos de fadas ocorrem ali com uma freqüência impressionante e, por esta razão, temos as surpreendentes revelações de médiuns e clarividentes inexperientes que, embora honestos, são enganados pela ilusão da forma, que é efêmera, por serem incapazes de ver a vida, que constitui a base permanente da forma.É preciso que aprendamos a ver nesse mundo. A criança de poucos meses ainda não consegue avaliar bem o espaço e pretende apanhar objetos que estão fora do seu alcance, até que aprenda a calcular as distâncias. Uma pessoa cega que readquire a capacidade da visão por uma operação, no princípio estará inclinada a fechar os olhos quando for de um lugar para outro, e dirá que, para ela, e mais fácil caminhar pelo tato do que pela visão, devido ao fato de que ainda não aprendeu a usar sua nova faculdade. Do mesmo modo, a pessoa cuja visão espiritual se tenha manifestado recentemente, precisa de treinamento e, neste caso, a instrução é ainda mais necessária do que à criança e ao cego já mencionados. Negar a alguém essa instrução seria o mesmo que colocar uma criança recém-nascida num berçário onde as paredes fossem recobertas por espelhos de diferentes curvaturas, côncavos e convexos, que retorcessem e desfigurassem sua própria imagem e a dos que a assistem. Se uma criança crescesse em tal ambiente e não lhe fosse possível ver a forma real das coisas, a sua e a dos companheiros, naturalmente acreditaria que as formas reais seriam aquelas deformadas que se habituou a ver, quando, na realidade, os espelhos seriam os causadores dessa ilusão. Se a criança e as pessoas envolvidas numa experiência desta índole fossem um dia retiradas desse lugar ilusório, não seriam capazes de reconhecer as formas naturais até que fossem devidamente treinadas para isso. Aqueles que desenvolveram a visão espiritual estão expostos a sofrer tais ilusões, até que sejam instruídos para ajustar-se à distorção e ver a vida, que é permanente e estável, desprezando a forma, que é evanescente e instável. O perigo de ver as coisas fora de foco permanece sempre e é tão sutil que o autor sente o dever imperativo de advertir aos leitores para que tomem todas as suas citações referentes aos mundos invisíveis com a maior cautela, pois ele não tem a menor intenção de enganar ninguém. Sente-se, antes, inclinado a aumentar do que a diminuir suas próprias limitações, e aconselharia o estudante à não aceitar nada do que o autor escreveu sem primeiro raciocinar por si mesmo. Desse modo, se ele se enganar, ter-se-á enganado sozinho, não podendo censurar o autor por isso.Três Teorias da VidaApenas três teorias dignas de consideração são apresentadas como soluções ao enigma da existência e, com o propósito de que o leitor possa fazer a importante escolha entre elas, passamos a apresenta-las resumidamente, dando alguns dos argumentos que nos levam a defender a doutrina do Renascimento como o método que favorece o desenvolvimento da alma e a aquisição final da perfeição, oferecendo a melhor solução ao problema da vida.1) A Teoria materialista ensina que toda a vida e apenas uma curta jornada do berço ao tumulo, que não há no Cosmos inteligência superior à do homem, que sua mente e produto de certas correlações da matéria, e que, portanto, a existência termina com a morte e a dissolução do corpo.Houve dias em que os argumentos dos filósofos materialistas pareciam convincentes, mas, à medida que a ciência avança, descobre-se mais e mais evidências de que há um lado espiritual no Universo. Que a vida e a consciência possam existir sem que disso nos seja dado evidência alguma foi plenamente comprovado nos casos de pessoas que se encontravam em transe profundo, consideradas como mortas durante vários dias e que despertaram repentinamente, contando tudo o que se passou em torno do seu corpo durante o transe. Cientistas eminentes, tais como Sir Oliver Lodge, Camille Flammarion, Lombroso, e outros homens de inteligência brilhante e capacidade cientifica, declararam inequivocamente, como resultado de suas investigações, que a inteligência que chamamos homem sobrevive à morte do corpo e continua vivendo em torno de nós, independentemente de a vermos ou não, como a luz e a cor existem em torno de uma pessoa cega, independentemente do fato de essa pessoa percebe-las ou não. Esses cientistas chegaram a essa conclusão depois de muitos anos de cuidadosa investigação. Eles descobriram que os chamados mortos podem, e o fazem em determinadas circunstâncias, comunicar-se conosco, de tal forma que qualquer engano a este respeito é inadmissível. Sustentamos que tal testemunho é muito mais valioso do que o argumento do materialismo, porque é baseado sobre anos de investigação cuidadosa e porque está em harmonia com Leis tão bem conhecidas como a Lei da Conservação da Matéria e a Lei da Conservação da Energia. A mente é uma forma de energia e está imune a destruição, contrariamente ao que afirma o materialista. Portanto, podemos por de lado a Teoria materialista, por considera-la imprópria devido ao fato de ela não se harmonizar com as Leis da Natureza e com fatos bem estabelecidos.2) A Teoria Teológica proclama que, justamente antes de cada nascimento, é criada por Deus uma alma e esta entra no mundo, onde vive por um tempo que varia desde poucos minutos até um número não muito grande de anos; que no final desse curto espaço de vida, ela retorna, passando pelo portal da Morte ao invisível Além, onde permanece para sempre, num estado de felicidade ou de sofrimento, conforme as ações que tenha praticado em seu corpo durante os poucos anos em que aqui viveu.Platão insistia na necessidade de uma definição clara dos termos como base de um argumento, e nos confirmarmos que isso é tão necessário ao tratar-se do problema da vida, do ponto de vista da Bíblia, como o é para os argumentos platônicos. De acordo com a Bíblia, o homem é um ser composto, que consta de Corpo, Alma e Espírito. Os dois últimos termos são, freqüentemente, tomados como sinônimos, mas nós insistimos em que não podem ser tomados um pelo outro e, para sustentar nossa afirmação, apresentamos a explicação a seguir.Todas as coisas estão em estado de vibração. As vibrações dos objetos que nos rodeiam estão constantemente agindo sobre nós e trazem aos nossos sentidos o conhecimento do mundo exterior. As vibrações do éter atuam sobre os nossos olhos, para que possamos ver, e as vibrações do ar transmitem os sons aos nossos ouvidos.Também respiramos ar éter que, desse modo, estão carregados das imagens e sons do nosso ambiente, e assim, pelo ato da respiração, recebemos internamente um quadro completo do ambiente que nos rodeia, em todos os movimentos da nossa vida.Esta é uma proposição cientifica. A ciência não explica o que acontecerá com essas vibrações, mas, de acordo com os Ensinamentos dos Mistérios Rosacruzes, elas são transmitidas ao sangue e se gravam sobre um pequeno átomo no coração, tão automaticamente como são produzidas, na película sensível, as imagens cinematográficas, ou como se gravam os sons num disco. Esse registro tem inicio com a primeira inalação de ar da criança recém-nascida, e termina somente com o ultimo estertor do homem moribundo; a “alma” é um produto da respiração. O Gênesis também mostra a relação entre a respiração e a alma, nas seguintes palavras: “E o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o sopro da vida; e o homem se fez uma alma vivente.” (A mesma palavra: nephesh é traduzida como respiração e como alma, na passagem citada.)Na existência post-mortem dispõe-se do registro respiratório. Os bons atos da vida produzem sentimentos de prazer e a intensidade da atração incorpora-os ao Espírito, como poder anímico. Por conseguinte, o registro respiratório dos bons atos é a Alma que se salva e que, pela união com o espírito, se torna imortal. Acumulando-se esse Bem, vida após vida, nos tornamos mais ricos de alma, e, como conseqüência, isso também e a base do crescimento anímico.O registro dos nossos maus atos também se processa por meio da nossa respiração, nos momentos em que os cometemos. Cada um desses atos maus produzem dor e sofrimento para o espírito no Purgatório, e só depois de o espírito ter conseguido expiá-los é que esses atos se apagam do registro respiratório. Como essa parte da alma não pode viver independentemente do seu espírito vivificante, o registro da respiração correspondente aos nossos pecados se desintegra pelo expurgo e, desse modo, podemos verificar que “a alma que peca, morrerá”. A recordação do sofrimento que se produz por ocasião da purgação permanece, entretanto, com o espírito, como consciência, para nos conter se tentarmos repetir os mesmos maus atos em vidas posteriores.Dessa forma, todos os atos, bons ou maus, são registrados pela ação da respiração, que é, portanto, a base da alma; mas, enquanto os registros da respiração dos bons atos se amalgamam com o espírito, e nele vivem para sempre como alma imortal, o registro respiratório dos maus atos se desintegra e essa é a alma que peca e morre.Ao mesmo tempo que a Bíblia afuma que a imortalidade da alma está condicionada as boas obras, nenhuma distinção faz com respeito ao espírito. A afirmação é clara e conclusiva quando se diz que: “Ao partir-se o cordão prateado… então o pó voltara a terra, de onde veio, e o espírito voltara a Deus, que o deu.”A Bíblia ensina que o corpo é feito de pó, ao qual voltara, e que uma parte gerada pela respiração é perecível, mas que o espírito sobrevive à morte do corpo e persiste para sempre. Portanto, uma “alma perdida”, na acepção comum do termo, não é ensinamento bíblico, porque o espírito não foi criado e é eterno como o próprio Deus e, por isso, a Teoria Teológica ortodoxa não pode ser verdadeira.3) A Teoria do Renascimento, ensina que cada espírito e uma parte integrante de Deus, que contém em si todas as potencialidades divinas - assim como a bolota contém o carvalho - e que, por meio de muitas existências em corpos terrestres, de contextura gradualmente mais perfeita, seus poderes latentes vão sendo desenvolvidos lentamente e se tornam utilizáveis como energia dinâmica; e que ninguém pode perder-se, mas sim que todos, por fim, alcançarão a perfeição e a reunião com Deus, levando cada um consigo a experiência acumulada, como fruto de sua peregrinação através da matéria.Ou, então, como podemos dizer em forma poética:
SOMOS ETERNOSNuma nuvem tormentosa sibilando; na asa de Zéfiro,O coro do espírito canta os hinos sacros do mundo, alegrementeEscuta! Ouve suas vozes: “Pelas portas da morte nós passamos,a Morte não existe; alegrai-vos a vida continua eternamente”.Somos, sempre fomos e sempre o seremosSomos uma parte da Eternidade,Mais velha que a Criação, a parte de Um Grande Todo,Cada Alma é Individual, na sua imortalidade.No tear farfalhante do Tempo, nossa roupagem formamos, A rede do Pensamento urdidos eternamente;O que é modelada na Terra, é no céu que planejamosE ao nascer, nossa raça e nossa pátria, já as trazemos na mente.Brilhamos em uma jóia e sobre a onda dançamosCintilamos em pleno fogo, a tumba desafiamosatravés de formas várias em tamanho, gênero e nomeA essência individual é a mesma, é a que sempre carregamos.E quando alcançarmos o mais elevado grau,A gradação do crescer com nossas mentes relembraremosPara que, elo por elo, possamos juntá-los todosE passo a passo tragar o caminho que percorremos.Com o tempo saberemos, o que realmente foi feitoO que eleva e enobrece, o certo e a verdadeSem malicia com ninguém, sempre agindo com bondade,Em e através de nós, a Deus será feita a Vontade.
Aventuramo-nos a dizer que há somente um pecado: a ignorância; e só uma salvação: o conhecimento aplicado. Ainda o mais sábio dentre nós sabe muito pouco de tudo quanto se pode aprender, e ninguém alcançou a perfeição, nem esta pode ser conseguida numa só e curta vida. Mas observamos que tudo na Natureza tende a se desenvolver lenta e persistentemente, procurando alcançar estados cada vez mais elevados; a esse processo chamamos de Evolução.Uma das principais características da evolução esta no fato de que ela se manifesta em períodos alternados de atividade e repouso. O ativo verão, no qual todas as coisas sobre a Terra se multiplicam e procriam, é seguido pelo descanso e a inatividade do inverno. As atividades do dia alternam-se com a quietude da noite. O fluxo dos oceanos é seguido pelo refluxo das marés. Assim, como todas as coisas se movem em ciclos, não é razoável supor-se que a vida, que se manifesta sobre a Terra durante uns poucos anos, se acabe, quando a Morte chega, mas que tão seguramente como o Sol reaparece pela manhã, depois de ter-se ocultado ao chegar a noite, também a vida que terminou com a morte de um corpo há de manifestar-se outra vez num novo veiculo e num ambiente diferente.Nossa Terra pode ser comparada a uma Escola a qual voltamos, vida após vida, para aprender novas lições, da mesma forma que nossos filhos vão à escola, dia após dia, para aumentar seus conhecimentos. A criança dorme durante a noite que medeia entre dois dias de escola, e o espírito também tem seu descanso da vida ativa entre a morte e um novo nascimento. Há, também, diferentes classes nesta escola do mundo, que correspondem aos diferentes graus, desde o jardim de infância até a Universidade. Nas classes inferiores encontramos Espíritos que só freqüentaram a Escola da Vida poucas vezes; estes são os atuais selvagens, mas com o tempo, far-se-ão mais sábios e melhores do que nos somos agora, e nós mesmos progrediremos em vidas futuras a alturas espirituais que atualmente nem podemos conceber. Se formos aplicados na aprendizagem das lições da vida, progrediremos muito mais depressa nessa escola da vida do que se folgarmos e desperdiçarmos nosso tempo. Isso obedece aos mesmos princípios que governam nossas instituições de ensino.Nós não estamos aqui pelo capricho de Deus. Ele não colocou uns num jardim e outros num deserto, nem tampouco deu a alguns corpos saudáveis, de modo a poderem viver livres de dores e enfermidades, enquanto outros foram colocados em pobres circunstâncias que nunca se vêem livres da dor. Mas o que somos devemos à nossa diligência ou negligência, e o que seremos no futuro dependerá do que queiramos ser, e não do capricho de um Deus ou de um destino inexorável. Não importa quais sejam as circunstâncias; está em nós mesmos o poder de dominá-las, ou seremos dominados por elas, de acordo com a nossa vontade.Sir Edwin Arnold exprime esta idéia de modo magnífico em seu livro A Luz da Ásia:
“Os Livros dizem bem, meus Irmãos a vida de cada homemde sua anterior existência vemos bem o resultado;Trazem dores e misérias os erros que praticaram,trazem bênçãos infinitas, os acertos do passado.Cada um tem sua dignidade, como os mais altivos a temao redor, acima e abaixo, com poderes ao dispor,sobre toda a humanidade e sobre tudo o que vivecada um livremente age causando alegria ou dor.Quem labutou, um escravo, como príncipe poderá voltarpor virtudes alcançadas e por nobre merecer,quem governou, um rei, em farrapos poderá vagarpor todas as coisas que fez e as que deixou de fazer.”Ou então, como disse: Ella Wheeler Wilcox“Um barco sai para Leste e para o Oeste um outro saicom o mesmo vento que sopra, numa única direção.E a posição certa das velas e não o sopro do ventoque determina, por certo, o caminho em que eles vão.Os caminhos do destino são como os ventos do marconforme nós navegamos ao longo e através da vida.É a ação da alma que a meta nos vai levare não a calmaria ou o constante lutar.”
Quando queremos que alguém se encarregue de uma determinada missão, escolhemos uma pessoa que nos pareça particularmente capacita da para cumpri-la e, assim, havemos de supor que um Ser Divino usaria pelo menos o mesmo bom-senso, e não escolheria qualquer um para levar esta mensagem se não estivesse capacitado para isso. Assim, pois, quando lemos na Bíblia que Sansão foi escolhido para destruir os Filisteus, e que Jeremias foi predestinado a ser profeta, é muito lógico supor-se que estavam particularmente aptos para levar a cabo sua missão. João, o Batista, também nasceu para ser o arauto do Salvador que estava para chegar e para pregar o Reino de Deus, que deve ocupar o lugar do reinado dos homens.Se essas pessoas não tivessem recebido uma preparação prévia, co mo poderiam ter-se desenvolvido para cumprir suas várias missões e, se foram treinadas, de que modo o foram, se não em vidas anteriores?Os judeus acreditavam na Doutrina do Renascimento ou, do contrário, não perguntariam a João, o Batista, se ele era Elias, como está no primeiro Capitulo do Evangelho de são João. Os Apóstolos de Cristo também sustentavam essa crença, como podemos ver pelo incidente relatado no Cap.16 de são Mateus, onde Cristo pergunta-lhes: “Que dizem os homens que Eu, o Filho do Homem, sou?” E os apóstolos responderam: “Alguns dizem que Tu és João Batista, outros que es Elias, e outros que es Jeremias, ou um dos profetas”. Nesta ocasião, Cristo assentiu tacitamente com o ensino do Renascimento, porque não corrigiu seus discípulos, como seria seu dever, em sua qualidade de Mestre, se verificasse que seus discípulos tinham uma idéia errônea.Mas a Nicodemos Ele disse inequivocamente: “A não ser que um homem nasça outra vez, não poderá ver o reino de Deus”, e no Cap.11 de São Mateus, no versículo 14, disse Cristo, referindo-se a João, o Batista: “Este é Elias”. No Cap.17 de São Mateus, no versículo 12, Ele disse: “Elias já veio, e eles não o conheceram, mas fizeram com ele o que quiseram…”. “então os discípulos compreenderam que Ele lhes falava de João, o Batista.”Assim, pois, nós sustentamos que a Doutrina do Renascimento oferece para o problema da vida a única solução que está em harmonia com as Leis da Natureza, que responde aos requisitos éticos da questão, e nos permite amar a Deus sem anular nossa razão, diante das desigualdades da vida e das circunstâncias diversas que dão comodidade e bem-estar, saúde e riqueza a poucos, enquanto tudo isso é negado a tantos outros.A teoria da hereditariedade, lançada pelos materialistas, aplica-se somente à forma pois, da mesma maneira que um carpinteiro usa material de determinada pilha de madeira para construir uma casa na qual há de viver, também o espírito toma de seus pais a substância com a qual há de construir sua casa. O carpinteiro não poderia construir uma casa resistente e durável usando madeira imprópria; e da mesma maneira, o espírito só pode construir um corpo semelhante ao daqueles de quem tirou o material. Mas a teoria da hereditariedade não se aplica ao plano moral, pois é fato notório que nas galerias dos criminosos da América e da Europa não há um caso em que estejam juntos pai e filho. Assim, embora os filhos dos criminosos tenham herdado tendências para o crime, podem manter-se fora das malhas da Lei. A hereditariedade também não é vitoriosa no plano intelectual, porque podem ser citados muitos casos em que um gênio e um idiota saem da mesma origem. O grande Cuvier, cujo cérebro era aproximadamente da mesma capacidade do de Daniel Webster e cujo intelecto foi igualmente grande, teve cinco filhos que morreram de paralisia geral. O irmão de Alexandre, o Grande, foi um idiota; em suma, nos sustentamos que deve ser encontrada outra solução que possa esclarecer esses fatos da vida.A Lei do Renascimento, junto com sua companheira, a Lei da Causa, explicam tais fatos satisfatoriamente. Depois de morrermos, após uma vida, tornamos a voltar mais tarde a Terra, sob circunstâncias determinadas pelo modo pelo qual vivemos antes. O jogador é atraído para os cassinos e para os hipódromos, para associar-se a outros de igual gosto; o músico é atraído para as salas de concertos e conservatórios, para Espíritos que lhe são afins, e o Ego que volta traz consigo os gostos e aversões que o obrigam a procurar seus pais entre aqueles da classe a que ele pertence. Mas alguém pode nos apontar agora casos em que se encontram juntas pessoas de gostos inteiramente diversos, vivendo vidas torturadas, pelo fato de se verem agrupadas na mesma família, forçadas pelas circunstâncias a permanecerem ali contra a sua vontade. Isso, porém, não invalida a Lei, de modo algum. Em cada vida contraímos certas obrigações que não podemos cumprir na ocasião. Talvez tenhamos fugido a um dever como, por exemplo, o de atender a um parente inválido, e a morte chegou antes de termos a compreensão desse nosso erro. Esse parente, por sua vez, pode ter sofrido muito por nossa negligência e armazenou contra nós uma grande dose de amargura, antes que a morte terminasse o seu sofrimento. A morte, e a conseqüente mudança para outro ambiente, não liquida nossas dívidas desta vida, assim como a mudança de uma cidade na qual vivemos atualmente não liquida as dívidas que tenhamos contraído antes da mudança. É, portanto, perfeitamente possível que aqueles dois que se prejudicaram mutuamente, como descrevemos, venham a ser reunidos como membros de uma mesma família. Então, mesmo que não se lembrem do mal que fizeram, a antiga inimizade se manifestará e fará com que se odeiem novamente, até que a aflição resultante os obrigue a se tolerarem mutuamente e, por fim, talvez, aprendam a se amar, em vez de se odiarem.Na mente do pesquisador também se apresenta essa pergunta: Seja estivemos aqui antes, por que não nos lembramos disso? Mas a essa pergunta podemos responder que, embora a maioria das pessoas não seja consciente do modo pelo qual passaram suas vidas anteriores, outras há que tem nítida lembrança de suas vidas passadas. Uma amiga do autor, por exemplo, quando vivia na França, começou, certo dia, a descrever a seu filho coisas a respeito de uma certa cidade na qual iam fazer uma excursão de bicicleta, e o menino exclamou: “Mãe, não precisa me dizer nada disso; eu conheço essa cidade, porque nela vivi, e nela me mataram”.E começou a descrever a cidade, falando de certa ponte. Posteriormente, o rapaz levou a mãe até essa ponte e mostrou-lhe o lugar onde havia encontrado a morte há alguns séculos. Outra amiga, por ocasião de uma viagem a Irlanda, viu uma cena que reconheceu, e também descreveu aos companheiros uma paisagem que seria vista atrás de uma volta do caminho, que ela nunca havia visto antes nesta vida; assim, é preciso admitir que ela havia conservado a memória de uma vida anterior. Inúmeros outros exemplos poderiam ser citados, nos quais essas minúcias de memória e vislumbres repentinos revelam-nos fatos de uma vida anterior. O caso comprovado, no qual uma menina de três anos de idade, em Santa Bárbara, descreveu sua vida e sua morte já foi relatado no Conceito Rosacruz do Cosmos. Esta é, talvez, a evidência mais positiva, pois se baseia na narração de uma menina demasiado pequena para que pudesse ter aprendido a mentir.Porém, essa teoria da vida não repousa em mera especulação. Este é um dos primeiros fatos da vida demonstrados ao discípulo de uma Escola de Mistérios. Ensina-se-lhe a observar uma criança a hora da morte, e depois de observá-la no mundo invisível dia após dia, até que ela volte a renascer um ou dois anos mais tarde. Então, ele sabe com absoluta certeza que nós voltaremos a Terra, para colher numa vida futura o que semeamos agora.A razão de escolher-se uma criança de preferência a um adulto é porque a criança renasce muito rapidamente, pois sua curta vida na Terra deu muito poucos frutos, e estes são logo assimilados, enquanto o adulto, que viveu uma longa vida e tinha muita experiência, permanece nos mundos invisíveis por séculos, de modo que o discípulo não poderia observá-lo desde a morte até o renascimento. A causa da mortalidade infantil será explicada posteriormente. Por enquanto, só queremos deixar bem assentado o fato de que está dentro das possibilidades de cada homem, sem exceção, tornar-se capaz de chegar ao conhecimento direto daquilo que aqui estamos ensinando.O intervalo médio entre duas vidas terrestres é de cerca de mil anos. Isto é determinado pelo movimento do Sol, chamado pelos astrônomos de precessão dos equinócios, movimento pelo qual o Sol se move através de cada um dos Signos do Zodíaco cerca de 2.100 anos aproximadamente. Durante esse tempo, as condições sobre a Terra terão mudado de tal maneira que o Espírito encontrará aqui experiências inteiramente novas e por isso voltará.Os Grandes Guias da Evolução sempre conseguem o máximo benefício através das condições que Eles planejam e, como as experiências nas mesmas condições sociais são muito diferentes para o homem e para a mulher, o Espírito Humano renasce duas vezes durante os 2.100 anos medidos pela precessão dos equinócios acima mencionada, nascendo uma vez como homem e outra como mulher. Esta é a regra, mas ela está sujeita às modificações que sejam necessárias a fim de facilitar a ceifar aquilo que o Espírito semeou, como requer a Lei da Causa, que atua em conjunto com a Lei do Renascimento. Desse modo, um espírito pode ser levado a renascer muito tempo antes que haja expirado os mil anos, a fim de cumprir certa missão, ou pode ser retido nos mundos invisíveis até depois do tempo em que deveria renascer, se essa lei fosse uma lei cega. Mas as Leis da Natureza não são cegas. São Grandes Inteligências que sempre subordinam as considerações de menor importância aos fins superiores, e sob sua benéfica orientação estamos progredindo constantemente, vida após vida, nas condições exatamente adaptadas a cada indivíduo, até que, com o tempo, alcancemos uma evolução mais elevada e nos convertamos em Super-homens.Oliver Wendel Holmes expressou tão magistralmente esta aspiração e sua realização nestas linhas:
“Oh! Minh’alma, constrói para ti mansões mais majestosas,enquanto as estações passam ligeiramente!Abandona o teu invólucro finalmente;Deixa cada novo templo, mais nobre que o anteriorcom cúpula celeste, com domo bem maior,e que te libertes, decidida,largando tua concha superada nos agitados mares desta vida.”
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Revista Leituras da História #6
março 7, 2008 · No Comments

SE VOCÊ CURTE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL, CSI E CIÊNCIA FORENSE, NÃO PODE PERDER ESTA EDIÇÃO!!!!
Em matéria especial de capa o jornalista e escritor Sérgio Pereira Couto, autor do livro Investigação Criminal, conta, com exclusividade, as histórias dos grandes crimes insolúveis. De Jack o Estripador (que já foi acusado de ser maçom) ao Assassino do Zodíaco, passando por mortes de Hollywood, casos sem solução que envolvem artistas e escritores e até mortes que serviram de inspiração para o Mestre do Suspense, Alfred Hitchcock, transformar em filme, como em Frenesi.
Eis o texto oficial da revista:
Lições de Crueldade
Mortes e crimes inexplicáveis são destaques nesta edição de Leituras da História Ciência & Vida. Conheça os mistérios que envolveram os grandes assassinatos em série, e transformaram em lendas os grandes criminosos, apenas por terem desafiado as autoridades.
Leituras da História #6 já está nas bancas.
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A Carbonária
março 5, 2008 · No Comments
Faltava postar um texto sobre a Carbonária, que cito em meu livro Sociedades Secretas e que ninguém acredita que exista. Pessoal, existe sim e o texto abaixo a descreve bem. Vejam só…
A Carbonária era uma sociedade secreta e revolucionária que atuou na Itália, França, Portugal e Espanha no princípio do século XIX. Fundada na Itália por volta de 1810, tinha a ideologia assentada em princípios libertários e que se fazia notar por um marcado anticlericalismo. Participou das revoluções de 1820, 1830-1831 e 1848. Embora não tendo unidade política, já que reunia monarquistas e republicanos, nem linha e ação definida, os carbonários (do italiano carbonaro, “carvoeiro”) atuavam em toda a Itália. Reuniam-se secretamente nas cabanas dos carvoeiros, derivando daí seu nome. Foram também os inventores do espaguete à carbonara. Inventaram uma escrita codificada, para uso em correspondência, utilizando um alfabeto carbonário.
Durante o domínio napoleônico, formou-se na Itália uma resistência que contou com membros de uma organização secreta – a Carbonária. A carbonária tinha uma organização interna semelhante à da Maçonaria, com a qual, aliás, tinha algumas afinidades ideológicas (combater a intolerância religiosa, o absolutismo e defender os ideais liberais) e esteve aliada em certos momentos, havendo mesmo elementos que pertenciam às duas organizações. Ela surgiu em Nápoles, dominada pelo general francês Joaquim Murat, cunhado de Napoleão Bonaparte. Lutava contra os franceses, porque as tropas de Napoleão haviam iniciado uma espoliação da Itália, embora defendessem os mesmos princípios de Bonaparte.
Com a expulsão dos franceses, a Carbonária queria unificar a Itália através de uma revolução espontânea da classe trabalhadora, comandada por universitários e intelectuais, e implantar os ideais liberais.
Os membros da Carbonária, principalmente da média e da pequena burguesia, tratavam-se por primos. As associações da Carbonária tinham uma relação hierárquica. Chamavam-se choças (de menor importância), barracas e vendas , sendo estas as mais importantes. As vendas, cada uma contendo vinte membros, desconheciam os grandes chefes. Todas as orientações eram transmitidas por elas. Havia uma venda central, composta por sete membros, que chefiava o trabalho das demais. A Carbonária não tinha nenhuma ligação popular, pois como sociedade secreta, não propagandeavam suas atividades. Além disso, a Itália era uma região agrícola e extremamente católica, com camponeses analfabetos e religiosos, que tradicionalmente se identificavam com idéias e chefes conservadores.
Silvio Pellico (1788–1854) e Pietro Maroncelli (1795–1846) foram membros proeminentes da Carbonária. Ambos foram presos pelos austríacos por anos, muitos dos quais na fortaleza Spielberg, em Brno, no sul da Morávia. Depois de solto, Pellico escreveu o livro Le mie prigioni, descrevendo seus dez anos na prisão. Maroncelli perdeu uma perna na prisão e ajudou na tradução e edição do livro de Pellico em Paris (1833). Outros proeminentes membros da sociedade foram Giuseppe Garibaldi e Giuseppe Mazzini, que posteriormente saiu da sociedade e passou a criticá-la.
As revoluções foram sufocadas pela França de Luís Napoleão e pelos Habsburgos austríacos, que procuravam manter seu significante poder na Itália (Veneza e Milão eram parte do Reino Lombardo-Vêneto governado pelo Império Austríaco e o Reino das Duas Sicílias era governado por um monarca Bourbon, muito influenciado pelo governo francês). O fracasso das revoluções mostrou que a unificação não seria alcançada por idealismo. A unificação italiana foi realizada posteriormente entre 1860-1870 pela diplomacia e guerra sob a égide do Reino Sardo-Piemontês.
Em Portugal, a Carbonária foi estabelecida por volta de 1822. Nas suas primeiras décadas, teve um âmbito restrito e, sobretudo, localizado: surgiram várias associações independentes, sem ligação orgânica entre si e com pouca capacidade de intervenção social. De uma maneira geral, estas associações não duraram muito tempo nem tiveram realce histórico.
A Carbonária que teve importância na vida política nacional portuguesa foi fundada em 1896 por Artur Augusto Duarte da Luz de Almeida. Desenvolveu alguma actividade no domínio da educação popular e esteve envolvida em diversas conspirações antimonárquicas. Merece destaque óbvio a sua participação no assassínio do Rei D.Carlos I e do Príncipe Herdeiro Luís Filipe, e na revolução de 5 de Outubro de 1910, em que esteve associada a elementos da Maçonaria e do Partido Republicano.
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NOVO BLOG - CANTO DO ORÁCULO
março 3, 2008 · No Comments
Este é um aviso especial. Agora o blog Canto do Oráculo está remodelado e com um novo visual. Esse blog é específico para meus lançamentos literários, comunicados, notícias e outros assuntos que possam ser de interesse público. Acesse http://cantodooraculo.wordpress.com e desfrute do melhor da Literatura Fantástica e da pesquisa histórica. ACESSE AGORA!

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Vídeos Recomendados - Maçonaria
fevereiro 29, 2008 · No Comments
Milhares e milhares de vídeos sobre o assunto estão no YouTube. Não foi nada fácil escolher três, posso garantir, mas a persistência acaba vencendo. Os vídeos a seguir são variados e todos eles são interessantes de serem assistidos.
Scottish Rite Masonry - Vídeo em inglês que mostra um pouco sobre o Rito Escocês, um dos mais adotados pela maçonaria no mundo todo.
York Rite Masonry - Interessante vídeo de introdução ao Rito de York. Traz muitos detalhes interessantes e um pouco da história.
Imagens Secretas da Maçonaria - Segundo definição no site, “somente aos iniciados na Arte Real é dado conhecimento sobre a simbologia da Maçonaria.Para não expor seus mistérios aos olhares profanos, os maçons dissimulam seus sistemas de ensino sob figuras hiroglíficas e sinais guardados por um juramento solene.”
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O Tesouro dos Templários
fevereiro 27, 2008 · No Comments

Muito se fala sobre o tesouro dos templários. Essa lenda não é um privilégio do Código da Vinci e já foi falado muito sobre se ele teria realmente existido. O texto abaixo é de minha autoria e corresponde ao Capítulo 11 de meu livro Sociedades Secretas - A Verdade Sobre o Código da Vinci, que analisa as fontes históricas que inspiraram o best-seller de Dan Brown.
Caçar um tesouro é fácil para muitos. Basta ter uma lenda ligada a ele e todos partem do pressuposto de que tal riqueza realmente existe. Assim aconteceu com o Tesouro de Jerusalém e com o dos cátaros. Haveria alguma possibilidade do Santo Graal ou da Arca da Aliança estar entre um destes dois supostos tesouros? Ninguém pode dizer com cem por cento de certeza, uma vez que ninguém explicou até hoje o fim que esses dois tesouros tiveram.
Mas entre as sociedades secretas é normal que haja vários tesouros. Praticamente todas as tradicionais possuem uma lenda dessas, sendo a mais recente usada no cinema em A Lenda do Tesouro Perdido, que mostra um suposto tesouro escondido pela maçonaria.
Há, porém, um tesouro cuja existência é provada historicamente e que teria também guardado o Santo Graal, ligado aos famosos Cavaleiros Templários. Estes, que teriam passado um bom tempo na Terra Santa escavando abaixo das ruínas do Templo de Salomão em busca de segredos perdidos. De fato, com o tempo, a Ordem cresceu, expandiu-se e são acusados de serem os responsáveis pela criação do cheque e do sistema de cartões de crédito, entre outras facilidades econômicas. De fato, era uma época em que o auge do fanatismo religioso imperava e, quando passaram a ser oficialmente reconhecidos, eles receberam em seus flancos milhares de candidatos a cavaleiros, a maioria vinda de classes abastadas e que doavam tudo o que tinham para a Ordem, incluindo terras, dinheiro e outros objetos valiosos. Assim, a riqueza dos Templários cresceu significantemente e atraiu a cobiça de reis inescrupulosos, como Felipe IV, O Belo, da França.
Porém o mistério foi quase unânime. Após a queda da Ordem, absolutamente nada foi encontrado em nenhuma das “filiais” do Templo. As ordens vindas do papa Clemente V para que os Templários hereges fossem queimados em fogueiras não fez mais nada além de contribuir para o mito de que o verdadeiro tesouro teria sido escondido em algum outro lugar. Em alguns países, como Portugal e Escócia, as ordens de perseguição foram ignoradas e os Templários teriam sobrevivido de outras formas, como a criação da Ordem de Cristo em Portugal, que realmente chegou a participar das caravelas de descobrimento do Brasil com a cruz que era seu antigo símbolo.
Mas para onde foi o tesouro dos Templários? Teria este o Santo Graal? Estaria este em algum lugar do sul da França, mais precisamente próximo à região da pequena Rennes-le-Chateau? Gisors, localidade da região que o Priorado de Sião incluiu em seus Dossiês secretos, esconderia em seus subterrâneos o tesouro Templário, trazido de castelos ligados à Ordem e que ficavam próximos? Seria este o tesouro encontrado pelo padre Bérenger Sauniére?
Veremos todas estas possibilidades a seguir. Para começar, precisamos estabelecer a relação entre Templários e o Priorado de Sião. Diferente dos cátaros, que tinham uma história própria e que dificilmente seriam ligados a esta sociedade secreta, os Templários são acusados pelo trio Leigh, Baigent e Lincoln de serem controlados pelo Priorado de Sião desde o começo. Na verdade, o livro dos três traz essa ligação em detalhes, que afirma que os Templários foram criados pelo Priorado já com intenções de procurarem o Santo Graal nas ruínas do Templo de Salomão. Assim como teria acontecido com o padre Sauniére, os Templários foram, desde o início, manipulados pelos interesses escusos do onipresente Priorado a fim de localizarem esses segredos. Assim, os monges cavaleiros seriam apenas uma maneira de contato do Priorado com o mundo externo, uma espécie de testa-de-ferro que faria o trabalho todo. Para o trio, inclusive, os grão-mestres do Priorado e dos Templários teriam sido os mesmos até um acontecimento, datado de 1188, em Gisors, conhecido como O Corte do Olmo, quando as ordens se separaram e passaram a ter seus próprios grão-mestres.
A SeparaçãoPara não confundirmos demais a cabeça dos leitores, iremos por partes. Comecemos com esta suposta separação. O trio de escritores britânicos parte do pressuposto em sua polêmica obra de que os Dossiês Secretos são mesmo autênticos. Por isso começa falando sobre o ano em que os Templários perderam a Terra Santa em definitivo para os sarracenos, 1188, chamando o então grão-mestre Gerard de Ridefort de traidor, mas sem especificar a natureza da traição. Para eles, por causa desse revés os iniciados do Priorado (que, vale a pena lembrar, é chamado de Monastério do Sinai na tradução brasileira, sem nem mesmo sabermos o porque duas localidades diferentes como os montes Sião e Sinais são tomados como a mesma) voltam para a França, “presumidamente para Orleans”. Isso porque também supõem que a Abadia do Monte Sião tenha também caído sob o domínio dos muçulmanos, assim teriam ido para a nova base, já firmada, na França.
Assim estes teriam sido os eventos pivôs da suposta separação entre o Priorado e o Templo. O trio admite:
“Não se sabe por que isto ocorreu, mas, segundo os Dossiês Secretos, o ano seguinte testemunhou uma virada decisiva nos assuntos der ambas as ordens. Uma separação formal teria ocorrido entre as duas instituições em 1188. A Ordem de Sião, que havia criado os templários, agora lavava as mãos em relação aos seus celebrados protegidos”.
Essa cerimônia, também constante nos Dossiês de Plantard e Chérisey, teria ocorrido em Gisors, nas terras junto à fortaleza da cidade, num bosque conhecido como Campo sagrado. De acordo com “cronistas medievais” (definição dos dossiês), o local era considerado sagrado desde tempos pré-cristãos e teria abrigado vários encontros entre os reis franceses e ingleses durante o século XII. Lá havia um olmo, um marco para o meio do campo. Naquele ano deveria ocorrer uma reunião entre Henrique II (Inglaterra) e Filipe II (França). Parece que a árvore fornecia a única sombra de região e era tão grande que oito homens de mãos dadas não podiam abraçar seu tronco. A comitiva inglesa chegou e, juntamente com sei rei, se abrigou na árvore, deixando a comitiva francesa exposta ao sol. Assim, depois de três dias discutindo pelo motivo mais banal possível, os ânimos se exaltaram e uma flecha foi disparada contra os franceses, que eram mais numerosos que os ingleses. Estes procuraram abrigo na fortaleza de Gisors enquanto os franceses cortavam a árvore “por pura frustração”.
Mas o que isto tem a ver com a separação? Nesse ponto nem os Dossiês Secretos ou a ingenuidade de Leigh, Baigent e Lincoln parece resolver. Para eles, talvez houvesse templários presentes no incidente, mas não há como saber, uma vez que as narrativas que existem são confusas e contraditórias. Diz o trio:
“Dada a estranheza desta narrativa, não seria surpresa que o evento envolvesse algo mais – algo que tenha passado desapercebido, ou que a história nunca tenha tornado público. Algo tratado pelas narrativas de forma alegórica, confidenciando e simultaneamente ocultando um assunto de muito maior importância”.
Aparentemente os Templários se separaram na mesma época, o que poderia ter ou não algo a ver com o dito Corte do Olmo. Diz os dossiês que o Templo seguiu seu próprio caminho e que o priorado teria se organizado para escolher seu primeiro grão-mestre independente, que foi Jean de Gisors, um vassalo do rei da Inglaterra até 1193, também proprietário de terras na Inglaterra. Curiosamente a lista de grão-mestres que tanto encantou Dan Brown mostra uma mistura de homens e mulheres na posição logo depois de Jean.
Relação com Rennes-le-ChateauComo vimos, Dan Brown retirou muitos dos nomes de seus personagens do caso de Sauniére. Assim, perto da aldeia do mistério temos o pico de Bézu, no topo do qual os Templários haviam construído uma fortaleza. Há ainda as ruínas do castelo de Blanchefort, da família da Marie de Negre-D´Ables, cuja lápide teria a chave para a decifração dos manuscritos de Chérisey.
A confusão de identidades históricas foi causada principalmente por Gérard de Sede, o jornalista que teria apresentado Rennes-le-Chateau ao mundo pela primeira vez por meio de sua obra, L´Or de Rennes (de 1967). Para ele, o castelo seria a casa de origem de Bertand de Blanchefort, sétimo grão-mestre templário que atuou entre 1156 e 1169. Falha de informação: o personagem histórico nasceu num castelo de mesmo nome, porém, localizada a pelo menos oito quilômetros da cidade de Bordéus, sendo, portanto, natural da região de Guyenne e não de Razés, a região de Rennes-le-Chateau.
Quase toda a história dos Templários é conhecida e documentada, embora muito de seus arquivos, que teriam sido removidos da Terra Santa para a Ilha de Malta, tenham por fim se perdido. Mas não entraremos aqui na história da Ordem, que por si só merece um trabalho á parte (já publicado pela Universo dos Livros como Sociedades Secretas: Templários). Mas não podemos esquecer de um detalhe: o paradeiro de toda a riqueza acumulada ao longo dos anos até a erradicação da Ordem, em 1311, ainda é um mistério. Há um documento, de autoria de Felipe o Belo, enviado para Jean de Verretot, o encarregado na cidade de Caen, quando da apreensão dos templários naquela fatídica sexta-feira, 13 de outubro de 1307. Um trecho diz:
“Atendendo que a verdade não pode ser descoberta de outra forma, que uma suspeita veementemente se estendeu a todos (…) decidimos quer todos os membros da dita ordem do nosso reino sejam detidos, sem exceção alguma, mantidos prisioneiros e reservados ao julgamento da Igreja, e que todos os seus bens, imóveis e móveis, sejam capturados, colocados sob a nossa mão e fielmente conservados (…). É por isso que vos encarregamos e vos prescrevemos rigorosamente no que diz respeito ao encarregado de Caen”.
Embora a carta só tenha sido aberta por ordem real no dia da apreensão, Verretot já havia feito, em 6 de outubro, o inventário dos bens do Templo em sua cidade. Mas apesar da ação relâmpago feita em quase toda a França naquele dia, nada de valor foi encontrado. Especula-se que Jacques de Molay, o último grão-mestre templário, teria, de alguma maneira, sabido do que estava prestes a acontecer e providenciado um esconderijo para o tesouro. Mas onde? Teria sido mesmo no sul da França, contribuído assim para a mistificação do Languedoc?
Para os acadêmicos e historiadores, a chance desta ter sido escondida num castelo no sul da França é praticamente a mesma que teria de ser escondida em qualquer outra fortaleza associada aos Templários. Não faltam lendas, como a fabulosa escapada de várias naus carregadas de ouro que teriam partido do porto normando de La Rochelle e seguido da França para a Escócia, depositando sua precisa carga nos subterrâneos da Capela Rosslyn. Há ainda quem afirme que é possível que os templários sobreviventes terem ido com seu tesouro para Tomar, em Portugal, onde encontraram um refúgio tão seguro quanto na Escócia.
Mas há uma teoria que vai mais além: templários e cátaros teriam uma espécie de acordo para transportar certos itens para longe do controle da igreja. À primeira vista esta teoria parece tão louca quanto as demais que envolvem a cidadezinha francesa: na época da Cruzada Albigense os Templários, como um todo, não entraram ainda em conflito com seus superiores. Além disso, para uma doutrina dualista como a dos cátaros, que importância teria a posse deste ou daquele objeto, uma vez que até a água era considerada maldita por ser material?
Mesmo assim o trio Baigent, Leigh e Lincoln parece compartilhar deste ponto de vista. Mais um trecho de seu livro:
“Durante a Cruzada Albigense, os templários permaneceram ostensivamente neutros, confinados ao papel de testemunhas. Ao mesmo tempo, o grão-mestre na época tornou clara a posição da ordem quando declarou que havia, de fato, somente uma verdadeira cruzada, contra os Sarracenos. Além disso, um exame cuidadoso das narrativas contemporâneas revela que os templários acolheram muitos refugiados cátaros. Em algumas ocasiões parecem ter recorrido às armas em nome desses refugiados”.
O Tesouro Templário em GisorsUma história contemporânea que envolve tanto o tesouro dos templários quanto a fortaleza de Gisors aconteceu em pleno século XX. É nesta cidade que nasceu o jardineiro Roger Lhomoy, que desde criança se fascina pelo castelo e pelas lendas do tesouro perdido. Nos anos 1940 ele é contratado como guarda do local, com um salário atribuído pela Câmara Municipal e uma residência dentro do complexo medieval. É claro que o jardineiro aceita o encargo com o maior prazer e se dedicará a tudo menos guardar o complexo.
À noite, longe de olhares curiosos, Lhomoy se põe em busca do tesouro dos templários, atividade que intensifica apenas depois do final da Segunda Guerra Mundial. Começa escavando na muralha do castelo, encontrando algumas câmara subterrâneas. Próximo a uma das torres há um poço que estava na época entupido. Ele se concentra neste local e prossegue na tarefa de desentupi-lo até uma profundidade de trinta metros. Porém uma parte do poço desaba, o que faz com que o guarda-jardineiro pare com suas atividades até junho de 1944, quando retoma seu trabalho na escavação de um novo poço, próximo do antigo. Com medo de que um novo acidente possa acontecer devido a seus métodos grosseiros de escavação com pás e picaretas, desta vez há uma pessoa a mais, um ajudante.
Assim os dois abrem caminho até uma profundidade de 16 metros, paralelos ao poço antigo, onde encontram uma sala de quatro por quatro metros. Mas sem sinal de tesouro. Nove metros horizontais e quatro verticais depois, um novo ponto, localizado a vinte metros da superfície, é encontrado.
Devido á Guerra, ainda em andamento, somente será explorado em março de 1946. Nesse dia Lhomoy desce até o ponto mais fundo a fim de verificar como contornar um obstáculo, que ele reconhece como uma parede de pedra talhada. Quebrando uma das arestas, ele escuta um eco e, assim, abre um orifício. De acordo com sua descrição, isto foi o que ele viu:
“Estou numa capela romana em pedra de Louveciennes, com 30 metros de comprimento, 9 de largura e aproximadamente 4 metros e meio de altura até a abóbada. Imediatamente à minha esquerda, perto do buraco pelo qual passei, existe um altar, também ele em pedra, bem como seu tabernáculo. À minha direita está o resto da edificação. Nas paredes, no meio, sustentado por altares de pedra, as estátuas de Cristo e dos doze apóstolos, em tamanho natural. Ao longo das paredes, colocados no solo, sarcófagos de pedra com dois metros de comprimento por 60 centímetros de largura: existem dezenove deles. Na nave, o que a luz ilumina é incrível: trinta cofres em metal precioso, alinhados em colunas de dez”.
Lhomoy se apressa a contatar a Câmara Municipal para relatar sua descoberta. Mas ninguém se atreve a entrar no buraco aberto pelo guarda-jardineiro. Um ex-oficial de engenharia que na época fazia treinamento para bombeiro, resolve arriscar. Percorre os túneis e sente-se claustrofóbico. Assim o bombeiro teria confirmado os ecos, mas nada sobre os cofres, estátuas, sarcófagos e outras coisas relatadas. Devido aos ricos de desabamento e mesmo de vida que os túneis apresentam, a Câmara acaba tomando a decisão de mandar alguns prisioneiros de guerra alemães para tapar os túneis, para desespero de Lhomoy. E assim o assunto caiu no esquecimento.
É Gérard de Séde quem traz o assunto de novo ao foco em seu livro de 1962, Les Templiers Sont Parmi Nous, de 1962. Novas escavações são feitas em 1962 e 1964, sem sucesso. A câmara, se realmente existiu, se perdeu. Teria realmente existido ou foi tudo uma fantasia de Lhomoy?
Seja como for, ainda hoje as pessoas se encantam com a história dos Templários e de seu suposto tesouro perdido, como podemos ver pela inclusão destes na trama de O Código da Vinci. Mesmo durante caminhadas como a do Caminho de Santiago (rota francesa) é possível encontrar no caminho os castelos que outrora foram dos templários. Muitas das edificações estão em ruínas, outras passaram para outras mãos e se tornaram igrejas famosas, como a Temple Church em Londres. Mas a questão continua: o que teria acontecido com o ouro dos cavaleiros templários? É claro que os caçadores de tesouros, como vimos, não desistem assim tão cedo e se aproveitam de qualquer lenda para explorar e, quem sabe, encontrar a resposta.
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